Neurocirurgião pediátrico aponta os sinais de alerta de tumor cerebral em crianças e adolescentes
Maio cinza
chama atenção para o tumor cerebral
Em geral,
20% das mulheres sofrem com enxaqueca
Muitas
vezes associada a situações comuns como falta de sono, uso de óculos com grau
incorreto, estresse e/ou exposição a ruídos altos, a dor de cabeça pode ser um
sinal de alerta e não deve ser considerada normal.
Existem
mais de 150 tipos de dores de cabeça, que são classificadas de acordo com a
origem da dor. O Dr. Ricardo Santos de Oliveira, médico neurocirurgião
pediátrico, explica abaixo se a dor de cabeça na criança pode ser sinal de um
tumor cerebral.
Quais
os tipos de dor de cabeça mais comuns?
A
enxaqueca é mais comum do que imaginamos. Estudos apontam que a enxaqueca
clássica pode afetar cerca de 20% das mulheres e 5% a 10% da população
masculina. Trata-se de uma doença crônica de alto custo pessoal, social e
econômico. Entretanto, é frequentemente tratada como uma simples dor de cabeça,
não chegando a receber os cuidados necessários e os medicamentos específicos,
mais eficazes, já disponíveis no país.
O
tratamento da cefaleia vai depender diretamente do tipo da dor de cabeça que a
pessoa apresenta. Em muitos casos, como os da cefaleia de tensão, o paciente
precisa encontrar aquilo que está servindo como gatilho para a dor, para evitar
ter dores de cabeça recorrentes, tais como ansiedade, insônia, apneia
obstrutiva do sono, depressão, acúmulo de tarefas, entre outros...
A
dor de cabeça persistente pode ser um sintoma clínico de um problema
estrutural, como por exemplo um aumento da pressão intracraniana. Ou seja,
tumores cerebrais, acúmulo de líquido conhecido como hidrocefalia, meningites,
hemorragias podem ser causas de cefaleia persistente. “Nunca devemos subestimar
uma cefaleia recorrente”, aponta o Dr. Ricardo S. de Oliveira.
Dor
de cabeça intensa pode ser sinal de algo mais grave?
Sim,
uma dor de cabeça intensa, aguda pode ser um sinal de ruptura de um aneurisma
cerebral. O extravasamento de sangue pode causar uma irritação na membrana que
recobre o cérebro, chamada meningismo.
Entretanto,
uma dor de cabeça forte pode também ser uma crise de enxaqueca. A associação de
latejamento de um lado da cabeça, pulsação, náuseas e, eventualmente, vômitos e
sensibilidade à luz e a cheiros podem ser indicativos de enxaqueca. Uma
avaliação médica adequada auxiliará no diagnóstico e tratamento.
A
chave para identificar e tratar a cefaleia é realizar uma anamnese completa e
um bom exame físico. Se características atípicas ou sinais preocupantes forem
encontrados no exame, novos testes diagnósticos devem ser considerados como os
exames de imagens, tais como a tomografia e/ou ressonância nuclear magnética do
cérebro.
Um
tumor cerebral na criança pode ter a dor de cabeça entre os sinais?
Sim,
as dores de cabeça podem estar associadas aos tumores cerebrais e devem ser
investigadas adequadamente, principalmente, quando são persistentes.
Alguns
sinais clínicos são fáceis de identificar, mas fazem confusão com diversas
outras doenças mais frequentes na infância. Os mais comuns são dores de cabeça
e vômitos, muitas vezes decorrentes do aumento da pressão no interior do
crânio.
Assim,
quando a criança se queixa frequentemente de dores de cabeça, principalmente à
noite, ou acordam com dores de cabeça ou vomitando devem ser investigadas.
Até
40% das crianças com tumores cerebrais podem apresentar acúmulo de líquido
céfalo-raquidiano (hidrocefalia), o que rapidamente pode evoluir para uma
sonolência excessiva e perda dos reflexos. Outros sintomas como crises
epilépticas, paralisias em alguma parte do corpo e eventuais alterações de fala
podem aparecer.
Outros sinais menos comuns, tais como alterações na curva de ganho de peso e altura; sede excessiva e grande volume e frequência urinária e sinais de puberdade precoce devem servir de alerta para pediatras que acompanham seus pacientes. Investigações endocrinológicas eventualmente evidenciam tumores cerebrais como sendo a causa desses transtornos de desenvolvimento.
O surgimento
destes sinais e sintomas são indicativos para procurar um a ajuda de um
profissional habilitado. O neurocirurgião para esclarecer todas as dúvidas com
relação à gravidade do problema e à melhor forma de tratá-lo.
Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica
Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade
René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP.
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