O prazo para a
definição do Ministério da Justiça e Segurança Pública se o país utilizará e
qual equipamento será empregado, termina em abril
Na
segunda semana de abril termina o prazo para o grupo de trabalho montado pelo
Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentar a conclusão dos seus
estudos sobre a viabilidade de utilização das tecnologias de Screening de
Substâncias Psicoativas (SPAs) para detectar o consumo de drogas em condutores
no trânsito brasileiro, conforme Portaria N° 384. No exterior, a detecção
de motoristas dirigindo sob efeito de substâncias psicoativas nas ruas e
estradas é feita por testes que analisam a saliva ou o suor.
Até
2018, o teste da saliva era o mais adotado, porém com a criação do Intelligent
Fingerprinting, há dois anos, a partir de pesquisas Universidade de
East Anglia/Norwich, na Inglaterra, autoridades de vários países europeus,
América do Norte, Nova Zelândia e Austrália, por exemplo, optaram por esse novo
equipamento, que usa apenas o suor presente na digital para revelar a presença
de drogas.
O
equipamento, é capaz de identificar se o condutor continua sob efeito da droga
ilícita até 10 horas depois do uso. “O material positivo coletado depois do
teste de Screening, não precisa de refrigeração nas primeiras 72 horas, ao
contrário do que acontece com os aparelhos que utilizam a saliva como amostra”,
explica Rodrigo Silveira, diretor comercial da Orbitae, empresa de Diagnósticos
que representa o aparelho no Brasil.
O
executivo acrescenta que com o teste de suor é possível detectar qual foi a
droga usada e a quantidade dela que consta no organismo do usuário. “O teste do
suor também não é considerado invasivo, como os de sangue, saliva e urina. O
equipamento é fácil de usar, não necessita de treinamento especial para ser
usado, por exemplo, e tanto o teste quanto a amostra testada são categorizados
como lixo comum”, destaca.
Além
disso, outra vantagem do Intelligent Fingerprinting é que o
motorista é identificado no momento do teste, em função da digital. “É um meio
rápido e confiável de levar mais segurança para as vias rodoviárias, náuticas e
aéreas brasileiras”, enfatiza Rodrigo.
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