Campanha
internacional, disseminada pela FEMAMA no Brasil, alerta sobre a
responsabilidade de cada um na prevenção do câncer
A campanha do Dia Mundial do Câncer é realizada todos os anos no dia 04 de
fevereiro e é uma iniciativa da União Internacional para Controle do Câncer
(UICC). Disseminada no Brasil pela Federação Brasileira de Instituições
Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), em 2020 chega à sua 20ª
edição.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimaram 600 mil novos casos de câncer
no Brasil em 2019. No entanto, existe a probabilidade de que esses números
sejam ainda maiores, pois as bases de dados sofrem com falta de notificações e
atraso de informações. Diante desse cenário, a FEMAMA convida todos a
participarem da campanha que tem como tema "Eu sou e eu vou" e
avaliarem seus hábitos para que se conscientizem no quanto podem fazer para
reduzir o impacto do câncer em suas vidas.
"O movimento tem como objetivo
alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer, pois quanto mais
cedo ele é descoberto, maiores as chances de cura na grande maioria dos tipos
de câncer. A campanha trienal quer ressaltar que o esforço de cada um, seja
mudando hábitos próprios ou influenciando positivamente as pessoas ao seu
redor, contribui para a redução de fatores de risco para o câncer no longo
prazo", explica a presidente voluntária da FEMAMA e Chefe do Serviço de
Mastologia do Hospital Moinhos de Vento, Dra. Maira Caleffi.
E em apoio especial a data, os estádios
do Grêmio e Internacional, em Porto Alegre (RS), a Catedral de Pedra em Canela
(RS) e a Ponte Estaiada de Teresina (PI), além de outros pontos espalhados pelo
Brasil, receberão iluminação exclusiva nas cores azul e laranja para
conscientizar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico
precoce da doença, durante a primeira semana de fevereiro.
No Brasil, ainda são muitos os desafios
a serem vencidos. Apesar dos avanços da medicina para o rastreamento e
tratamento, a demora para obter o diagnóstico correto e iniciar o tratamento
adequado afasta os pacientes do sistema público da cura. De acordo com dados do
TCU, pacientes com câncer esperam em média 200 dias até receber seu
diagnóstico. Além disso, quando diagnosticado em estágios mais avanços, o
tratamento tende a ter impacto negativo no orçamento do governo e dos planos de
saúde.
Para mudar esse cenário, a FEMAMA e sua
rede de ONGs associadas mobilizou o Congresso Nacional durante cinco anos para
aprovação da Lei dos 30 dias, que estabelece que os exames necessários para a
confirmação do diagnóstico de câncer sejam realizados no SUS no prazo máximo de
30 dias. A lei foi sancionada em outubro pelo vice-presidente Hamilton Mourão e
entrará em vigor em abril deste ano. Conquistado o direito no papel, é preciso
fiscalizar sua regulamentação para garanti-lo também na prática.
"Nenhuma lei cria infraestrutura
de imediato, mas norteia as prioridades e esforços governamentais. Uma doença
tão prevalente, com altas chances de cura se estiver em estágio inicial,
precisa receber uma atenção maior também no sistema de atenção primária. Nesse
cenário, a regulamentação da Lei dos 30 dias é fundamental para que haja
transparência e controle dos esforços para reduzir a demora do diagnóstico no
curto e no médio prazo e salvar vidas", defende a Dra. Maira Caleffi.
FEMAMA
Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama
Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama
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