Pálpebra caída
pode ocasionar a falta da visão completa
A Ptose Congênita Infantil, mais conhecida como
pálpebra caída, consiste na dificuldade em levantar a pálpebra superior
adequadamente desde o nascimento, podendo obstruir parcialmente ou totalmente a
pupila, ocasionando a falta da visão completa. “A Ptose acontece quando os
músculos que elevam a pálpebra não são fortes o suficiente para fazer o comando
corretamente”, explica André Borba, oftalmologista especialista em
oculoplástica, doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP).
A alteração palpebral, pode ser percebida pelos
pais apenas por meio do aspecto da pálpebra e por posição compensatória da
cabeça. “É importante perceber se a criança inclina a cabeça para trás, para
conseguir ver debaixo da queda da pálpebra, se o bebê tenta levantar as
pálpebras movendo de forma evidente as sobrancelhas, ou seja, manobras de
cabeça e faciais são sinais que a criança está tentando usar os dois olhos para
enxergar perfeitamente”, alerta Borba.
O Cirurgião Oculoplástico alerta que, se a queda da
pálpebra na infância for grave e não tratada, pode causar outras condições como
a baixa visão por falta de uso, conhecida como Ambliopia. “Por isso é de
extrema importância que esse distúrbio seja tratado logo cedo, antes de
interferir no desenvolvimento da visão e levar a problemas emocionais e
sociais”.
Segundo Borba, atualmente existem várias técnicas
que permitem corrigir a Ptose em crianças. “Duas técnicas têm se mostrado muito
eficientes, adequadas e seguras para a correção congênita como a Ressecção do
músculo levantador, que tem o objetivo de encurtar o músculo permitindo sua
ação mais direta na margem palpebral e a cirurgia de Ptose com elevação ao
músculo frontal, ou do próprio músculo frontal”, explica o especialista.
A idade ideal para se corrigir a Ptose é a partir
dos dois anos e meio a três anos, pois desta forma é possível definir a técnica
exata a ser utilizada na cirurgia. “A correção pode ser feita até os sete anos
de vida da criança, porém o ideal é que ela seja realizada até os três, pois
desta forma a criança pode recuperar a visão plenamente, estimulando os olhos e
corrigindo a visão”, finaliza André Borba.
André Borba –CRM SP-82835 - Cirurgião
Oculoplástico, especialista em Cirurgia Reconstrutiva e estética das pálpebras
e via lacrimal e doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo
(USP). Revisor científico da Pan American Journal of Ophthalmology dos EUA, é membro
titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCP), da
Sociedade Portuguesa de Medicina Estética (SPME) e da European Society of
Ophthalmic Plastic & Reconstrutive Surgery (ESOPRS).
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