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sábado, 15 de junho de 2024

49% das mulheres já experimentaram algum tipo de violência no relacionamento

Freepik 

O levantamento, realizado pela MindMiners, traz dados sobre relacionamentos, machismo, pressão social, empoderamento e autoestima feminina


 

O dado alarmante de que 49% das mulheres já sofreram algum tipo de violência em algum momento de suas vidas durante relacionamentos interpessoais, segundo o estudo da empresa de consumer insights MindMiners “Elas sobre Elas - Testemunhos e reflexões das mulheres sobre suas percepções e vivências na sociedade em múltiplos contextos”, lança luz sobre uma realidade sombria e profundamente preocupante.

A estatística revela não apenas a extensão assustadora da violência de gênero, mas também a persistência de padrões nocivos e opressivos em muitas dinâmicas de relacionamento.  Já dados da Agência Brasil mostram que ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas em 2023.

“Esse número não só destaca a urgência de abordar a questão da violência contra as mulheres, mas também ressalta a necessidade de criar espaços seguros e empoderadores onde todas as mulheres possam viver livres do medo e da intimidação. Nunca se falou tanto de violência contra mulher como temos escutado atualmente. A verdade é que desde que a mulher é mulher, elas lutam e tentam ao máximo combater a violência,” explica a psicanalista e CEO do Ipefem (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), Ana Tomazelli.   


Relacionamentos: expectativa x realidade 

A grande maioria das mulheres (56%) está atualmente em um relacionamento estável, refletindo um alto nível de comprometimento e vínculo emocional. Por outro lado, é curioso observar que 44% das participantes estão solteiras, apesar de mais da metade (51%) expressar o desejo de estar em um relacionamento estável. 

Essa discrepância sugere uma lacuna entre as expectativas e a realidade das experiências de relacionamento, evidenciando possíveis desafios na busca por parceiros compatíveis. 

Não é surpreendente, portanto, que mais da metade (53%) das respondentes enfrentem dificuldades para encontrar alguém que esteja interessado em um relacionamento sério, apontando para a complexidade das interações afetivas no cenário atual.

Além disso, os dados revelam questões sensíveis relacionadas à confiança e à fidelidade nos relacionamentos. 50% das mulheres admitiram ter sido traídas em algum momento, enquanto 21% confirmou terem traído seus parceiros. 

Esses números destacam a importância da comunicação aberta e da construção de confiança mútua nos relacionamentos, bem como a necessidade de abordar questões subjacentes que possam levar à infidelidade.  

Toda hora é hora de combater o machismo  

A percepção generalizada de que o mundo, e especialmente o Brasil, é bastante machista é alarmante, com 6 em cada 10 mulheres compartilhando essa visão. Esse sentimento é ainda mais pronunciado entre a geração Z, destacando a importância de abordar o machismo de maneira eficaz para criar um futuro mais igualitário. 

Além disso, o fato de que 4 em cada 10 mulheres convivem com pessoas machistas e 15% consideram seus parceiros(as) machistas destaca a persistência desse problema em níveis individuais e interpessoais. No entanto, é encorajador notar que 14% das respondentes já tiveram comportamentos machistas e buscaram mudar, demonstrando uma disposição para o crescimento e a transformação pessoal.

“Nosso papel, enquanto empresa de pesquisa, é dar visibilidade a temas importantes como esse. Os dados do estudo mostram que precisamos de mudanças urgentes. Como mulher, acredito que, para combater o machismo enraizado na sociedade, é essencial uma abordagem multifacetada que inclua educação, conscientização e ação concreta. A responsabilidade de promover a igualdade de gênero recai sobre todos, incluindo empresas e marcas”, comenta a CMO da MindMiners. Danielle também destaca o quanto é crucial que as marcas estejam atentas ao papel que desempenham na perpetuação ou combate ao machismo, implementando medidas que promovam a diversidade, a inclusão e o respeito. “Isso inclui não apenas evitar estereótipos de gênero em suas campanhas publicitárias, mas também adotar políticas internas que combatam o machismo no ambiente de trabalho e oferecer suporte às mulheres que enfrentam discriminação”, afirma Danielle.  


Enfrentando as pressões sociais 

As pressões sociais exercem uma influência significativa sobre as escolhas e trajetórias de vida das pessoas, muitas vezes limitando sua liberdade e autonomia. Segundo o estudo, uma parcela considerável da população (38%) sente uma forte pressão para encontrar um parceiro e estabelecer um relacionamento sério ou casamento, refletindo a persistência de normas sociais que valorizam a vida conjugal como medida de sucesso pessoal. 

Além disso, 35% relatam sentir pressão para terem filhos, evidenciando como as expectativas sociais em torno da maternidade podem exercer um peso significativo sobre os indivíduos, independentemente de suas próprias aspirações e desejos. “Nesse contexto, as marcas têm a oportunidade de desafiar essas normas restritivas e promover a diversidade de escolhas, oferecendo apoio e reconhecimento às pessoas que optam por seguir caminhos não convencionais em suas vidas pessoais e familiares”, analisa  a CMO da MindMiners, Danielle Almeida. 

O estudo, baseado em dados de 1.000 respondentes de todo o país, analisou as informações disponíveis na plataforma de consumer insights da MindMiners, que combina pesquisa, tecnologia e inteligência de dados para compreender o comportamento do consumidor. 



Ana Tomazelli - Psicanalista e CEO do Ipefem (Instituto de Pesquisas & Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), uma ONG de educação em saúde mental para mulheres no mercado de trabalho. Mentora de Carreiras, Executiva em Recursos Humanos, por mais de 20 anos, liderou reestruturações de RH dentro e fora do país. Com passagens pelas startups Scooto e B2Mamy, além de empresas tradicionais e consolidadas como UHG-Amil, Solera Holdings, KPMG e DASA (Diagnósticos da América S/A). Mestranda em Ciências da Religião pela PUC-SP e membro do grupo de pesquisa RELAPSO (Religião, Laço Social e Psicanálise) da Universidade de São Paulo, também é pós-graduada em Recursos Humanos pela FIA-USP e em Negócios pelo IBMEC-RJ. Formada em Jornalismo pela Laureate - Anhembi Morumbi.

Linkedin/anatomazellibr
Instagram @ipefem


MindMiners
https://mindminers.com/

 

Desvendando a Síndrome do Impostor: causas, consequências e estratégias de enfrentamento

Especialista discute a raiz, os impactos e os métodos para lidar com essa condição psicológica

 

A Síndrome do Impostor é uma condição psicológica em que indivíduos competentes e bem-sucedidos têm dificuldade em internalizar suas realizações, vivendo com o medo constante de serem expostos como "fraudes", explica a psicóloga clínica Tatiane Paula. “As causas dessa síndrome são variadas e incluem fatores familiares e sociais, como crescer em ambientes onde o sucesso é altamente valorizado e o fracasso severamente criticado. Traços de personalidade, como perfeccionismo e alto neuroticismo, também contribuem, assim como experiências passadas que minaram a autoconfiança e reforçaram crenças de inadequação”, acrescenta. 

No âmbito profissional, a especialista indica que a Síndrome do Impostor pode levar à procrastinação, burnout e subdesempenho. “Pessoas afetadas frequentemente evitam tarefas por medo de falhar, trabalham excessivamente para compensar a sensação de inadequação e não se candidatam a promoções ou novos desafios devido à autossabotagem. No âmbito pessoal, a síndrome pode causar ansiedade, estresse, baixa autoestima e isolamento social”, declara Tatiane. 

Os sinais mais comuns incluem autocrítica excessiva, desvalorização das conquistas, medo de falhar, ansiedade, estresse e procrastinação. A longo prazo, Tatiane relata que a síndrome pode resultar em problemas sérios de saúde mental, como ansiedade crônica, depressão e esgotamento emocional, prejudicando a qualidade de vida e o desempenho em diversas áreas. 

O tratamento pode envolver uma combinação de abordagens, como Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (TCC), aconselhamento, grupos de apoio e práticas de autocuidado, incluindo meditação e mindfulness”. A psicóloga destaca a importância da terapia: “A terapia é uma ferramenta poderosa para superar obstáculos e fortalecer a resiliência. Lembre-se, pedir ajuda é um sinal de força, não de fraqueza. Com o suporte adequado, é possível transformar a maneira como nos vemos e alcançar uma vida mais equilibrada e satisfatória”. 

É fundamental reconhecer que a Síndrome do Impostor não é rara e pode afetar pessoas de todas as idades e ocupações. “Reconhecer os sinais e buscar ajuda é essencial para superar seus efeitos. Cultivar um ambiente que valorize o crescimento pessoal, reconheça as realizações individuais e promova o apoio mútuo pode fazer uma grande diferença na vida daqueles que enfrentam essa condição”, finaliza Tatiane.





Fonte
Tatiane Paula - Psicóloga Clínica
@tatianepaula.psi


Festas Típicas: celebrar faz bem para o cérebro

 

Comemorar, celebrar, festejar e agradecer ativam no cérebro áreas associadas ao prazer e ao bem-estar



Chegou junho, um mês festivo em todo o País, e parece que já começamos a ouvir o som da quadrilha, sentir o cheiro de quermesse e toda a atmosfera da festa junina! Independente de religião, crença e afins, sempre há um motivo para agradecer e celebrar, o que faz muito bem para o cérebro.

 

“Desde os primeiros anos de vida, começamos a absorver os elementos materiais e simbólicos da cultura ao nosso redor. E desde os 25 dias de vida, já imitamos tudo que percebemos ao nosso redor. O primeiro formato de aprendizagem da nossa vida é por meio da imitação, que está relacionada, em parte, aos neurônios-espelho distribuídos em regiões importantes do cérebro, como o córtex pré-motor e áreas de linguagem. Estes neurônios são capazes de simular ou imitar uma ação que estamos vendo e disparam no cérebro, tanto quando desempenhamos uma ação, como quando vemos os outros fazerem”, explica Lívia Ciacci, mestre em Neurociências, parceira do SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

 

Segundo ela, o aprendizado por imitação no cérebro é o mecanismo mais importante que garante a passagem da cultura para a geração seguinte. “Com certeza todos se lembram dos rituais tradicionais das suas famílias quando eram crianças, como era o estilo de comemoração de aniversários, datas festivas, religiosas e depois, os rituais escolares. Todas essas vivências constroem no cérebro a nossa referência de socialização e do nosso papel no grupo”, diz.

 

Ela complementa que comemorar, celebrar, festejar e agradecer representam marcos de sucesso nas interações sociais, que são importantíssimas para a nossa espécie, e no cérebro ativam áreas associadas ao prazer e bem-estar, como o córtex pré-frontal e o sistema de recompensa. “Isso pode levar à liberação de neurotransmissores como a dopamina, que estão ligados a sentimentos de felicidade e satisfação, além disso, essas práticas podem fortalecer conexões neurais relacionadas a emoções positivas, promovendo uma mentalidade mais otimista e resiliente.” 


Lívia ainda reforça que a abordagem positiva, o otimismo e a socialização desempenham papéis cruciais para a saúde cerebral, mental e para o bem-estar, especialmente em tempos de contato virtual excessivo. “A positividade e o otimismo ajudam a reduzir o estresse, promovem resiliência emocional e melhoram a saúde e funcionamento geral do cérebro. A socialização estimula áreas do cérebro relacionadas a empatia, compreensão social e conexão emocional”, conclui. 





SUPERA
www.metodosupera.com.br


5 dicas para fugir de um relacionamento abusivo

 

No mundo em que vivemos hoje, é imperativo não apenas reconhecer as conquistas alcançadas pelas mulheres, mas também destacar as questões urgentes que ainda afetam suas vidas. Um desses problemas, infelizmente comum, é o relacionamento abusivo, uma realidade dolorosa e muitas vezes silenciosa que afeta inúmeras mulheres em todo o mundo. Cada vez mais, precisamos abordar estratégias para identificar e enfrentar esse tipo de situação, promovendo assim a segurança e o bem-estar das mulheres. 

O relacionamento abusivo pode se manifestar de várias formas, desde comportamentos sutis de controle e manipulação até formas mais evidentes de violência física e verbal. Muitas vezes, as vítimas enfrentam desafios significativos ao tentar reconhecer e escapar dessas situações, tornando-se presas em um ciclo de medo, culpa e isolamento. No entanto, é fundamental oferecer apoio e orientação para ajudar as mulheres a reconhecerem os sinais de alerta e tomarem medidas para protegerem-se.  

Para se ter uma ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde Mulheres, no último ano, 243 milhões de mulheres sofreram violência física, sexual ou psicológica por um parceiro íntimo. O Brasil é o 5° no ranking de feminicídio, três em cada cinco mulheres sofrem, sofreram ou sofrerão de relacionamentos assim, e segundo esse mesmo órgão esses casos aumentaram em 50% durante a pandemia. 

É dentro desse contexto desafiador que surge a importância de fornecer orientações práticas e estratégias eficazes para ajudar as mulheres a saírem de relacionamentos abusivos e reconstruírem suas vidas com segurança e autonomia. Portanto, neste artigo, vamos explorar algumas diretrizes valiosas que podem servir como pontos de partida para mulheres que buscam escapar do ciclo de abuso e recuperar o controle sobre suas vidas.

 

1. Reconheça os Sinais de Alerta - O primeiro passo para escapar de um relacionamento abusivo é reconhecer os sinais de alerta. Isso inclui comportamentos como controle excessivo, ciúmes patológico, isolamento social, manipulação emocional e violência física ou verbal. É crucial entender que nenhum relacionamento saudável deve incluir essas formas de comportamento e que é fundamental buscar ajuda ao identificar esses sinais.

 

2. Busque Apoio de Amigos e Familiares - É comum que vítimas de relacionamento abusivo se sintam isoladas e incapazes de buscar ajuda. No entanto, é essencial quebrar esse ciclo de isolamento e buscar apoio de amigos e familiares de confiança. Eles podem oferecer suporte emocional, orientação e até mesmo abrigo seguro, se necessário. Não hesite em compartilhar sua situação com pessoas de confiança e buscar ajuda profissional quando necessário.

 

3. Eduque-se sobre Relacionamentos Saudáveis - Uma maneira eficaz de evitar relacionamentos abusivos é educar-se sobre o que constitui um relacionamento saudável. Isso envolve entender os princípios de comunicação eficaz, respeito mútuo, consentimento e limites saudáveis. Ao reconhecer essas características, você estará melhor equipada para identificar comportamentos abusivos e tomar decisões que promovam sua segurança e bem-estar.

 

4. Procure ajuda Profissional - Buscar ajuda profissional é fundamental para fugir de um relacionamento abusivo de forma segura e eficaz. Existem várias organizações e profissionais especializados em ajudar vítimas de violência doméstica e relacionamentos abusivos. Eles podem oferecer apoio emocional, orientação jurídica, abrigo seguro e recursos para ajudá-la a reconstruir sua vida longe do abusador.

 

5. Tenha um Plano de Segurança - Ter um plano de segurança é essencial ao escapar de um relacionamento abusivo. Isso inclui identificar rotas de fuga seguras, guardar documentos importantes, ter um kit de emergência pronto e estabelecer códigos de segurança com amigos e familiares. Um plano de segurança pode ajudá-la a agir rapidamente em caso de emergência e garantir sua segurança durante o processo de saída do relacionamento abusivo.

 

Mayra Cardozo - mentora de Mulheres e Advogada, especialista em gênero. Idealizadora do método alma livre criado para auxiliar mulheres a saírem de relacionamentos tóxicos e abusivos.

 

O papel crucial das famílias na saúde emocional das crianças

Divulgação - LEM - Crédito: Freepik
Saiba como as famílias podem influenciar no desenvolvimento socioemocional dos jovens e como promover uma educação eficaz dentro de casa com a abordagem da "missão familiar"  


A educação socioemocional das crianças começa em casa, com a família desempenhando um papel fundamental na construção de uma base sólida. Ao estabelecer um ambiente emocionalmente saudável, as famílias têm a capacidade de influenciar positivamente no crescimento dos filhos, promovendo o desenvolvimento de habilidades importantes para toda a vida, como resiliência, autoconfiança, entre outras.   

Neste contexto, Fabiana Santana, assessora pedagógica do Programa Líder em Mim, da SOMOS Educação, destaca a importância de incluir a educação socioemocional nas rotinas familiares, para que possam rever hábitos que não contribuem para o seu melhor desenvolvimento, e potencializar as boas práticas já vivenciadas, beneficiando a formação das crianças. “É desde cedo, no contato com o outro, que os laços de respeito, empatia e compaixão são construídos. Assim, os pais ou responsáveis devem cuidar, estimular e valorizar a criança para que esta possa se desenvolver em toda a sua potencialidade”, afirma.

 

Qual a influência da família na aprendizagem?  

Desde os primeiros momentos de vida, o ambiente familiar é crucial para o desenvolvimento. A teoria do filósofo, médico e psicólogo francês Henri Wallon (1879-1962), conhecido por seu trabalho científico sobre Psicologia do Desenvolvimento, corrobora essa tese ao destacar que o desenvolvimento integral do indivíduo passa por quatro elementos interconectados: afetividade, movimento, inteligência e a formação do eu.    

Os estudos de Wallon são relevantes porque oferecem uma visão holística do desenvolvimento humano, considerando não apenas aspectos cognitivos, como também emocionais e físicos. Assim, do ponto de vista da “formação do eu”, de acordo com a assessora pedagógica, se levarmos em consideração que a família é o primeiro núcleo social do qual estamos inseridos quando crianças, a maneira como ela atua nos primeiros estágios de aprendizagem, pode interferir em como cada indivíduo se desenvolverá sua saúde emocional ao longo da vida.  

Neste contexto, a família desempenha um papel vital nos primeiros estágios de aprendizagem. “Um ambiente familiar positivo, que ofereça amor, apoio e exemplo pode contribuir para o desenvolvimento de crianças confiantes, independentes e com autoestima elevada. Já um ambiente familiar negativo, marcado por conflitos, negligência ou abuso, pode levar a problemas como baixa autoestima, ansiedade, depressão e dificuldades de relacionamento”, analisa Fabiana.

 

Como promover autoconfiança e resiliência para a nova geração?  

Para promover a autoconfiança e a resiliência nas crianças, de acordo com a assessora pedagógica, é fundamental que familiares e responsáveis respeitem o ritmo de desenvolvimento de cada uma, encorajem a autonomia e sejam modelos positivos. Neste cenário, é muito importante a comunicação e o diálogo aberto, saber impor limites claros e dizer não, sempre acompanhados de reconhecimento e encorajamento. No Programa Líder em Mim, essa relação entre limites e reconhecimento está relacionada ao hábito do “pense ganha-ganha”, que enfatiza a importância de reconhecer e encorajar esforços. 

 

Escuta empática  

A comunicação aberta dentro do ambiente familiar é crucial para o desenvolvimento emocional das crianças, fortalecendo a confiança e facilitando um diálogo mais acessível e honesto. “As crianças precisam confiar em seus pais, no que dizem e como conduzem os processos. Uma criança insegura tem uma grande probabilidade de se tornar um adulto inseguro, com problemas de relacionamento e socialização”, diz Fabiana.  

Práticas como a escuta empática são um excelente modo de construir esse caminho para um diálogo familiar saudável. Não só os estudantes, mas também toda a comunidade escolar e as famílias devem aprender este método, que ajuda a estabelecer um diálogo eficaz e a construir relações duradouras e saudáveis. A boa conduta dos adultos é indispensável, já que crianças tendem a aprender com exemplos e, portanto, a espelhar o comportamento dos pais e professores. Caso não vejam a aplicação na prática, os alunos não terão uma mudança de hábito. A mudança, portanto, deve ocorrer primeiramente nos âmbitos escolar e familiar para repercutir na criança. 

 

Como engajar toda a família?  

Visando aumentar o engajamento entre os membros da família, educadores incentivam a criação de uma missão familiar ou pessoal, alinhando sua visão e propósito. No programa Líder em Mim, tanto os alunos quanto suas famílias aprendem esses conceitos por meio de um material chamado “Guia da Família”, que oferece lições estimulantes sobre educação socioemocional.   

Essas práticas são altamente eficazes e proporcionam resultados mensuráveis para o crescimento integral do indivíduo, independentemente do formato familiar. Por exemplo, a “Conta Bancária Emocional” ensina crianças, adolescentes e familiares a esclarecer expectativas. Essa prática mostra o que representa um depósito (ações afirmativas) e o que são retiradas (ações que geram conflitos e descrédito). Assim, eles entendem quais comportamentos devem ser estimulados e lapidados. 

Em suma, colaboração entre família, escola e estudante é essencial para o desenvolvimento das novas gerações. Famílias envolvidas e escolas comprometidas proporcionam um ambiente que apoia o crescimento emocional saudável das crianças, preparando-as para enfrentar futuros desafios, serem protagonistas de suas vidas, influenciando todo o ecossistema ao seu redor.  

 

Líder em Mim
https://www.olideremmim.com.br/


sexta-feira, 14 de junho de 2024

Junho Vermelho e Laranja: entenda a importância da doação de sangue e medula óssea

 Especialista do CEJAM explica como a ação pode ajudar pessoas com anemia e leucemia, além de outros quadros de saúde


O mês de junho é marcado por duas importantes campanhas de saúde no Brasil: Junho Vermelho e Laranja. Ambas têm como objetivo conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue e medula óssea, essenciais para o tratamento de doenças graves, como anemia e leucemia. 

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, são coletadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano no Brasil, o que corresponde ao índice de 1,8% da população realizando doações nesse período. Embora esses números estejam dentro dos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), eles ainda são considerados baixos, e acendem um alerta. 

“A doação de sangue é um ato simples e rápido, mas que pode salvar muitas vidas. Cada bolsa doada pode beneficiar até quatro pessoas, ajudando no tratamento de diversas condições médicas, incluindo cirurgias, acidentes e doenças”, afirma o Dr. Gilberto Kobashikawa, hematologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim". 

Dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde apontam que 25% da população brasileira sofre de anemia, independentemente da origem. Quanto à leucemia, em 2024, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê mais de 11 mil novos casos no país. 

"A anemia ocorre quando a hemoglobina no sangue está baixa, geralmente devido à falta de algum nutriente essencial no corpo. As diferentes anemias podem surgir quando não temos nutrientes suficientes como ferro e vitamina B12. Por outro lado, as leucemias são cânceres que afetam as células sanguíneas da medula óssea. Pessoas com esses quadros, na maioria das vezes, precisam recorrer aos bancos de sangue e medula óssea", explica o médico. 

De fato, essas são as principais doenças que necessitam de doação. No entanto, existem várias outras condições que podem levar à anemia, diminuição da quantidade de plaquetas no sangue ou alterações na coagulação sanguínea, que também necessitam de transfusões de hemocomponentes do sangue. 

“Pacientes com plaquetas baixas em razão da quimioterapia, falência medular, entre outros motivos, podem necessitar de transfusão de plaquetas, por exemplo. Aqueles com alteração na coagulação sanguínea, associada a sangramento, podem necessitar de transfusão de plasma. Há diferentes casos, que também dependem dessa ajuda.” 

Já a medula óssea, também conhecida como "tutano", é responsável pela produção de células sanguíneas, tais como hemácias, plaquetas e leucócitos. As doações podem beneficiar não apenas pacientes diagnosticados com leucemia, mas também uma variedade de outras condições. 

"Os pacientes com anemia aplástica ou síndrome mielodisplásica podem necessitar de um doador de medula óssea, pois a medula óssea desses pacientes não é mais capaz de produzir esses componentes do sangue de forma adequada", ressalta o Dr. Gilberto. 

Em muitos casos, o transplante de medula óssea é a única maneira de alcançar a cura, conforme explica o especialista. "Quando não há um doador compatível na família do paciente, é necessário buscar doadores não aparentados por meio do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores são as chances de encontrar alguém compatível." 

Portanto, as doações - tanto de sangue como de medula - são vitais para salvar vidas e proporcionar esperança a muitas famílias, uma vez que, através delas, muitas pessoas têm a possibilidade de se recuperar de quadros graves. 

"A falta de conscientização, juntamente com estigmas e medos - como o receio de contrair doenças - impedem muitas pessoas de doarem, mas precisamos mudar essa realidade. A doação é um ato seguro e solidário que não tem custo algum para o doador, mas pode ter um valor inestimável para quem recebe", destaca o hematologista. 

É importante ressaltar que, para doar sangue, é necessário ter entre 18 e 69 anos, estar em boas condições de saúde e pesar no mínimo 50 kg. Para ser um doador de medula óssea, a idade deve estar entre 18 e 35 anos, além de também ser necessário estar em bom estado de saúde. Ao se encaixar nesses perfis, basta procurar o hospital/hemocentro mais próximo que aceite doações.
  
Vale lembrar que pessoas com doenças infecciosas ou incapacitantes, neoplasias, gestantes ou mulheres no pós-parto devem evitar realizar doações nesse sentido.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial
site da instituição

    

No Dia Mundial do Doador de Sangue, a Vetnil® reforça a importância da doação para os pets

Divulgação

 Ao atender alguns critérios de saúde, cães e gatos podem ajudar a salvar vidas de outros animais que enfrentam situações médicas graves, como cirurgias de emergência, doenças crônicas e lesões extensas

 

A doação de sangue é uma iniciativa que pode ajudar a salvar vidas e, embora algumas pessoas não saibam, ela também pode acontecer entre os animais. Celebrado no dia 14 de junho, o Dia Mundial do Doador de Sangue tem como objetivo, além de agradecer aos doadores, conscientizar a sociedade sobre a necessidade de doações de sangue regulares. Por isso, a Vetnil®, empresa brasileira do setor veterinário e parceira de quem cuida, aproveita a ocasião para reforçar a importância dessa boa ação para a vida dos pets, esclarecendo algumas dúvidas a respeito do tema.

Segundo Kauê Ribeiro, Médico-Veterinário e Coordenador de Comunicação Técnica da Vetnil®, é muito importante que os tutores entendam os benefícios dessa atitude altruísta e como podem contribuir com os bancos de sangue de animais.  

“A transfusão sanguínea veterinária é um procedimento parecido ao que é feito nos humanos, porém, com algumas diferenças e é fundamental que seja realizado por profissionais capacitados e em ambientes adequados. Hoje, já existem clínicas e bancos de sangue que fazem todo esse processo, basta que o animal atenda aos critérios básicos, que envolvem ter boa saúde, nunca ter passado pelo procedimento de transfusão anteriormente, apresentar controle de pulgas e carrapatos, vacinação e vermifugação em dia e ter um temperamento dócil, por exemplo. Essa iniciativa pode ser vital para os animais que precisam passar por uma cirurgia de emergência, convivem com doenças crônicas, ou ainda, que foram vítimas de lesões graves”, aponta Ribeiro.

Além destes requisitos básicos para os pets doadores, conforme indicado pelo especialista da Vetnil®, há ainda particularidades de cada espécie. Os cães devem estar na faixa etária entre 1 e 8 anos, além de pesar no mínimo 25 kg. Já os gatos devem ter entre 1 e 10 anos de idade e ter no mínimo 5 kg. Também é importante garantir que os animais doadores não apresentem doenças infecciosas que possam ser transmitidas pelo sangue, como erliquiose, no caso dos cães, assim como a leucemia felina (FeLV) e o vírus da imunodeficiência felina (FIV), no caso dos gatos, além de outras que também são analisadas no local de coleta. Para ambas as espécies, as fêmeas não podem estar prenhes, lactantes ou no cio.

“Após a doação, os animais são acompanhados para garantir que mantenham um estado de saúde adequado. É fundamental garantir uma boa hidratação e alimentação ao animal doador após o procedimento, assim como a suplementação com vitaminas e minerais para auxiliar na recuperação das células sanguíneas doadas e garantir a manutenção da saúde e do bem-estar. Entre uma doação e outra, é importante respeitar o intervalo recomendado de três meses, em média”, explica Ribeiro.

De acordo com Dr. Luiz Felipe de Sousa, Médico-Veterinário da Amazoo Clínica e Diagnóstico e Banco de Sangue Veterinário, localizado em Jundiaí, interior de São Paulo, antes dos procedimentos é realizado um rigoroso processo de triagem, com diversos exames, para garantir a saúde dos doadores e dos pets que receberão as transfusões. Segundo ele, o recebimento contínuo das doações é essencial para manter o banco de sangue sempre abastecido, principalmente em meses como dezembro e janeiro, que costumam receber um menor número de voluntários.

“O Banco de Sangue Veterinário Amazoo possui um hemocentro com estrutura para disponibilização das bolsas de sangue total ou hemocomponentes aos veterinários, testes de compatibilidade, bem como para realização das transfusões no próprio local. Todas as nossas bolsas são obtidas através de procedimentos seguros, em ambiente controlado, atestadas por exames laboratoriais realizados em nosso centro de diagnóstico com qualidade acreditada pela norma ISO 9001/2015. Contamos com uma equipe capacitada, oferecendo todo o auxílio para que o médico-veterinário possa realizar a transfusão em sua clínica se assim o desejar”, conclui Sousa.

 

https://vetnil.com.br/noticia/dia-mundial-do-doador-de-sangue-vetnil-r-reforca-a-importancia-da-doacao-para-os-pets

 

Vetnil®

 

Projeto 'Mulheres de Peito' estará em Guarulhos com exames gratuitos até o dia 22 de junho

FIDI
 Projeto, parceria entre FIDI e governo do Estado de São Paulo, é uma forma de levar exames de maneira acessível para todas as mulheres


A carreta-móvel do programa Mulheres de Peito, iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), instituição privada sem fins lucrativos que faz a gestão completa de diagnósticos por imagem, é uma ação que visa promover cada vez mais saúde para as mulheres de maneira prática e acessível.  

A carreta chega na cidade de Guarulhos e permanece entre os dias 11 e 22 de junho, realizando gratuitamente mamografias para mulheres com mais de 35 anos. Localizada na Alameda dos Lírios, 145 - Parque Cecap – no Terminal Rodoviário de Guarulhos, a carreta atende de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), por meio da distribuição de senhas no período da manhã. Serão realizados 55 exames nos dias da semana e 25 aos sábados.   

Entre os cuidados fundamentais que as mulheres devem ter, destaca-se a realização regular de exames como a mamografia, “que contribui para reduzir o risco de morte por câncer de mama, diagnosticando a doença antes mesmo da mulher notar alguma alteração. No entanto, fazer o exame não previne a doença, mas previne o descobrimento da doença em estágios avançados. Assim, optar por fazer a mamografia além de ser indicado pelos especialistas é um autocuidado da mulher consigo”, explica Dra. Vivian Milani médica radiologista especialista em mama e conselheira da FIDI. 

A carreta contribui com a agilidade do diagnóstico e garante o acesso facilitado a mulheres da cidade e região. Para realizar o exame na carreta do programa Mulheres de Peito, as pacientes de 35 a 49 anos e acima de 70 anos precisam apresentar RG, cartão do SUS e um pedido médico; já as de 50 a 69 anos podem levar apenas RG e cartão do SUS. 

Considerando a Base de dados da FIDI, nos últimos 5 meses (janeiro a maio de 2024), foram realizadas, aproximadamente, 11.362 mamografias, que representa um crescimento de aproximadamente 5% de exames se comparado com o mesmo período de 2023. 

A mamografia é um exame muito versátil e é indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Se for detectada em fase inicial, aumenta as chances de tratamento e cura, podendo chegar a 98%. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025 são estimados 73.610 novos casos da doença, sendo essa a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil ¹.  

(1) Dados e números sobre o câncer de mama - Relatório anual 2023 relatorio_dados-e-numeros-ca-mama-2023.pdf (inca.gov.br).  


Sobre a Carreta da Mamografia  

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, localizado na capital paulista. O resultado sai em até dois dias após a realização do exame.  

A carreta do programa Mulheres de Peito percorre os municípios do estado de São Paulo ininterruptamente, para incentivar mulheres a realizar exames de mamografia gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ampliando o acesso da população à atenção básica em saúde.  

A unidade móvel conta com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e um agente administrativo. Para agilizar o diagnóstico, cada veículo é equipado com conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.  

O projeto existe desde 2014, e as carretas já percorreram mais de 300 locais. No total, já foram realizadas cerca de 300 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias, e mais de 3 mil mulheres foram encaminhadas. 


Programa Mulheres de Peito em Guarulhos 

Período:  11 a 22 de junho 

Endereço: Alameda dos Lírios, número 145 - Parque Cecap – no Terminal Rodoviário de Guarulhos 

Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados).  
Distribuição de senhas de atendimento no período da manhã. 


Documentos necessários 

- Mulheres de 35 a 49 anos e acima de 70 anos: RG, cartão do SUS e pedido médico. 

- Mulheres de 50 a 69 anos: RG e cartão do SUS.  



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Dia Nacional da Conscientização da Cardiopatia Congênita

 


Todos os anos, cerca de 130 milhões de crianças no mundo nascem com algum tipo de cardiopatia congênita; no Brasil, ao menos 21 mil bebês precisam de intervenção cirúrgica para sobreviver

 

Com o intuito de alertar a população, a data 12 de junho foi escolhida para celebrar o “Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita”, de modo a ressaltar a importância do diagnóstico. Os maiores fatores de risco para o desenvolvimento da doença são combinações entre fatores genéticos e ambientais, idade materna avançada, patologia materna, como a diabetes gestacional, além de síndromes fetais associadas com Down, Edwars e Noonan. 

De acordo com dados recentes, divulgados pelo Ministério da Saúde, a condição afeta cerca de 30 mil crianças por ano no Brasil, sendo classificadas como leves, moderadas ou graves. Cardiologista pediátrica do São Cristóvão Saúde, Dra. Fabíola Müller de Oliveira ressalta que essa malformação no coração acontece entre a 4ª e a 8ª semana gestacional, período em que o coração se desenvolve. “O ultrassom obstétrico morfológico é uma triagem inicial para detectar a malformação cardíaca, no entanto, a partir da 24ª semana de gestão é indicado a todas às gestantes a realização do ecocardiograma fetal, que é o exame indicado para a detecção precoce de cardiopatias e este exame é realizado por um médico cardiologista pediátrico especializado”. 

“A Cardiopatia Congênita engloba qualquer anormalidade na formação do coração do bebê. Sabemos que 1 a cada 100 nascidos vivos será portador de cardiopatia congênita e o diagnóstico precoce é fundamental para um adequado planejamento”, explica Dr. Fernando Barreto, cardiologista e diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde. Ainda de acordo com o especialista, a doença é responsável por um número considerável de óbitos na infância. “Por esse motivo, fazer o pré-natal completo é a melhor maneira de mitigar os riscos de desfechos desfavoráveis”, reforça Dr. Fernando. 

Dra. Fabíola ressalta que “as condições podem ser diversas, desde pacientes que, já no nascimento, precisam ser direcionados a centros especializados, com necessidade de cirurgia precoce por vezes nos primeiros dias de vida, como pacientes que podem nascer em serviços terciários, manter um segmento com cardiologista pediátrico, com cirurgia no futuro, a depender da idade e da cardiopatia encontrada”. Contudo, a médica salienta que lesões menos complexas podem ter resolução espontânea, mas, de todo modo, demandam acompanhamento clínico.
 

Sintomas e Tratamento

A cardiologista pediátrica do São Cristóvão Saúde explica que as manifestações são varáveis, dependendo da cardiopatia encontrada. “Nem todo paciente com cardiopatia congênita apresentará sopro ao exame físico. As manifestações são diversas, que podem variar desde cansaço para respirar, aumento da frequência cardíaca, dificuldade de ganho de peso, pacientes que suam muito, cianose (lábios e pele arroxeados), além de alteração nos níveis de pressão arterial”. 

O tratamento pode ser cirúrgico, e em alguns acontece a resolução espontânea. “No caso dos pacientes que a cirurgia é realizada mais tardiamente, há necessidade de acompanhamento clínico, com uso de medicações específicas, de acordo com a cardiopatia”. 

Com isso, são necessárias algumas restrições, esclarecidas por Dra. Fabíola: “Algumas crianças possuem restrição de atividades físicas, outras por exemplo com o consumo de líquidos, alimentos com sal. Desse modo, algumas dietas são aplicadas, a depender do caso de cada paciente”, finaliza a médica.
 

Grupo São Cristóvão Saúde

Junho Laranja: Conscientização e Cuidado Contra Queimaduras

Campanha orienta sobre a importância de medidas de segurança para evitar acidentes domésticos

 

No mês de junho, os hospitais assumem um tom especial, tingindo-se de laranja em apoio ao Junho Laranja, mês da Campanha de Prevenção Sobre Conscientização das Queimaduras. A iniciativa chama a atenção sobre a importância de medidas de segurança para evitar acidentes domésticos que resultam em queimaduras.

Manter crianças sempre longe do fogão e forno, ter cuidado no manuseio de líquidos quentes, garantir que as instalações elétricas estejam em bom estado, manusear produtos químicos com luvas e óculos de proteção e usar filtro solar regularmente são medidas simples que podem ser adotadas no ambiente doméstico. No trabalho, o uso de equipamentos de proteção adequados é indispensável sempre que houver risco de exposição a altas temperaturas, produtos químicos ou chamas.

A primeira atitude ao socorrer alguém queimado é garantir a segurança da área ao redor da vítima para evitar que o acidente se agrave ou cause danos a outras pessoas. Em seguida, é fundamental agir rapidamente para encaminhá-la ao pronto-atendimento. Já o tratamento depende da gravidade do caso. “Os pacientes que passam por essa condição enfrentam um longo processo de recuperação, que inclui retornos frequentes no pós-operatório e uma série de tratamentos complementares, como terapia psicológica, fisioterapia e fonoaudiologia”, explica o coordenador de cirurgia plástica da Unidade de Tratamento de Queimaduras da Rede Mater Dei de Saúde, André Villani Corrêa Mafra.

Segundo ele, para muitos pacientes, o acompanhamento ambulatorial multidisciplinar é essencial nesse período, refletindo o compromisso dos profissionais de saúde com o cuidado integral desses pacientes. Com um ano recém-completado, a Unidade de Tratamento de Queimaduras da Rede Mater Dei de Saúde é o único centro de tratamento de queimados na rede privada de saúde no Brasil.

Com seis leitos adultos e quatro pediátricos, o serviço oferece um tratamento multidisciplinar abrangente, envolvendo diversas especialidades médicas, desde cirurgia plástica até fisioterapia, enfermagem e fonoaudiologia. O médico explica que a eficácia do tratamento é evidenciada não apenas pela infraestrutura robusta, mas também pela abordagem inovadora adotada. “Coberturas com curativos tecnológicos à base de prata e o uso de terapia por pressão negativa e câmara hiperbárica são apenas algumas das ferramentas que utilizamos para promover a recuperação rápida e eficaz dos pacientes”, diz. 

 

Rede Mater Dei de Saúde

 

DIU de progesterona reduz risco de AVC isquêmico em 22%, sugere estudo dinamarquês

Envato
Nova pesquisa feita com cerca de 1,7 milhões de mulheres aponta que a chance de ocorrer um AVC pode diminuir dependendo do tipo de DIU usado

 

Um novo estudo dinamarquês, publicado neste ano na revista Stroke, descobriu que mulheres que usaram dispositivos intrauterinos (DIUs) liberadores de levonorgestrel (DIU-LNG) apresentaram um risco 22% menor de sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC) do que aquelas que não usaram contracepção hormonal.

O estudo, que acompanhou 1,7 milhões de mulheres, também não encontrou aumento no risco de hemorragia intracerebral entre as usuárias do DIU-LNG.

“Esta descoberta levanta a questão de saber se o levonorgestrel, além de suas propriedades contraceptivas, pode ter o potencial de prevenir acidentes vasculares cerebrais isquêmicos”, afirma a médica Alexandra Ongaratto, especializada em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS.

 

Detalhes da pesquisa

O estudo incluiu mulheres entre 18 e 49 anos que viveram na Dinamarca entre 2004 e 2021. As participantes foram divididas em dois grupos: usuárias do DIU-LNG e não usuárias de contracepção hormonal.

Durante o período de acompanhamento, 2.916 mulheres sofreram AVC isquêmico e 367 tiveram hemorragia intracerebral.

Entre as usuárias do DIU-LNG, a taxa de incidência de AVC isquêmico foi de 19,2 por 100.000 pessoas-ano, enquanto para as mulheres que não usavam contracepção hormonal, a taxa foi de 25,2.

 

O primeiro de diversos passos

Os resultados da pesquisa sugerem que o DIU-LNG pode ser uma opção contraceptiva segura e eficaz para mulheres que desejam reduzir o risco de AVC isquêmico.

“Embora os resultados sejam promissores, é importante ressaltar que este estudo é observacional e não pode provar definitivamente que o uso do DIU causa uma redução no risco de AVC. Muitas outras coisas, como hábitos de vida, histórico médico e genes, também podem afetar o risco de AVC”, disse Alexandra. “Mais pesquisas são necessárias para confirmar esta descoberta.”

 

O que mais influencia os resultados?

O estudo não encontrou diferença significativa no risco de AVC isquêmico entre as diferentes faixas etárias das participantes.

As mulheres que se mudaram para a Dinamarca de países não ocidentais apresentaram um risco significativamente menor de AVC isquêmico do que as dinamarquesas nativas.

O estudo não teve acesso a informações sobre todos os fatores de risco de AVC das participantes, como tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal.

 

Recomendações

As mulheres que estão considerando o DIU-LNG como método contraceptivo devem conversar com seu médico sobre os riscos e benefícios.

“O DIU-LNG pode ser uma boa opção para algumas mulheres, mas não é para todas”, ressalta a médica. “É importante discutir suas opções com seu médico para encontrar o método contraceptivo certo para você”, finaliza. 

 

Instituto GRIS

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