Segundo especialista, mudanças demográficas
e culturais já estão mudando como as pessoas encaram as diversas fases da vida
É fato que nunca
antes tivemos uma média de idade tão elevada e uma participação tão grande das
pessoas maduras em relação ao total das populações. As pessoas vivem cada vez
mais e têm cada vez menos filhos em todos os países. E a consequência
óbvia disso é o envelhecimento populacional.
Mas no que
esta mudança de parâmetros na pirâmide populacional pode significar?
Para o
pesquisador e CEO da Mind Pesquisas, Alexandre Correa Lima, o aumento da
expectativa de vida impacta, e continuará impactando, nossa maneira de viver de
forma profunda. Segundo ele, estamos vivendo a chamada “Revolução Prateada”, um
fenômeno global e inédito na historia da humanidade.
“Presenciamos
as grandes mudanças deste novo paradigma. Estima-se que em 15 anos tudo mudará.
A vida não começará aos quarenta e nem acabará aos 60. Um mundo onde pela
primeira vez, na história da humanidade, teremos mais sêniors que jovens”,
afirma.
Correa
afirma que tais mudanças já obrigam a sociedade, como um todo, a lançar um novo
olhar para a geração sênior. Baseado em levantamentos e análises a cerca da
longevidade, ele explica que não se pode ignorar as mudanças que virão com a
Revolução Prateada.
“Não é
futurismo, são dados. Não se trata apenas de mais anos de vida, mas sobretudo
de mais vida nos anos. Viveremos não apenas mais, mas com mais qualidade de
vida”, diz.
Os impactos já
podem ser sentidos, por exemplo, em diversas áreas: mercado de trabalho,
relações de consumo, marketing, economia, cultura, e sociedade e politica
publicas. Por isso também. Entender este novo público diante das reformas previdenciárias
é importante, e sua incompreensão pode deixar de levar em consideração
elementos relevantes.
“Ao mesmo tempo,
apesar da importância desse assunto, vemos que sua repercussão parece
absolutamente invisível para sociedade em geral, um verdadeiro iceberg. Os
prateados não estão representados nos comerciais de TV, nas ações de recursos
humanos e nos debates de politicas públicas, e quando estão, quase
invariavelmente o são de maneira caricata: frágeis velhinhos necessitando de
cuidados especiais”, argumenta.
Os dados
demográficos não mentem: As pessoas estão alongando seus ciclos de vida:
casando mais tarde, trabalhando mais tempo, tendo projetos por toda a vida.
Nesse sentido,
Correa afirma: os prateados estão com tudo.
“Cientistas
cunharam o termo superagers para se referirem àqueles que chegam a uma
idade madura mantendo características físicas ou cognitivas bastante
preservadas. Esse é o futuro e ele chegou e não é cinza, é prateado”, afirma.
Correa já marcou
presença em eventos importantes este. Ele estará no CONARH, considerado um dos
mais importantes eventos sobre gestão de pessoas no mundo e que acontece em
agosto em São Paulo. Ainda participará do TEDx UnisVarginha, que acontecerá em
Minas Gerais no mês de setembro.
Em ambos os eventos, repercutirá assuntos como a
Revolução Prateada, longevidade e contemporaneidade.
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