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segunda-feira, 4 de julho de 2022

Dólar em alta, qual o impacto para população

A inflação já não está ajudando os brasileiros, mas, um dado do mercado deve piorar essa situação, sendo que o dólar comercial teve forte alta na última semana, encerrou cotado a R 5,321. Isso representa uma alta de 1,65%, sendo o maior valor de fechamento da moeda em cinco meses, desde 4 de fevereiro. 

O índice é preocupante e, pode ter certeza, terá impacto na vida de todos - viajantes, investidores e empresários -, mas com certeza quem será mais prejudicada é a população em geral, que enfrentará muitas altas de preços. 

"Com o dólar subindo os efeitos são sentidos para toda população brasileira. O impacto estará no aumento de produtos importados ou que dependem de peças ou matérias-primas importadas, encarecendo-os substancialmente e, consequentemente, diminuindo nosso poder de compra", explica o presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN), Reinaldo Domingos. 

Um exemplo de aumento é o relacionado ao trigo, que é em grande parte importado, o que irá refletir no aumento no preço do pãozinho da padaria, bolos e diversos produtos do dia a dia da população. 

Embora não seja motivo para pânico, há muitos cuidados a serem tomados nesse período. Por isso, o melhor a fazer é reunir a família, rever os custos diários e mensais, reduzir os excessos e supérfluos e fazer algo que parece óbvio, mas muita gente não consegue: garantir que o ganho sempre seja maior que as despesas.
 

Efeito elástico da alta de preços

Reinaldo Domingos alerta para uma questão que ele chama de efeito elástico da alta de preços. "Um ponto que alerto é que mesmo com a cotação do dólar diminuindo, o mesmo não deve acontecer com o preço. Quando observamos esses tipos de aumentos, observamos que depois, mesmo com a cotação voltando aos valores antigos, o mesmo não acontece com os preços, que podem até ter uma redução, mas não na mesma proporção". 

Por isso a necessidade de adequação de todos a essa nova realidade, pois não adianta ter expectativa de melhoria. Segundo o especialista, agora é a hora de assumir a responsabilidade, encarar a realidade e mudar os hábitos para passar por essa situação de maneira sustentável e consciente. A reeducação financeira é a grande solução para os novos tempos.

 

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