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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Pesquisa da Tack TMI mostra que 54% dos profissionais de compras preferem interações presenciais nas apresentações de soluções de produtos e serviços de seus fornecedores

Contato presencial permanece essencial no Mundo dos Negócios, mesmo com ascensão do trabalho remoto 42% dos clientes estão mais propensos a comprar com fornecedores com os quais já tenham interagido e já conheçam suas necessidades

 

Em um mundo cada vez mais digitalizado, onde as interações virtuais se tornaram a norma em muitas áreas, uma pesquisa global recente revela que o contato presencial continua sendo um elemento vital no mundo dos negócios. Apesar da expectativa de uma mudança radical durante a pandemia, onde o trabalho remoto se tornou predominante, os resultados destacam a importância contínua das interações face a face.

 

De acordo com a pesquisa realizada pela Tack TMI, divisão de treinamento e desenvolvimento da Gi Group Holding, multinacional italiana líder em soluções para o capital humano, mesmo com a disponibilidade de ferramentas de comunicação online avançadas, como Teams e Zoom, 54% dos compradores ainda preferem reuniões presenciais para a apresentação e discussão das soluções propostas por seus potenciais fornecedores, enquanto 33% têm preferência pelo formato virtual.

 

“Somos uma sociedade com uma mescla grande de gerações, com seus referenciais de construção de relações de confiança. Apesar da pandemia ter acelerado o uso de ferramentas digitais e termos nos habituado a diferentes ferramentas que tornam a comunicação muito mais fácil, as interações presenciais ainda são um importante aspecto na construção das relações de confiança.”, analisa Renato Soares, diretor de negócios Latam da Tack TMI. É interessante notar que os canais digitais exercem um papel importante na busca inicial de informações sobre produtos e serviços de potenciais fornecedores.

 

Foram ouvidos pela Tack TMI 1.600 profissionais, de cargos de gerência média, gerência sênior e propriedade de negócio, de 16 países. A necessidade de conhecer a dinâmica do negócio na construção das relações de confiança entre compradores e fornecedores apareceu na quantidade de profissionais (42%) que disseram preferir adquirir produtos e serviços de fornecedores com quem já tiveram interações.

 

“Em um cenário de vendas em evolução, a importância das vendas presenciais não deve ser negligenciada. Mais da metade dos compradores prefere reuniões presenciais em relação às interações virtuais. Isso destaca o valor das conexões pessoais e a necessidade de equilibrar estratégias digitais com abordagens tradicionais”, avalia Soares.

 

A pesquisa também destaca que a maioria dos respondentes recorrem aos websites como principal fonte de informações sobre produtos e serviços. Cerca de 42% dos compradores consideram os websites como o canal preferido para obter informações.

 

Surpreendentemente, a pesquisa mostrou que as plataformas de mídia social como o LinkedIn são classificadas muito baixas como forma de engajamento em vendas. Embora essas plataformas tenham um papel importante no ciclo de vendas, certamente não é tão significativo quanto outros canais de comunicação. A mídia social tem seu lugar e está bem posicionada para ajudar a nutrir um relacionamento, buscar e manter a reputação da marca.

 

“Seja virtual ou presencial, os profissionais de vendas precisam se concentrar em melhorar continuamente e atualizar suas habilidades de vendas para construir relacionamentos duradouros que estejam alinhados com as necessidades de seus clientes. Os clientes querem uma abordagem pessoal e os profissionais de vendas precisarão trabalhar duro para adotar flexivelmente uma variedade de estratégias de comunicação para cada cliente e cada estágio do processo de compra. Nossa pesquisa mostra que as plataformas digitais e mídias sociais são os instrumentos de pior utilização por parte dos vendedores, de acordo com a avaliação dos profissionais de compras. Isso mostra que ainda precisamos evoluir bastante na forma como estabelecemos comunicação através desses canais para que possam gerar a segurança que os compradores desejam ao adquirir produtos e serviços”, afirma o diretor da Tack TMI.

 

Adaptação estratégica na era digital

 

De acordo com a pesquisa, ao se comunicar com profissionais de vendas, os compradores ainda tendem a favorecer o método tradicional com e-mail (71%), pessoalmente e ligações telefônicas como as três principais preferências. Isso vai contra a sabedoria convencional de que a prospecção ativa está morta. A pesquisa sugere que, na verdade, os compradores ainda estão abertos ao contato telefônico de novos fornecedores em potencial, especialmente com o apoio de uma indicação (38%).

 

Outro apontamento é sobre as chamadas telefônicas, que são valorizadas por 56% dos compradores, seguidas de reuniões presenciais e e-mails, destacando a diversidade de canais que os profissionais de vendas devem explorar para garantir uma comunicação eficaz.

 

A pesquisa faz um alerta aos profissionais de vendas, sobre a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a personalização e a relevância em suas interações, aproveitando as oportunidades oferecidas pela mídia digital enquanto ainda mantêm a autenticidade e a confiança essenciais para o sucesso.

 

“Para aprimorar a eficácia das equipes de vendas, devemos abordar lacunas nas habilidades de vendas fundamentais. 27% dos respondentes disseram que uma experiencia de compra positiva passa por uma boa escuta de suas necessidades e mais 19% indicaram que o fornecimento de informações relevantes é importante para essa boa experiencia. Saber escutar, saber investigar as necessidades e saber entender o mercado, a dinâmica de negócios e desafios de seus clientes é fundamental para que se crie uma boa experiencia”, diz Renato Soares.



Group Holding
www.gigroupholding.com.br


Especialista explica como transformar produtos e serviços em objetos de desejo através de estratégias sofisticadas e personalizadas

 A sofisticação se manifesta na qualidade do atendimento e na capacidade de criar conexões e experiências memoráveis


A sofisticação de uma marca transcende a simples estética e o preço. Envolve a criação de uma experiência sensorial completa e personalizada para o cliente, onde cada interação se torna um momento de exclusividade. No aspecto do produto, isso se traduz em materiais de alta qualidade, design refinado e detalhes cuidadosamente elaborados, que demonstram o compromisso da marca com a excelência.
 

A elegância se manifesta logo no atendimento, que deve ser impecável, atencioso e personalizado em todos os pontos de contato com o cliente. Isso inclui desde a embalagem até o acompanhamento pós-venda, garantindo que o cliente se sinta valorizado e especial em cada etapa. 

Tatiana Mika, especialista em sofisticação de marcas que traz em sua história profissional a atuação em mercados exigentes, como em Tóquio e Estados Unidos, lembra que a verdadeira elegância e sofisticação residem na simplicidade e no valor agregado, e não apenas no preço elevado. “Um produto sofisticado justifica seu preço pelo que oferece ao consumidor, e na forma como são entregues e percebidos pelo cliente, refletindo o padrão elevado de qualidade e atenção aos detalhes”, revela. 

No segmento de serviços, onde a tangibilidade é um desafio, a sofisticação ocorre na qualidade do atendimento e na capacidade de criar experiências memoráveis. “Isso pode incluir desde um ambiente acolhedor e confortável, até um atendimento personalizado e atencioso, que respeite as necessidades, desejos e particularidades de cada demanda. Atender com excelência, carinho e cuidado, fazendo com que o seu cliente se sinta único, são ações que contribuem para aumentar ainda mais essa percepção”, aponta a especialista. 

Sofisticação também é saber se conectar e fazer parcerias estratégicas. Para as marcas ou serviços que desejam se conectar de forma efetiva com outros mercados, é essencial entender a cultura local para decifrar os diferentes perfis de consumidores. E as marcas de luxo bem-sucedidas estão atentas à importância desse movimento. 

Um exemplo bem-sucedido desta tendência é o recente parceria entre a marca Havaianas, referência em sandálias para praia no Brasil, com a renomada Dolce & Gabbana. Ao se associarem, uniram a casualidade e a simplicidade à sofisticação, para expansão de público. A grife italiana ao se associar com uma marca tão presente na cultura do brasileiro, conseguiu criar um vínculo emocional com os consumidores locais, apostando na paixão pelas praias. 

“A jogada estratégica foi a de penetrar mais profundamente no nosso potente mercado consumidor, fazendo com que a marca se aproxime ainda mais do coração das pessoas”, destaca. 

Ao oferecer produtos que combinam qualidade e prestígio, a marca consegue criar um valor percebido que vai além do preço, tornando suas peças ainda mais desejáveis. “Essa estratégia, além de fortalecer a presença da Dolce & Gabbana no Brasil, reforça a imagem de uma marca que entende e se conecta com as preferências e os estilos de vida de seus consumidores, em qualquer lugar do mundo”, ressalta. 

Tatiana Mika separou cinco conselhos que podem ajudar quem está em busca de transformar seus produtos em itens mais sofisticados. 

Elegância na apresentação: Mesmo itens simples, como chocolates ou pipocas, podem ser transformados em experiências sofisticadas quando apresentados de maneira elegante e personalizada; 

Detalhes na embalagem: Invista em embalagens que se tornem um verdadeiro símbolo de desejo. Elas devem comunicar claramente a qualidade superior e a exclusividade do produto, tornando a experiência de unboxing memorável e que esteja alinhada com os valores da sua marca. 

Contar uma história: Um elemento essencial da sofisticação é a capacidade de contar uma história significativa com cada produto. Crie uma narrativa inspiradora, que ressoe com os valores e aspirações dos consumidores; 

Foco na qualidade: A sofisticação não é sobre ostentação, mas sim sobre elegância, e pode ser alcançada sem grandes investimentos, focando na qualidade e no capricho em cada detalhe. 

Entendimento do cliente: Compreender as necessidades e desejos dos seus clientes é fundamental. Atenda-os de uma maneira que supere suas expectativas, proporcionando um serviço personalizado e exclusivo.




Tatiana Mika - influente mentora de marcas e pioneira na integração entre sofisticação e desenvolvimento pessoal. Formada em Administração Hoteleira, com avançados estudos em Branding pela ESPM e empreendedorismo pela Fundação Getúlio Vargas, a especialista se destaca no mercado por sua habilidade singular em transformar negócios em marcas de desejo. Com rica experiência internacional em Tóquio e Los Angeles, além de ter estudado com um dos mais renomados especialistas em Branding do mundo, ela oferece uma perspectiva global única em suas mentorias. Seu enfoque holístico, apoiado por profundas competências em PNL, permite que ela eleve significativamente o potencial de suas clientes, impactando não apenas seus negócios, mas também suas vidas pessoais e familiares. Como líder em mentorias de sofisticação de marcas, Tatiana é reconhecida por criar ambientes de aprendizado que funcionam como verdadeiros catalisadores para a mudança, capacitando mulheres empreendedoras a projetarem suas marcas com autenticidade, simplicidade e elegância. Ela se dedica a respeitar e celebrar a individualidade de cada mulher, guiando empreendedoras a se destacarem em um mercado competitivo, enquanto permanecem fiéis aos seus valores e essência.
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Intenção de consumo das famílias paulistanas cai pelo terceiro mês consecutivo

Ainda assim, o resultado é melhor do que o registrado no mesmo período do ano passado

 

Em maio, as famílias paulistanas continuaram menos propensas às compras. O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que mede a tendência dos lares de consumir no curto e no médio prazo, na cidade de São Paulo, caiu 0,8%, ao passar de 110,2 pontos, em abril, para 109,3 pontos, no mês seguinte. É o menor patamar desde agosto de 2023. No entanto, na comparação anual, o resultado ainda é positivo, visto que cresceu 9,3% [gráfico 1]. O ICF varia de zero a 200 pontos, em que abaixo de 100 pontos significa insatisfação em relação às condições de consumo — e acima desse patamar, satisfação.
 

[GRÁFICO 1]
ÍNDICE DE INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS (ICF)
Fonte: FecomercioSP 




 

A FecomercioSP acredita que o resultado foi influenciado pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que pressionou o grupo de alimentos nos primeiros meses do ano. A alta foi sentida por todas as classes sociais. Tanto é que os lares que recebem acima de dez salários mínimos registraram uma queda de 1,1% na intenção de consumo em relação ao mês anterior. Já nas famílias de menor renda, que recebem até dez salários mínimos, o índice recuou 0,7% atingindo 106,8 pontos, o menor nível desde agosto de 2023.
 

Além disso, a percepção quanto ao futuro profissional tem se deteriorado. O subíndice de perspectiva profissional caiu 3%, ao passar de 119,3 pontos, em abril, para 115,7 pontos, em maio. Ao avaliar os últimos 13 meses, essa pontuação só é maior que o mês de maio de 2023, quando marcava 115,2 pontos. Essa insegurança quanto à carreira impacta negativamente outros indicadores, como os de perspectiva de consumo e de momento para duráveis, que caíram 1,6%. Isso reforça que as famílias estão menos propensas ao consumo, principalmente de produtos de alto valor agregado.

Todos os outros indicadores permaneceram estáveis: acesso ao crédito, nível de consumo atual, renda atual e emprego atual. Ainda assim, crescer m em comparação ao mesmo período do ano anterior, motivado pelo aumento da renda e pelo mercado de trabalho “aquecido” [tabela 1].

[TABELA 1]
ÍNDICE DE INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS (ICF)
Fonte: FecomercioSP 



Apesar da queda observada nos últimos três meses, o ICF segue acima dos 100 pontos, o que ainda demonstra uma satisfação sobre as intenções de consumo. No entanto, a FecomercioSP alerta que inflação e juros podem impedir uma alta maior do índice, o que deve provocar oscilações no indicador nos próximos meses.

 

Notas metodológicas 

 

ICF 

 

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras. 

 

 

ICC 

 

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.  

 


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Saneamento básico e a geração de empregos

Entenda como os investimentos em saneamento impulsionam a economia local e criam oportunidades de emprego

 

O saneamento básico desempenha um papel crucial no desenvolvimento socioeconômico de um país. Além de promover saúde e bem-estar para a população, o acesso pleno aos serviços de água e esgotamento sanitário estimula a economia local em diversos aspectos, como por exemplo, na geração de emprego. 

Para compreender essa relação, é essencial considerar que a expansão do saneamento envolve a realização de investimentos significativos na construção civil, os quais têm efeitos econômicos expressivos nas áreas onde as obras são realizadas. A implementação de um sistema de saneamento em uma região abrange a construção de redes de distribuição de água, redes de coleta de esgoto, estações de captação e tratamento de água, bem como estações de tratamento de efluentes. 

Portanto, os investimentos em obras de saneamento geram empregos e aumentam a renda local. Em termos conceituais, esses impactos são classificados como diretos, indiretos e induzidos. 

De forma direta, a realização das obras implica na contratação de empresas de construção e trabalhadores assalariados. Essa atividade econômica é sustentada diretamente pelos investimentos realizados pelas empresas de saneamento ou pelos governos durante a expansão ou instalação dos serviços. 

As empresas de construção contratadas também compram materiais e serviços de outros fornecedores, o que sustenta indiretamente empregos e renda na cadeia produtiva da construção. A despesa com fornecedores e terceiros sustenta de forma indireta empregos e renda na cadeia produtiva da construção. São, por exemplo, os empregos gerados na indústria de materiais de construção ou nos escritórios de engenharia e arquitetura. 

O efeito induzido ocorre quando ao se contratar trabalhadores, seja para as obras, seja para a produção de materiais de construção ou para a prestação de serviços de apoio, há o desembolso da folha de pagamentos. Essa renda do trabalho sustenta o consumo dos empregados. A despesa deles induz as atividades econômicas em vários setores da economia, que vão da produção de alimentos à compra da casa própria. 

Após a conclusão das obras de saneamento, a expansão contínua das operações na área gera empregos diretos, indiretos e induzidos, sustentando o crescimento econômico local a longo prazo. Segundo dados do Trata Brasil, presentes no Painel Saneamento Brasil, em 2022, os investimentos em saneamento geraram aproximadamente 330 mil empregos no total, enquanto a operação da infraestrutura contribuiu com cerca de 555 mil empregos.

 


Pais têm direito de escolher período de férias junto com o recesso escolar

Mudança na legislação trabalhista visa atender às necessidades das famílias com filhos em idade escolar

 

Com a chegada do meio do ano, muitos pais começam a planejar as férias em família, procurando alinhar esse período com o recesso escolar dos filhos. Mas afinal, os pais têm o direito de escolher suas férias para coincidir com as férias escolares? A resposta é sim, mas com algumas considerações importantes.

 

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o empregador tem a prerrogativa de determinar o período das férias dos empregados, desde que respeite alguns critérios estabelecidos por lei. No entanto, há uma flexibilização importante quando se trata de empregados com filhos em idade escolar.

 

A CLT, no artigo 136, prevê que o período de férias deve ser decidido pelo empregador, mas este deve levar em consideração as necessidades do serviço e as preferências do empregado. Mais especificamente, a lei também estabelece que os empregados que têm filhos em idade escolar têm o direito de coincidir suas férias com o recesso escolar dos filhos.

 

Essa disposição é de extrema importância para as famílias, pois permite que os pais aproveitem o tempo de descanso e lazer com seus filhos durante as férias escolares, fortalecendo os laços familiares e garantindo um tempo de qualidade juntos.

 

Michel Cury, VP & General Manager da Rocket Lawyer LatAm reforça que essa flexibilidade é um avanço significativo na legislação, promovendo o bem-estar das famílias. "É essencial que os empregadores entendam a importância desse direito e façam o possível para acomodar os pedidos de férias dos empregados que têm filhos em idade escolar”, afirma.

 

Os pais que desejam alinhar suas férias com as dos filhos devem:

 

Planejar com antecedência: informar-se sobre o calendário escolar e comunicar-se com o empregador com pelo menos 2 meses de  antecedência;

 

Conversar abertamente com o empregador: explicar a importância de estar presente durante o recesso escolar dos filhos pode aumentar a compreensão e a disposição para atender ao pedido;

 

Consultar o sindicato: verificar se a convenção coletiva de trabalho da categoria prevê alguma cláusula que favoreça a concessão das férias no período desejado.

Por um governo a favor do Brasil

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, constitui-se em estado democrático de direito e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e do pluralismo político. É o que dispõe o artigo 1º da Constituição Federal de 1988. Nossa Carta Magna também preconiza, no parágrafo único desse artigo inicial, que todo o poder emana do povo e por ele é exercido por meio da eleição direta de seus representantes.

De uma forma simplificada, o cidadão comum entende que o povo, através do voto em eleições democráticas e livres, elege seus representantes para em seu nome cobrar tributos da população e devolver o produto arrecadado sob a forma de serviços essenciais, como saúde, educação, saneamento, segurança pública, habitação e atenção social.

Já se passaram 35 anos da promulgação da Constituição Cidadã e, nesse período, o país foi governado por oito presidentes da República, dos quais quatro representantes dos maiores partidos políticos (PSDB, PT, MDB e PL) e com diferentes perfis ideológicos. Cabe, agora, uma indagação. Os presidentes que governaram o país a partir de 1988 cumpriram suas obrigações expressas na Constituição?

A resposta, isenta, sem qualquer viés político, ideológico, partidário ou de mera simpatia é “não!”. Todos fracassaram. E é fácil comprovar essa assertiva. Na educação, o Brasil ocupa hoje apenas a 66ª posição (entre as nações avaliadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes -PISA 2022). A grande maioria dos nossos jovens não sabe interpretar textos nem resolver os mais simples exercícios de matemática.

Na segurança pública o quadro não é mais animador. Perdemos as guerras para as facções criminosas, milícias, contraventores e outros agentes do crime, a ponto de sermos considerados o 4º país mais violento ou inseguro do mundo, em termos de segurança pública (física e patrimonial), registrando a trágica estatística de 44 mil homicídios por ano.

Quando se trata do maior bem da humanidade, a saúde, embora tenhamos o SUS, que mesmo com limitações orçamentárias tem apresentado bons resultados, os serviços prestados aos cidadãos estão muito aquém das necessidades mínimas da população. São longas as filas para consultas, exames e cirurgias especialidades, muitas vezes custando a vida de cidadãos desesperados. Faltam hospitais, equipamentos e remédios.

Evoluímos quase nada em matéria de saneamento básico e temos uma das piores marcas dos governos dos últimos 35 anos. De acordo com o Censo 2022, 44% da população brasileira ainda não tem acesso à coleta de esgoto. Em 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já constatava por meio da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) que 39,7% dos municípios brasileiros não dispõem de serviço de esgotamento sanitário, condição com reflexo direto na saúde pública. Matéria publicada no site Poder 360 em março de 2024, com base no Censo 2022, revela que 49 milhões de brasileiros vivem em lares sem acesso a saneamento básico. Isto significa que os dejetos de 24,3% da população são depositados em fossos e valas ou seguem para rios, lagos, córregos ou para o mar.

O direito à habitação, essencial para a dignidade humana, também prevista no artigo 1º da CF/88, tornou-se letra morta. O déficit habitacional ainda é enorme, apesar de programas sociais que não dão conta de atender à demanda reprimida nem atendem a todas as faixas da população.

O Índice de Retorno do Bem-Estar Social (IRBES), indicador insuspeito, retrata perfeitamente a realidade dos serviços essenciais ofertados aos brasileiros. Nele, o país ocupa a última posição (30º lugar) entre as nações com maior carga tributária no mundo. Ou seja, o Brasil cobra muito em impostos (14º lugar no ranking mundial) e retribui pouquíssimo ao cidadão-contribuinte.

Vale a pena destacar que nos últimos 35 anos o Brasil experimentou o aumento de carga tributária bruta em 50% (1988: cerca de 22,5% do PIB e hoje 33,7% do PIB). Significa dizer que não se pode apontar como causa dos fracassos das políticas públicas a falta de recursos financeiros, porque esse argumento não se sustenta.

Não há mais tempo para desculpas, mesmo porque aqueles que concorrem a cargos públicos se comprometem a apresentar soluções. Já passou da hora, portanto, de o Brasil reconhecer seus problemas – muitos antigos, recorrentes – e buscar, de fato, caminhos para resolvê-los ou, ao menos, atenuá-los, sem o que a população de todas as classes sociais e de todas as regiões do país jamais terão uma vida digna. Eis os principais:


1 – Os governantes são eleitos mediante muitas promessas, mas sem apresentar nenhum plano de metas contendo as principais ações (com início meio e fim de cada uma), custos e as origens dos recursos necessários à sua efetivação.  A divulgação de um plano durante o período eleitoral ajudaria o eleitor a decidir seu voto e a fazer a cobrança posterior do eleito, tornando mais úteis os vultosos recursos públicos gastos com as eleições.

 

2 – Resiste a prática comum dos eleitos passarem os dois primeiros anos de seus governos - 50% do mandato – atribuindo culpa aos antecessores, reclamando da ‘herança maldita”. Com isso, apenas tentam justificar suas inações, enquanto a população espera inutilmente por soluções. Quando o cidadão elege o presidente da República, não está lhe dando uma carta branca para se limitar a atacar seus antecessores, mas sim um mandato para implantar um governo a favor do Brasil e de todos os brasileiros.


3 – É preciso reduzir substancialmente os privilégios inaceitáveis usufruídos pelos donos do poder, uma espécie de donatários das “capitanias hereditárias” modernas do século XXI, que vêm drenando centenas de bilhões de reais por ano.


4 – Fundamental também combater a corrupção desenfreada que há décadas vem contaminando o serviço público, desmoralizando as instituições e sugando um volume gigantesco de recursos financeiros, calculado em mais de uma centena de bilhão de reais. No ranking da percepção da corrupção, hoje o Brasil ocupa a 104ª posição entre 180 países, o que significa dizer que há 103 país com setor público mais honesto que o brasileiro. Uma vergonha nacional e péssimo exemplo para as novas gerações.
 

A Operação Lava-Jato é um exemplo do tamanho da corrupção no Brasil. O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou grande parte das condenações dos envolvidos, mas não inocentou os ex-condenados nem concluiu pela inexistência da corrupção. A reviravolta ocorreu por irregularidades ou ilegalidades processuais. É urgente alterar a legislação, tornando imprescritíveis os crimes praticados contra a administração pública para dar uma resposta efetiva à sociedade e mostrar, especialmente aos mais jovens, que o crime não compensa e a corrupção não é meio de vida!

É sempre bom recordar Louis Brandeis, ex-juiz da Suprema Corte norte-americana, segundo o qual “a luz do sol é o melhor desinfetante”. Portanto, transparência total em todas as ações é sempre recomendável.

Cabe ainda relembrar o pensamento do filósofo italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527), cujo alerta continua oportuno: “Um povo que aceita passivamente a corrupção e os corruptos não merece a liberdade. merece a escravidão. Um país cujas leis são lenientes e beneficiam bandidos, não tem vocação para liberdade. Seu povo é escravo por natureza. Uma pátria, onde receber dinheiro mal havido a qualquer título é algo normal, não é uma pátria, pois neste lugar não há patriotismo, apenas interesses e aparências.”


5 – Reconhecer que o país tem sido incapaz de cumprir o artigo 3º da Constituição que, com clareza absoluta, dispõe que dentre os objetivos fundamentais da República Federativa destacam-se: a constituição de uma sociedade livre, justa e solidária; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, bem como o artigo 5ª, cujo caput traz a assertiva que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. É possível alguém acreditar que no Brasil todos são iguais perante a lei?  Temos de fato uma sociedade livre, justa e solidária ou uma sociedade injusta com liberdade relativa, diferenciada e completamente egoísta?

Nos últimos 35 anos, não avançamos na redução dos enormes fossos econômicos entre as regiões do país. Já não é mais aceitável o desequilíbrio desenvolvimentista existente no país. O maior exemplo está nas regiões norte, nordeste e centro-oeste, que apesar de reunirem 19 estados e o Distrito Federal, com mais de 82,4% da área territorial do país e serem habitadas por cerca de 45,6% da população brasileira, têm participação de apenas pouco mais de 29% do PIB. Por outro lado, o estado de São Paulo, ocupando apenas 2,9% da área territorial brasileira e com população inferior à metade da habitada nas três regiões menos desenvolvidas do país, produz sozinho cerca de 31,5% do PIB, isto é, mais de 10% do registrado pelos 19 estados e Distrito Federal. Além disso, nos estados do norte, nordeste e centro-oeste, a renda média per capita é inferior à metade da renda nacional. O Brasil está condenando cidadãos à segunda classe pelo critério de onde vivem. Para piorar, as disparidades sociais seguem gigantes, com 1% população mais rica detendo 48% da riqueza nacional.

O fracasso dos governos dos últimos 35 anos, portanto, é evidente. Nesse período, dos oito presidentes eleitos dois sofreram impeachment, um foi condenado e preso após deixar o cargo e posteriormente teve sua condenação anulada, um foi detido depois do mandato e um teve enormes dificuldades para governar diante da pressão interna. O quadro hoje é de um país dividido. A questão política, entretanto, não serve para isentar nenhum deles de suas responsabilidades enquanto estiveram no cargo mais importante do país. 

Os objetivos fundamentais da República, elencados no inciso III, do artigo 3º da Constituição Federal, estão longe de serem alcançados. Quem sofre as consequências disso é a população, notadamente a mais pobre.

O país reclama – e não é de hoje – um governo a favor do Brasil, com os cidadãos enxergados como prioridade absoluta o tempo todo.

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br

 

Receita Federal institui declaração para empresas listarem benefícios fiscais

IMAGEM: DC
A Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirbi) será obrigatória em relação aos benefícios fiscais usufruídos a partir do mês de janeiro de 2024

 

A Receita Federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) de terça feira (18) a Instrução Normativa RFB nº 2198/2024, que cria a Declaração de Incentivos, Renuncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária- Dirbi.

A Dirbi deverá ser apresentada por todas as Pessoas Jurídicas que usufruam dos benefícios tributários constantes do Anexo Único dessa norma, utilizados a partir de janeiro de 2024.

A obrigatoriedade de apresentação da declaração não alcança as empresas do Simples Nacional.

Todos os valores informados na Declaração serão objeto de auditoria interna.

A Declaração será elaborada em formulários próprios do Centro Virtual de Atendimento ao Contribinte (e-CAC), disponíveis no site da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil na internet, no endereço eletrônico https://www.gov.br/receitafederal.

A Dirb será enviada até o vigésimo dia do segundo mês subsequente ao período de apuração. Relativamente aos períodos de apuração de janeiro a maio de 2024, a apresentação da Dirbi ocorrerá até o dia 20 de julho de 2024.

A Dirbi deve conter informações relativas a valores do crédito tributário referente a impostos e contribuições que deixaram de ser recolhidos em razão da concessão dos incentivos, renúncias, benefícios e imunidades de natureza tributária usufruídos pelas pessoas jurídicas constantes do Anexo Único.

Os benefícios referentes ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL deverão ser prestadas:

I – no caso de período de apuração trimestral, na declaração referente ao mês de encerramento do período de apuração; e

II – no caso de período de apuração anual, na declaração referente ao mês de dezembro.


PENALIDADES

Quem deixar de declarar ou apresentar a declaração em atraso estará sujeito às penalidades abaixo, calculadas por mês ou fração, incidentes sobre sua receita bruta, limitada a 30% do valor dos benefícios usufruídos.

1) 0,5% (cinco décimos por cento) sobre a receita bruta de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

2) 1% (um por cento) sobre a receita bruta de R$ 1.000.000,01 (um milhão de reais e um centavo) até R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);

3) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) sobre a receita bruta acima de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

A Receita Federal está organizando uma série de encontros/lives para, junto às Entidades da Classe Contábil, dar amplo conhecimento da norma e esclarecer possíveis dúvidas que possam surgir. 



Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/receita-federal-institui-declaracao-para-empresas-listarem-beneficios-fiscais

 

O que faz o C-level buscar novas opções de carreira?

É completamente normal estarmos abertos a novas oportunidades profissionais, principalmente, se forem vagas que nos permitam crescer em nossas carreiras e conquistar benefícios diversos para nossas vidas. Para os C-Levels, a premissa não poderia ser diferente, uma vez que se fechar a tais opções pode custar muito caro para seu futuro. Contudo, para as empresas, perder um executivo de alto escalão na companhia pode ser muito danoso, sendo assim, é importante ter ciência do que pode estar motivando possíveis turnovers na estrutura aplicando um diagnóstico profundo na empresa de forma que traga insights valiosos em prol de uma melhor gestão destes talentos e sua retenção.

Diante de um mercado altamente volátil, estar receptivo e avaliar tais propostas é, inclusive, algo saudável para o protagonismo da carreira dos executivos, uma vez que possibilita aumentar o networking, avaliar o seu próprio nível de empregabilidade e, claro, contribuir para a conquista de um emprego que o alavanque ainda mais em sua área e que permita um crescimento contínuo de aprendizado. Todos os profissionais, na verdade, deveriam estar abertos a este olhar, considerando o fato de que, caso não aceitem a vaga em questão, isso também reforçará questões positivas sobre a empresa atual que o fizeram recusar a oferta.

Isso porque, em toda oportunidade profissional, existem alguns aspectos importantes que são levados em consideração antes de aceitá-la, incluindo o contexto do projeto em si, sua compatibilidade com a cultura organizacional, capacidade ou não de entregar o que é esperado, quanto poderá ser reconhecido em seu exercício, a remuneração em si e, ainda, de que forma poderá agregar suas experiências anteriores à vaga.

Caso o executivo não veja sentido nessa nova oportunidade, isso pode reforçar seu grau de comprometimento com a contratante atual, além de demonstrar que suas responsabilidades ainda estão mais aderentes a sua realidade e metas. Já para as empresas, um turnover elevado de executivos em função de uma procura ativa por novos projetos do seu quadro executivo é reflexo de uma procura muito ativa dos executivos de novos projetos, por questões como falta de perspectiva de crescimento, remuneração incompatível com a responsabilidade da função e/ou abaixo da média de mercado, baixa valorização, entre outras.

É claro que existem, inevitavelmente, fatores externos que possam impactar nessa abertura de vagas. A própria pandemia foi um forte influenciador neste aspecto, a qual evidenciou um maior desejo pela conciliação entre a vida profissional e pessoal. Em dados divulgados pela pesquisa “Futuro do Trabalho 2024: onde estamos e para onde vamos”, como prova disso, apenas 10% dos profissionais ambicionam assumir cargos de gestão, considerados como posições que limitam, justamente, esse equilíbrio.

Este dado corrobora o cenário delicado de ser entendido, onde por mais que essa abertura ao mercado seja algo natural e saudável de ser mantida por todos os profissionais, assim como os executivos, por parte das empresas, é importante se atentar a esse interesse para avaliar o que pode estar sendo feito errado internamente, de forma que possa ser ajustado em prol de uma maior retenção dos times como um todo.

A atenção se inicia no processo seletivo, onde o RH precisa focar em recrutar um executivo ou talento que não apenas preenche os requisitos técnicos da vaga, como também que esteja alinhado aos princípios e cultura da empresa. Esse é o momento de compreender as aspirações dos candidatos e suas expectativas, contratando aquele que tiver o maior fit cultural nesse sentido.

Essa proximidade, contudo, não deve finalizar no momento da assinatura do contrato, mas sim permanecer como uma rotina deste departamento. É preciso manter uma escuta ativa com os executivos a todo o momento, aplicando pesquisas de satisfação que identifiquem se estão felizes em suas funções ou se há algum ponto que está causando desconforto ou qualquer outro ponto negativo. Questione o que valorizam e o que estão sentindo falta, para que consigam corrigir o que for possível e, com isso, elevem essa satisfação do profissional no ambiente de trabalho.

Nenhuma empresa deseja perder um bom executivo e acabar se prejudicando em termos de operações estratégicas. No entanto, também não há como impedir que esses talentos se abram para oportunidades melhores. É uma linha tênue entre esses pontos que ressalta a importância de as empresas sempre prezarem pela felicidade de suas equipes, avaliando os pontos precisos e assegurando um ambiente justo e satisfatório para todos. Cada tampa tem sua panela e, eventualmente, encontraremos as nossas.




Jordano Rischter - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


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União estável ou casamento? Entenda as diferenças e o que é mais vantajoso

 

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Amanda Gimenes, advogada especialista em direito de família, explica vantagens e desvantagens de cada regime matrimonial.

 

Ninguém investe em algo achando que vai dar errado. A tendência do ser humano é acreditar que as coisas darão certo, mas como tudo na vida, somos cercados de incertezas já que de certa forma a maioria das situações fogem do controle, por essa razão, é preciso se precaver e preparar-se para diversos cenários, inclusive aqueles que não queremos. 

Segundo dados sobre registros civis coletados em 2022 pelo IBGE cerca de 970.041 casamentos são realizados ao ano, um aumento de 4% comparado aos anos de 2019 a 2021. A idade dos matrimônios também aumentou, ou seja, os casais estão decidindo formalizar a união mais tarde, as vezes por escolha ou por estarem no segundo ou terceiro casamento. 

Embora os dados comprovem um aumento, as relações se desfazem em uma proporção similar.  Nesta mesma pesquisa, também foram consideradas as separações. Os dados apresentaram um aumento de 8,6%, uma média de 420.039 ao ano, em sua maioria de forma judicial. As informações são baseadas em relações formalizadas, porém, ainda há um número considerável de uniões informais que também passam pelas mesmas questões durante a separação. 

Amanda Gimenes, é advogada especializada em direito de família e ressalta a importância da maturidade de ambas as partes para avaliarem os prós e contra do casamento civil, união estável e as relações informais no momento da união, considerando a possibilidade da relação não dar certo. “É importante que os casais tenham a capacidade de planejarem também o divórcio no momento do casamento” – alerta. 

Para que tudo fique às claras, é necessário que tenham conhecimento de cada tipo de regime, bem como as formas de se unir existentes hoje. No Brasil, o casamento e a união estável são reconhecidos legalmente, embora pareçam a mesma coisa, possuem características e implicações legais distintas e vamos explica-las abaixo:

Formalização

Quando um casal decide se unir, pode optar por formalizar ou não. No casamento há uma cerimônia onde o casal registra em cartório e altera o estado civil juridicamente, implicando em alterações de documentos e etc.  Já a união estável não exige nenhuma formalidade, sendo reconhecida pela coabitação pública e o objetivo de ambos em constituir família. Porém ambas garantem os direitos no caso de separação. 


Regime de bens

Neste caso, as modalidades possuem importantes diferenças. No casamento existe mais de uma opção, que fica a critério dos noivos: 

Comunhão parcial - onde todos os bens adquiridos pelo casal durante o casamento são considerados comuns e, em caso de separação, são partilhados de forma independente da contribuição de cada um; 

 Comunhão universal - atribui a ambos, em partes iguais, todos os bens presentes e futuros, incluindo os adquiridos antes ou durante o casamento, inclusive herança;

Separação total – nessa modalidade os bens do casal não se comunicam, o que significa que cada um mantém a propriedade particular dos seus bens, tanto os adquiridos antes como depois do casamento;

Participação final nos aquestos no ato do casamento – esse trata-se de um regime híbrido, que adota a separação total de bens durante o casamento e, ao final, quando a relação se dissolve, cada um obtém metade dos bens adquiridos pelo casal a título oneroso.

Já união estável condiciona o casal a um único regime, o de comunhão parcial de bens, exceto se houver algum contrato que estipule condições diferentes. 


Direitos sucessórios

Uniões formalizadas em cartório, considera o cônjuge herdeiro necessário, com direitos à herança, independente de testamento. 

Aqui, a união estável possui uma desvantagem. Embora também tenha direito à herança, pode ser necessária a comprovação em casos de disputa.


Direitos previdenciários

Neste, ambos possuem direitos previdenciários como auxilio-reclusão ou pensão por morte. Porém, na união estável, é necessário comprovar o relacionamento pelo período exigido pela legislação.


Separação e Dissolução

No casamento, caso haja o término, é necessário um processo de divórcio, judicial ou extrajudicial, principalmente se houver filhos menores ou incapacitados. 

Já a união estável, pode ser dissolvida de forma mais simples, sem a necessidade de formalização em cartório, mas com a divisão de bens podendo ser judicializada. 


Aspectos tributários

Quando há a união civil, não há a incidência de impostos na transferência de bens entre os cônjuges. 

Caso a relação não seja formalizada, pode existir a incidência de impostos sobre as doações ou heranças entre os companheiros. 


Proteção Patrimonial

O casamento oferece um marco legal para a proteção dos bens do casal. 

No caso de união estável, pode requerer medidas adicionais para similar proteção, como a elaboração de contratos específicos. 

Por fim, ambas as formas de união são protegidas por lei, mas conhecer as diferenças é importante para garantir os direitos e deveres. Amanda ressalta que “o casamento ainda é a opção mais segura, já que deste modo os documentos se alteram e ficam averbados em qualquer transação, diferente da união estável que permite que ambos possam realizar transações jurídicas sem a participação do outro, declarando-se solteiros, uma vez que não há alteração no estado civil” – finaliza. 



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