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sexta-feira, 26 de julho de 2019

A reinvenção da velhice e o fim da pirâmide populacional


Segundo especialista, mudanças demográficas e culturais já estão mudando como as pessoas encaram as diversas fases da vida

É fato que nunca antes tivemos uma média de idade tão elevada e uma participação tão grande das pessoas maduras em relação ao total das populações. As pessoas vivem cada vez mais e têm cada vez menos filhos em todos os países.  E a consequência óbvia disso é o envelhecimento populacional.
 Mas no que esta mudança de parâmetros na pirâmide populacional pode significar?

 Para o pesquisador e CEO da Mind Pesquisas, Alexandre Correa Lima, o aumento da expectativa de vida impacta, e continuará impactando, nossa maneira de viver de forma profunda. Segundo ele, estamos vivendo a chamada “Revolução Prateada”, um fenômeno global e inédito na historia da humanidade.
 “Presenciamos as grandes mudanças deste novo paradigma. Estima-se que em 15 anos tudo mudará. A vida não começará aos quarenta e nem acabará aos 60. Um mundo onde pela primeira vez, na história da humanidade, teremos mais sêniors que jovens”, afirma.

 Correa afirma que tais mudanças já obrigam a sociedade, como um todo, a lançar um novo olhar para a geração sênior. Baseado em levantamentos e análises a cerca da longevidade, ele explica que não se pode ignorar as mudanças que virão com a Revolução Prateada.

 “Não é futurismo, são dados. Não se trata apenas de mais anos de vida, mas sobretudo de mais vida nos anos. Viveremos não apenas mais, mas com mais qualidade de vida”, diz.

Os impactos já podem ser sentidos, por exemplo, em diversas áreas: mercado de trabalho, relações de consumo, marketing, economia, cultura, e sociedade e politica publicas. Por isso também. Entender este novo público diante das reformas previdenciárias é importante, e sua incompreensão pode deixar de levar em consideração elementos relevantes.

“Ao mesmo tempo, apesar da importância desse assunto, vemos que sua repercussão parece absolutamente invisível para sociedade em geral, um verdadeiro iceberg. Os prateados não estão representados nos comerciais de TV, nas ações de recursos humanos e nos debates de politicas públicas, e quando estão, quase invariavelmente o são de maneira caricata: frágeis velhinhos necessitando de cuidados especiais”, argumenta.

Os dados demográficos não mentem: As pessoas estão alongando seus ciclos de vida: casando mais tarde, trabalhando mais tempo, tendo projetos por toda a vida.

Nesse sentido, Correa afirma: os prateados estão com tudo.

 “Cientistas cunharam o termo superagers para se referirem àqueles que chegam a uma idade madura mantendo características físicas ou cognitivas bastante preservadas. Esse é o futuro e ele chegou e não é cinza, é prateado”, afirma.

Correa já marcou presença em eventos importantes este. Ele estará no CONARH, considerado um dos mais importantes eventos sobre gestão de pessoas no mundo e que acontece em agosto em São Paulo. Ainda participará do TEDx UnisVarginha, que acontecerá em Minas Gerais no mês de setembro.
Em ambos os eventos, repercutirá assuntos como a Revolução Prateada, longevidade e contemporaneidade.


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