Pesquisar no Blog

quinta-feira, 2 de maio de 2024

4 dicas para empreender no mundo da estética

Com a área de beleza cada vez mais em alta, segmento é uma ótima aposta no mundo do empreendedorismo; empresária Naira Ávila, CEO da rede de clínicas de estética avançada Estúdio Mais, lista dicas para se destacar nesse setor

 

O setor de beleza é um campo vasto e promissor, oferecendo uma infinidade de oportunidades para quem quer empreender. O Brasil se destaca mundialmente neste mercado, sendo hoje o 3º país com maior crescimento na área, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. De acordo com dados da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o segmento movimentou R$ 47,5 bilhões nos últimos 2 anos, e as perspectivas permanecem positivas para os próximos anos. 

Nesse cenário, o número de oferta de cursos no setor de estética também cresce, e muitas mulheres apostam nessas formações para depois empreenderem. “O mercado de estética é muito dinâmico e muda constantemente, mas é um ótimo caminho para quem deseja empreender e conquistar sua liberdade financeira”, comenta Naira Ávila, CEO da rede de clínicas de estética avançada Estúdio Mais, presente em 17 shoppings de São Paulo e Rio, e do Instituto Estúdio Mais, que oferece formação em micropigmentação, graduação e técnico em estética facial. 

Pensando nisso, Naira listou 4 formas de empreender no ramo da estética, com criatividade:

 

1- Estúdio de beleza móvel 

Muitas vezes é difícil abrir um espaço físico para receber seus clientes, pois isso envolve um custo muitas vezes elevado, que quem está começando geralmente não tem. Nesse caso, uma alternativa é apostar em um estúdio de beleza móvel. 

“Além de ir até a casa do cliente, é possível marcar atendimentos em outros lugares, como hotéis, coworkings e escritórios. Qualquer local que possibilite a realização do procedimento estético, dependendo de qual for”, comenta Naira..

 

2- Parcerias com empresas locais 

Parcerias podem ser um “pontapé” inicial bem vantajoso. Segundo Naira, a ideia de contatar donos de empresas ou de algum salão de beleza que não ofereça o serviço que o empreendedor oferece, pode ajudar a otimizar tempo e conhecer pessoas que o procurem futuramente. 

“Em um mesmo dia e local, dá para atender diversas pessoas, oferecendo uma comissão para o dono do local, o que acaba compensando financeiramente, já que outros custos serão menores, como deslocamento, tempo perdido no trânsito, condução, etc…”, opina a empreendedora.

 

3- Serviços adicionais 

Que tal oferecer serviços adicionais para seus clientes? Fazer algo diferente será sempre uma boa ideia. “Se você está realizando uma micropigmentação, por exemplo, por que não oferecer uma massagem para relaxar?”, sugere a empresária da área de beleza.

Além disso, o próprio retoque da micropigmentação é uma forma de fazer com que aquela cliente se encontre mais com você.
 

4- Estúdio boutique 

O estúdio boutique costuma atrair diversas pessoas para o estabelecimento. No mesmo lugar em que são oferecidos procedimentos de beleza, pode existir uma loja que venda roupas, bijuterias, sapatos, doces e até mesmo produtos de beleza. 

“Essa loja pode ser feita semanalmente, mensalmente ou todos os dias, através de uma parceria com alguma pessoa ou você mesmo pode vender determinados produtos”, finaliza Naira.
 

 Estúdio Mais


Turnover brasileiro aumenta: quais os impactos para as empresas?

A insatisfação no trabalho vem atingindo níveis preocupantes no nosso país, elevando os índices de turnover e, consequentemente, ocasionando um efeito cascata de prejuízos ao desempenho corporativo. Desencadeado, principalmente, por uma postura mais ativa dos profissionais frente a oportunidades mais aderentes a seus planos de carreira e outras metas, as empresas precisam compreender a fundo estes motivos para que consigam reter estes talentos e assegurar que estejam felizes no ambiente corporativo.

O cenário foi identificado com base em dados recentes divulgados em uma pesquisa do LinkedIn, a qual relatou que 75% dos profissionais brasileiros estão considerando mudar de emprego este ano. A nível global, ficamos atrás apenas dos Estados Unidos (85%), mas em linha com o Reino Unido (75%), e seguido pela Irlanda (73%) e Alemanha (71%).

Dentre as justificativas para essas mudanças, o estudo destacou a necessidade de salários mais altos (44%), o desejo de um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (29%), e a confiança em suas habilidades (21%). Todos, desencadeados pela quebra da expectativa de possibilidades de crescimento na empresa atual frente à maior rigorosidade dos profissionais em suas ambições no mercado.

Seja por melhores oportunidades de crescimento, salários maiores, novos desafios ou melhores benefícios, a busca por outras vagas acaba sendo entendida como a melhor solução para conquistarem estes sonhos, ao invés de tentarem adquirir isso no cargo atual. E, apesar desta dificuldade de evolução em um empreendimento ser, de fato, algo comum de ser visto, nem sempre tenderá a ser solucionado em uma outra vaga.

Existe uma armadilha bastante frequente no mercado que acaba capturando muitos profissionais neste sentido, fazendo com que continuem frustrados em seu crescimento profissional mesmo após mudar de CNPJ. Na prática, essa ilusão acontece, dentre tantos fatores, pela falta de autoconhecimento sobre seus pontos fortes e fracos.

A ambição e a terceirização das próprias frustrações são dois movimentos perigosos que podem induzir a mudanças profissionais de forma equivocada, o que não apenas dificultará ainda mais que entrem em um empreendimento no qual se sintam aderentes e satisfeitos, como também elevará as chances de danificar sua imagem no mercado. Afinal, talentos com uma alta rotatividade e que permanecem em um empregador por ciclos curtos, muito provavelmente, não será bem-visto pelos recrutadores.

Toda carreira tem um timing mais adequado para acontecer, e possui sua janela a ser aproveitada. Isso faz com que, apesar de não existir um tempo regrado para que cada profissional permaneça em uma empresa, há uma premissa ideal de três anos em função. Ou seja, se um trabalhador permanece em uma companhia por menos tempo do que isso e, ainda, tende a repetir este padrão em outras contratantes, sua reputação, certamente, será cada vez mais prejudicada.

Isso será ainda mais prejudicial em posições de alta gerência, como os C-Levels, onde essa rotatividade piora a imagem dos profissionais em seu segmento. E, para evitar esses prejuízos, a melhor opção sempre será priorizar uma dose elevada de autoconhecimento, compreendendo onde cada profissional deseja chegar em sua carreira e o que espera das contratantes neste sentido.

Quando compreendemos com clareza nossas aspirações profissionais, fica mais fácil identificar qual empresa poderá contribuir com essas metas e fornecer o espaço apropriado para que possamos crescer e nos destacar. Com isso, além de ficarmos mais satisfeitos em nossas responsabilidades, tenderemos a permanecer por mais tempo naquele local, motivados a conquistar resultados cada vez melhores que beneficiem todos os envolvidos.

Hoje em dia, dificilmente, um profissional construirá uma carreira em apenas uma empresa, como era usual de ser visto antigamente. Estamos em uma outra realidade corporativa, muito mais dinâmica e pautada pelo poder de negociação dos talentos. Todos estão abertos a avaliar uma oportunidade de emprego e conversar sobre suas expectativas – então, cabe a cada um de nós ter claro em mente quais as nossas metas, e buscar pelo negócio onde possamos evoluir juntos.



Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Consultoria gratuita para IRPF continua na reta final para declaração

Foto: Roberto Sungi
Atendimentos são oferecidos por estudantes e professores de Etecs e Fatecs, nas regiões metropolitanas da Capital, Marília, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Sorocaba

 Prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda 2024 termina no dia 31 de maio


Na reta final para entrega do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), as Escolas Técnicas (Etecs) e as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais administradas pelo Centro Paula Souza (CPS) continuam prestando consultoria gratuita para quem encontra dificuldades na elaboração e no preenchimento da declaração. O prazo termina no dia 31 de maio.

Os atendimentos são realizados por alunos de diversos cursos, sempre sob supervisão de coordenadores e professores. Algumas unidades solicitam contrapartidas, como doação de alimentos para instituições beneficentes. Em outras, é necessário agendar previamente o serviço em razão do número limitado de vagas. Confira abaixo a relação de unidades, datas e horários.


Documentos

Os interessados na consultoria devem apresentar comprovantes de rendimentos do ano-calendário 2023, declaração anterior com recibo de entrega (se houver), número do RG, CPF e título de eleitor, endereço residencial, dados da conta bancária para restituição e comprovantes de despesas que possam ser abatidas (consultas médicas, exames clínicos, mensalidades escolares, contribuição para previdência privada, entre outros). Mais informações sobre a declaração do IRPF 2024 podem ser obtidas no site da Receita Federal.

Conheça no site do CPS as Etecs e Fatecs que oferecem o serviço. 

 

Centro Paula Souza


10 dicas para se planejar para as férias de julho e evitar surpresas

 Desde a organização de documentos importantes, como passaportes e vistos, até a preparação financeira, cada etapa é importante para uma viagem 

 

Com as férias de julho chegando, os turistas precisam se organizar desde já para garantir uma experiência tranquila e sem contratempos. Além de escolher o destino e planejar o roteiro, é fundamental dedicar tempo para realizar tarefas mais burocráticas — como compra de passagens e reservas de hospedagem.  

Planejar com antecedência contribui para evitar imprevistos e aproveitar ao máximo a experiência. Pensando nisso, a Wise preparou um checklist para ajudar quem viajará em breve e não quer esquecer nada:


 

Comece por aqui:


1. Os documentos estão em dia?

Se seu destino pertence ao Mercosul, confira se seu RG está em bom estado e tem menos de 10 anos da data de expedição. Caso vá viajar para mais longe, você precisa ter um passaporte válido por um determinado período dependendo do destino (geralmente 6 meses). As informações estão detalhadas no site da Polícia Federal. Se for com crianças, verifique a documentação e autorizações necessárias segundo a idade e do seu grau de parentesco.

 

2. Precisa de visto para a entrada de turistas brasileiros?

Cada país tem o seu próprio sistema e etapas a serem cumpridas. No site do Ministério das Relações Exteriores, você encontra mais informações sobre o assunto e os dados de contato das Embaixadas e Consulados estrangeiros no Brasil. Ninguém quer chegar no destino e ter que voltar por conta de falta de visto!

 

3. Além do seguro viagem, precisa de alguma vacina específica? 

A caderneta de vacinação brasileira não é válida no exterior, sendo necessário o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) para entrada em países que exigem vacinas específicas. É importante observar o tempo de ação necessário para cada vacina, como a febre-amarela, que deve ser tomada pelo menos 10 dias antes do embarque, e a vacinação contra a pólio, que requer que a dose seja tomada pelo menos 4 semanas antes da viagem, segundo o Ministério da Saúde.

 

4. O planejamento financeiro está em dia?

O conselho aqui é abrir uma conta global, caso ainda não tenha, para economizar e simplificar a troca de moedas. Por exemplo, a conta multimoedas da Wise permite manter saldo em mais de 40 moedas, usando o câmbio comercial e evitando taxas ocultas, que podem chegar a 6% do valor médio do câmbio de mercado em outras plataformas. Assim, é possível gastar como um local e ter transparência nas transações.

 

Para um mês antes da viagem:

5. Já fez uma cópia segura dos documentos, tíquetes e comprovantes?

Caso você precise de acesso fácil a algum documento ou para se prevenir de possíveis perdas ou roubos, é importante ter uma versão extra de todos os documentos e comprovantes que irá precisar. Avalie ter todas as cópias digitais em um drive também. 

 

6. Você já tem a entrada para todos os passeios?

Aproveite para checar o roteiro e comprar o tíquete de passeios e museus que estão no seu roteiro. Alguns lugares têm entrada concorrida e, por isso, é necessário se programar. Além disso, com o cartão da Wise, você pode comprar os tíquetes na moeda local, sem ter que pagar IOF de 4.38% cobrado pelos cartões de crédito em compras em moeda estrangeira. 

 

Antes de fechar as malas:


7. Qual é o seu contato de emergência?

Informe familiares ou amigos sobre seu roteiro e deixe um contato de emergência, caso precisem entrar em contato com você. Liste o telefone dos hotéis que você estará hospedado e também os números e horários dos voos.

 

8. Como estará o tempo no seu destino?

Chuvas, sol forte ou neve? A mala pode estar pronta, mas é sempre importante saber a previsão do tempo para o seu destino e se preparar para aproveitar com conforto e segurança. Para isso, a dica é olhar no próprio Google jogando a palavra “clima” acompanhada com o destino ou acessar sites mais especializados, como The Weather Channel.

 

9. O que não pode faltar na sua mala?

Cheque se você não esqueceu nenhum item essencial, como remédios, carregadores de celular e adaptadores de tomada. Alguns itens precisam ser despachados e não podem ir na mala de mão — aproveite essa checagem para conferir.

 

10. Você já converteu o seu dinheiro?

O mais prevenido já vai ter convertido o dinheiro aos poucos para aproveitar a média do câmbio, mas há quem deixe para a última hora. E aí a Wise ajuda a converter o seu dinheiro 24/7 e a carregar o saldo em outras moedas instantaneamente com o Pix. 


Com um bom planejamento e acesso a informações relevantes, o turista pode desfrutar de uma viagem sem preocupações ou gastos extras, sabendo que está preparado para qualquer eventualidade.


Como obter a eficiência empresarial com o apoio do CSC?

Nos ambientes empresariais contemporâneos, a busca pela eficiência é fundamental. Sendo assim, uma estratégia inovadora amplamente adotada é a implementação dos Centros de Serviços Compartilhados (CSC). Isso porque eles consolidam funções administrativas em uma única unidade para servir diversas áreas da organização, promovendo a otimização de processos, redução de custos e aumento da eficiência operacional.

Os CSCs atuam como hubs centralizados, garantindo consistência, padronização e qualidade nos serviços administrativos oferecidos, além de um rápido retorno de investimento. Não à toa, de acordo com a Pesquisa do Centro de Serviço compartilhados S-LATAM, 2023, realizada pela Deloitte, foi constatado que 57% dos centros recuperam o valor investido em, no máximo, um ou dois anos.

No entanto, para assegurar a efetividade desse processo, a governança corporativa é algo crucial, tendo em vista que, mais do que simplesmente focar na produtividade, é vital garantir a segurança da informação, a consistência dos processos, uma gestão eficaz dos dados, e a identificação e correção ágeis de falhas.

Por sua vez, é importante destacar que, quando falamos sobre produtividade, essa ação não se resume apenas a economizar mão de obra, mas sim em garantir alta disponibilidade, operar 24 horas por dia durante a semana, adaptar-se rapidamente às demandas que mudam conforme o calendário e ter um processo autoscaling (escalonamento automático).

E, levando em conta a atual fase de transformação digital que as organizações estão inseridas, trilhando um caminho sem volta para a modernização e incluindo cada vez mais recursos tecnológicos, o CSC é considerado um passo essencial nessa jornada, visto que ajuda na potencialização de dados e aproveitamento de tecnologias como a Inteligência Artificial.

Essa estratégia não apenas simplifica a gestão, mas também libera recursos para direcionar ações com foco em iniciativas estratégicas. Isso é, ao integrar um CSC com uma abordagem de autosserviço, as empresas promovem uma cultura de eficiência e responsabilidade. Além disso, essa sinergia aumenta a satisfação e o engajamento dos funcionários, contribuindo para um ambiente de trabalho mais produtivo e colaborativo.

Isso porque, enquanto o CSC lida com tarefas complexas e estratégicas, o autosserviço capacita os colaboradores a resolverem questões mais simples por conta própria. Essa combinação não apenas impulsiona a eficiência operacional, mas também promove uma cultura organizacional de responsabilidade e excelência. Afinal, profissionais engajados e bem capacitados são capazes de potencializar o negócio da empresa, implementando melhorias contínuas e ajustando-se rapidamente às mudanças necessárias.

A expectativa é que cada vez mais as empresas globais forneçam um maior valor a um custo menor. A rentabilidade e aceleração dos negócios são prioridades estratégicas no investimento em empresas globais que, em média, atingem 30% de benefícios de uma só vez, além de 10% de taxa de execução, segundo a Deloitte. Assim, ao investir na estruturação e fortalecimento do CSC, as organizações se posicionam para alcançar novos patamares de sucesso nos negócios, adaptando-se de forma ágil e eficaz a um ambiente empresarial dinâmico e desafiador. 



Thiago Massari - Squad Leader da Viceri-SEIDOR


Viceri-Seidor
www.viceri.com.br


Diversidade: como usá-la a favor da inovação?

Imergir a cultura corporativa na diversidade é extremamente importante para promover uma maior inclusão no mercado – além, é claro, de favorecer a imagem empregadora perante clientes e parceiros e, ainda, destravar seu potencial inovador. Apesar de ser um tema há bastante tempo em alta, muitas empresas ainda não compreendem por que devem seguir esse caminho, o que certamente irá prejudicar que se consagrem no segmento de atuação e fortaleçam sua reputação perante um crescimento de destaque.

Segundo dados divulgados pela pesquisa “Diversidade Aprendiz”, realizada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), cerca de 90% das empresas demonstram um certo nível de preocupação com questões relacionadas à diversidade e inclusão corporativa. Porém, 40% ainda não implementam um programa destinado a essa missão, não convencidas do motivo pelo qual devem adotar alguma medida prática neste sentido.

Por mais que o dado mostre uma maior conscientização sobre essa temática, é fato que trazer este assunto para o dia a dia dos negócios ainda é uma realidade distante, especialmente pela falta de informação acerca da importância deste assunto, o que faz com que possamos acabar reproduzindo pré-conceitos permeados em nossa sociedade que apenas prejudicam a devida conscientização perante a promoção de mudanças no mercado.

É difícil falar de uma dor que não sentimos. Diante disso, muitas empresas acabam não discutindo este tema porque ainda não passaram por uma dificuldade que traga à tona a urgência em adotar medidas favoráveis à diversidade internamente. Contudo, não faltam dados que evidenciem essa disparidade. Segundo o Censo Demográfico 2022, o Brasil possui 6 milhões de mulheres a mais do que homens – contudo, a desigualdade ainda é fortemente vista: cada dez mulheres em idade para trabalhar, apenas 5 participam do mercado. Entre os homens, 7 a cada 10 estão na força de trabalho.

Para piorar, 95% das mulheres negras notam um forte preconceito em colocá-las em posições de liderança, conforme dados do estudo Mulheres Negras na Liderança 2023. Nas pessoas com deficiência, os empecilhos também são grandes: apenas 28,3% estão empregados, conforme um relatório do IBGE. Este é um leque amplo de disparidade que, por ideias erradas e o famoso medo do “cancelamento” gera barreiras enormes para que consiga ser revertida.

Mesmo preocupante, existem muitas ações que podem contribuir para uma maior diversidade no ambiente empresarial, o que não apenas ajudará que possamos equalizar as equipes internas, como também alavancar a imagem da contratante em prol de seu destaque. Afinal, de acordo com o Global Marketing Trends Executive, 94% da Geração Z espera que as empresas se posicionem sobre questões sociais importantes.

Ao iniciar essa jornada, um bom programa de diversidade precisa conter quatro pontos fundamentais para que consiga desenvolver essa cultura inclusiva: conhecimento, aplicando um diagnóstico completo sobre a realidade da empresa entendendo suas dores, necessidades dos times e processos que precisam ser melhorados; conscientização, levando a educação e história à empresa e trazendo outras perspectivas para ampliar a percepção acerca da diversidade com posicionamentos variados; co-criação, priorizando um olhar aprofundado sobre o tema e quais estratégias podem contribuir com essa missão (tais como um comitê de diversidade e uma boa governança); e coordenação, assumindo a medição como parte indispensável para um bom gerenciamento do programa, assim como a definição de quais KPIs utilizar que ajudem a identificar se estão no caminho certo.

Todas as pessoas merecem ser incluídas no mercado, se sentindo bem nestes ambientes sem qualquer tipo de discriminação. Quando esta visão é aplicada e fomentada desde os cargos de liderança, o rendimento das equipes tende a melhorar gradativamente, assim como aumentar a atração e retenção de talentos que, juntos, contribuam para alavancar os resultados corporativos e estimular um mindset inovador em suas rotinas.

Cada vez mais, o mercado está olhando para empresas que, genuinamente, se preocupam em estabelecer uma política de diversidade internamente, a qual também esteja alinhada a ações sociais (ESG) aderentes aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU (ODSs). Juntas, essas estratégias compõem um conjunto inteligente que irá aproximar o negócio de seus clientes e parceiros, assim como construir um ambiente propício para uma diversidade de perspectivas que impulsionem a inovação empresarial. 



Gisele Müller - Fundadora da Éssi Consultoria, especialista em Direitos Humanos e Diversidades, Pós-Graduada em Modelos de Gestão Estratégicos de Pessoas e Psicóloga.

Vanessa Montagnoli - Gerente de RH do FI Group, psicóloga e MBA em gestão de pessoas.


Éssi
https://www.essi.com.br/


Manutenção do Perse é positiva, mas enxugamento reflete insegurança jurídica das empresas no País

Para Federação, redução de atividades beneficiadas vai afetar desempenho do setor já neste ano

 
Prestes a ser sancionado pelo Executivo após aprovação no Congresso, o escopo modificado do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) tem avanços quando comparado ao contexto do começo do ano, em que quase foi extinto. Por outro lado, as mudanças que enxugaram a iniciativa nesses últimos meses representam uma inequívoca insegurança jurídica para as empresas.
 
Os aspectos positivos são, sem dúvida, a continuidade das optantes do Lucro Real no programa, assim como o escalonamento de impostos só a partir de 2025, por exemplo.
 
Porém, a insegurança jurídica permaneceu à medida em que o Congresso reduziu de 44 para apenas 29 as atividades econômicas (CNAEs) beneficiadas pelo novo Perse. A decisão vai afetar os segmentos que foram excluídos, já que terão que pagar a alíquota de imposto integral já em 2024.
 
Muitos deles não contavam com esse incremento de gastos e, com isso, vão reduzir imediatamente seus planos de novas contratações e de investimentos. O resultado disso se verá no desempenho do setor de Turismo neste ano e, então, na própria economia.
 
Como já dito em outras oportunidades, o enxugamento do Perse também diz respeito à discussão mais ampla sobre a necessidade de modernização do Estado brasileiro. Isso fica claro quando se observa que o teto de gastos estabelecido pelo governo ao programa, de R$ 15 bilhões para os próximos três anos, é, antes de tudo, parte da ânsia de aumentar a arrecadação pública e, posteriormente, gastar os recursos de maneira ineficiente — ou seja, retirando recursos importantes de investimento e contratações e transferindo para o custeio da inchada máquina estatal.
 
A busca pelo equilíbrio fiscal do governo, embora seja louvável, precisa ser acompanhada da redução de gastos e da ampliação de investimentos públicos.
 
O Turismo precisa de melhorias de infraestrutura, inclusive para ajudar nos esforços das empresas que atualmente estão no Perse, com o objetivo de conquistar melhores resultados. Somente assim, e com segurança e tranquilidade no ambiente de negócios, essas empresas poderão prosperar e voltar a patamares anteriores sem a necessidade do programa — hoje ainda fundamental para a geração de emprego e para a sustentabilidade dos segmentos do setor.
 

FecomercioSP

Maternidade e carreira na área de TI: é possível?

Conciliar maternidade e carreira, sem dúvidas, é algo desafiador. Mas, ao contrário do que muitos possam imaginar, é possível vivenciar ambas as funções sem que uma anule a outra. Atualmente, vemos o mercado mudando gradativamente seu posicionamento em integrar mulheres nas equipes de trabalho, porém, embora esse tenha sido um importante avanço, ainda assim, precisamos abordar essa questão a fim de conscientizar diversos setores, principalmente, o de Tecnologia da Informação (TI).

Para entender o presente, é fundamental compreendermos nossas origens. Isso é, historicamente, nossa sociedade foi constituída sob a forte tendência de separação de papéis, nos quais a função de trabalho e sustento eram associados aos homens, enquanto as mulheres ficavam responsáveis pelo cuidado da casa e dos filhos.

Hoje, isso já não é mais assim. Temos grandes exemplos na história de figuras femininas que contribuíram para grandes descobertas, inspirando outras a seguirem o mesmo caminho. No entanto, mesmo diante desse importante avanço, ainda assim, muitas mulheres acabam passando por situações desconfortáveis no ambiente de trabalho, nas quais, em muitos casos, são desacreditadas e precisam constantemente provar seu valor.

Isso pode se intensificar ainda mais quando elas são mães, já que dúvidas e incertezas quanto ao seu desempenho após a maternidade são colocadas à prova. E, com isso, cria-se um cenário complexo, no qual, de acordo com uma pesquisa conduzida em 2023 pela consultoria Elliott Scott HR Brasil, 69% das mulheres com filhos na primeira infância acreditam que seu crescimento profissional é mais lento em comparação com aquelas que não tem filhos.

O dado chama atenção para a importância de abordar cada vez mais a pauta da maternidade nas organizações, a fim de conscientizar um mercado ainda polarizado. E, em se tratando da área de TI, esse tema é ainda mais relevante, visto que, segundo a pesquisa Woman in Technology, realizada em 2021 pela empresa Michael Page, foi constatado que as mulheres ocupam menos de 20% dos cargos das áreas de tecnologia no Brasil. Ainda de acordo com o estudo, apenas 26% das empresas latino-americanas possuem programas de retenção e atração de talentos feminino.

Vale destacar que a escolha da maternidade é uma decisão pessoal e familiar, a qual não deve ser colocada como um critério de avaliação de desempenho profissional ou no ato de contratação. Da mesma forma, embora haja uma gama de discursos inclusivos defendidos por muitas empresas, a igualdade não está na oferta de vagas especificas, mas no reconhecimento independente das suas escolhas pessoais.

Deste modo, cabe às empresas a missão de conscientizar a equipe para não reproduzir comportamentos e discursos que possam constranger ou despertar um sentimento de incapacidade pelo fato de serem mães, bem como usufruir da flexibilidade existente nos modelos de trabalho a fim de proporcionar, também, uma forma de apoio.

Nenhuma mulher precisa abdicar de um sonho para viver o outro. Contudo, além da pressão mercadológica, há ainda discursos e pensamentos que acabam, muitas das vezes, fazendo com que ela se sinta culpada por continuar vivendo a sua vida e correndo atrás dos seus objetivos, já que tem a responsabilidade dos filhos.

Quanto a isso, precisamos sempre lembrar que a maternidade não deve, jamais, ser considerada um fator impeditivo, sobretudo, para o setor de TI. Afinal, por ser uma área em constante evolução, existe um gama de oportunidades e funções nas quais as mulheres podem e devem atuar, a fim de mudar o atual cenário, uma vez que a presença feminina neste segmento no Brasil é de 0,07% – correspondendo a 69,8 mil profissionais, de acordo com dados do Serasa Experian.

Nesse sentido, encarar os desafios de ser mãe profissional torna-se mais equilibrado quando as organizações dão suporte. Obviamente, a maternidade não deve ser romantizada, visto que traz consigo desafios que podem ser refletidos tanto no âmbito profissional, quanto pessoal. Porém, essa escolha não deve partir do pressuposto de que há chances de perder espaço e credibilidade no mercado. Afinal, as mulheres mostram, diariamente, que é possível ser mais de uma versão, e exercer todas com excelência.

 


Elaine Costa e Leila Santana - são Squad Leaders na Viceri-SEIDOR.

Viceri-Seidor
www.viceri.com.br


Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

                         Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras. O número é estarrecedor e não se trata de exagero jornalístico, mas resultado de mapeamento sigiloso feito pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública, ao qual o órgão de imprensa teve acesso.

                   Não é de hoje que o cidadão brasileiro ouve falar do poder das facções. Entretanto, quase sempre as notícias se referem ao Primeiro Comando da Capital (PCC), nascida em São Paulo, e ao Comando Vermelho (CV), originado no Rio de Janeiro. A reportagem, portanto, escancara a caótica situação dos presídios e da segurança pública no Brasil, graças à proliferação e diversificação das facções, presentes nos estabelecimentos penais das 27 unidades da Federação.

                   Segundo especialistas, membros desses grupos transformaram os presídios em verdadeiros “escritórios do crime”, comandando de suas celas as mais variadas práticas contra a lei. Muitos de seus líderes estão no sistema prisional, alguns em presídios de segurança máxima, porém há uma legião deles nas ruas, cometendo crimes contra o patrimônio, contra agentes do Estado e promovendo resgate de presos. Os que estão encarcerados comandam motins e determinam ou autorizam assassinatos.

                   As facções se profissionalizaram ao longo do tempo. Possuem hierarquia definida, estatuto, poder financeiro garantido pela prática de crimes como roubos e tráfico de drogas, e contam com a assistência jurídica de advogados criminalistas. Já possuem inclusive ramificações em alguns países da América do Sul.

                   Esse poder paralelo nasceu, cresceu e se solidificou aproveitando-se da deterioração do sistema prisional. O país tem atualmente 644.794 pessoas encarceradas e outras 190.098 em prisão domiciliar. No total, são 834.874 presos. Esse número faz do Brasil o terceiro país com maior número de encarcerados, atrás somente dos Estados Unidos (2,2 milhões de presos) e da China (1,7 milhão).

                    Quase a metade (44,5%) da população atrás das grades no Brasil é formada por presos provisórios, encarcerados sem que tenham sido submetidos a julgamento e que estão “matriculados” nas escolas especializadas em crime, instaladas dentro das celas, atrás das grades.

                   A população carcerária é composta por 43% de jovens de até 29 anos e por 61,7% de pardos e pretos. Dos encarcerados, 67% são analfabetos ou semianalfabetos, com ensino fundamental incompleto. Não é difícil, portanto, perceber como a questão da educação impacta nos níveis de criminalidade.

                   Trata-se de um sistema punitivo cujo custo é muito alto para os governos. Nos presídios estaduais, cada preso custa R$ 2.400,00 por mês, o correspondente a 1,70 salário-mínimo por mês. Nos presídios federais, a despesa por encarcerado é ainda maior: R$ 4.177,00 mensais – quase 3 salários-mínimos.

                   Além de oneroso, o sistema carcerário é falho em vários aspectos. O índice de ressocialização dos detentos é mínimo, ao contrário dos casos de reincidência. Há outro aspecto importante. Nos últimos 10 anos, cerca de 17 mil mortes foram registradas nos presídios. Hoje, em média, mais de cinco detentos morrem todos os dias nas cadeias e penitenciárias. Muitos deles vítimas das guerras entre facções, fenômeno que também causa a morte de inocentes nas ruas, atingidos por balas perdidas nos frequentes tiroteios decorrentes notadamente pela disputa por pontos de venda de drogas.

                   Como o Estado não é capaz de diminuir a incidência de crimes, o déficit de vagas no sistema carcerário só aumenta e atualmente é de 167 mil vagas. E poderia ser muito maior. Estudo do Instituto Sou da Paz realizado em 2019 revelou que apenas 37% dos homicídios cometidos no país são esclarecidos. Além disso, há no Brasil 269.592 mandados de prisão aguardando cumprimento, segundo o último levantamento do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

 A deficiência de vagas e o alto custo por preso significa que os governos precisarão destinar mais e mais recursos para a manutenção dessa população improdutiva e crescente.

                   A violência urbana aparece em todas as pesquisas de opinião como uma das principais preocupações do cidadão. E isso não é à toa.  Embora tenha apenas 2,55% da população mundial, o Brasil registra 10,4% dos homicídios praticados no mundo. Em valores absolutos, segundo estudo global divulgado em dezembro de 2023, o Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo nesse tipo de crime. Uma liderança vergonhosa.

Em 2023, foram registrados 47.847 homicídios, a maioria (40.464) intencional. Para efeito de comparação, esse número de vítimas de homicídio corresponde a toda a população de Cabreúva (SP) ou de Santana do Ipanema (AL).

A violência também se manifesta no trânsito. O Brasil é o quarto país do mundo com maior número de mortes causadas por acidentes de trânsito. Entretanto, os três piores nesse triste ranking possuem populações muitos maiores: Nigéria (227 milhões de habitantes), China (1,39 bilhão) e Índia (1,42 bilhão).

Temos, portanto, várias guerras internas, altamente letais, até hoje não encaradas como prioridade pelos governos. É evidente que as políticas públicas, a legislação penal e o combate ao crime têm sido muito malsucedidos. O país perde para a violência quase 100 mil brasileiros a cada ano e, estranhamente, ninguém clama por um cessar-fogo, a não ser as mães e os pais desesperados com a morte dos filhos.

Em busca de protagonismo nas guerras externas, o governo federal se coloca apenas coadjuvante nas guerras internas, aquelas cuja vitória mais interessa à população brasileira porque é ela quem sente seus efeitos todos os dias.

Se não houver uma mudança radical de postura nesse sentido, se o país não agir em unidade nacional para que o problema seja enfrentado como prioridade, corremos o risco de as 72 facções criminosas mapeadas pela reportagem crescerem e se fortalecerem ainda mais, até um ponto em que se tornará impossível deter o controle do crime no país. Basta observar que o Brasil já tem vizinhos de fronteira que podem ser qualificados de países produtores de drogas e expoentes do tráfico (narco-países)

Os reflexos da situação atual são indisfarçáveis e acenderam o sinal de alerta. Segundo a mesma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, para proteger vidas e patrimônios as empresas privadas e as pessoas físicas brasileiras despendem anualmente recursos próprios correspondentes a 1,7% do Produto Interno Bruto (R$185 bilhões/ano) para suprir o fracasso da ação do Estado no combate à violência interna. É muita coisa, especialmente em um país com carga tributária entre as maiores do mundo.

É preciso, portanto, maior atenção com a questão, grave e urgente, especialmente quando o país se aproxima de nações com histórico de organizações terroristas - China, Irã, Venezuela, Rússia, Cuba e Nicarágua entre elas -, em claro contraste com o perfil da população nacional, que ama a liberdade, seja de escolha política, de expressão, ou econômica. O brasileiro, já tão sofrido, merece viver em paz.

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br


Precisa de crédito? Página do Sebrae mostra como buscar empréstimo de forma didática e consciente

Instituição defende que a cultura do planejamento financeiro faça parte do pequeno negócio e mostra como contratar crédito com segurança. Conheça o passo a passo!


A abertura de um negócio geralmente não vem acompanhada de uma formação completa em gestão e, muitas vezes, o empreendedor acaba cometendo erros comuns, mas que impactam o desempenho da empresa. Misturar as finanças pessoais com as do empreendimento ou não ter metas claras de onde se quer chegar são armadilhas fáceis de encontrar na história das micro e pequenas empresas (MPE) e que, geralmente, custam caro. São momentos em que buscar empréstimo parece ser a melhor opção.

“As pessoas acabam acreditando que o crédito é a melhor alternativa para alcançar o equilíbrio financeiro e a estabilidade desejada. Mas será mesmo?”, questiona o analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional Augusto Togni. “O Sebrae quer ajudar esses empresários a se apropriarem da cultura do planejamento financeiro, recurso que vai proporcionar mais segurança e consciência sobre o seu negócio. E isso vai ajudar a tomar medidas mais assertivas”, responde.

Para ajudar nessa tarefa, o Sebrae lançou a página Crédito Consciente, que contém uma jornada que desperta no empresário a necessidade de fazer uma leitura mais profunda e análise dos dados financeiros de seu empreendimento, antes de se lançar aos bancos para contratar um empréstimo.


Jornada de crédito

O empresário que visitar o portal criado especialmente para tratar de crédito encontra caminhos práticos e didáticos para recolocar sua empresa nos eixos. O Sebrae convida esse empreendedor a conhecer realmente as finanças de sua empresa e, de posse de todas as informações, partir para um retrato do seu negócio por meio da calculadora disponível na página.


Calculadora

Nela, o empreendedor vai preencher campos relativos à volume de venda, aos custos com fornecedores, entre outras informações. Um guia rápido sobre a ferramenta está disponível para download e, caso precise, o empresário pode ainda buscar a consultoria do Sebrae por meio da Central de Relacionamento e demais canais de comunicação.

Se o resultado apontado pela calculadora for positivo, o empresário pode procurar novas formas de adequar suas finanças para não precisar recorrer ao empréstimo. "Às vezes, não é necessário tomar crédito, mas modificar alguns pontos na gestão, postergar compromissos com fornecedores, revisitar seu estoque para saber se seus recursos não estão armazenados em um mesmo lugar durante muito tempo", exemplifica o analista.


Preciso de crédito. E agora?

Por outro lado, caso o diagnóstico direcione para a necessidade de crédito, o empresário encontra toda a orientação para os próximos passos a seguir na própria página do Crédito Consciente, que disponibiliza uma Coletânea de Linhas de Crédito com mais de 250 opções. O empresário pode fazer uma pesquisa por meio de filtros (modalidades de financiamento, taxas, prazo, valor estimado etc.) e decidir qual a melhor linha que se adequa ao seu negócio.

Para grande parte das MPE, a obtenção de crédito junto aos bancos esbarra na falta de garantias. Nesse contexto, o empresário tem a opção de utilizar o Fundo de Aval para Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em que o Sebrae entra como avalista de até 80% da garantia do valor total do empréstimo. Recentemente, a instituição anunciou o aporte de R$ 2 bilhões no fundo, garantindo R$ 30 bilhões de crédito por meio das instituições financeiras para os pequenos negócios em todo o país.

Depois de decidir, o empresário precisa retornar à calculadora para rever seus indicadores financeiros e fazer as projeções para os próximos meses, com a capacidade de pagamento do empréstimo. Ao apresentar a proposta de crédito à instituição financeira, o empresário precisa confirmar sua adesão ao Fampe.

Togni sublinha a importância da consciência e segurança na tomada de crédito, porque o valor contratado vira uma dívida e o empresário deve ficar atento para não cair na inadimplência. Para ajudá-lo a honrar seus compromissos, o Sebrae dá todo o suporte ao longo do processo e no pós-crédito também. “Agentes de crédito e finanças fazem esse acompanhamento e, além disso, reforçamos que a calculadora é uma ferramenta que deve ser utilizada de tempos em tempos, para que o empresário revisite o seu planejamento de forma periódica. Ela precisa estar no dia a dia do negócio”, reforça.

Veja abaixo o passo a passo para iniciar sua jornada de crédito consciente.




Pesquisa revela que 47% dos brasileiros pretendem gastar mais de R$ 350 com o presente de Dia das Mães

 

Mesmo cartão de crédito como meio de pagamento preferido para a data, o uso do Pix sobe 27 p.p. em relação ao ano anterior.

Levantamento do Mercado Pago mostra que itens de moda lideram as intenções de compra


Neste Dia das Mães, os brasileiros planejam gastar mais que no ano passado. É o que revela uma pesquisa do Mercado Pago, banco digital do Grupo Mercado Livre, com 1.600 pessoas, em que quase metade dos entrevistados (47%) pretendem investir mais de R$350,00 em presentes, enquanto 24% entre R$250 a R$350. No ano anterior, essa mesma pesquisa foi realizada e dos participantes da pesquisa, 29% pretendiam gastar entre R$100 e R$200, enquanto apenas 24% mais de R$300. 

Realizada na penúltima semana de abril, a pesquisa mostra ainda que artigos de moda são os preferidos, de acordo com 19% dos respondentes, seguidos por eletrodomésticos (15%) e celulares e acessórios de telefone (13%). “Uma novidade dessa pesquisa é que 23% dos entrevistados - 1 a cada 5 - consideram esse ano a ideia de fazer um Pix para que as mães escolham o seu próprio presente”, comenta Ignácio Estivariz, vice-presidente de Banco Digital do Mercado Pago no Brasil.

 

Cartão de crédito é o meio de pagamento favorito, mas intenção de uso do Pix cresce

“O meio de pagamento preferido para a data continua sendo o cartão de crédito, com 48%, mantendo sua liderança do ano anterior. O que chama atenção é que há aumento expressivo na intenção de uso do Pix. O meio de pagamento foi mencionado por 39% dos entrevistados, uma diferença de 27 p.p. em relação ao ano anterior. “A popularidade desse meio de pagamento segue em crescimento e também está transformando a forma de presentear pela sua praticidade e segurança para transferir valores”, comenta Estivariz. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 23 de abril, com 1.600 usuários do Mercado Pago. A maioria dos respondentes é jovem, tem entre 18 a 29 anos (52%) e o restante (48%) tem a partir de 30 anos ou mais, segundo a pesquisa.

 

Perfil dos respondentes da pesquisa:

Pesquisa realizada com 1600 clientes do Mercado Pago e Mercado Livre em meados de abril de 2024

 
Veja lista dos itens mais populares para o Dia das Mães:

Qual deve ser a forma de pagamento que pretende usar no Dia das Mães:


Veja quanto os brasileiros pretendem gastar com presentes para o Dia das Mães:



O Brasil é Um dos Piores Lugares do Mundo para Empreender

 

Mesmo com um mercado gigantesco e um povo cheio de ideias, empreender no Brasil pode ser um verdadeiro labirinto. Estudos importantes como o Índice de Facilidade de Fazer Negócios, do Banco Mundial, e o Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial, colocam o Brasil numa posição nada invejável. Eles mostram como a burocracia, os impostos altos e os problemas de infraestrutura complicam a vida de quem quer abrir e manter uma empresa aqui. Além disso, a economia do país sobe e desce como uma montanha-russa, tornando tudo ainda mais imprevisível para negócios e investidores. 

Mas será que tudo está realmente perdido? O contador e mestre em negócios internacionais, André Charone, que estudou Empreendedorismo em Países Emergentes na Universidade de Harvard, acredita que, com algumas mudanças importantes, como simplificar as regras para as empresas, rever os impostos e melhorar estradas e portos, o Brasil pode sim se tornar um lugar incrível para empreender. 

“O Brasil tem tudo para ser um líder econômico global, só precisa ajustar os trilhos para que os negócios possam acelerar sem tantos obstáculos”, André Charone.

 

Labirinto Burocrático: A Complexidade que Atrasa os Negócios 

No Brasil, enfrentar a burocracia é como tentar sair de um labirinto sem fim, especialmente para quem está tentando dar vida a uma nova empresa. André Charone aponta que esse emaranhado de procedimentos e regulamentações não só atrasa a abertura de empresas, mas também faz com que os custos operacionais disparem. Em um cenário global onde agilidade e eficiência são fundamentais, essa realidade coloca as empresas brasileiras em uma posição desfavorável na corrida internacional. 

Esse problema burocrático é tão sério que o Brasil figura na 124ª posição no Índice de Facilidade de Fazer Negócios, entre 190 países avaliados. Para se ter uma ideia do impacto disso no dia a dia das empresas, estudos apontam que, em média, são necessárias cerca de 1.500 horas por ano apenas para que uma empresa consiga cumprir com todas as exigências tributárias e fiscais do país. “Esse número exorbitante de horas dedicadas à burocracia não só consome um tempo valioso, mas também representa um custo elevado para as empresas, dificultando ainda mais a jornada de quem empreende no Brasil”, reforça Charone.

 

Carga Tributária Exorbitante e Complexidade Fiscal 

No Brasil, lidar com os impostos é como tentar encontrar a saída de um labirinto especialmente complexo e cheio de armadilhas. As empresas se deparam com uma teia de taxas, contribuições e regras fiscais que frequentemente se contradizem ou se sobrepõem, tornando o sistema tributário brasileiro um dos mais complicados do mundo. André Charone ressalta que essa complexidade e a alta carga tributária não só reduzem os lucros das empresas, mas também as obrigam a buscar especialistas para não se perderem nesse emaranhado. Segundo o contador e mestre em negócios internacionais, isso eleva ainda mais os custos operacionais dos empreendimentos tupiniquins. 

Para ilustrar o peso dessa carga, um estudo recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que a carga tributária no Brasil é uma das mais elevadas entre os países emergentes, representando mais de 33% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse índice coloca uma pressão enorme sobre as empresas, que precisam dedicar uma parcela significativa de seu tempo e recursos apenas para o cumprimento dessas obrigações fiscais.

 

Infraestrutura e Logística: Desafios na Distribuição 

A infraestrutura e a logística no Brasil trazem desafios significativos para as empresas, impactando diretamente sua eficiência e elevando os custos de operação. Problemas como estradas em condições ruins, uma rede ferroviária limitada, e o alto custo de transporte são verdadeiras pedras no sapato para quem tenta fazer negócios no país. Estas questões não só aumentam as despesas com logística, mas também colocam um freio na capacidade das empresas de competir de igual para igual no mercado. 

Dados indicam que o Brasil gasta apenas uma fração do que seria necessário em infraestrutura, com cerca de 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) investido na área, enquanto especialistas recomendam um investimento de pelo menos 4% para atender às necessidades básicas de desenvolvimento. Segundo André, essa deficiência se reflete diretamente no custo Brasil - um termo que descreve os diversos custos adicionais que as empresas enfrentam operando no país, incluindo, mas não limitado a, custos logísticos elevados. “Esses desafios infraestruturais e logísticos não apenas tornam mais caro fazer negócios no Brasil, mas também afetam a agilidade e a capacidade das empresas de servir seus clientes de maneira eficaz, sublinhando a urgente necessidade de investimentos e reformas nessa área”, ressalta o mestre em negócios internacionais.

 

Existe Luz no Fim do Túnel? 

Apesar dos numerosos desafios que delineiam o cenário empresarial do Brasil, o país ostenta um potencial inegável para se tornar uma potência econômica. No entanto, para transformar esse potencial em realidade, é imperativo que sejam implementadas reformas estruturais profundas e coerentes. Segundo Charone, as soluções passam necessariamente por uma reforma tributária completa e abrangente que verdadeiramente simplifique o sistema de impostos, tornando-o mais justo e menos oneroso para as empresas. Tal medida reduziria a complexidade e o custo associado à conformidade fiscal, incentivando assim o empreendedorismo e atração de investimentos. 

Além disso, o contador destaca que uma reforma administrativa que modernize a máquina pública é essencial para desburocratizar os processos de abertura e gestão de empresas no país. Segundo ele, isso inclui a digitalização de serviços, a implementação de janelas únicas para processos empresariais e a eliminação de redundâncias regulatórias que hoje asfixiam o potencial empresarial. Investimentos maciços em infraestrutura e educação também se fazem necessários para garantir que as empresas possam operar eficientemente e que o país possa desenvolver o capital humano capaz de sustentar e expandir a inovação. A colaboração entre o setor privado e o governo é fundamental nesse processo, requerendo um comprometimento conjunto para uma visão de longo prazo do desenvolvimento econômico do Brasil. 

Para Charone, a implementação dessas reformas não apenas criaria um ambiente mais favorável aos negócios, mas também posicionaria o Brasil como um líder atrativo no mercado global, capaz de competir de igual para igual com outras economias avançadas. O caminho para um Brasil mais próspero e inovador está claro. Agora, é essencial que haja vontade política e um esforço conjunto da sociedade para realizar as mudanças necessárias, garantindo assim um futuro econômico brilhante para o país.PageMaker including versions of Lorem Ipsum. 



André Charone - contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA). É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional. André lançou dois livros com o tema "Negócios de Nerd", que na primeira versão vendeu mais de 10 mil exemplares. Os livros trazem lições de gestão e contabilidade, baseados em desenhos e ícones da cultura pop.
Instagram: @andrecharone
Imagem: Consultório da Fama


Posts mais acessados