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segunda-feira, 1 de julho de 2019

Acordo entre Mercosul e União Europeia deve alavancar comércio de bens brasileiros, avalia FecomercioSP


Segundo a Entidade, o tratado ainda garantirá ao Brasil acesso a produtos europeus com tecnologia de ponta a preços mais atrativos


A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) considera muito positivo o acordo comercial fechado entre o Mercosul e a União Europeia (UE) na última sexta-feira (28/6), após mais de 20 anos de negociação. Para a Entidade, é o tratado comercial mais ambicioso, com potencial para alavancar as vendas de produtos do agronegócio do Mercosul e de bens industrializados europeus.

Segundo a Federação, o acordo proporcionará mais competitividade para a economia brasileira ao garantir acesso a produtos e serviços da Europa com tecnologia de ponta a preços mais atrativos. Além disso, essa redução de barreiras vai facilitar a inserção do Brasil nas cadeias globais e, consequentemente, trazer mais investimento, emprego e renda para o País. Por fim, os consumidores também serão beneficiados ao ter acesso a maior diversidade de itens, com preços melhores.

Os termos detalhados do acordo ainda não foram divulgados, contudo, já se sabe que apenas 24% das exportações brasileiras estavam livres de tributos na UE. Agora, praticamente 100% das exportações terão o benefício.

Quando as negociações entrarem em vigor, produtos agrícolas nacionais como suco de laranja, frutas e café solúvel terão suas tarifas zeradas. Também deve haver uma cota para carnes, açúcar e etanol, entre outros. Além disso, as empresas brasileiras terão eliminação de tarifas na exportação de produtos industrializados e serão reconhecidos como produtos brasileiros diferenciados – cachaça, queijo, vinho e café –, garantindo acesso efetivo em diversos segmentos de serviços, como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros.

Outro ponto importante é que empresas brasileiras também obterão acesso ao mercado de licitações da UE, estimado em US$ 1,6 trilhão, e, em contrapartida as empresas europeias passarão efetivamente a participar das licitações brasileiras, o que deve reduzir os custos das obras no território nacional e proporcionar a  ampliação para a infraestrutura do turismo, por exemplo.

Para a FecomercioSP, em um momento de incertezas no mercado internacional, a conclusão do tratado reforça o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade. Juntos, o Mercosul e a União Europeia representam em torbo de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas.

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