Muitas pessoas deixam de
realizar atividades simples, como sair de casa, ir à igreja, ou ao parque por
conta da perda urinária. Estão sempre preocupados se existe banheiro por perto.
A incontinência urinária é a
perda involuntária de urina pela uretra, sendo uma condição que afeta a
qualidade de vida, comprometendo o bem-estar físico, psicológico e social do
indivíduo. Segundo a Organização Mundial
de Saúde a incontinência urinária atinge aproximadamente 5% da população
mundial, podendo acometer indivíduos de todas as idades e de ambos os sexos. Estudos
demonstram que nos indivíduos acima de 60 anos a prevalência é maior, sendo a
população feminina mais predispostas do que os homens.
A incontinência urinária
pode ser classificada em incontinência urinária de esforço, incontinência
urinaria de urgência ou incontinência urinária mista.
- Incontinência urinária de
esforço é quando ocorre a perda de urina ao levantar peso, espirrar, tossir,
pular, rir, subir escadas, fazer atividades físicas.
- Incontinência urinária de
urgência é quando o indivíduo sente uma forte vontade de urinar e o xixi escapa
antes de chegar ao banheiro. Alguns pacientes vão ao banheiro em intervalos
mais curtos, tendo a necessidade de ir toda hora no banheiro, inclusive a
noite.
- Incontinência mista é
quando ocorre a combinação das duas incontinências, a de esforço e urgência.
As causas da incontinência
urinária podem ser de origem transitórias devido a ingestão de certas bebidas,
alimentos e medicamentos como: álcool, café, chá com cafeína, refrigerantes,
alimentos cítricos, também podendo ser causada por uma condição médica tratável
como a infecção urinária, constipação intestinal, estresse emocional. Mas
podendo ser também persistentes devido a problemas físicos ou alterações,
incluindo: gravidez, tipo de parto, envelhecimento, menopausa, cirurgias
ginecológicas, histerectomia, aumento da próstata, câncer de próstata,
obstrução do trato urinário e distúrbios neurológicos.
Entre os fatores de risco
para incontinência urinária estão: a idade, sexo, obesidade, tabagismo entre
outros.
Tanto as mulheres quanto os
homens podem ter esse problema, por isso são importantes a prevenção e a busca
por um profissional capacitado.
Os exercícios de
fortalecimento do soalho pélvico podem ajudar na prevenção. São exercícios
administrados aos pacientes sob a orientação de um profissional com o objetivo
de deixar estes músculos mais forte.
O Enfermeiro estomaterapeuta
é o profissional que atua no tratamento avançado de pessoas com feridas,
reabilitação de pacientes com estomias e também nos cuidados de pessoas com
incontinência urinaria e anal.
O tratamento conservador é a
primeira linha de escolha, além dos exercícios, mudanças comportamentais como: dietas,
controle de peso, evitar prisão de ventre, não fumar e nem ingerir bebidas ou
alimentos irritativos para a bexiga, assim como o treino de horário programado
para urinar, ajudam no controle da perda urinaria e até mesmo na melhora dos
sintomas.
Atualmente são utilizados tratamentos com
eletroestimulação, biofeedback e cones vaginais associados aos exercícios e
mudanças comportamentais.
A incontinência urinária tem tratamento, por isso
é importante procurar ajuda do profissional.
Marcela Reis Pedrasini Shimazaki – Enfermeira
Estomaterapeuta.
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