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O excesso de pele é problema recorrente entre as
pessoas que passam por tratamento bariátrico. A maioria dos pacientes, cerca de
90%, buscam o auxílio de plástica para retirar o excesso de pele causado pela
perda de peso.
O médico Guilherme Roça, cirurgião plástico e
integrante da equipe do Centro VITA de Tratamento da Obesidade e Diabetes,
explica que com a cirurgia bariátrica o indivíduo chega a eliminar de 40 a 50%
do peso e a plástica reparadora é essencial para se restabelecer a qualidade de
vida. Ao perder grande quantidade de peso os pacientes acumulam pele na
barriga, braços e em outras áreas do corpo. “Isso pode se tornar um problema,
já que o excesso de pele é responsável por desencadear uma série de doenças
como dermatites, infecções e até mesmo assaduras.
A pele corresponde a 16% do peso corporal e tem
funções térmica, de defesa orgânica e de proteção, o que a torna essencial para
a sobrevivência do corpo humano. “Por isso, não se trata de um
procedimento estético, mas sim de uma ferramenta para melhorar a forma e o
tônus do tecido subjacente e remover o acúmulo de gordura e flacidez da pele,
resultando em uma aparência corporal com contornos mais suaves”, destaca o
cirurgião plástico do Hospital VITA.
Quando fazer cirurgia plástica reparadora
Dr. Guilherme conta que a plástica reparadora
deve ser realizada quando a pessoa atinge a estabilização da perda de peso.
“Isso geralmente ocorre 18 meses após a bariátrica, ou seja, quando o paciente
estiver com o índice de massa corporal (IMC) próximo aos valores desejados e
saudável - sem sinais de anemia ou desnutrição.
As principais cirurgias realizadas no ex-obeso,
tanto em mulheres quanto em homens, são a abdominoplastia (cirurgia plástica do
abdômen), a mamoplastia (cirurgia para erguer ou diminuir as mamas), a
coxoplastia (retirada de excesso de pele e gordura das coxas) e a
braquioplastia (cirurgia para corrigir a flacidez dos braços). Além disso,
"eventualmente, o paciente pode precisar ainda de cirurgias para tratar a
flacidez no dorso, e o excesso de pele nas pálpebras, face e região
íntima", acrescenta o cirurgião plástico.
Procedimentos associados
O especialista esclarece também que quando o
procedimento é realizado em uma área menor, pode existir a possibilidade de
fazer duas correções de uma só vez como, por exemplo, braço e mama. São
chamadas plásticas associadas, já que estão no mesmo segmento corporal e apresentam
uma recuperação parecida. A realização de associação de cirurgias (como abdômen
e coxa, mama e braço), depende das condições técnicas e do quadro clínico do
paciente (doenças associadas, idade, risco de trombose, entre outros problemas)
e deve ser cuidadosamente analisada e avaliada. “O intervalo para realização de
uma plástica e outra é de cerca de seis meses”, complementa Dr. Guilherme.
Hospital VITA
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