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sexta-feira, 21 de junho de 2024

21 de junho é o Dia Nacional do Controle da Asma

Clínica Farmacêutica Saúde em Dia, da Araujo, oferece monitoramento da doença. Farmacêuticos da rede indicam se a asma está fora de controle

 

 

Falta de ar, tosse crônica, chiado e aperto no peito, que piora à noite ou com atividade física. Esses são alguns dos sintomas da asma, enfermidade que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), acomete cerca de 340 milhões de pessoas no mundo. Por aqui, 6,4 milhões de brasileiros sofrem com a doença, aponta a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde. Grave problema de saúde pública, a asma é a 4ª maior causa de hospitalização no país. São cerca de 350 mil internações por ano a um custo de mais de R$ 500 milhões para os cofres públicos, informa o DataSUS. 

As complicações da enfermidade e o peso de sua presença entre a população levaram à criação do Dia Nacional de Controle das Asma, como forma de chamar a atenção para os cuidados necessários em relação à enfermidade. Diante da gravidade da asma, que tende a ser ignorada pela população, a Araujo oferece aos seus clientes um serviço de Teste de Controle da Asma. Trata-se de uma série de perguntas de monitoramento aplicadas pelo farmacêutico das unidades da rede de farmácias. A asma está entre as doenças crônicas mais comuns no Brasil, e é uma das principais responsáveis pelas faltas no trabalho e nas escolas.

Isabel Dias, gerente técnica farmacêutica da Araujo, explica que a rede de farmácias conta com a Clínica Farmacêutica Saúde em Dia, que adotou um teste no qual o farmacêutico lança uma sequência de perguntas e, de acordo com as respostas, gera uma pontuação que indica o grau da enfermidade no momento. Com essa pontuação, é gerado o resultado que aponta se a doença está ou não sob controle. Esse teste é importante porque, conforme o resultado, é possível orientar o cliente a procurar um médico imediatamente.

Trata-se, também, de um ótimo momento para orientações farmacêuticas, pois permite avaliar de que maneira a pessoa está utilizando dispositivos como o espaçador, ferramenta muito usada para facilitar a inalação de medicamentos para tratamento e controle da asma.  “Além disso, a avaliação possibilita verificar se, após o uso dos medicamentos inalatórios, o cliente vem realizando o bochecho com água para diminuir os riscos de candidíases e inflamações na região da boca”, observa Isabel Dias.

A farmacêutica explica que o programa é aplicado em todas as lojas da Araujo. Assim, o paciente toma conhecimento prévio sobre sua situação respiratória e é informado se é o momento de procurar um médico. A partir do teste, também é possível prover todo o cuidado farmacêutico necessário para esse paciente crônico. “É preciso lembrar que outras doenças acompanham a asma, como é o caso da rinite, por exemplo. O dia 21/06 é uma ótima iniciativa para chamar a atenção sobre a doença e todas as suas complicações quando não controlada” acrescenta Isabel.

Na Araujo, além poder contar com serviço para avaliação do controle da asma, o cliente também pode utilizar desse momento de cuidado farmacêutico para receber orientações sobre as medidas de prevenção da doença.

Entre essas medidas estão a vacinação, como é o caso da gripe e da pneumonia, da Covid entre outras enfermidades respiratórias. Por outro lado, é importante que o ambiente do convívio diário, principalmente o quarto, esteja bem limpo e arejado. Essa limpeza diária deve ser feita com aspirador de pó e pano úmido, sem produtos com cheiro forte. Outra providência a ser tomada é a retirada de tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, estantes com livros, enfim, tudo que facilite o acumulo de pó. Os asmáticos também precisam evitar ter animais de estimação em casa, não devem fumar e é recomendável que fujam de ambientes com fumantes.

A farmacêutica ressalta que trabalhar a prevenção e o controle é fundamental, pois a união de doenças respiratórias não é incomum nesta época do ano, como é o caso da alta prevalência de pacientes asmáticos e que também sofrem com rinite.Portanto, é crucial adotar essas medidas preventivas para garantir a qualidade de vida dos asmáticos e de todos que enfrentam problemas respiratórios. Ao cuidarmos da limpeza e da ventilação dos ambientes, além de promovermos a vacinação contra doenças como gripe, pneumonia e Covid-19, estamos não apenas reduzindo os riscos de complicações respiratórias, mas também melhorando o bem-estar geral. Assim, podemos enfrentar com mais segurança os desafios das estações mais críticas para essas condições de saúde, protegendo a saúde respiratória e promovendo um ambiente mais saudável para todos.


Vitamina D: quanto mais, melhor?

 

Endocrinologista da Unimed Araxá afirma que não e alerta que níveis elevados estão associados a riscos para a saúde

 

A vitamina D, conhecida como “vitamina do Sol”, é fundamental no metabolismo do cálcio e mineralização do tecido ósseo, além de suas funções extraesqueléticas, muito estudadas atualmente, como o seu papel na imunidade, desenvolvimento cerebral, reparo do DNA, entre outras. Segundo a endocrinologista da Unimed Araxá, Thaís Vital, a deficiência grave de vitamina D pode causar doenças como o raquitismo e retardo do crescimento em crianças e a osteomalácia em adultos. A médica ressalta que estas situações são pouco comuns na atualidade, o que não diminui a preocupação em relação ao assunto.

 

“A deficiência subclínica de vitamina D, medida pela baixa concentração sérica de 25 OH Vitamina D é muito comum atualmente, devido à menor exposição solar e uso de filtro solar.  O que muitos não sabem é que a famosa ´vitamina do sol´ é, conceitualmente, um hormônio em função da capacidade de ser sintetizada integralmente pelo organismo e o fato de ter receptores específicos em diversos tecidos do corpo”, comenta.

 

Vitamina D e o sol

Durante a exposição solar, fótons UVB (ultravioleta B) de alta energia penetram na epiderme (camada da pele), iniciando, assim, a primeira etapa de produção da vitamina D. “Em seguida, no tecido hepático, ocorre a bioativação da vitamina D, e então, a 25 OH Vitamina D é transportada para os rins, onde sofre mais uma hidroxilação e se torna ativa. Portanto, a vitamina D é integralmente produzida pelo nosso organismo e o primeiro passo para isso é a exposição solar”, explica a Dra. Thaís.

 

Alimentação

As fontes alimentares de vitamina D são bastante escassas na maioria das dietas. Os principais alimentos que contêm essa vitamina são: salmão enlatado, atum enlatado, ovo (gema), fígado de boi cozido e óleo de fígado de bacalhau. A produção endógena de vitamina D pelo nosso corpo, supre de 60% a 80% das necessidades e esse processo é finamente regulado para evitar a produção excessiva de vitamina D.

 

Essencial

A vitamina D é crucial para uma série de processos fisiológicos, incluindo saúde musculoesquelética, desenvolvimento cerebral, reparo do DNA, regulação de diversos genes, ação em doenças autoimunes e cardiovasculares e até mesmo proteção em vários tipos de câncer, como mama, cólon e próstata.  “Seu efeito no metabolismo ósseo consiste em aumentar a absorção duodenal de cálcio e agir diretamente no osso, participando do processo de mineralização. Os efeitos extraósseos da vitamina D resultam da presença de receptores de vitamina D e de uma enzima responsável pela sua ativação, presentes em diversos tecidos, incluindo o pâncreas, sistema imune, estômago, epiderme, cólon e placenta”, comenta a médica.

 

Níveis

A determinação do status da vitamina D é estimada medindo as concentrações de 25-OH vitamina D, que é o metabólito mais estável e abundante no soro humano. “Os níveis séricos ideais de vitamina D são discutíveis na literatura médico-científica. A Endocrine Society considera como suficiente, níveis de 25 OH Vitamina acima de 30 ng/ml. Níveis de 25 OH Vitamina D entre 20 e 29 ng/ml indicam insuficiência e níveis inferiores a 20ng/ml indicam deficiência. A National Academy of Medicine (NAM), anteriormente chamada de Institute of Medicine (IOM), define como suficiente, concentração sérica de 25 OH Vitamina D acima de 20 ng/mL. Apesar das controvérsias quanto à definição de valores de 25 OH Vitamina D que correspondem à suficiência da mesma, os especialistas concordam que níveis inferiores a 20 ng/mL são subótimos para a saúde do esqueleto”, complementa.

 

Quanto mais vitamina D, melhor?

Existe um paradoxo inerente quando se considera a reposição de vitaminas, uma vez que níveis baixos podem ser prejudiciais, assim como níveis elevados, estão associados a riscos para a saúde. “Até o momento, não se demonstrou nenhum benefício em manter concentrações de 25 OH Vitamina D acima de 60ng/mL. Concentrações acima de 100ng/mL levam a maior risco de intoxicação. Portanto, os níveis de 25 OH Vitamina D devem ser mantidos dentro de uma faixa de normalidade, e aqui a máxima ´quanto mais alta, melhor`, não se aplica”, ressalta.

 

O efeito adverso mais comum do excesso de vitamina D é a hipercalcemia, que pode se manifestar com fadiga, constipação intestinal, náuseas, vômitos, desidratação, insuficiência renal aguda (perda da função do rim), confusão mental e, até mesmo, coma. 

 

 

Câncer de rim: doença silenciosa dificulta o diagnóstico precoce

Condição acomete principalmente homens1 e pode ser assintomática nas fases iniciais2

Síndromes genéticas, tabagismo, hipertensão e obesidade são fatores de risco para a doença

 

De acordo com os dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), estima-se que em 2022 o Brasil registrou mais de 11 mil casos de câncer de rim, sendo 7 mil em homens. A previsão da agência é que, em 2045, o número de casos aumente para mais de 18 mil.3 É um dado que chama atenção. A oncologista clínica do Hospital do Coração (Hcor) especializada em oncogeriatria, Lucíola Pontes, explica que o câncer de rim pode ser silencioso inicialmente, mas existem sinais de alerta, que podem indicar a evolução da doença. “O principal sintoma é a presença de sangue na urina e dor na lombar. Quando avança, quem tem a doença também pode sentir dor óssea e tosse persistente, por exemplo”.

No mês que marca a conscientização do câncer de rim, a especialista chama atenção para a importância do diagnóstico precoce. “Existe um exame capaz de rastrear a doença, mas, muitas vezes a identificação da enfermidade é feita por meio de exames de rotina como ultrassom do abdômen ou tomografia, nos quais o nódulo renal é observado". Foi o caso de Roberto Nilo, de 72 anos, que descobriu um câncer em cada rim por meio de uma ultrassonografia de rotina. “Com a descoberta, eu fiz uma cirurgia de retirada dos tumores para conseguir manter os rins”, conta Nilo. Contudo, pouco tempo depois, um novo tumor surgiu e Nilo recebeu a orientação médica de fazer um acompanhamento minucioso, que exigia muitos exames. A rotina no hospital era cansativa e, após seis anos, ele desistiu de fazer o acompanhamento.

Foi justamente durante esse período que o aposentado começou a sentir fortes dores abdominais. Na época, ele recebeu o diagnóstico (incorreto) de pneumonia. “Depois de muita investigação, descobri uma trombose no pulmão que foi desencadeada pelo câncer do rim, que já estava espalhado no meu corpo”, explica ele, que desde o ano passado faz imunoterapia em conjunto com uma droga oral conhecida como terapia alvo.

Casos como o Nilo, de câncer de rim metastático, infelizmente, não tem cura, mas o tratamento pode controlar e aliviar os sintomas e proporciona mais qualidade de vida. “Hoje, nós temos um cenário muito positivo no que diz respeito à tratamento, com novas combinações de imunoterapia ou terapia-alvo, e as pessoas, cada vez mais, precisam saber isso”, reforça a oncologista clínica que também aponta a relevância do cuidado adequado e o olhar atento na faixa etária entre 60 e 70 anos. “Em alguns casos, não há necessidade de intervenção alguma, já em outros, pode ser necessária alguma cirurgia ou tratamento oncológico adicional. Neste último caso, é fundamental que o paciente faça acompanhamento em centros de saúde e tenha um monitoramento rigoroso”, finaliza a especialista.




1. AMERICAN CANCER SOCIETY. Key statistics for kidney cancer. 2023. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/types/kidney-cancer/about/key-statistics.html. Acesso em: 13 jun. 2024.

2 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Conjunta SAES/SCTIE/MS nº 20, de 27 de outubro de 2022. Carcinoma de Células Renais. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 27 out. 2022. Disponível em: Link. Acesso em: 13 jun.2024.

3 AGÊNCIA INTERNACIONAL DE PESQUISA EM CÂNCER. Cancer Tomorrow. Disponível em: https://gco.iarc.who.int/tomorrow/en/dataviz/isotype?types=0&cancers=29&populations=76&multiple_populations=0&single_unit=500&sexes=1. Acesso em: 13 jun. 2024.



Alergias de contato causam desconforto e podem ter diferentes causas

Dermatite de contato alérgica e irritativa são as formas mais comuns


Algumas pessoas têm sintomas alérgicos ao entrar em contato com certos materiais, o que causa desconforto, podendo afetar inclusive a qualidade de vida. A médica alergista Maria Elisa Bertocco, do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), afirma que a alergia acontece quando há exposição a um material ou substância em que o organismo desenvolve mecanismos de defesa contra certas substâncias, causando reações na pele.

“As alergias de contato podem ser a dermatite de contato alérgica, dermatite de contato irritativa ou, ainda mais raramente, a urticária de contato”, afirma a especialista. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), 80% dos casos de dermatite de contato são do tipo irritativo.

A do tipo alérgico normalmente é causada por um mecanismo do sistema imune, que é ativado para tentar eliminar o agente agressor, sendo muito comum seu aparecimento devido aos metais nas bijuterias, que contém níquel ou cobalto, e também nos produtos de cuidados pessoais como sabonetes e produtos capilares, como xampu e tinturas.

“A dermatite de contato irritativa ocorre com o uso crônico de substâncias que irritam ou agridem a pele, como detergentes, produtos de limpeza ou devido ao uso de substâncias fortes, como ácidos e bases que, mesmo em pequenas quantidades, podem causar lesões graves à pele”, explica Bertocco. Ambas podem demorar horas ou dias para se manifestar e as reações mais comuns são manchas avermelhadas, coceira e descamação.

Outra causa comum desse tipo de dermatite é o contato com a borracha, por reação às substâncias usadas para a sua produção a partir do látex, que são catalisadores.

A urticária de contato é uma reação alérgica que tem um mecanismo diferente, com sintomas que ocorrem logo após que a substância causadora entra em contato com a pele e o látex é o desencadeante mais comum.

“Na urticária há a formação de pápulas na pele, que são lesões que se manifestam por um inchaço, localizadas e avermelhadas, que desaparecem sem deixar marcas. Caso seja mais grave, as vias respiratórias podem ser envolvidas e pode ocorrer a anafilaxia, que pode ser fatal”.

Ainda de acordo com a médica, não há cura para as dermatites de contato, mas existe a possibilidade de controle. A recomendação é procurar especialistas médicos que possam ajudar a identificar as causas e indicar o tratamento adequado e personalizado, que pode envolver medicamentos de alívio sintomático. “Existem testes para confirmar o diagnóstico de alergia a determinadas substâncias e também é possível fazer a escolha de produtos substituam os que causam reações alérgicas na pele do paciente, ajudando a eliminar os agentes responsáveis pela alergia”, finaliza.

 

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe

 

Síndrome do Impostor pode impactar a prosperidade

Psicanalista explica os detalhes dessa questão que afeta diretamente as diversas áreas da vida


A Síndrome do Impostor acontece quando as pessoas duvidam de suas conquistas e capacidades, além de cultivarem um medo persistente de serem desmascaradas como uma “fraude”. Mesmo quando todas as evidências apontam para suas competências, quem sofre com essa síndrome permanece convencido de que não merece o sucesso que tem, o que pode atrapalhar diretamente a prosperidade em diferentes setores da vida. 

De acordo com Elainne Ourives, psicanalista e especialista em reprogramação mental, esta falta de autoconfiança pode ter um impacto significativo na maneira como cocriamos nossa realidade. “Ou seja, sem autoconfiança é impossível cocriar coisas positivas. A Síndrome do Impostor mina a autoconfiança essencial para a cocriação da realidade, fazendo com que as pessoas questionem sua própria valia e capacidade de manifestar seus desejos”, explica. 

Segundo a especialista, esse estado de dúvida constante impede a materialização de sonhos e metas. O problema foi identificado pela primeira vez nos anos 70, por psicólogos que observaram que, apesar de evidências externas de suas competências, certos indivíduos não conseguiam internalizar seu sucesso, atribuindo suas conquistas à sorte ou a um erro de avaliação dos outros sobre suas habilidades. “A condição envolve sentimentos de despropósito, uma incapacidade crônica de internalizar realizações e uma busca incessante por validação externa”, completa Elainne, destacando que pessoas de todas as idades, gêneros e profissões podem ser afetadas, especialmente aquelas em posições de responsabilidade e pressão.

Os sinais de que uma pessoa está sofrendo com a Síndrome do Impostor incluem a incapacidade de realizar sonhos e cumprir metas, mesmo com muito esforço. Os principais indícios são: auto-dúvida persistente, medo de ser descoberto, perfeccionismo, sobrecarga de trabalho e a dificuldade em aceitar elogios. 

“A auto-dúvida faz com que o indivíduo questione constantemente suas habilidades e sinta que não é tão competente quanto os outros pensam. O medo de ser descoberto é caracterizado por uma preocupação constante de que os outros descubram que ele não é tão talentoso ou qualificado como aparenta ser”, detalha. 

Já o perfeccionismo leva a pessoa a se esforçar por perfeição em tudo o que faz, vendo qualquer pequeno erro como prova de sua incompetência. A sobrecarga de trabalho ocorre porque ela tenta compensar seus sentimentos de inadequação, trabalhando muito mais do que o necessário para garantir que tudo esteja perfeito e além da crítica. Por fim, a dificuldade em aceitar elogios se manifesta na tendência de descartar feedback positivo, acreditando que as pessoas estão apenas sendo gentis ou que não sabem o suficiente para julgar seu trabalho corretamente.

Nesse contexto, a Síndrome do Impostor afeta a cocriação da realidade de várias formas, sendo a falta de fé em si mesmo um dos principais obstáculos, pois a cocriação exige uma forte crença na própria capacidade de manifestar desejos. “Ela mina essa autoconfiança, fazendo com que a pessoa questione sua valia e capacidade de influenciar positivamente sua própria realidade”, ressalta a psicanalista. Além disso, o medo de assumir riscos, essencial para a cocriação, é amplificado, fazendo com que a pessoa evite oportunidades por medo de falhar e ser "desmascarada", entre outros aspectos. 

Libertar-se das prisões emocionais que travam a vida é essencial para alcançar uma nova realidade. Descobrir os Códigos da Liberdade pode destravar pilares importantes, como dinheiro, relacionamento e saúde, proporcionando um caminho para uma existência mais plena e satisfatória. 



Elainne Ourives - Treinadora mental, cientista e pesquisadora nas áreas da Física Quântica, das Neurociências e da reprogramação mental; autora best-seller de 8 livros; mestra de mais de 200 mil alunos, sendo 120 mil deles alunos do treinamento Holo Cocriação de Sonhos e Metas, a mais completa metodologia de reprogramação mental, cocriação e manifestação de sonhos do mundo; formada pelos maiores cientistas do mundo, tais como Jean Pierre Garnier Malet, Tom Campbell, Gregg Braden, Bob Proctor, Joe Dispenza, Bruce Lipton, Deepak Chopra e Tony Robbins; multiplicadora do Ativismo Quântico de Amit Goswami; certificada pelo Instituto HeartMath; única trainer de Joe Vitale no Brasil. É ainda idealizadora do Movimento “A Vida é Incrível”, lançado para ajudar a libertar o potencial máximo das pessoas na realização de seus sonhos; e criadora da Técnica Hertz®, que surgiu a partir de descobertas da física quântica e do estudo aprofundado das mais poderosas técnicas energéticas do mundo.
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BOLETIM DAS RODOVIAS

Tráfego tranquilo nas principais rodovias paulistas, no início da tarde desta sexta-feira

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta sexta-feira (21). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), em ambos os sentidos, o tráfego é normal, sem congestionamentos. Já na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), no sentido interior, o tráfego é congestionado do km 71 ao km 73. Já no sentido capital, o tráfego é normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em ambos os sentidos, o tráfego é normal, sem congestionamentos. Já na Rodovia Castello Branco (SP-280), o motorista encontra lentidão do km 16 ao km 14 no sentido capital, e no sentido interior o tráfego é normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.


Dia do Mídia: 22,7% dos publicitários no Brasil são empreendedores, indica pesquisa da Serasa Experian

 

Em 21 de maio se comemora o Dia do Mídia no Brasil, data que reconhece especialistas ligados às áreas de comunicação como redes sociais, TV, rádio, impressos, entre outros. A Serasa Experian realizou um levantamento para entender o perfil de um recorte desses profissionais: os publicitários no Brasil. De acordo com a pesquisa, existem quase 200 mil pessoas classificadas nesta profissão, das quais 22,7% são considerados como “donos de negócios” – empreendedores ou profissionais liberais. 


A renda pessoal estimada de 46,7% deles é entre R$ 2.501 a R$ 5 mil mensais. Em comparação à população geral brasileira, 22,1% se encaixam nessa classificação. Enquanto 67,7% dos brasileiros ganham até R$ 2,5 mil mensais, 28,6% desses profissionais estão inseridos nessa faixa. Ainda na avaliação sobre a renda, a pesquisa revelou também a classe social dos publicitários brasileiros e foi possível afirmar que esse grupo se concentra nas classes mais altas da população: 7,4% são da “A”, 49,1% da “B” e 31,9% da “C”. Veja, no gráfico a seguir, o detalhamento completo deste recorte comparado à população brasileira:



Score de Crédito e Finanças: Publicitários são bons pagadores

Ainda, de acordo com o levantamento, a partir do cruzamento desse perfil com o Score de crédito e finanças da Serasa Experian, 62,16% dos publicitários no país têm Score de Crédito acima de 500. Essa faixa de pontuação considera os bons-pagadores e que podem aproveitar as melhores condições de empréstimos e financiamentos do mercado. Nesta visão, o estudo indicou que quatro em cada 10 publicitários (43,0%) tendem a ser tomadores de crédito – uma tendência ligeiramente acima do restante da população brasileira (33,2%).

 

Dos profissionais de publicidade no Brasil, 56,1% são propensos a serem clientes de bancos digitais e 45,2% têm “perfil de investidor”. Os números são acima da referência populacional brasileira geral, onde os números são 45,8% e 31,9%, respectivamente.


 

Metodologia


Para realizar a pesquisa “Perfil dos Publicitários no Brasil”, em janeiro de 2024, foi combinada inteligência analítica com o ecossistema de big data da Serasa Experian por meio do Polis, solução da Datatech voltada para o mercado de marketing que gera insights e possibilita o estudo e segmentação de audiências a partir de filtros exclusivos. Para segmentação do público, foi utilizada a combinação do perfil de clientes com base na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e com segmentação de Profissionais de Relações Públicas, Publicidade, Marketing e Comercialização. Os dados são captados e analisados em consonância com a Lei Geral de Proteção de Dados nº 13.709/2018 (LGPD).

 

Experian
www.experianplc.com

 

Comprar ou alugar um imóvel: qual é a melhor opção?

Especialista em finanças pessoais explica vantagens e ressalta a importância de analisar com cuidado antes de tomar uma decisão


Comprar ou alugar um imóvel é uma questão que coloca muitas pessoas em dúvida, pois geralmente, não sabem qual opção é considerada a melhor para as suas respectivas realidades. No entanto, antes de escolher, é fundamental entender o que faz mais sentido para o momento atual da sua vida, sem deixar de pensar em como isso afetará o seu futuro e o seu orçamento.

De acordo com o especialista em finanças pessoais, João Victorino, existem vantagens para as duas opções, porém, é importante que os interessados considerem alguns pontos antes de tomar uma decisão, como por exemplo, avaliar a sua capacidade financeira e se possuem os recursos para a entrada, para as despesas iniciais de compra e também para as parcelas do financiamento, que não devem passar de 30% da renda de cada um.

João explica que, no caso da compra, é importante considerar planos pessoais e familiares, tendo em mente se a pessoa pretende permanecer no mesmo local por um longo tempo. “Entre as vantagens de comprar, estão a construção de um patrimônio, o potencial de valorização ao longo do tempo e a promoção de estabilidade e segurança, especialmente para famílias. Esses pontos devem ser analisados antes da compra de uma casa ou apartamento”, diz.

Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o número de compradores de imóveis cresceu no primeiro trimestre de 2024, em 11%. Além disso, o levantamento traz que os imóveis usados costumam chamar mais atenção do que os novos, principalmente pelo preço. E o uso do bem é destinado para moradia por 61% do público que foi consultado.

No entanto, alugar também tem as suas vantagens. “Alugar oferece maior flexibilidade e mobilidade, sendo ideal para quem não deseja se fixar em um local por muito tempo. Além disso, requer menos capital inicial do que comprar, o que pode ser vantajoso para várias pessoas. Por fim, não há necessidade de se preocupar com eventuais manutenções em alguns casos, sendo responsabilidade do locador do imóvel em questão”, destaca João.

O especialista alerta que em ambos os casos é essencial estar atento para não ser enganado e não se precipitar. Para ele, quando o objetivo é alugar, vale analisar as condições de mercado imobiliário na região de interesse, sendo possível fazer isso até mesmo pela internet, pois existem várias plataformas disponíveis para auxiliar nesse processo, servindo como fonte de consulta.

Porém, quando o intuito é comprar, João pontua que o cuidado deve ser redobrado, pois será um imóvel adquirido, não um local temporário. “Converse com zeladores, síndicos e vizinhos para saber se o imovel que você quer comprar é uma boa ideia. Evite comprar apartamentos com a inadimplência do condomínio, muitos prédios têm problemas de atraso nas contas e a conta sobra para os proprietários por meio de cotas-extras. Tudo precisa ser pensado nos mínimos detalhes para evitar dor de cabeça durante o processo”, afirma.

Com o intuito de ajudar a esclarecer quando é melhor alugar ou comprar um imóvel, o especialista recomenda considerar alguns cálculos que envolvem a taxa de juros do momento e quanto a pessoa tem guardado. João propõe supor um cenário onde uma pessoa está interessada em um imóvel de R$ 450 mil. Abaixo, será feita uma comparação entre os custos envolvidos na compra do imóvel e no investimento deste valor no Tesouro IPCA+.

Compra do Imóvel
Optar pela compra de um imóvel de R$ 450 mil, com o potencial de valorização a uma taxa média de 5% ao ano, resultando em um valor aproximado de R$ 1.945.077,00 após 30 anos. Ao comprar o imóvel, a pessoa também economiza o valor do aluguel, que seria cerca de R$ 1.315.800,00 ao longo de 30 anos, considerando um aluguel inicial de R$ 1.800,00 por mês com reajuste anual de 4%.

Investimento no Tesouro IPCA+
Por sua vez, investir R$ 450 mil no Tesouro IPCA+ a uma taxa real de 6,5% ao ano pode resultar em um valor acumulado de aproximadamente R$ 2.982.757,00 após 30 anos, oferecendo altos retornos financeiros e flexibilidade. Porém, investir no Tesouro IPCA+ implica em continuar pagando aluguel, totalizando aproximadamente R$ 1.315.800,00 ao longo de 30 anos, com um aluguel inicial de R$ 1.800,00 por mês e reajustes anuais de 4%. 

Vamos analisar todos estes números na tabela a seguir:


Quadro comparativo


Conclusão
- Comprar o imóvel: valorização do imóvel ao final de 30 anos é R$ 1.945.077,00 mais uma economia de aluguel de R$ 1.315.800,00 totalizando R$ 3.260.877,00
- Investir no Tesouro IPCA+: o valor do investimento ao final de 30 anos é R$ 2.982.757,00, descontando o gasto com aluguel de R$ 1.315.800,00 totalizando R$ 1.666.957,00.


Considerações
Com uma taxa de rentabilidade real de 6,5% ao ano para o Tesouro IPCA+, investir nesta opção oferece um retorno significativo, embora com o risco de reaplicação dos rendimentos (pois não sabemos quais serão as taxas no futuro).

Comparando os dois cenários, comprar o imóvel e economizar o aluguel resulta em um total acumulado maior (R$ 3.260.877,00) do que investir no Tesouro IPCA+ e descontar o gasto com aluguel (R$ 1.666.957,00). Neste caso, do ponto de vista estritamente financeiro, comprar o imóvel é mais vantajoso do que investir no Tesouro IPCA+.

No entanto, decidir entre comprar ou investir depende de diversas variáveis pessoais e financeiras. Portanto, é essencial que cada pessoa avalie cuidadosamente sua situação atual e suas expectativas futuras, considerando as taxas de juros, o potencial de valorização do imóvel, valor disponível para entrada e suas necessidades de mobilidade e segurança.

 

João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


Para analistas, manutenção da Selic reforça um BC blindado às pressões

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A manutenção da taxa em 10,5% ao ano ocorre após o Copom reduzir a Selic por sete vezes seguidas

 

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve os juros básicos, a Selic, em 10,5% ao ano, após reduzir a taxa por sete vezes seguidas. A decisão, segundo agentes do mercado, sinaliza piora no cenário fiscal e que a inflação ainda não está sob controle.

Outro ponto destacado pelos especialistas foi o fato de a decisão pela manutenção da taxa ter sido unânime, o que mostraria que a atuação do Banco Central (BC) de fato é independente, alheia às interferências políticas.

Para Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank, a manutenção da Selic em 10,5% ao ano mostra que “a piora recente nas projeções de inflação, bem como o cenário externo adverso, levaram o BC a mudar o plano de voo.”

Ela também destaca a importância do comprometimento da política fiscal para a evolução das expectativas de inflação e, consequentemente, da política monetária.

Sobre os próximos passos, Cristiane diz que o BC sinaliza a necessidade de manter a Selic em igual patamar até que os números de inflação comecem a mostrar melhora mais expressiva.

“A decisão ter sido unânime mostra coordenação entre os membros do Comitê e vai em linha com os últimos discursos que já vinham fazendo nas entrevistas e reuniões”, diz a economista-chefe do Ouribank.

Para Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), a decisão do Copom foi técnica e expressa, segundo ele, a deterioração de variáveis como inflação e equilíbrio fiscal.

“O comunicado remete a pelo menos três mensagens explicitas ou implícitas: que a missão fundamental da autoridade monetária é trazer a inflação para convergência com a meta; que a calibragem do aperto monetário é instrumento ativo e preventivo; e que o cenário prescreve manutenção da atual taxa de juros por período prolongando”, diz Tingas.

Também para o economista da Acrefi, a decisão unânime reforça a independência do BC, “além de sinalizar determinação da política monetária para enfrentar ruídos políticos.”

Para economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a aceleração da inflação e o aumento das incertezas no campo fiscal e no cenário internacional alteraram o balanço de riscos da inflação na direção de uma política monetária mais conservadora.

Em 10,5% ao ano, a Selic está no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas, quando começou a ser reduzida.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic estava em 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986.

Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. 



Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/para-analistas-manutencao-da-selic-reforca-um-bc-blindado-as-pressoes


Longevidade e envelhecimento populacional trazem desafios e oportunidades para a educação e saúde no Brasil: estamos preparados?

 

Estamos preparados para o aumento da expectativa de vida, envelhecimento populacional e a transição demográfica da pirâmide etária do país? Não, não estamos! De acordo com o dicionário Michaelis, longevidade é a “duração mais longa que o normal da vida de uma pessoa”. No entanto, essa definição simplista não captura a complexidade e a profundidade do que significa viver por muitos anos. Ela não se refere apenas ao tempo vivido, mas também à qualidade de vida durante esse tempo. Afinal, não basta viver por muitos anos, é essencial viver bem e sentir-se produtivo. 

O Brasil está envelhecendo rapidamente. De acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo com mais de 65 anos representará mais de um quarto da população em 2060. Esse aumento é atribuído à maior expectativa de vida e à queda da taxa de natalidade, o que traz uma série de desafios e oportunidades que precisam ser endereçados com políticas públicas eficazes e uma visão estratégica de longo prazo. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o envelhecimento saudável como o “processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na idade avançada”. Isso implica que essa fase da vida, embora inevitável, não precisa ser marcada por declínios debilitantes, mas pode ser acompanhada de bem-estar e atividades que continuem enriquecendo-a. 

Mas a mudança na pirâmide etária terá impactos profundos na economia e no mercado de trabalho. Com um número crescente de idosos e uma redução do número de pessoas jovens, haverá uma maior pressão sobre os sistemas de previdência e saúde. Como, por exemplo, o aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e outras condições associadas à maior idade. Nesse contexto, a Secretaria do Tesouro Nacional prevê um gasto adicional de R$ 50 bilhões em saúde até 2027. 

O perfil do idoso também está mudando. Hoje, são pessoas mais ativas, conectadas e desejam continuar contribuindo com a sociedade. Isso gera a necessidade de criar espaços e oportunidades que incentivem a participação dos maiores de 60 anos no mercado de trabalho e na comunidade, valorizando sua experiência e conhecimento. Além disso, a longevidade precisa ser acompanhada de investimentos em saúde que promovam a prevenção e o gerenciamento eficaz de soluções que visem a melhoria da qualidade de vida. 

O envelhecimento da população tem implicações também para a educação. Com menos jovens nas escolas, haverá uma menor demanda por infraestrutura educacional básica e fundamental, no entanto, aqueles que estão em formação de nível superior, incluindo os futuros profissionais de saúde, já necessitam desenvolver competências que os habilitem a cuidar, promover o bem-estar, manter a qualidade de vida e atuar na prevenção de doenças. Ou seja, eles devem estar preparados para usar os novos recursos terapêuticos, tecnológicos e as inovações no atendimento integral dessa população "envelhecida". 

Para isso, é essencial que as instituições de ensino promovam capacitações e debates sobre a mudança da pirâmide etária do país e do mundo, tornando todos os envolvidos na área da saúde conscientes sobre o impacto de viver por maior tempo e reforçando a utilização de inteligência emocional, ferramentas e inovações tecnológicas e conhecimento técnico profundo para adotar as melhores práticas neste novo contexto social. 

Como instituição de ensino, é necessário abordar as competências e possíveis mudanças nos currículos. O ensino superior brasileiro ainda não está totalmente preparado para essa realidade. Os parâmetros regulatórios engessam as possibilidades de transformação e a sociedade ainda enfrenta estranhamento em relação às formações disruptivas. Precisamos quebrar paradigmas e barreiras para desenvolver futuros profissionais de saúde e cidadãos preparados para uma sociedade longeva. 

A longevidade é um desafio que exige uma resposta integrada, multiprofissional e multifacetada. O Estado, a sociedade e cada um de nós devemos estar preparados para enfrentar as implicações desse fenômeno. Isso inclui rever as políticas públicas, investir em sistemas de saúde resilientes, promover a educação continuada e criar uma cultura que valorize e apoie o envelhecimento saudável. E isso precisa ser logo.
 



Patrícia Klahr - Pró-Reitora de Ciências da Saúde no Centro Universitário Facens.

Economista mostra como ensinar educação financeira aos filhos e investir

 

Com práticas simples como conversas, jogos e gestão da mesada, pais podem preparar crianças para uma vida financeira saudável

 

O brasileiro é habituado a contrair dívidas e pouco disposto a investir: 78,3% das famílias estavam endividadas em maio deste ano, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC); e 61% das pessoas não conseguem guardar dinheiro para investimento ou poupança, de acordo com a pesquisa “Pulso 2023” da Ipsos. Essas escolhas relacionadas a dinheiro podem ser influenciadas pelas disparidades sociais, inflação e desemprego. Mas, para além de fatores socioeconômicos, existe o viés subjetivo do comportamento humano, que torna comuns hábitos como gastar por impulsos, esquecer de prazos de pagamento ou não ter economias.

No que compete a ajustes comportamentais, o que pais, mães e tutores podem fazer para que seus filhos tenham uma relação mais saudável com o dinheiro? 

A economista e assessora de investimentos Daliane Poças sugere três pontos principais para melhorar essa situação. Primeiro, falar sobre o dinheiro desde cedo com as crianças, usando atividades lúdicas e jogos para introduzir conceitos financeiros básicos. Segundo, ensinar e praticar o consumo responsável, mostrando como distinguir entre necessidades e desejos. Terceiro, incentivar a fazer o dinheiro render, por meio de investimento adequado ao perfil de risco. 

“Ao educar financeiramente nossas crianças e adolescentes, contribuímos não apenas para um futuro financeiro mais saudável para elas, mas também para uma sociedade menos endividada”, defende Daliane Poças.

 

Famílias falam mais sobre dinheiro, mas investem pouco

O ponto positivo para a sociedade brasileira é que as conversas em família sobre assuntos financeiros estão mais presentes atualmente do que na geração anterior, segundo a pesquisa “Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?”, divulgada pela Serasa em outubro de 2023. 

A pesquisa revelou que 6 em cada 10 pais e mães nunca tiveram uma conversa sobre o tema finanças com os seus pais enquanto crianças. Por outro lado, a atual geração de pais agora está se esforçando um pouco mais: 8 em cada 10 pais dizem conversar com seus filhos sobre finanças.

O estudo mostra que as conversas que introduzem o tema do dinheiro nas famílias esclarecem “quais produtos são caros ou baratos”, “o que é possível ou não comprar”, seguido por “mostrar a importância de guardar dinheiro”. 

Embora estejam mais dispostos a falar sobre “guardar dinheiro”, 72% dos pais não fazem nenhum tipo de investimento ou poupança para os filhos; e 49% ainda não fazem, mas pretendem fazer no futuro.

Nesse cenário em que o investimento para filhos é desejado, mas ainda fora da realidade, a economista Daliane Poças propõe medidas para as famílias que buscam um futuro com mais saúde financeira. 

“A tradicional prática de guardar dinheiro em um cofrinho pode ser um ponto de partida lúdico para abordar a importância da reserva financeira, mas é preciso ir além”, alerta Daliane Poças. Para a economista, ensinar sobre proteger o dinheiro da inflação permite que as crianças e os adolescentes entendam como seu dinheiro pode crescer ao longo do tempo. 

Para quem quer ir além, é possível introduzir meninas e meninos ao mundo dos investimentos. Segundo a economista, é possível abrir conta de investimentos para as crianças, em conjunto com um dos pais ou com a presença de um tutor. 

“Segmentos como a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), mercados futuros, opções e derivativos não estão acessíveis. Contudo, é possível investir em produtos de renda fixa e no mercado de ações”, afirma Daliane Poças. Ela reforça que esses investimentos devem respeitar os limites do perfil de risco (suitability) e os objetivos financeiros das famílias.

 

Brincadeiras e mesadas como ferramentas de educação financeira

Investir é um passo mais avançado na educação financeira. Para chegar lá, é preciso antes construir a autorresponsabilidade financeira. As ações para isso podem iniciar já na infância e evoluir de acordo com a idade. 

Por meio de jogos e brincadeiras, é possível ensinar aos pequenos conceitos básicos como o valor do dinheiro, a diferença entre necessidades e desejos de consumo, e o planejamento financeiro. Atividades como montar uma loja fictícia podem ilustrar a troca e o valor dos produtos. Jogos como o Banco Imobiliário podem servir de introdução à negociação e ao gerenciamento de dinheiro. Criar um caderno de despesas é útil para monitorar gastos e planejar economias.

Aos poucos, podem ser introduzidas atividades que possibilitem a familiarização com ferramentas financeiras, como contas bancárias e cartões de crédito. “Muitas crianças veem seus pais usando cartões de crédito sem entender que a fatura precisa ser paga posteriormente. Explicar o funcionamento desse e outros instrumentos contribui para uma visão realista das finanças”, pontua Daliane Poças. 

Para as famílias adeptas da mesada, a prática pode começar com valores pequenos, ajustados à idade e às necessidades dos filhos. Com essa quantia, eles aprendem a tomar decisões sobre como gastar, poupar ou investir seu dinheiro. “A experiência prática de lidar com um orçamento limitado ajuda a desenvolver responsabilidade e autonomia, habilidades essenciais para a vida adulta. Isso não apenas ensina sobre dinheiro, mas também fortalece os laços familiares”, opina Daliane Poças. 

Além de ensinar a administrar o dinheiro, a mesada permite que as crianças compreendam a diferença entre necessidades e desejos. Ao planejar seus gastos, elas começam a perceber que nem tudo pode ser adquirido imediatamente e que é preciso fazer escolhas conscientes. 

Por exemplo, os pais podem ajudar seus filhos a refletir: eu realmente preciso realizar esta compra; ou posso guardar e investir para fazer uma compra maior? Esse aprendizado contribui para evitar o comportamento consumista e impulsivo, que leva muitos adultos ao endividamento.

“Em todo esse processo, os pais também podem - e devem - servir de exemplo, mostrando aos filhos como gerenciam seu orçamento, suas necessidades e desejos", conclui Daliane Poças.

 

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