Comemorar, celebrar, festejar e agradecer ativam no cérebro áreas associadas ao prazer e ao bem-estar
Chegou
junho, um mês festivo em todo o País, e parece que já começamos a ouvir o som
da quadrilha, sentir o cheiro de quermesse e toda a atmosfera da festa junina!
Independente de religião, crença e afins, sempre há um motivo para agradecer e
celebrar, o que faz muito bem para o cérebro.
“Desde os
primeiros anos de vida, começamos a absorver os elementos materiais e
simbólicos da cultura ao nosso redor. E desde os 25 dias de vida, já
imitamos tudo que percebemos ao nosso redor. O primeiro formato de aprendizagem
da nossa vida é por meio da imitação, que está relacionada, em parte, aos
neurônios-espelho distribuídos em regiões importantes do cérebro, como o córtex
pré-motor e áreas de linguagem. Estes neurônios são capazes de simular ou
imitar uma ação que estamos vendo e disparam no cérebro, tanto quando
desempenhamos uma ação, como quando vemos os outros fazerem”, explica Lívia
Ciacci, mestre em Neurociências, parceira do SUPERA – Ginástica para o
Cérebro.
Segundo ela,
o aprendizado por imitação no cérebro é o mecanismo mais importante que garante
a passagem da cultura para a geração seguinte. “Com certeza todos se lembram
dos rituais tradicionais das suas famílias quando eram crianças, como era o
estilo de comemoração de aniversários, datas festivas, religiosas e depois, os
rituais escolares. Todas essas vivências constroem no cérebro a nossa
referência de socialização e do nosso papel no grupo”, diz.
Ela complementa que comemorar, celebrar, festejar e agradecer representam marcos de sucesso nas interações sociais, que são importantíssimas para a nossa espécie, e no cérebro ativam áreas associadas ao prazer e bem-estar, como o córtex pré-frontal e o sistema de recompensa. “Isso pode levar à liberação de neurotransmissores como a dopamina, que estão ligados a sentimentos de felicidade e satisfação, além disso, essas práticas podem fortalecer conexões neurais relacionadas a emoções positivas, promovendo uma mentalidade mais otimista e resiliente.”
Lívia ainda reforça que a abordagem positiva, o otimismo e a socialização desempenham papéis cruciais para a saúde cerebral, mental e para o bem-estar, especialmente em tempos de contato virtual excessivo. “A positividade e o otimismo ajudam a reduzir o estresse, promovem resiliência emocional e melhoram a saúde e funcionamento geral do cérebro. A socialização estimula áreas do cérebro relacionadas a empatia, compreensão social e conexão emocional”, conclui.
www.metodosupera.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário