Independentemente
da idade, a pergunta que todas as pessoas deveriam fazer é: quantas vezes eu
caí no último ano? Se a resposta foi pelo menos uma vez, saiba que 1/3 dos
idosos responde da mesma forma. No entanto, neles o impacto tende a ser maior,
já que apresentam dez vezes mais hospitalizações e oito vezes mais mortes
consequentes de quedas.
Além
dos tombos, os tropeços estão entre os mais comuns em metade dos casos, o que
pode levar essa população específica ao maior risco de fratura,
institucionalização e até morte. Por isso a necessidade de ficar atento ao
ambiente onde esse idoso faz sua locomoção, como pisos
irregulares/escorregadios, tapetes, iluminação inadequada, escadas, uso de
instrumentos de marcha inadequados e presença de objetos/fios em área de
trânsito.
Lançar mão de algumas medidas pode contribuir para evitar as temidas quedas, como manter banho de sol diário e ingestão adequada de cálcio e vitamina D, manter um ambiente iluminado e sem obstáculos, fazer uso adequado de óculos (evitando lentes bifocais e multifocais), utilizar dispositivos de marcha adequadamente sob orientação médica e de fisioterapeutas, prestar atenção ao andar e evitar dupla tarefa (ex. carregar sacolas nas duas mãos ou uso de celulares durante a marcha), assim como evitar chinelos ou “crocs” e priorizar calçados mais fechados e flexíveis, como tênis e sapatilhas.
O
idoso também deve fazer atividades com objetivo de desenvolver o equilíbrio,
agilidade, força e coordenação e ter acompanhamento com médico geriatra
regularmente para verificar o uso de medicação que possa afetar o equilíbrio, a
atenção e a marcha.
O medo de cair é um dos fatores que mais pode influenciar nas quedas de idosos, pois pode limitar as atividades da pessoa, fazendo com que esta perca tônus muscular, restrinja suas atividades sociais e de vida diária e, por consequência, venha a desenvolver psicopatologias como a depressão, por exemplo.
O medo de cair pode ser tão limitante e causador de transtornos psicológicos que deve ser ponto de atenção de familiares, cuidadores e profissionais de saúde. “Um idoso com medo de cair intenso e que limitou suas atividades por esse motivo, ao tentar realizar um pequeno percurso, pode correr o risco de incorrer em uma queda”, avalia Caio Vianna Baptista.
A queda e o medo de cair podem ter repercussões não só físicas, mas psicológicas e sociais importantes, afetando a vida do idoso como um todo. Pode afetar a imagem corporal destas pessoas, assim como as relações sociais e fazer como que comecem a desenvolver sentimento de tristeza e de inutilidade frente à vida.
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