Está cada vez mais comum ver
empresas investindo em equipes multidisciplinares. Mas, como fazer com que
todos se sintam parte da organização?
Idade, orientação sexual, diferentes etnias, necessidades
especiais e gênero. Diferentes grupos que, se inseridos no mesmo ambiente de
trabalho, formam uma equipe diversificada e multidisciplinar.
Atualmente é bastante comum ver empresas investindo em inclusão e
diversidade dentro das organizações. Mas, simplesmente contratar grupos
diferentes não garante que a empresa apresente um alto desempenho ou que seja
admitida como uma empresa inclusiva.
A coach especialista em
desenvolvimento de lideranças e certificada pela Marshall Goldsmith Stakeholder
Centered Coaching, Carolina Valle Schrubbe, explica que somente uma liderança
inclusiva garante que todos os membros da equipe sintam-se tratados com
respeito e justiça, valorizados e pertencentes ao local de trabalho. “Há uma
pressão muito grande para que as empresas consigam acelerar seus esforços de
inclusão a fim de que se tornem acessíveis para todos os grupos de pessoas.
Porém, a inclusão não pode acontecer apenas para benefício próprio da empresa,
ela precisa engajar os colaboradores e aceitar que diferentes pensamentos e
habilidades trazem benefícios para todos”, comenta.
Uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review mostra que
equipes que possuem líderes inclusivos têm 17% mais chances de obter um alto
desempenho, 20% mais chances de tomar decisões de alta qualidade e 29% mais
chances de relatar comportamento colaborativo.
A especialista explica que as lideranças corporativas precisam
considerar o poder da diversidade e da inclusão para a geração de valor da
empresa. “É preciso rever a forma de realizar o recrutamento, para que desde a
contratação a empresa se mostre inclusiva e receptiva a todos os tipos de
pessoas”, ressalta.
A real mudança acontece quando, além dos gestores da empresa, os
colaboradores entendam que a diversidade e a inclusão faz parte do ambiente de
trabalho e, que todos devem ser respeitados e tratados da mesma forma.
A Harvard Business Review, pesquisou mais de 4.100 funcionários
sobre inclusão e entrevistou empresas consideradas altamente inclusivas. Com a
pesquisa, foram identificadas seis características ou comportamentos que
distinguem os líderes inclusivos dos outros:
Compromisso visível: articulam um autêntico
compromisso com a diversidade, desafiam o status, responsabilizam os outros e
tornam a diversidade e a inclusão uma prioridade pessoal.
Humildade: eles são modestos em
relação às capacidades, admitem erros e criam espaço para que outras pessoas
contribuam.
Consciência do viés: eles mostram o
conhecimento de pontos cegos pessoais, bem como falhas no sistema e trabalham
duro para garantir a meritocracia.
Curiosidade sobre os outros: eles demonstram uma
mentalidade aberta, e profunda curiosidade sobre os outros, ouvem sem julgamento
e buscam com empatia entender as pessoas ao seu redor.
Inteligência cultural: eles estão atentos às
culturas de outras pessoas e se adaptam conforme necessário.
Colaboração eficaz: eles capacitam outras
pessoas, prestam atenção à diversidade de pensamento e segurança psicológica e
se concentram na coesão da equipe.
“As características observadas pela pesquisa são amplamente
importantes para uma boa liderança. Se as pessoas dentro da empresa entenderem
que tais ações são para benefício de todos, certamente a inclusão fará parte
dos valores da organização”, afirma.
Carolina lembra que ainda há um longo caminho a ser percorrido
para que as empresas tornem-se realmente organizações praticantes da
diversidade. “As pessoas são importantes e querem ser respeitadas em todos os
ambientes, principalmente, no trabalho”, finaliza.
Carolina Valle Schrubbe -coach executiva da Marshall
Goldsmith Group e sócia da SINN Coaching. Seu trabalho é apoiar líderes para
que aumentem a eficácia do comportamento de liderança, com impacto direto no
resultado dos negócios. Soma mais de 15 anos de experiência corporativa, sendo,
dez em liderança com cargos de gestão na Caixa Econômica Federal e nove anos de
experiência como instrutora estratégica para líderes e seus
times. Carolina é certificada em Global Leadership Assessment
pela MGSCC, practitioner SOAR pela Florida Christian University e em Alpha
Assessment pela SBC. Trabalha com o desenvolvimento de profissionais em todo o
Brasil.
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