Enchentes,
incêndios, furacões, tempestades de neve… Desastres naturais relacionados às
alterações no clima trazem perdas humanas e prejuízos significantes para a
economia mundial.
A
preocupação com o destino do Planeta tem levado muita gente ao divã. Segundo um
relatório recente da Associação Americana de Psicologia, uma em cada seis
pessoas apresenta sintomas de transtorno de estresse pós-traumático e 49%
desenvolvem ansiedade ou depressão relacionados à mudanças climáticas. O
fenômeno ganhou até um nome: “ansiedade climática”, ou “eco-ansiedade”, que
acomete principalmente as gerações mais jovens - as que mais sofrerão com
os efeitos das mudanças climáticas.
Psicólogos
que estão estudando o assunto sugerem que uma das formas de combater a
eco-ansiedade é realizando ações diretas, para aliviar o sentimento de
impotência. Por isso, fizemos uma lista com cinco dicas para combater o
aquecimento global sem ter que gastar nada (ou quase nada) :
1. Calcule suas emissões
O
primeiro passo é fazer um inventário pessoal, calculando suas emissões de
carbono e as da sua família. Fazendo esse levantamento, podemos identificar
maus hábitos de consumo e pontos que podem ser melhorados para reduzir nossa
“pegada ecológica”. Felizmente, já existem ferramentas que fazem esse cálculo
por você. A Iniciativa
Verde dispõe de uma calculadora de CO2 bastante simples. Depois de calcular
a sua pegada, você pode contribuir para os projetos da Iniciativa Verde, que
promove o reflorestamento da Mata Atlântica.
2. Compense suas emissões
Uma
ótima forma de lutar contra o aquecimento global é compensando suas emissões de
CO2, ou as de sua empresa. A plataforma Tree
Nation facilita empresas e cidadãos a apoiar projetos de reflorestamento no
mundo, sendo que o preço por árvore é de a partir de 0,50 Euros (cerca de R$
2,30). Você pode escolher o local e a espécie de árvore que deseja plantar e
depois, acompanhar o crescimento e impacto positivo da sua árvore. Empresas
também podem compensar suas emissões plantando florestas. A Tree-Nation plantou
5 milhões de árvores em quatro continentes com a ajuda de mais de 130.000
indivíduos e 2.200 empresas.
3. Faça uma busca online
O
Ecosia é um mecanismo de busca que planta
árvores e está virando sensação em todo o mundo. Fundado pelo alemão Christian
Kroll, já viabilizou o plantio de 82 milhões de árvores desde a sua criação em
2009. Disponível como site ou aplicativo, a cada 48 buscas realizadas no
Microsoft Bing, o Ecosia planta uma árvore para você. Os projetos apoiados pelo
Ecosia são escolhidos a dedo, garantindo que o reflorestamento possa gerar
emprego e renda para as comunidades locais. Outra preocupação da empresa é
estimular práticas de agrofloresta, que combina o plantio de árvores com
produção de alimentos.
4. Conecte-se a um catador
Lixões
e aterros sanitários são vilões na luta contra o aquecimento global, pois
emitem grandes quantidades de metano. O impacto desse gás sobre as mudanças
climáticas é 20 vezes maior do que o do gás carbônico (CO2). Uma forma de
reduzir a emissão desses gases é diminuindo o descarte incorreto de resíduos. O
Cataki é um aplicativo disponível para
celulares Android e iPhone (iOS) que conecta as pessoas
aos catadores de materiais pela cidade e apesar de ser gratuito, o serviço do
catador deve ser remunerado mediante acordo entre as partes. O app está
presente em todo Brasil e mapeia as áreas de atuação e oferece aproximação entre
os catadores e o produtor de resíduos. Pela ferramenta, é possível consultar
biografia, foto, telefone de contato e o tipo de material que o profissional
recolhe - desde alumínio, metal, baterias e produtos eletrônicos a móveis e
entulhos.
5. Torne-se um(a) co-agricultor(a)
A
agroecologia é apontada como um dos caminhos para diminuir as emissões de CO2
na produção de alimentos. Consumindo frutas, folhas e legumes orgânicos, você
incentiva um modo de cultivo mais sustentável e também ajuda a gerar renda e emprego
no campo. A entidade sem fins lucrativos Comunidade
que Sustenta a Agricultura (CSA) permite que você se torne um(a)
co-agricultor(a). Funciona assim: um grupo fixo de consumidores se compromete a
cobrir o orçamento anual da produção agrícola e recebe os alimentos produzidos,
sem custos adicionais. Desta maneira, o produtor se livra da pressão do mercado
e pode se dedicar com tranquilidade à produção. E os consumidores recebem
produtos de qualidade, sabendo onde e por quem foram produzidos.
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