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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Leilões de imóveis crescem 86% no Brasil e investidores migram para plataformas digitais

Inspirada no modelo americano, estratégia de “compra, reforma e revenda” impulsiona o crescimento dos leilões online no país e atrai investidores jovens 


O mercado de leilões de imóveis no Brasil passa por um crescimento acelerado, impulsionado pela digitalização dos processos e pela chegada de um novo perfil de investidor: mais jovem, conectado e interessado na estratégia de “compra, reforma e revenda” — modelo já consolidado nos Estados Unidos. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de imóveis ofertados em leilões de retomada por inadimplência de financiamento passou de 10 mil em 2023 para 16 mil em 2024, uma alta de 86%. No mesmo período, o número de vendas disparou 156,7%. Estima-se que cerca de 275 mil unidades foram comercializadas no último ano, movimentando cerca de R$ 200 bilhões. Ainda segundo a Abecip, 92,6% dos compradores são pessoas físicas, com ticket médio de R$ 361 mil por imóvel arrematado. Outro atrativo são os preços. Os descontos em relação ao valor de mercado chegam a 50%, podendo alcançar até 70% em alguns casos. Esse cenário torna os leilões eletrônicos uma alternativa cada vez mais atraente para quem busca rentabilidade, segurança jurídica e agilidade na hora de investir. 

Em meio a essa transformação do mercado, o Leilão Eletrônico consolida-se como uma das plataformas mais confiáveis e inovadoras do setor imobiliário. Especializada na realização de leilões judiciais e extrajudiciais em todo o Brasil, a empresa oferece uma experiência completa e segura para quem deseja comprar ou vender imóveis com praticidade e rentabilidade. Por trás da operação está André Zalcman, advogado com quase duas décadas de experiência no mercado imobiliário, especialista em Direito Civil e Processual, e uma das maiores referências nacionais em leilões de imóveis. A união entre tradição e tecnologia permitiu à plataforma desenvolver um processo 100% online, com ampla visibilidade dos ativos, avaliação profissional, suporte jurídico dedicado e acompanhamento em tempo real. 

“Ao longo dos últimos anos, vimos um novo perfil de investidor emergir. Pessoas que buscam autonomia, boa margem de lucro e menos burocracia. O ambiente digital dos leilões responde exatamente a isso, e nosso papel é oferecer o suporte técnico e jurídico necessário para transformar oportunidades em resultados reais”, afirma Zalcman, CEO da companhia. Além da visibilidade nacional e dos imóveis com grande potencial de valorização, o Leilão Eletrônico diferencia-se pela condução transparente de todas as etapas — da avaliação e precificação até o fechamento do negócio. O processo é 100% online, com acompanhamento em tempo real e atendimento especializado para compradores e vendedores. 

Outro diferencial da plataforma está na curadoria criteriosa dos ativos. “Trabalhamos com imóveis bem avaliados, com documentação clara, para que o comprador possa investir com segurança. Nosso foco é gerar valor para todas as partes envolvidas, inclusive para quem busca esse imóvel como um primeiro passo no mercado de investimentos”, explica o CEO. Com um portfólio que inclui imóveis residenciais, comerciais e rurais, o Leilão Eletrônico atende tanto investidores experientes quanto iniciantes que buscam orientação, praticidade e oportunidade real de ganho. 

Esse cuidado se alinha a um momento particularmente favorável. No mercado tradicional, os preços dos imóveis residenciais subiram 7,7% em 2024, segundo o Índice FipeZAP — o maior aumento em mais de uma década. Paralelamente, o valor dos aluguéis cresceu 13,5% no mesmo período, pressionando ainda mais o custo de moradia. Com isso, os leilões ganham protagonismo como alternativa acessível e estratégica. É possível adquirir imóveis por até 70% abaixo do valor de mercado, com alta liquidez (revenda estimada entre 6 e 18 meses) e retorno potencial de 25% a 30% com reformas simples — podendo chegar a 80% quando há uso de financiamento. A combinação entre preço, agilidade e valorização torna os leilões eletrônicos uma escolha cada vez mais inteligente para o investidor moderno.


Remuneração não é barreira para contratação de profissionais 50+, mas 52,4% ainda percebem etarismo no mercado

Levantamento do Pandapé aponta que, apesar de serem considerados comprometidos e experientes, profissionais com 50 anos ou mais seguem enfrentando obstáculos para se manter no mercado de trabalho.

 

Mesmo com alta qualificação e remuneração compatível (ou superior) à de outras faixas etárias, profissionais com 50 anos ou mais ainda enfrentam exclusão no mercado de trabalho brasileiro. É o que revela um levantamento do Pandapé, software de RH mais utilizado na América Latina. 

Segundo a pesquisa, 52,4% dos respondentes acreditam que o etarismo compromete a capacidade das empresas de reter esse público. A remuneração, ao contrário do que muitos imaginam, não é o principal entrave: 60,7% afirmam que ela é equivalente à de outras idades, e 21,4% dizem que é até maior. 

“Existe um mito de que contratar pessoas mais velhas custa mais caro ou traz menos retorno. O que os dados mostram é justamente o oposto. Esse grupo é altamente escolarizado e reconhecido como comprometido e experiente. O problema não é técnico, é cultural”, afirma Thomas Costa, porta-voz do Pandapé, software de RH mais usado na América Latina.
 

Inclusão ainda tímida

Entre os 58,8 mil currículos cadastrados na plataforma, apenas 10,2% são de profissionais com mais de 51 anos — a menor proporção entre os grupos adultos. Destes, mais de 55% têm ensino superior, técnico ou pós-graduação, o que evidencia o alto nível de qualificação. Ainda assim, quase 80% estão fora do mercado de trabalho atualmente. 

A percepção das empresas sobre esse público é positiva: 47,6% destacam sua estabilidade e comprometimento, enquanto 46,4% valorizam a experiência acumulada. Mas na prática, apenas 29,8% das empresas relatam boa participação dessa faixa etária nos processos seletivos, e 16,7% afirmam que raramente ou nunca contratam profissionais com 50 anos ou mais. 

Outro dado preocupante é que quase 40% das empresas não discutem etarismo internamente, e apenas 15,5% contam com diretrizes claras sobre o tema — o que contribui para a manutenção de práticas excludentes e preconceitos estruturais. 

Quando questionadas sobre os principais desafios para integrar profissionais mais velhos em equipes multigeracionais, 39,3% apontaram dificuldades com tecnologia e adaptação, seguidas por diferenças de comunicação (19%) e preconceito de outras gerações (9,5%). 

Além disso, 34,5% reconhecem que a discriminação por idade pode ocorrer em suas empresas, mesmo sem registros formais — indicando a urgência de políticas estruturadas e ações afirmativas.

 

Oportunidade negligenciada

Com o aumento da longevidade e a necessidade de requalificação constante, os profissionais 50+ representam uma oportunidade estratégica para empresas que buscam equipes diversas e resilientes. No entanto, 61,9% dos participantes acreditam que o mercado ainda não está preparado para aproveitar esse potencial. 

“É preciso que as lideranças enxerguem a diversidade geracional como um ativo competitivo, e não como um desafio. O etarismo é uma barreira invisível, mas negativamente poderosa, que custa caro em termos de produtividade e inovação”, reforça Thomas Costa.

 

Brasil vive crise silenciosa com lixões urbanos: entulhos contaminam água e solo em áreas residenciais

Chumbo, mercúrio, cádmio e arsênio estão entre os elementos tóxicos liberados pelo descarte irregular de resíduos da construção civil. Abrecon alerta para os riscos à saúde pública 

 

Água contaminada por chumbo. Solo envenenado por mercúrio. Crianças expostas a cádmio e arsênio. Essa é a realidade invisível provocada pelo avanço dos lixões urbanos no Brasil, alimentados principalmente pelo descarte irregular de resíduos da construção civil (RCD). Segundo a nova Pesquisa Setorial 2024 da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), o país gera mais de 106 milhões de toneladas de entulho por ano, mas recicla apenas cerca de 25% desse total e destina de forma adequada entre 30% e 40%. Isso significa que aproximadamente 60% do entulho ainda é descartado de forma clandestina, contaminando áreas de preservação, margens de rios e até bairros residenciais. 

O problema, muitas vezes invisível, compromete a saúde pública e os ecossistemas. Entulhos misturados com restos de tinta, metais e componentes químicos liberam uma variedade de elementos tóxicos — chumbo, mercúrio, cádmio, arsênio, fósforo, cromo e bário — que infiltram no solo e atingem lençóis freáticos, contaminando rios, poços e fontes de abastecimento. “Estamos diante de uma crise silenciosa. Os efeitos dessa contaminação são cumulativos e podem causar câncer, doenças neurológicas, alterações hormonais e danos irreversíveis ao sistema renal. E o mais grave é que tudo isso acontece ao lado de áreas residenciais, muitas vezes sem que a população perceba”, afirma Rafael Teixeira, especialista em reciclagem e logística de resíduos da Abrecon. 

O impacto vai muito além da degradação visual. O entulho descartado de forma irregular aumenta o risco de enchentes, contamina mananciais, favorece a proliferação de vetores de doenças e contribui para deslizamentos de terra, sobretudo em áreas urbanas vulneráveis. “Quando falamos em lixões, as pessoas pensam em lixo doméstico. Mas hoje, o maior volume de descarte irregular nas cidades é de entulho. E não é só uma questão estética ou de limpeza urbana — é uma questão de saúde pública e de responsabilidade ambiental”, reforça Teixeira. 

O levantamento também mostra que o Brasil tem capacidade instalada para destinar corretamente até 81 milhões de m³ de RCD por ano, mas menos da metade dessa estrutura está sendo utilizada. Em paralelo, mesmo com a produção de 24 milhões de m³ de agregados reciclados, apenas 16 milhões de m³ são efetivamente comercializados. O restante se perde por falta de política pública, incentivo à compra e fiscalização adequada. Para a Abrecon, é urgente que os municípios implementem planos de gestão de resíduos da construção civil (PGRCD), incentivem o uso de agregados reciclados em obras públicas, adotem medidas rigorosas contra o descarte irregular — inclusive com responsabilização direta dos geradores — e fortaleçam os mecanismos de fiscalização e rastreabilidade do transporte de entulho. “Não se trata mais de opção. É uma urgência ambiental e social. O entulho descartado de forma criminosa hoje será a água contaminada que vamos beber amanhã”, finaliza Teixeira.

 

Afinal, a profissão dos sonhos da Geração Z é ser influenciador?

Pesquisa exclusiva do Infojobs revela as verdadeiras aspirações profissionais dessa geração e o que as empresas precisam fazer para atrair seus talentos


Apesar do imaginário popular que associa os jovens à busca por fama nas redes sociais, ser influenciador digital está longe de ser o sonho da maioria. Uma nova pesquisa exclusiva realizada pelo Infojobs com mais de mil jovens da Geração Z (nascidos entre 1996 e início dos 2010) traça um retrato revelador — e surpreendente — sobre o que essa geração espera do mercado de trabalho. 

O levantamento mostra que as áreas mais desejadas pelos jovens são ligadas à Tecnologia (34,5%), Saúde e Bem-estar (23,1%) e Empreendedorismo/Startups (18,8%). Já o interesse por carreiras ligadas a redes sociais, como criação de conteúdo digital, aparece em baixa — apenas uma minoria sinalizou esse caminho como prioridade. O mesmo vale para áreas em alta como ESG e sustentabilidade. 

Um dado curioso é que 34,6% dos entrevistados escolheram a opção “outras áreas”, o que evidencia uma diversidade de aspirações e o distanciamento dos estereótipos geralmente atribuídos à Geração Z. Para especialistas, isso indica uma busca mais personalizada por propósito e identidade profissional. 

"A Geração Z prioriza se sentir bem em relação às suas escolhas profissionais. Não basta apenas um bom salário, eles precisam se conectar com o propósito do que fazem e, por isso, hoje é comum pesquisarem mais sobre as empresas antes de aceitarem fazer parte delas." afirma Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.


O que a Geração Z espera do trabalho?

Para atrair e reter esses jovens talentos, o estudo indica quatro prioridades claras:

  • Flexibilidade (trabalho remoto e horários flexíveis): 56,2%
  • Remuneração competitiva e benefícios diferenciados: 50,7%
  • Bem-estar e saúde mental: 41,6%
  • Desenvolvimento acelerado: 37,1%

Ou seja, o ambiente de trabalho ideal para essa geração é aquele que respeita seus ritmos, investe em aprendizado contínuo e promove equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

“As empresas que não entenderem os perfis profissionais dessa geração, vão perder os novos talentos para concorrentes. A boa notícia é que quem souber ouvir e se adaptar pode estar prestes a conquistar seus futuros líderes”, reforça Ana Paula.
 

Um mercado em transformação

O estudo do Infojobs antecipa um cenário de relações de trabalho cada vez mais fluídas e centradas em valores pessoais. Mais do que um emprego, os jovens da Geração Z estão em busca de um propósito profissional que combine realização, impacto e qualidade de vida. 

E se ser influenciador digital ainda parece glamouroso para alguns, a maioria dos jovens está com os pés no chão — olhando para áreas de alta empregabilidade, inovação e, principalmente, que ofereçam sentido à sua trajetória.


O relógio não para: como empresas estão transformando controle de ponto em estratégia de crescimento

Com tecnologia integrada, empresas evitam desperdício de horas e transformam dados de ponto em decisões estratégicas, diz especialista


Em negócios que crescem rápido, o tempo virou moeda de alta volatilidade. Cada atraso custa caro. Cada falha de rotina, quando somada, pode significar uma semana de produtividade perdida. A diferença entre crescer ou estagnar, muitas vezes, está em saber para onde o tempo da equipe está indo — e o que fazer com essa informação.
 

É aí que entra o controle de jornada como ferramenta estratégica. “A produtividade começa pelo básico: saber quando, onde e como cada pessoa está trabalhando”, afirma Tiago Santos, vice-presidente da Sesame RH, empresa especializada em soluções tecnológicas para Recursos Humanos. 

Segundo ele, plataformas modernas de registro — via aplicativo, totem, web ou até geolocalização com biometria facial — estão mudando a forma como as empresas olham para o tempo. “O ponto deixou de ser burocracia. Hoje, ele é um ativo de gestão.” 

Esses sistemas oferecem mais do que apenas batidas de entrada e saída. Eles cruzam horários com escalas, férias, banco de horas e até avaliações de desempenho. “Com a tecnologia certa, o RH não precisa mais correr atrás da informação. Ele a tem em tempo real”, explica Santos. 

Na prática, o gestor passa a operar com dados acionáveis: sabe quem está ativo, quem faltou, quem entrou com atestado, onde há sobrecarga e quando será preciso replanejar. Isso reduz falhas operacionais, diminui retrabalho e antecipa decisões que antes eram tomadas só quando o problema já estava instaurado. 

A inteligência aplicada à jornada também impacta diretamente áreas como folha de pagamento, compliance e produtividade. “É como ligar a luz em uma sala onde antes tudo era feito no escuro. A empresa passa a enxergar com clareza o que está funcionando — e o que precisa ser ajustado.” 

Mas com tantas opções no mercado, como escolher a ferramenta ideal? Segundo Santos, o segredo está na integração à rotina. “Não adianta ter o sistema mais bonito se ele trava, é difícil de usar ou gera resistência. A melhor solução é a que funciona com fluidez, do colaborador ao gestor.” 

A Sesame RH, por exemplo, oferece um ecossistema completo de gestão de tempo, que vai do registro digital ao cruzamento de dados com produtividade. A empresa ainda disponibiliza uma versão gratuita para teste, permitindo que organizações comprovem, na prática, o impacto da digitalização da jornada. 

“Tempo é invisível — até que você passe a medi-lo com precisão. Quando isso acontece, a empresa deixa de apagar incêndios e começa a operar com inteligência. E isso muda o jogo”, conclui o executivo.

 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Chegada do inverno marca o aumento de casos de rinite e sinusite

A rinite é a inflamação da mucosa nasal, causando
sintomas principalmente no nariz, como espirros,
coriza e congestão nasal

A combinação de baixas temperaturas e redução da umidade do ar provocam o ressecamento das vias aéreas, facilitando a entrada de vírus e bactérias


No dia 20 de junho começa oficialmente o inverno 2025 no Brasil. As baixas temperaturas e a redução da umidade do ar marcantes nessa estação do ano são fatores agravantes para doenças respiratórias, especialmente asma e rinite. Vale ressaltar que a rinite é uma condição altamente prevalente, chegando a afetar quase 40% da população brasileira. Por isso, nessa época do ano, são necessários cuidados especiais para evitar complicações de saúde, alerta a médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta. 

“O tempo seco pode causar ou agravar doenças respiratórias devido à baixa umidade do ar, que resseca as vias aéreas e facilita a entrada de vírus e bactérias. Doenças como infecções de vias aéreas superiores, rinite alérgica, bronquite e pneumonia são as que mais levam à procura por atendimento médico nesta época do ano”, afirma Juliana Caixeta.  

A médica explica que a umidade baixa pode ressecar as mucosas do nariz e estimular os sintomas alérgicos, como a rinite alérgica. Além disso, a alta circulação de vírus, como o da gripe, aumenta o risco para sinusites virais . O tempo mais frio também favorece aglomerações em ambientes fechados e mal ventilados, o que eleva o risco de transmissão de doenças infectocontagiosas e acúmulo de alérgenos como poeira e ácaros.  

Rinite e sinusite são condições inflamatórias relacionadas ao sistema respiratório, mas afetam áreas diferentes. A rinite é a inflamação da mucosa nasal, causando sintomas principalmente no nariz, como espirros, coriza e congestão nasal. A sinusite, também conhecida como rinossinusite, é uma infecção, com sintomas que podem incluir febre, dor facial, dor de cabeça, tosse e secreção nasal espessa.  

Os sintomas da rinite são espirros, coriza, congestão nasal, coceira no nariz e olhos, e, em alguns casos, tosse. Já a sinusite é marcada por dor ou pressão facial, secreção nasal purulenta, congestão nasal, tosse, dor de cabeça e, em casos mais graves, febre.  

A otorrinolaringologista destaca que a rinite pode evoluir para sinusite, se não tratada adequadamente. “A inflamação nasal pode facilitar a entrada de bactérias e infecções nos seios da face. A obstrução nasal causada pela rinite também pode impedir a drenagem adequada do muco nos seios da face, criando um ambiente propício para infecções”. 

O tratamento pode variar dependendo da causa e gravidade dos sintomas. “Em geral, pode envolver repouso, hidratação, descongestionantes nasais, analgésicos, anti-inflamatórios e, em casos de infecção bacteriana, antibióticos. Lavagem nasal também pode ser recomendada para remover o muco. Entretanto, em caso de sintomas persistentes ou agravamento, é crucial consultar um médico para diagnóstico e tratamento adequado”, salienta Juliana Caixeta.

 

Como se proteger 

Para se proteger dos males à saúde causados pelo tempo seco e as temperaturas mais baixas, é recomendável se atentar à hidratação, principalmente porque quando está mais frio, é comum ter menos desejo de tomar água. “Beber bastante água ajuda a manter as mucosas hidratadas e a prevenir o ressecamento”, afirma a otorrinolaringologista. 

Também é recomendável usar um umidificador de ar para ajudar a aumentar a umidade do ar em ambientes fechados; evitar fumaça, poeira e outros irritantes do ar pode ajudar a proteger as vias aéreas; manter a casa limpa e arejada; higienizar as mãos regularmente, o que pode ajudar a prevenir infecções; e usar soro fisiológico para limpar as narinas e os olhos, para manter as mucosas hidratadas.  

É importante ainda evitar permanecer em locais fechados e mal ventilados, especialmente quando esse local estiver com excesso de pessoas; usar máscaras de três camadas quando estiver transportes públicos; alimentar-se de forma saudável; ter boas noites de sono; manter as vacinas em dia, evitar o hábito de fumar e também visitar ou receber visitas que estejam com sintomas respiratórios. 

Sobre as atividades físicas, é recomendável evitar nos dias muito secos e procurar também praticar longe das vias de grande circulação de carros, devido ao aumento da poluição. É importante também evitar exercícios físicos entre às 10h e 16h, quando a umidade do ar costuma ficar ainda mais baixa. 

“E, quando perceber os primeiros sinais de alguma doença respiratória, procure atendimento médico para as devidas orientações de como proceder. No caso de pessoas com doenças respiratórias crônicas, devem consultar um médico para avaliar a necessidade de ajuste na medicação e outras medidas preventivas”, orienta a médica. Estar com as vacinas em dia também pode evitar infecções.     

 

Dicas para amenizar os desconfortos 

É possível adotar hábitos durante o tempo seco para evitar os amenizar os desconfortos causados pela baixa umidade relativa do ar. Seguem algumas dicas dadas pela otorrinolaringologista Juliana Caixeta. 

·         Ingerir bastante líquido.

·         Espalhar panos ou baldes com água em ambientes da casa, principalmente no quarto, ao dormir, ou utilizar umidificadores de ar.

·         Evitar grandes aglomerações.

·         Evitar carpetes ou cortinas que acumulem poeiras.

·         Evitar roupas e cobertores de lã ou com pelos.

·         Evitar exposição prolongada à ambientes com ar condicionado.

·         Manter a casa higienizada, arejada e ensolarada.

·         Lavar nariz e olhos com soro fisiológico algumas vezes ao dia.

·         Trocar comidas com muito sal ou condimentos por alimentos mais saudáveis.

 


Fonte: Juliana Caixeta - Médica otorrinolaringologista


Você está preparado para o inverno e suas armadilhas respiratórias?

“Idosos, crianças e gestantes merecem mais atenção,
 mas, idealmente todos devem se vacinar”, afirma
a infectologista do Sírio-Libanês, Carla Kobayashi.

Febre alta, dores no corpo e prostração: saiba diferenciar a gripe de um simples resfriado



Com a chegada das temperaturas mais baixas, o ar seco e o aumento das aglomerações em ambientes fechados formam o cenário ideal para a disseminação das doenças respiratórias. Gripe e resfriado se tornam mais comuns e perigosos, especialmente entre idosos, crianças e gestantes. “Gripe é a infecção pelo vírus influenza que pode evoluir para forma grave com insuficiência respiratória e até levar à morte”, alerta a infectologista do Sírio-Libanês, Carla Kobayashi. 

A médica explica que a vacinação é a única forma eficaz de prevenir casos graves das doenças que são causadas por diferentes vírus. “Idosos, pessoas com doenças crônicas, crianças menores de cinco anos e gestantes são os grupos prioritários porque correm maior risco de a condição evoluir para a forma mais grave da doença. Mas, idealmente, todos devem se vacinar”, enfatiza. 

A gripe, diferente do resfriado comum, causa impacto direto na qualidade de vida e exige repouso. Ela se caracteriza por uma febre súbita e alta, acompanhada de dor no corpo, dor de cabeça, tosse, coriza e uma prostração. Já o resfriado é mais brando, com febre baixa ou até sem febre, e permite que a pessoa continue suas atividades. A especialista alerta ainda para outro ponto importante: sintomas como náuseas e dor abdominal, comuns na dengue, não costumam aparecer em quadros de influenza, que se manifestam predominantemente pelas vias respiratórias. 

A vacina da influenza deve ser realizada todo ano, já que o vírus sofre mutações frequentes. “A vacinação repetida a cada ano fortalece a imunidade contra o tipo (cepa) do vírus que está circulando no momento e reduz a chance de complicações, como pneumonia, eventos cardiovasculares e até óbito", afirma a médica. 

Bebês com menos de seis meses, que ainda não podem ser vacinados, são os mais vulneráveis para evoluir com quadros graves como pneumonia e bronquiolite. Segundo a médica, a vacinação da gestante é uma forma indireta de proteger o recém-nascido. “Os anticorpos produzidos pela mãe passam para o bebê durante a gestação e seguem protegendo a criança por até seis meses, justamente o período em que ela ainda não pode receber a vacina”, explica. 

Por isso, a recomendação é clara: gestantes e puérperas até 42 dias após o parto também fazem parte do grupo de risco e devem ser vacinadas para Influenza. A especialista lamenta os baixos índices de adesão à campanha de vacinação: “Menos de 35% dos idosos e pouco mais de 25% das gestantes se vacinaram. É uma taxa muito abaixo da meta de 90%. Isso expõe a população ao risco de uma nova onda de casos graves”. A mensagem da infectologista é clara: a prevenção é o melhor remédio — e começa com o compromisso de se vacinar.
  

Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês
Saiba mais em nosso site.




Da fertilidade ao climatério: a jornada da saúde que não pode esperar

Da busca pela fertilidade às transformações do climatério, a saúde reprodutiva de homens e mulheres exige atenção contínua e avanços da medicina e na genética contribuem para mais qualidade de vida em todos os momentos 

 

A saúde é uma jornada que atravessa diversas etapas e, para as mulheres, a fertilidade representa uma fase de possibilidades biológicas, como a gestação. Já o climatério sinaliza o fim da capacidade reprodutiva, trazendo mudanças hormonais e novos cuidados. Em comum, ambos os momentos pedem um olhar atento e integral, que conecte corpo e mente, além de soluções personalizadas que a medicina moderna tem oferecido.

No início da vida adulta, muitos casais enfrentam a infertilidade: um obstáculo que afeta cerca de 15% das duplas ao redor do mundo — 1 em cada 6, segundo a Organização Mundial da Saúde¹. Definida como a incapacidade de conceber após 12 meses de tentativas (ou 6 meses para mulheres acima de 35 anos de idade), essa condição pode ter causas femininas (30%)¹, masculinas (30%)² ou mistas (40%) — sendo que causas mistas envolvem fatores de ambos os parceiros¹.

Entender a origem do problema é o primeiro passo e, hoje, a genética tem desempenhado um papel crucial. “A saúde reprodutiva se aplica a todos, independentemente de gênero, orientação sexual ou modelo familiar, respeitando a diversidade e as diferentes trajetórias de vida. Exames como os Painéis de Infertilidade, oferecidos pela Dasa Genômica, analisam genes específicos ligados a dificuldades reprodutivas, ajudando a identificar desde falhas na produção de espermatozoides até problemas na ovulação. Para casais que já passaram por ciclos frustrados de fertilização in vitro ou que têm histórico de alterações reprodutivas, esse diagnóstico preciso abre portas para tratamentos mais eficazes e aconselhamento direcionado”, afirma Natália Gonçalves, gerente de reprodução humana, pesquisa e desenvolvimento de Dasa Genômica.


Climatério: dúvidas e mudanças femininas

O climatério é uma fase natural da vida da mulher que engloba a menopausa e marca o fim da fase fértil. A transição menopausal geralmente se inicia em torno dos 45 anos e pode se estender até os 55 anos, sendo a média para a ocorrência da menopausa aos 51 anos. Considera-se que a menopausa está estabelecida após 12 meses consecutivos de interrupção do sangramento menstrual. Mais do que ondas de calor — os famosos “fogachos” —, esse período pode trazer sintomas que impactam a qualidade de vida, como alterações de memória e de humor. Embora nem todas as mulheres apresentem sintomas intensos, todas vivenciam o climatério em algum momento.

“Muitas mulheres dizem: eu não tenho fogacho ou mal-estar, mas a minha memória.... Ou seja, frequentemente os sintomas vão além do que se imagina, e isso evidencia a necessidade de um acompanhamento que vá além do óbvio”, aponta o Dr. Raffael Fraga, cardiologista e coordenador do check-up esportivo do Alta Diagnósticos, marca da Dasa.

Um dos maiores alertas dessa fase é o risco cardiovascular. “Com a queda do estrogênio — hormônio que protege os vasos sanguíneos —, as mulheres ficam mais vulneráveis a doenças do coração, que matam mais do que todos os cânceres somados. Cerca de 80% das mulheres na menopausa apresentam pelo menos um fator de risco cardiovascular, como hipertensão ou glicemia elevada”, avalia. O Dr. Fraga ainda reforça que é essencial priorizar a saúde do coração tanto quanto outros exames preventivos. Hábitos simples, como a prática regular de atividade física, podem reduzir em até 30% os riscos de depressão e Alzheimer, promovendo um envelhecimento ativo e saudável.


Cuidado integrado com a saúde: sempre!

A conexão entre fertilidade e climatério está na continuidade do cuidado. Problemas hormonais ou de saúde reprodutiva que não são tratados na juventude podem se agravar com o tempo, impactando a transição para a menopausa. Da mesma forma, o bem-estar cultivado durante o climatério pode ser um reflexo de escolhas feitas anos antes. Imagine, por exemplo, um casal que enfrentou dificuldades para conceber na casa dos 30 anos e, com o apoio de exames genéticos, conseguiu formar uma família. Décadas depois, a mesma mulher, agora no climatério, colhe os frutos de ter mantido um estilo de vida equilibrado, enfrentando essa nova fase com mais disposição e menos complicações.

“Ferramentas como os painéis genéticos para infertilidade e o acompanhamento médico regular no climatério mostram como a ciência tem avançado para oferecer respostas personalizadas. Cabe a cada um — homem ou mulher, independentemente de sua história — buscar informação, dialogar com profissionais de saúde e participar ativamente dessa jornada, garantindo que cada etapa da vida seja vivida com vitalidade e consciência”, finaliza Fraga.


Consumo exagerado de energéticos afeta o sistema nervoso

Recomendação da Organização Mundial da Saúde é de, no máximo, 400mg de cafeína por dia

 

Em meio à rotina acelerada e à busca incessante por mais energia, os energéticos se tornaram companheiros frequentes dos jovens. Prometendo um impulso instantâneo para enfrentar o cansaço, essas bebidas carregadas de cafeína e outros estimulantes conquistaram um público vasto. No entanto, por trás da promessa de energia, especialistas alertam para os impactos significativos que o consumo excessivo e regular de energéticos pode causar no corpo.

O consumo exagerado de energéticos pode trazer uma série de riscos à saúde, principalmente devido à alta concentração de cafeína. No sistema cardiovascular, o exagero da bebida pode levar ao aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, arritmias e maior risco de complicações, especialmente em indivíduos predispostos. 

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o consumo de cafeína é de 400mg/dia, equivalente a cerca de quatro latas da bebida. No entanto, no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (ABIR), o consumo por habitante ao ano foi de 400ml para 870ml entre 2011 e 2021.

"No âmbito neurológico, o excesso pode causar insônia, ansiedade, tremores, dores de cabeça e, em casos extremos, convulsões e alucinações. Além disso, problemas gastrointestinais como náuseas e desconforto abdominal, e desidratação devido ao efeito diurético da cafeína, são preocupações relevantes", explica Edson Issamu Yokoo, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. 

Um estudo realizado pela Scanntech e publicado no Jornal da USP apontou que o volume de vendas de energéticos cresceu 15% entre janeiro e agosto de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior.


Por que o energético mexe com o sistema nervoso?

O motivo está relacionado aos ingredientes estimulantes presentes na fórmula dessas bebidas, especialmente a cafeína. Essa substância, quando consumida em grandes quantidades, age diretamente no sistema nervoso central, aumentando a liberação de neurotransmissores como adrenalina e dopamina.

"Esse efeito estimula uma resposta de alerta no corpo, o que pode ser benéfico em doses moderadas. Com o uso exagerado, o organismo entra em um estado de hiperatividade que interfere no equilíbrio natural do sistema nervoso, resultando nos sintomas mencionados. Essa superestimulação pode sobrecarregar o cérebro e o sistema cardiovascular, desencadeando reações extremas nos casos mais graves", ressalta o neurologista.

Segundo o especialista, além da alta dose de cafeína, muitos energéticos contêm outros estimulantes, como taurina e guaraná, que podem potencializar os efeitos da cafeína e prolongar seus impactos no organismo. A combinação dessas substâncias pode levar a um estado de excitação contínua, dificultando o relaxamento.

"As pessoas precisam estar conscientes dos riscos associados ao consumo indiscriminado de energéticos. Embora possam oferecer um alívio momentâneo para o cansaço, seus efeitos a longo prazo no sistema nervoso podem ser prejudiciais. É sempre recomendável buscar fontes de energia mais saudáveis, como uma alimentação equilibrada, sono adequado e a prática regular de atividades físicas", finaliza Yokoo.

 


Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


Crise global de fertilidade? Relatório da ONU acende discussão sobre autonomia reprodutiva

Questões socioeconômicas impactam em decisões sobre filhos; congelamento de óvulos surge como alternativa para quem tem dúvidas sobre o futuro 

 

O recente relatório do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), divulgado em 10 de junho, acendeu um alerta global: o mundo vive uma crise de fertilidade impulsionada pelo alto custo de vida, desigualdade de gênero e crescente incerteza sobre o futuro. O documento “A verdadeira crise da fertilidade: a busca pela autonomia reprodutiva em um mundo em transformação”, ouviu mais de 14 mil pessoas em 14 países, incluindo o Brasil, e revela que quase 40% dos adultos desejam ter mais filhos do que têm, mas esbarram em dificuldades financeiras e sociais para concretizar esse desejo.

No Brasil, onde 1.053 pessoas participaram da pesquisa, o cenário não é diferente. A limitação econômica foi apontada como o principal entrave à maternidade e paternidade. Para o médico ginecologista e especialista em reprodução humana Dr. Luiz Fernando Pina, diretor do Baby Center Medicina Reprodutiva, os dados reforçam uma tendência já observada em consultórios e clínicas de fertilidade: “Cada vez mais mulheres têm adiado a decisão de ter filhos por fatores como instabilidade financeira, ausência de parceria ou insegurança com o futuro. O congelamento de óvulos é uma alternativa que vem sendo muito buscada para preservar a fertilidade e garantir a liberdade de escolha no futuro”, explica.

O relatório também destaca que adultos que conseguem acesso a crédito habitacional têm quase um terço a mais de chance de ampliar suas famílias. A observação reforça o quanto decisões reprodutivas estão diretamente conectadas a políticas públicas de moradia, emprego e proteção social. “A autonomia reprodutiva deve estar no centro do debate”, defende Pina. “Isso inclui acesso a métodos contraceptivos, informações sobre fertilidade e tecnologias como a criopreservação de óvulos, que ainda são pouco conhecidas ou acessadas por grande parte da população brasileira.”

A pesquisa mostra ainda que 1 em cada 3 adultos relatou ter vivenciado uma gravidez indesejada, enquanto 1 em cada 4 afirma não se sentir capaz de ter um filho. “Esses dados indicam que o planejamento reprodutivo, apesar de essencial, ainda é um privilégio de poucos. Falar sobre congelamento de óvulos é falar também sobre democratização do acesso à saúde reprodutiva, uma agenda urgente para o Brasil”, finaliza o especialista.

O Brasil foi o único país de língua portuguesa incluído no levantamento, que envolveu também Alemanha, Estados Unidos, Índia, Suécia, México, entre outros. A pesquisa reafirma um ponto comum entre diferentes culturas: as pessoas querem mais filhos do que têm, mas precisam de condições reais para tomar essa decisão com segurança.



Luiz Fernando Carvalho - médico ginecologista especializado em reprodução humana e endometriose. Pós-doutor em Reprodução Humana pela Harvard Medical School/USP e doutor em Ginecologia pela FMUSP, com especialização em pesquisa na Cleveland Clinic (EUA). É fundador da clínica Baby Center Medicina Reprodutiva e possui título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO 126/2013) e em Reprodução Humana pela FEBRASGO e SBRA.


Ciclismo protege o cérebro e outros hábitos também: conheça os 12 fatores que aumentam o risco de Alzheimer

Estudo com cerca de 480 mil pessoas aponta que quem pedala tem 22% menos chance de desenvolver a doença


Um estudo recente, publicado na JAMA Network Open, analisou dados de cerca de 480 mil pessoas do Reino Unido ao longo de 13 anos. O resultado? Quem utiliza a bicicleta como meio de transporte teve 19% menos chance de desenvolver demência e 22% menos de Alzheimer, em comparação com quem permanece imóvel ao se deslocar. 

Além disso, exames por ressonância magnética apontam que ciclistas apresentam o hipocampo - área vital para memória e aprendizado – maior, refletindo o impacto positivo dessa atividade para o cérebro. 

O interessante é que os benefícios foram ainda maiores em pessoas sem a variante genética de risco APOE E4: nesses casos, houve redução de 26% no risco de demência e 25% em Alzheimer. 

Os achados reforçam uma verdade cada vez mais evidente na ciência: o estilo de vida tem um papel fundamental na saúde do cérebro. Assim como a prática regular de atividade física pode reduzir significativamente o risco de demência, há outros fatores comportamentais e de saúde que também impactam diretamente o desenvolvimento da doença.
 

Os 12 fatores que aumentam as chances de desenvolvimento do Alzheimer
 

Estilo de vida. Para Alessandra Rascovski, endocrinologista e diretora clínica da Atma Soma, controlar o peso e manter um estilo de vida saudável, com a prática de exercícios físicos, sono adequado, controle do estresse, não fumar e consumir bebida de forma moderada, são fundamentais. Visto que a obesidade, o tabagismo, o alcoolismo e o sedentarismo também são causas importantes nas chances de desenvolver a doença. “A gente vê que são fatores ligados à saúde como um todo e faz sentido: o cérebro não está alheio à saúde do resto do corpo”, comenta a especialista.
 

Hipertensão. Manter a pressão arterial controlada é fundamental e é considerado um dos mais importantes fatores para prevenir a doença, mas não só ela: diversas complicações cardíacas podem ser evitadas, além de casos de AVC. “O ideal é sempre ter uma pressão arterial de até 13 por 9”, explica. Quem já tem a doença, que também tem causas genéticas, deve usar medicação diária para controlar os índices.
 

Isolamento social. Depressão e isolamento social são outras das possíveis causas para aumento nas chances de desenvolver a doença. “A gente sabe que a pandemia fez com que esses índices aumentassem muito por conta das medidas sanitárias. Mas é importante que as pessoas retomem seus contatos sociais, mesmo que aos poucos, e busquem acompanhamento psicológico e ajuda, caso tenha dificuldade. Somos seres sociais e precisamos estar em contato contínuo com outros para vivermos bem”, afirma a endocrinologista.
 

Contexto socioeconômico e poluição. O nível de escolaridade é considerado o principal fator para a doença no Brasil. O estímulo ao cérebro e o aprendizado até principalmente os 12 anos de idade são ferramentas fundamentais para a saúde do órgão. Outro fator de contexto social é a poluição do ar, também apontada como de risco para o Alzheimer. “Países em desenvolvimento, como o Brasil, tem uma população mais vulnerável a esses fatores. A falta de equidade no acesso aos serviços com certeza atrapalha a saúde da população e é um fator que precisa de atenção dos governos”, ressalta.
 

Diabetes. Doença multifatorial das mais incidentes em todo o mundo, o diabetes também influencia o cérebro, inclusive nas chances de desenvolvimento do Alzheimer. Segundo a especialista, “aqui entra a fórmula de controle de peso, atividade física, alimentação saudável, sono e gerenciamento do estresse. Para quem já foi diagnosticado, o uso correto e controlado da medicação contribui para um melhor manejo da doença”.
 

Perda auditiva. Nesse caso, além de sempre ir ao otorrinolaringologista para manter a saúde auditiva em dia, vale lembrar que no Brasil, existem mais de 15 milhões de pessoas com algum grau de deficiência auditiva, isso equivale a pouco mais de 7% da população total do país. Pessoas com alguma perda mesmo que leve, sem uso de aparelhos corretivos ou reabilitação, tem risco >42% de desenvolver demência.
 

Outros fatores. A publicação da Lancet Commission também incluiu traumatismo craniano como fator que influencia para o desenvolvimento de Alzheimer. “O trauma normalmente acontece por conta de acidentes, por isso a proteção com capacetes e atenção nos esportes com vulnerabilidade a lesões na cabeça, é essencial”, pontua Alessandra Rascovski.
 

Novos fatores

Do ano passado para cá, a Lancet Commission, ligada à Alzheimer’s Society, acrescentou mais dois fatores externos que podem contribuir para o desenvolvimento da enfermidade. Somam-se aos 12 fatores iniciais - hipertensão, obesidade, sedentarismo, depressão, diabetes, perda auditiva, trauma craniano, alcoolismo, tabagismo, poluição e isolamento social - aspectos como o colesterol e problemas de visão. 

Alessandra explica que as doenças cardiovasculares também têm influência no desenvolvimento do Alzheimer. “O colesterol LDL (ou Lipoproteína de baixa densidade), conhecido como ‘colesterol ruim’, se estiver em excesso pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares. O LDL colesterol em adultos mais jovens do que 65 anos, seguidos por 1 ano e sem tratamento aumentou 8% todas as causas de demência”. 

Em relação à visão, a médica explica que o vínculo com a doença tem a ver com a informação que chega ao cérebro. “As pessoas com perda de visão têm mais propensão para desenvolver a doença”. Vale lembrar que a prevalência de perda visual evitável e cegueira, incluindo problemas visuais comuns para os quais óculos são prescritos, em adultos acima de 50 anos, equivalem a 12,6%. 

“O que vamos oferecer é uma oportunidade de conhecer e de se autoavaliar com o auxílio de voluntários e especialistas e, com isso, ajudar o público a tomar ações que possam prevenir ou postergar declínios cognitivos”.
 

Alzheimer no mundo

Estudos como esse abrem novos horizontes de esperança para frear uma doença que vem acometendo um número cada vez maior de pessoas - e mais cedo. Segundo dados da Alzheimer’s Disease International (ADI), a estimativa é que os casos da doença no mundo atinjam quase 75 milhões de pessoas em 2030 e 131,5 milhões em 2050, cujo aumento é atribuído, entre outros fatores, ao envelhecimento da população. 

Já no Brasil, a projeção é que o número de pessoas com demência chegue a 2,78 milhões no final desta década e a 5,5 milhões em 2050, conforme dados do Relatório Nacional sobre Demência, do Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais sofre da doença. 

Para a diretora clínica, ainda há muita desinformação, preconceito e negligência em relação à doença de Alzheimer. De acordo com a ADI, 80% das pessoas ainda acreditam, equivocadamente, que a demência é só uma consequência natural do envelhecimento, ignorando o fato de que se trata de uma condição médica grave e associada a um estilo de vida ruim durante vários anos que precedem o diagnóstico. 

No Relatório Mundial de Alzheimer 2024, da ADI, a associação também destaca alguns avanços, como o fato de que 58% das pessoas que participaram da pesquisa reconheceram que hábitos como alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos ajudam a reduzir o risco de desenvolver demência. “Controlar fatores de risco como hipertensão e diabetes pode prevenir mais de 40% dos casos”, conclui Alessandra Rascovski. 


Alessandra Rascovski - endocrinologista, e a Atma Soma tem foco na prática da medicina de soma, unindo várias especialidades em prol dos pacientes, respeitando a sua individualidade e oferecendo a ele uma vida longa e autônoma.


Lentes dentais são a nova onda, mas como ter um visual natural?

Lente de porcelana é mais recomendada para
quem deseja uma estética natural


Segundo dados da última Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2020), realizada pelo Ministério da Saúde, mais de 45% dos brasileiros já perderam ao menos um dente permanente, e cerca de 39 milhões vivem sem nenhum dente na boca. Esse cenário escancara a falta de cuidado e de acesso à saúde bucal no país, impulsionando a busca por soluções estéticas que também devolvam a funcionalidade do sorriso. Nesse contexto, as facetas dentais têm ganhado popularidade entre pacientes que desejam corrigir manchas, desgastes, desalinhamentos e outras imperfeições, unindo estética, bem-estar e autoestima em um único procedimento. 

Com o avanço das técnicas odontológicas e dos materiais estéticos, a busca por lentes de contato dental cresceu. Os pacientes demandam dentes claros, mas que ainda mantenham um aspecto natural. Para ter esse efeito, a escolha do tipo de lente é importante. Segundo o dentista Paulo Augusto Yanase, da Oral Sin, cada material oferece características diferentes de brilho e naturalidade.


  1. Lentes de Porcelana

São as mais procuradas para quem deseja um efeito natural e duradouro. Esse material reflete a luz de maneira semelhante ao esmalte dos dentes. Além disso, a porcelana é altamente resistente a manchas e desgastes.


  1. Lentes de Resina Composta

Mais acessíveis e com aplicação rápida, as lentes de resina são ideais para pequenas correções estéticas. No entanto, apresentam menor durabilidade e podem perder o brilho com o tempo.

Para o planejamento do novo sorriso, são levados em consideração formato do rosto, idade, tom de pele e contorno gengival, respeitando a anatomia e a harmonia facial. 

Depois da aplicação, alguns cuidados são essenciais para manter o aspecto bonito e natural dos dentes ao longo dos anos: higiene bucal rigorosa; evitar uso dos dentes como ferramenta; consumir com moderação alimentos pigmentados; e seguir as recomendações do dentista no uso de cremes e enxaguantes bucais. 

Para quem já colocou lentes e deseja um visual mais discreto e natural, é possível fazer a substituição. “Hoje é viável criar lentes ainda mais finas, com maior fidelidade à aparência dos dentes naturais. Avaliamos a condição das lentes antigas e da estrutura dentária para indicar a melhor abordagem, garantindo um resultado mais leve, natural e jovem”, reforça Yanase.
 


Oral Sin


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