Segundo especialista, opção ainda é a
melhor forma de consumidor negociar descontos na hora da compra
A
quantidade de cheques utilizados caiu quase 80% nos últimos 20 anos em nosso
país, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e “apenas” 672
milhões de folhas foram compensadas em 2015. Apesar de o cenário ser
decrescente, os talões de papel ainda encontram espaço em um universo dominado
por cartões de crédito e até por compras on-line.
Segundo a educadora
financeira Dora Ramos, diretora da Fharos Contabilidade & Gestão
Empresarial, um dos fatores que limita o uso do documento é a falta de
praticidade. “Com certeza, é muito mais prático usar o cartão, em que você
apenas digita a senha e, pronto, seu pagamento está finalizado. O cheque, você
precisa assinar, conferir todas as informações e, às vezes, pode ter o trabalho
de ir ao banco posteriormente, caso exista algum dado divergente”, explica a
especialista.
Ela ressalta, porém, que o
cheque ainda é bastante utilizado e muito útil em determinados tipos de compra.
“A queda na utilização é natural, pois hoje temos mais opções de pagamento que
há 20 anos, mas as folhas têm grande espaço, principalmente, em cidades do
interior e para pagamentos parcelados. Podem ficar tranquilos, o cheque ainda
não está em xeque”, brinca.
Os talões continuam sendo
uma ótima opção para quem gosta de negociar descontos, pois os estabelecimentos
pagam taxas altas quando fazem vendas e recebem via cartão, principalmente de
crédito. Ao aceitar cheques, conseguem baixar o preço e ainda têm uma boa
margem de lucro.
Confira dicas de Dora Ramos
para continuar usando cheques:
1 – Anote sempre o valor, a
data e para quem o cheque foi emitido. Procure criar uma planilha para esse fim
e evite se perder com as compensações dos documentos.
2 – Negocie. Quando o
estabelecimento oferecer a opção, não deixe de pedir um desconto. Muito
provavelmente, você vai conseguir melhorar o valor final da compra.
3 – Procure deixar a data do cheque bem enfatizada. Se possível,
faça uma anotação no pedido ou nota de compra, reforçando que o documento seja
depositado impreterivelmente no dia indicado. Não é raro que o cheque seja
compensado dias e até semanas antes ou depois da data correta. Isso acaba
prejudicando o planejamento financeiro e pode até causar buracos no orçamento
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