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terça-feira, 10 de setembro de 2019

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA


Muitas pessoas deixam de realizar atividades simples, como sair de casa, ir à igreja, ou ao parque por conta da perda urinária. Estão sempre preocupados se existe banheiro por perto. 

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina pela uretra, sendo uma condição que afeta a qualidade de vida, comprometendo o bem-estar físico, psicológico e social do indivíduo.  Segundo a Organização Mundial de Saúde a incontinência urinária atinge aproximadamente 5% da população mundial, podendo acometer indivíduos de todas as idades e de ambos os sexos. Estudos demonstram que nos indivíduos acima de 60 anos a prevalência é maior, sendo a população feminina mais predispostas do que os homens. 

A incontinência urinária pode ser classificada em incontinência urinária de esforço, incontinência urinaria de urgência ou incontinência urinária mista.

- Incontinência urinária de esforço é quando ocorre a perda de urina ao levantar peso, espirrar, tossir, pular, rir, subir escadas, fazer atividades físicas.

- Incontinência urinária de urgência é quando o indivíduo sente uma forte vontade de urinar e o xixi escapa antes de chegar ao banheiro. Alguns pacientes vão ao banheiro em intervalos mais curtos, tendo a necessidade de ir toda hora no banheiro, inclusive a noite.

- Incontinência mista é quando ocorre a combinação das duas incontinências, a de esforço e urgência.

As causas da incontinência urinária podem ser de origem transitórias devido a ingestão de certas bebidas, alimentos e medicamentos como: álcool, café, chá com cafeína, refrigerantes, alimentos cítricos, também podendo ser causada por uma condição médica tratável como a infecção urinária, constipação intestinal, estresse emocional. Mas podendo ser também persistentes devido a problemas físicos ou alterações, incluindo: gravidez, tipo de parto, envelhecimento, menopausa, cirurgias ginecológicas, histerectomia, aumento da próstata, câncer de próstata, obstrução do trato urinário e distúrbios neurológicos.

Entre os fatores de risco para incontinência urinária estão: a idade, sexo, obesidade, tabagismo entre outros.

Tanto as mulheres quanto os homens podem ter esse problema, por isso são importantes a prevenção e a busca por um profissional capacitado. 

Os exercícios de fortalecimento do soalho pélvico podem ajudar na prevenção. São exercícios administrados aos pacientes sob a orientação de um profissional com o objetivo de deixar estes músculos mais forte. 

O Enfermeiro estomaterapeuta é o profissional que atua no tratamento avançado de pessoas com feridas, reabilitação de pacientes com estomias e também nos cuidados de pessoas com incontinência urinaria e anal.

O tratamento conservador é a primeira linha de escolha, além dos exercícios, mudanças comportamentais como: dietas, controle de peso, evitar prisão de ventre, não fumar e nem ingerir bebidas ou alimentos irritativos para a bexiga, assim como o treino de horário programado para urinar, ajudam no controle da perda urinaria e até mesmo na melhora dos sintomas. 

Atualmente são utilizados tratamentos com eletroestimulação, biofeedback e cones vaginais associados aos exercícios e mudanças comportamentais.
A incontinência urinária tem tratamento, por isso é importante procurar ajuda do profissional. 




Marcela Reis Pedrasini Shimazaki – Enfermeira Estomaterapeuta.


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