A tecnologia vem ocupando cada vez mais espaço em
empresas dos mais diversos setores: da construção civil aos centros
hospitalares, das escolas ao mercado automotivo. Com a digitalização, a demanda
por profissionais de TI tem sido crescente. Uma pesquisa do SENAI (Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial) apontou que as profissões ligadas à
tecnologia estão entre as que mais vão crescer até 2023. E esse é só o começo.
Tendo isso em vista, o profissional de TI não deve
apenas acompanhar o que é exigido dele atualmente, mas capacitar-se para o que
ainda está por vir. É justamente nisso que as empresas e recrutadores estarão
de olho no próximo ano. Para se diferenciar, é preciso buscar o aprendizado de
forma contínua, seja por meio de cursos livres, uma especialização,
participações em meetups, palestras, cross-benchmark (quando você olha para
diferentes modelos de empresas para entender como cada um deles pode agregar valor
para a sua). No fim, os avanços tecnológicos só são feitos quando um
profissional não tem medo de buscar e testar coisas novas, e assim, trazer
resultados.
Agora, quando falamos sobre competências técnicas e
comportamentais, consideramos algumas delas fundamentais para o início dessa
próxima década. São elas:
#Dominar o universo de dados - A
primeira competência que quero destacar é a capacidade de um profissional
conseguir trabalhar bem com um grande volume de dados. O que antes era uma
exclusividade da área de BI (Business Intelligence), hoje, essa
visão analítica deve permear toda a empresa, principalmente a área de
tecnologia. O profissional de TI precisa saber coletar, organizar,
analisar e monitorar grandes bases de dados (Big Data). Saber mexer bem em planilhas
de Excel já não é suficiente em muitos casos, por isso, é importante estudar
outras ferramentas como Python / R .
#Organização e agilidade - O
segundo fator diz respeito à organização e o senso de urgência. O profissional
precisa conversar com as áreas envolvidas em cada fase dos projetos, entender
suas necessidades e estabelecer e cumprir prazos acordados. Assim, ao invés de
fazer uma única entrega, ele deverá se organizar para atender a pequenas
demandas com rapidez. Se já fez uma pequena parte do plano, deve validar com a
área interessada e entregar. As companhias, hoje, priorizam agilidade e
conhecimento de metodologias ágeis, independentemente da área e da experiência
profissional.
#Produtividade - Ter a
capacidade de focar no que é urgente e saber usar bem aplicativos que impactam
a produtividade são ferramentas imprescindíveis que fazem o profissional de TI
ser bem visto pelo mercado de trabalho e se destacar em suas entregas e
equipes.
#Resiliência - Assim como
para outras áreas, saber se comunicar bem, ter proatividade e se adaptar a
novos contextos é imprescindível para todo e qualquer profissional que quiser
garantir sua empregabilidade na próxima década.
#Mindset digital - Por fim,
outra tendência, que eu não poderia deixar de mencionar, deve ser a
disseminação da tecnologia em várias áreas pela empresa. Muitas já não contam
apenas com uma área de TI centralizada, por entender que a tecnologia não deve
ficar restrita a um grupo de funcionários, mas permear todos os processos. Sendo
assim, são necessários profissionais capacitados digitalmente em todos os
níveis e com os mais diversos graus de experiência.
Como tentei destacar nesse texto, não são só as
chamadas hard skills - habilidades técnicas - que serão demandadas. As soft
skills ou habilidades comportamentais, continuarão em alta no mercado de TI em
2020. Neste início de uma nova década, a tendência é que o profissional de TI
seja cada vez mais valorizado dentro do mercado, principalmente aquele que
possui domínio das tecnologias mais modernas e que consegue se comunicar e
transitar bem por diferentes áreas da organização.
Nutrir o espírito investigativo e curioso, por meio
de uma atualização contínua de novas tendências deve ser uma prioridade para
quem não quer ficar para trás no novo ano.
Bom novo ano para todos nós!
Diego
Barbosa - formado em administração de empresas e headhunter
da Yoctoo, consultoria boutique de recrutamento e seleção para tecnologia.
Possui seis anos de experiência no recrutamento para áreas de tecnologia. Além
disso, tem vasto conhecimento na contratação de talentos em toda a América
Latina.
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