A
inclusão escolar não é só um desejo, mas um direito da pessoa com TEA (
Transtorno de Espectro Autista). Nenhuma escola, pública ou privada, pode negar
a matrícula de um autista ou cobrar por um professor auxiliar ou mediador
escolar, quando necessário.
Inclusão escolar não
significa apenas inserir a criança ou adolescente com TEA no ambiente escolar.
Começa antes mesmo da recepção do aluno. Os professores e a equipe devem
conhecer as particularidades e necessidades de cada aluno com TEA e, em
conjunto com os pais e profissionais, auxiliar no plano educacional
individualizado e colocar em prática estratégias que promovam o desenvolvimento
de habilidades sociais, comunicativas, pedagógicas e de autonomia.
À escola
cabe fazer a adaptação do conteúdo escolar, capacitar, humanizar professores e
equipe. É importante que flexibilize horário de entrada, saída, alimentação,
quando houver necessidade. Muitas vezes, o aluno com autismo se desregula no
horário da entrada devido aos inúmeros estímulos auditivos e visuais, uma dica
é que ele entre antes ou após este momento. Os professores, além de acompanhar
de perto o aprendizado, devem reforçar junto aos demais alunos da classe a
importância do respeito e do acolhimento em relação ao colega com TEA.
Usar da previsibilidade, imagens, quadros de rotina, histórias sociais
trabalhar com o concreto, manter o aluno próximo ao professor e usar de
assuntos de interesse na hora de ensinar são algumas das estratégias que
auxiliam o aprendizado e desenvolvimento da criança ou adolescente com TEA na
escola.
Em muitos casos, faz-se necessário um professor auxiliar ou um acompanhante terapêutico que estará ao lado do aluno em sala de aula e em contato direto com os pais e com a equipe que o acompanha, tornando as adaptações necessárias mais simples, visando sempre o desenvolvimento integral da criança ou adolescente com TEA.
Em muitos casos, faz-se necessário um professor auxiliar ou um acompanhante terapêutico que estará ao lado do aluno em sala de aula e em contato direto com os pais e com a equipe que o acompanha, tornando as adaptações necessárias mais simples, visando sempre o desenvolvimento integral da criança ou adolescente com TEA.
Um ambiente escolar acolhedor e humanizado propicia inúmeras possibilidades de
aprendizado e desenvolvimento social e relacional não só para os alunos com
autismo, mas para todos que terão oportunidades de aprender sobre diferenças,
amor, respeito e se tornarem adultos capazes de fazer a diferença na sociedade.
Deborah
Kerches (CRM 102717-SP) - Neuropediatra especialista em Transtorno do Espectro
Autista (TEA), diretora do Centro de Atenção
Psicossocial Infanto Juvenil de Piracicaba, membro da
Sociedade Brasileira de Neuropediatria, da Associação Brasileira de Neurologia
e Psiquiatria Infantil (ABENEPI), da Academia Brasileira de Neurologia e da
Sociedade Brasileira de Cefaleia. Além de ser palestrante e preceptora do
Programa de Residência Médica em Pediatria da Prefeitura do Município de
Piracicaba com Especialização em Preceptoria pelo Instituto de Ensino e
Pesquisa do Hospital Sírio Libanês.Também ministra cursos e workshops sobre os
mais variados temas ligados a Neuropediatria, Transtorno do
Espectro Autista (TEA) e Saúde Mental Infanto Juvenil.
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