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quinta-feira, 25 de julho de 2019

Pele na terceira idade: Conheça os principais cuidados nessa fase da vida


Rugas, ressecamento, manchas, flacidez, angiomas, eczemas, erupções, vesículas, úlceras, pústulas, calosidades, urticária, coceiras, dermatites, nódulos e tumores benignos ou malignos são alguns dos principais problemas de pele que podem ser encontrados na população idosa. Atualmente, as doenças cutâneas acometem de 1/3 a mais de 50% das pessoas, e na fase idosa a incidência é ainda maior, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Com este contexto, os cuidados com o maior órgão do nosso corpo na terceira idade se mostram ainda mais necessários. Sendo assim, a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da SBD, Ana Rosa Magaldi, aponta a seguir, as principais causas e características de distúrbios e disfunções que são comuns à pele de pessoas nesta faixa etária, e ainda indica os tratamentos e cuidados que podem ajudar na cura ou amenização destas condições.
De acordo com a dermatologista, o processo de envelhecimento humano provoca um grande número de mudanças fisiológicas, e um dos órgãos que mais sofre com o avanço dos anos é a pele. “Existem mais de 3 mil tipos de enfermidades da pele que ocasionam uma infinidade de alterações na saúde ou até mesmo podem levar ao óbito. Estes problemas podem surgir em qualquer fase da vida, mas a idade avançada age como um grande fator de risco para a eclosão de patologias”, ressalta.

Segundo Ana Rosa, na terceira idade, é natural que o nosso organismo sofra com a queda na capacidade de formação de colágeno, elastina e ácido hialurônico. Ainda há a diminuição das glândulas sudoríparas, o declínio na produção de secreções por parte das glândulas sebáceas, e o surgimento de doenças como a diabetes. “A combinação destes fatores junto de condições externas, como a exposição solar exacerbada e contínua ao longo da vida, a realização de uma hidratação ineficaz, o contato com a poluição, desordens emocionais, o tabagismo, o sedentarismo e a má alimentação, contribuem para que a pele fique mais seca, fina, frágil na fase idosa. Ela ainda perde grande parte de sua capacidade de adaptação às oscilações de temperatura e se torna suscetível ao aparecimento de lesões e infecções”, adverte.

A dermatologista explica que várias destas ocorrências na fase idosa afetam não só a saúde como também a aparência e autoestima das pessoas. “A maioria das características que ficam aparentes na pele na terceira idade revela muito dos hábitos e experiências pelas quais passamos e praticamos durante as nossas trajetórias de vida. No Brasil, dentre as doenças de pele com maior incidência entre os idosos estão os tumores (benignos e malignos), as micoses e rachaduras. Ainda existe um grande número de queixas pautadas pela manifestação de manchas, alergias e psoríase”, afirma.

Para cuidar da pele após os 60 anos, Ana Rosa indica cuidados diários como o aumento da ingestão de água; a adoção de uma dieta saudável e composta por alimentos antioxidantes para o combate de radicais livres (frutas cítricas, aveia, açafrão linhaça, peixes e dentre outros); a prática regular de exercícios físicos que ajudem no aprimoramento da circulação sanguínea; o abandono de banhos muito longos e quentes; e o uso de hidratantes corporais com propriedades umectantes, oclusivas e emolientes.

Ana Rosa lembra que quanto à exposição solar, que é uma das principais responsáveis pelo câncer de pele dos tipos melanoma e não melanoma em nosso país, é preciso ficar atento a algumas recomendações. “Os idosos, assim como todas as pessoas, devem fazer o uso de protetores solares com FPS superiores a 30, evitando se expor aos raios solares de forma desprotegida entre os horários de 10h e 15h. No entanto, é preciso dizer que o sol é importante para a síntese de vitamina D, então para que essa substância não fique em baixa, invista em alimentos como o salmão, atum e sardinha ou mesmo na suplementação, caso seja necessário”, aconselha.

Por fim, Ana Rosa destaca que o autoexame e o acompanhamento anual junto a um dermatologista são determinantes para o diagnóstico e tratamento de doenças graves como o câncer de pele. Ela ainda esclarece que a ajuda médica é essencial para identificação dos tipos de pele de cada pessoa e a indicação de produtos e terapêuticas adequadas. “Somente um profissional qualificado será capaz de proporcionar o diagnóstico precoce de um câncer e isso aumenta muito as possibilidades de cura de um paciente. Além da pele, os idosos também devem manter a atenção constante quanto a sua saúde como um todo, por isso existe a necessidade de que também sejam realizadas consultas regulares com outros profissionais da área médica”, conclui.  


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