Conheça os principais problemas que afetam
atletas profissionais e amadores de diferentes modalidades
No
clima de Jogos Olímpicos, muitas pessoas se motivam a praticar um esporte, já
que a atividade física sempre é bem-vinda e previne uma série de doenças. Mas é
preciso tomar cuidados. “O primeiro passo é procurar o especialista adequado
antes de praticar um esporte, para que lesões sejam evitadas e para que o
exercício seja melhor aproveitado”, orienta Leandro Gregorut, ortopedista na
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Gregorut,
que foi médico da Seleção Brasileira Feminina de Handebol nos Jogos de Londres,
em 2012, explica ainda que mesmo quando o atleta está bem preparado fisicamente
e com técnica apurada, ele está sujeito a se lesionar. “Portanto, tanto atletas
profissionais, quanto amadores, devem saber sobre as lesões mais comuns e se
preparar para que sejam evitadas”, afirma.
Abaixo,
o ortopedista explica as lesões mais comuns de algumas modalidades Olímpicas:
Atletismo: “Quando falamos de atletismo, quase
sempre pensamos em categorias que envolvem corrida, tais como as provas de
velocidade ou as provas de longa distância. Acabamos nos esquecendo do resto,
como arremesso de disco, martelo, peso, pentatlo moderno, salto em altura e com
vara. De uma maneira geral, as lesões mais comuns no atletismo são as lesões
musculares, tais como as distensões e as rupturas musculares devido à grande
intensidade em esforço, velocidade e volume que os músculos são utilizados para
realizar a qualquer tipo de prova. Entorses de tornozelo e joelho vêm em
seguida, mas são bem menos prevalentes”.
Futebol: “A lesão mais frequente é a distensão
muscular, seguida por entorse de tornozelo. No entanto, elas não são as mais
incapacitantes, pois são lesões de pouca gravidade que, com alguns dias ou
semanas de tratamento fisioterápico, podem colocar o jogador de novo na ativa.
Entorse de joelho com ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) e lesões dos
meniscos associadas são as lesões incapacitantes mais comuns no futebol, pois
são de tratamento cirúrgico e o atleta pode voltar aos treinos somente seis
meses após a cirurgia”.
Ginástica
Rítmica/Artística:
“Nesta modalidade esportiva, as distensões musculares também são as mais
prevalentes, em conjunto com as entorses de tornozelo, punho e joelho. Mas
existem algumas lesões específicas para cada modalidade: Argolas – lesões no
ombro; Cavalo – distensão muscular; Barras Paralelas e Assimétricas – traumas e
fraturas por queda ao solo, sendo os traumas cervicais os mais temidos”.
Handebol: “As lesões nos dedos devido aos
bloqueios dos arremessos e ao tipo de marcação realizada são as lesões mais
prevalentes. Em seguida, são as entorses de tornozelo, joelho e lesões no
ombro, devido à grande potência dos arremessos”.
Natação: “As lesões nos ombros são as mais
incapacitantes. No entanto, as mais prevalentes são as dores nas costas, tais
como lombalgia e dorsalgia”.
Tênis: “As lesões nos ombros e as entorses de
tornozelos e joelhos são as lesões típicas desse esporte. Os ombros são
afetados devido ao grande esforço necessário à partida e os joelhos e
tornozelos devido a grande intensidade de mudança de direção e velocidade que
os atletas desenvolvem. É muito comum também dores nas costas e as famosas
epicondilites (inflamações nos cotovelos) devido ao volume de treinos e jogos”.
Voleibol: “As entorses de tornozelos, joelhos e
lesões nos ombros são as mais prevalentes do vôlei. Os dois primeiros devido
aos atletas pularem no bloqueio e caírem em cima dos pés de seus companheiros,
desequilibrando-se e lesionando-se. As lesões nos ombros ocorrem devido à
grande velocidade exigida para fazer um saque ou dar uma cortada”.
Boxe: “As contusões no punho e face são as
lesões mais prevalentes a curto prazo. A longo prazo, as lesões cerebrais
devido aos constantes impactos na cabeça podem aparecer”.
Leandro
Gregorut – CRM/SP 104.351 - Ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de
São Paulo, o profissional foi médico da Seleção Brasileira Feminina de Handebol
quando a equipe conquistou o Campeonato Mundial de Handebol Feminino em 2013,
na Sérvia; e também durante as Olimpíadas de Londres, em 2012. Graduado pela
Faculdade de Medicina da USP, possui especialização em Cirurgia de Ombro e
Cotovelo e em Medicina Esportiva. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira
de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e
Cotovelo, da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva e do The American College of Sports Medicine.
Rede de
Hospitais São Camilo de São Paulo
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