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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Erros cometidos no pós-operatório de cirurgias plásticas podem comprometer o resultado



Pixabay

Dr. Luiz Haroldo Pereira, especialista em cirurgia plástica e pioneiro da lipoaspiração no Brasil, alerta para riscos



Na busca por um corpo e visual melhor, as cirurgias plásticas são grandes aliadas. Porém, como todo procedimento invasivo, são necessários cuidados especiais, principalmente depois da cirurgia.

O sentimento de imediatismo e de que os resultados já foram alcançados fazem com que muitos pacientes não sigam à risca as restrições pós-operatórias como seria necessário. Por isso, ao decidir fazer uma cirurgia plástica, saiba que é necessária muita cautela e paciência, pois os cuidados iniciam logo após a alta e podem durar cerca de seis meses ou mais, até o resultado final.

Dr. Luiz Haroldo Pereira, especialista em cirurgia plástica, pioneiro da lipoaspiração no Brasil e com uma carreira de mais de 40 anos, cita os principais erros cometidos e que podem comprometer o resultado.


Fazer esforço físico

A atividade física deve ser evitada em pacientes que fizeram lipo por três semanas e para outras cirurgias que envolvam corte por 45 dias. O aumento da frequência cardíaca pode comprometer a cicatrização. Andar bastante ou pegar peso eleva a frequência cardíaca e pode provocar o aumento dos edemas decorrentes da cirurgia e isso pode comprometer a cicatrização.


Ficar por muito tempo na mesma posição

A formação de edemas pode ser ainda mais intensa se o paciente permanecer por muito tempo em posições estáticas, além de acentuar o risco de trombose em casos de cirurgias de maior porte como a lipoaspiração. Os pacientes que se submetem a uma cirurgia devem se movimentar e evitar ficarem deitados por um longo período para evitarem trombose ou embolia pulmonar.


Exposição solar

A exposição solar não é permitida enquanto houver equimoses, ou seja, roxidão, sobre risco de manchar a pele e podendo até causar alteração na cicatriz.A exposição ao sol de áreas com hematomas, causados principalmente por cirurgias faciais, pode causar manchas crônicas na pele ou escurecimento das cicatrizes, pois há um maior risco de pigmentação devido às moléculas de ferro concentradas na região das marcas.


Ingerir bebidas alcoolicas e fumar

O uso de bebidas alcoólicas no pós-operatório deve ser evitada enquanto o paciente estiver fazendo uso de medicamentos, quanto ao fumo, deve ser evitado tanto no pré quanto no pós-operatório, em especial nos pacientes que fizeram cirurgia na face e abdômen.

Com o aumento do fluxo sanguíneo nos locais que receberam a cirurgia, dos edemas e das dores, a bebida pode elevar a excreção renal dos antibióticos, diminuindo o seu efeito. Já o cigarro, causa a má cicatrização, podendo levar desde a reabertura da cicatriz até a morte dos tecidos operados devido à má irrigação arterial.


Abandonar uma alimentação saudável

Alimentos de difícil digestão agravam a função gástrica, que já está comprometida com analgésicos e anti-inflamatórios, podendo causar até mesmo gastrite e gases intestinais, por isso é ideal manter uma dieta balanceada nos meses seguintes após a cirurgia. E não apenas neste período, os pacientes devem se conscientizar sobre manter uma dieta saudável e praticar atividades físicas para melhorar a qualidade de vida e conservar por mais tempo o resultado das suas cirurgias.


Não dar a devida atenção a higiene

As cicatrizes cirúrgicas devem receber atenção especial durante o banho para que o risco de contaminação seja praticamente zero e o processo de cicatrização não seja comprometido.


Ocultar informações sobre outras medicações

Alguns medicamentos podem causar problemas quando associados com as anestesias, o que pode levar a complicações, acentuando os sangramentos e causando até mesmo problemas renais, hepáticos ou alérgicos. Por isso é fundamental também sempre informar ao seu médico o uso de medicamentos.





Dr. Luiz Haroldo Pereira - que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal ou na face no Brasil. Ele se especializou na França, onde participou da equipe do Dr. Pierre Fournier. O médico tem mais de 25 artigos publicados nas mais diversas e importantes revistas nacionais e internacionais sobre cirurgia plástica e é autor de vários capítulos de livros sobre lipoaspiração, lipoenxertia, próteses de silicone, cirurgias de face e gluteoplastia, sendo considerado fonte no Brasil para todos estes assuntos. O médico já foi presidente da regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspirações, implantes de silicone e outros procedimentos.


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