Em 5 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade, data de fundação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), entidade que representa os médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde. Essa especialidade médica atua tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto em serviços privados, oferecendo cuidados centrados na pessoa e não na doença, com capacidade de solucionar quase todos os problemas apresentados pelos pacientes nas consultas sem ser necessária a avaliação por outras especialidades médicas.
“Os médicos de família e comunidade (MFCs) estão espalhados em todo o país e atuam cuidando dos problemas mais comuns na comunidade, focados não apenas nas doenças, mas também oferecendo serviços de prevenção, cura e reabilitação para maximizar a saúde e o bem-estar. Integram os cuidados quando há mais de um problema de saúde e lidam com o contexto no qual a doença existe, sabendo que este contexto é determinante no surgimento dos problemas e nas respostas que as pessoas oferecem para eles.
Além disso, organiza e racionaliza o uso dos recursos para promoção, manutenção e melhora da saúde”, explica Thiago Trindade, presidente da SBMFC.
O nome Medicina de Família e Comunidade não é universal: outros países utilizam denominações como "clínico geral", "médico de cabeceira", "médico de família", "médico geral e familiar". No Brasil estes especialistas adotaram a
sua denominação com base na sua história de atuação junto às comunidades e
famílias, de forma abrangente e considerando os problemas mais prevalentes em cada local.
No Sistema Único de Saúde, o atendimento normalmente é nas Equipes de Saúde da Família, estratégia adotada pelo Ministério da Saúde há mais de 20 anos para reorientar o modelo de atenção à saúde da população a partir da atenção primária. As equipes são multidisciplinares, formadas por médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos ou auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde que, junto as comunidades, desenvolvem ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças. Atualmente existem cerca de 40 mil Equipes de Saúde da Família implantadas no país. A execução da ESF é compartilhada pelo governo federal, estados, Distrito Federal e municípios. Ao governo federal cabe estabelecer as diretrizes nacionais da política e garantir as fontes de recursos financeiros para o componente federal do seu financiamento. Cidades-modelo da estratégia hoje são Florianópolis e Curitiba.
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