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quinta-feira, 22 de junho de 2023

Sebrae reforça agenda ESG para os pequenos negócios

Lançamento de Comitê ESG reuniu autoridades e especialistas de renome no Brasil. Temática gera valor e sustentabilidade para as empresas

O Sebrae Nacional deu um passo estratégico rumo à promoção do desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas, reforçando o seu compromisso de gerar valor para os negócios e a sociedade. Por meio do Comitê ESG, lançado na quarta-feira (21), a instituição começa a implementar uma agenda ESG em nível nacional em toda a cadeia de relacionamento do Sistema Sebrae, de fornecedores a clientes, colaboradores e parceiros. A iniciativa marca o início da construção de um programa nacional baseado nos pilares ambiental, social e de governança. 

O anúncio do Comitê ESG foi realizado pela diretoria do Sebrae em evento na sede da instituição, em Brasília, com a presença de autoridades do setor e especialistas de renome. Na abertura do encontro, o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, reforçou o papel de protagonismo do Sebrae na consolidação da pauta ESG. Segundo ele, o grande desafio é gerar emprego e fazer a economia crescer com sustentabilidade. “Existe um apelo unânime diante de transformações irreversíveis. “Temos que sustentar o planeta, garantir o seu equilíbrio e a compatibilização com a chegada da inteligência artificial, possibilitando um mundo inclusivo para todos”, declarou Décio. 

O diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, por sua vez, destacou que o momento é de unir forças em prol da agenda ESG. Ele reafirmou o compromisso da instituição de servir e apoiar os empreendedores brasileiros. “O que estamos nos comprometendo aqui deve fazer sentido de todas as formas além do Sebrae Nacional ou do Sistema Sebrae”, considerou.  

A Diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, aproveitou para explicar os objetivos do lançamento do Comitê ESG. “Queremos verdadeiramente ser exemplos para que os pequenos negócios sejam mais sustentáveis, inclusivos e competitivos”, afirmou. 

 

ESG em pauta 

 

O evento de lançamento também foi protagonizado por palestrantes renomados abordando o tema “Sendo a mudança no mundo”. Para tratar da perspectiva do meio ambiente, o escritor, professor e ativista indígena Daniel Munduruku, apresentou uma reflexão sobre como o pensamento circular dos povos originários pode contribuir para a construção dessa agenda transformadora. “Os povos indígenas são empreendedores há mais de 3 mil anos e sobrevivem porque têm o compromisso com o coletivo que vai além do humano ”assegurou.  

Já Karine Oliveira, CEO da Wakanda Educação, escola de educação empreendedora para negócios periféricos, provocou os participantes sobre o ponto de vista da inclusão social sem o viés do assistencialismo.  “Antes de tentar resolver o problema de forma rápida, é preciso entender a lógica. Comece a se cercar de pessoas diferentes de você e comece a pensar em outras formas de fazer”, sugeriu.  

Por sua vez, Renata Faber, head de ESG na Exame e Top Voice LinkedIn, apresentou o conceito de governança como sendo a base do ESG. Segundo ela, sem governança uma pequena empresa não consegue dar o próximo passo para se tornar uma grande empresa. “Quando o negócio esquece da governança, pode gerar um problema muito grande, inclusive todo impacto social e positivo deixa de fazer sentido”, avaliou.

 

Sobre o Comitê ESG 

O principal desafio do Comitê será formalizar uma agenda ESG na cadeia de relacionamento do Sebrae, incluindo desde fornecedores a clientes, pessoas colaboradoras e parceiros. Para tanto, serão definidas estratégias e ações direcionadas a cada público. Do ponto de vista interno, o Comitê deverá englobar a temática na cultura organizacional e nos valores da instituição, além de monitorar e avaliar programas, projetos e ações do Sistema Sebrae relacionados à ESG. A atualização do Diagnóstico de Sustentabilidade e a produção de relatórios com boas práticas servirão como diretrizes para construir um programa nacional baseado nos pilares ESG.

 

Confirma abaixo os 10 compromissos do Comitê ESG do Sebrae 

#1 Realizar levantamento de dados, iniciativas e práticas ESG para mapeamento do cenário atual da instituição 

#2 Elaborar matriz de riscos ambientais, sociais e de governança e definir um plano de ação para minimizá-los 

# 3 Monitorar, avaliar e reconhecer os resultados alcançados pelo Sistema Sebrae nas ações ESG. 

#4 Promover a agenda sobre Diversidade, Equidade e Inclusão nos canais de relacionamento e atendimento internos e externos 

#5 Desenvolver programas de treinamento em ESG para formação de lideranças inclusivas e ambientalmente responsáveis 

#6 Estabelecer diretrizes que assegurem a execução de boas práticas ESG por parte dos nossos fornecedores e parceiros 

#7 Propor revisões normativas com objetivo de promover uma governança transparente e sustentável, segundo princípios ESG 

#8 Promover ações para adoção de práticas sustentáveis e o uso consciente dos recursos naturais, reduzindo o impacto ambiental do Sistema Sebrae. 

#9 Estabelecer diretrizes para a criação de soluções e conteúdos em linguagem inclusiva, acessíveis a todos os públicos do Sebrae. 

#10 Promover a educação empreendedora inclusiva, fomentando a criação de modelos de negócios inovadores, diversos e sustentáveis.

 

10 dicas para se destacar o seu negócio na internet

Plann- Pexels

Literalmente de A a Z, de administradores a zootecnistas, a lista de profissões que podem atuar como profissionais liberais inclui dezenas de categorias, tais como advogados, dentistas, médicos, terapeutas, agrônomos, arquitetos, contadores, corretores, economistas, engenheiros, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos, entre muitas outras. 


Em razão de trabalharem de forma autônoma e em um ambiente cada vez mais concorrido, milhões desses profissionais precisam trabalhar o próprio marketing, algo que não costuma ser ensinado nas faculdades. E, em 2023, é impossível falar em marketing sem presença digital. Matheus Marcondes, fundador da Smile University, edtech de gestão e marketing,  elencou 10 passos essenciais para que um profissional consiga posicionar-se e destacar-se no mundo virtual e, por consequência, fechar negócios no mundo real.  

1 – Tenha um site 
Parece antiquado, né? Mas não! A cada dia, cerca de 5,5 milhões de pesquisas são feitas na internet, e mais de 60% delas são de pessoas em busca de produtos ou serviços. E para onde os sites de busca remetem? Para os sites! Por isso, os mecanismos de busca tornam-se peças muito relevantes para quem pretende posicionar o seu empreendimento no mundo virtual, atraindo interessados reais para o seu negócio. 


2 – Cadastre-se no Google Meu Negócio 
Quando se faz uma pesquisa por estabelecimentos físicos no Google, principal buscador da internet, os empreendimentos que recebem destaque – com localização, telefone e horário de funcionamento – são aqueles cadastrados no Google Meu Negócio. Por isso, incluir seu negócio na ferramenta é indispensável. 


3 – Esteja nas redes sociais 
Não há como escapar: hoje, para ser competitivo, os profissionais liberais precisam estar nas redes sociais. Mas fique atento: as redes são diferentes e atraem e têm impactos diferentes em públicos diferentes. Por isso, é importante que o profissional procure entender em quais redes comunicar-se com seus clientes. 


4 – Use o WhatsApp Business 
A versão do app voltada para empresas inclui vários benefícios. Entre os principais estão a possibilidade de utilização de etiquetas personalizadas, separando os clientes por categorias distintas, e a criação de um catálogo virtual, com descrição, fotos e preço de seus produtos.  


5 – Conheça o Marketplace 
A plataforma destina-se exclusivamente a vendas de produtos e serviços. Disponível no Facebook e no Instagram, é uma boa vitrine para quem precisa expor seu trabalho. 


6 – Mantenha um blog corporativo 
Os blogs são ótimas ferramentas para se estabelecer uma relação com clientes e potenciais clientes. Neste espaço, o profissional pode oferecer textos que agreguem valor aos leitores e que, além de estimularem a venda de seus produtos ou serviços, servirão para construir e reforçar sua imagem e autoridade no respetivo segmento de atuação. 


7 - Invista em anúncios 

Em algumas situações, investir em tráfego pago pode ser interessante. Os anúncios podem ser feitos tanto no Google com nas redes sociais, podendo ser segmentados conforme o público que se pretenda impactar. 


8 – Faça e-mail marketing 
Parece demodê, mas essa ainda é uma ferramenta bastante útil de comunicação com os clientes. No entanto, vale um alerta: cuidado para não torrar a paciência do seu destinatário. Um e-mail marketing será mais assertivo quando for parte de um plano de comunicação planejado e estruturado.  


9 – Seja ágil e constante 

De nada adianta manter site, blog e redes sociais e não atualizá-los ou responder aos contatos por eles gerados de forma ágil. Por isso, publique conteúdos relevantes com frequência, responda aos contatos recebidos por e-mail e redes sociais e envie e-mails para clientes que já compraram ou fizeram contato, sempre com o cuidado de não exagerar, fazendo com que seu endereço vá parar na lista de spam. 


10 – Estude marketing digital 
Para que o conjunto de ações acima funcione, estude as principais técnicas de marketing digital. Exemplo: para que seu site e blog apareçam com destaque nas primeiras páginas do Google, é importante que sejam otimizados para SEO (search engine optimization ou otimização de mecanismos de busca). Mas essa é apenas uma técnica. Há diversas outras, como marketing de conteúdo, análise concorrencial, otimização de conversão, gestão de redes sociais, mídia paga etc. E conhecê-las – e aplicá-las – fará com que você se destaque na multidão digital. 


Para a FecomercioSP, decisão do Banco Central de manter juros em 13,75% é correta

Medida alinha expectativas da autoridade monetária e do mercado


Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o parecer do Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) em manter a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 13,75% ao ano (a.a.) é previsível e acertado, uma vez que alinha as expectativas da autoridade monetária e do mercado.

 

Entretanto, a Entidade pontua que o dado de inflação apresentado no mês de maio foi contido, melhorando as expectativas para os preços atuais e para o próximo ano, convergindo cada vez mais ao centro da meta. Consequentemente, abre espaço para o início do ciclo de expansão monetária. Por isso, a indicação de corte pelo Banco Central (Bacen) poderia ser apresentada na próxima reunião, em agosto. 

 

Cenário


De acordo com a FecomercioSP, o juro no patamar atual traz reflexo negativo para o ritmo da atividade econômica, ao limitar a capacidade de investimento das empresas e do consumo das famílias. Contudo, se o início da redução dos juros não for feito de forma equilibrada — e com análise sólida de que as inflações atual e futura convergem para a meta estabelecida pelo Copom —, o efeito será oposto ao desejado. Isso acontece porque, a despeito de uma queda na Selic, frente a uma precipitação e ao desalinhamento das expectativas, os juros de mercado poderiam seguir caminho inverso. Sabe-se que a taxa de juros em 13,75% a.a. interfere na dinâmica da geração de emprego, pois reduz oportunidades. Todavia, a queda de modo inadequado pode aquecer o mercado de trabalho, apesar de corroer a renda por meio do processo inflacionário não controlado.

 

De acordo com a FecomercioSP, é importante ressaltar que juros ocorrem em ciclos, e a primeira redução não terá efeito imediato de aquecimento da economia. Mas um início de fase de retrações com inflação na descendente e expectativas alinhadas com o mercado traz um cenário mais favorável aos investimentos de longo prazo.

 

FecomercioSP

Brasileiros avançam na compreensão da física por trás das superexplosões estelares

 

Representação artística de uma estrela com grande cobertura
de manchas estelares e 
superflares (crédito: Casey Reed/Nasa)

A relação entre as manchas solares e as explosões solares tem sido bastante investigada nos estudos sobre o Sol. Até porque essas erupções associadas a ejeções de massa coronal, em que grandes quantidades de energia são liberadas, impactam diretamente nosso planeta, causando maior ocorrência de auroras boreais; blecautes nas comunicações por rádio; incremento do efeito de cintilação nos sinais de GPS; redução nas velocidades e altitudes dos satélites artificiais (leia mais em: agencia.fapesp.br/41044/ ).

Para entender a física por trás desses eventos estelares, uma nova pesquisa enfocou um fenômeno ainda mais intenso, denominado superexplosão (superflare, em inglês), com energia de 1.000 a 10.000 vezes maior do que as maiores explosões vistas no Sol. E buscou esse tipo de evento em duas estrelas do tipo K: a Kepler-411 e a Kepler-210. Descobriu – para surpresa dos pesquisadores – que, a despeito de essas estrelas serem semelhantes em todos os aspectos, desde as massas até os períodos de rotação e os sistemas planetários, e de ambas exibirem em torno de 100 manchas, a primeira produziu 65 supererupções, enquanto a segunda não produziu nenhuma. Artigo a respeito foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters.

“A área das manchas estelares parece não ser a principal responsável pelo desencadeamento das superexplosões. Talvez a explicação deva ser buscada na complexidade magnética das regiões ativas”, diz Alexandre Araújo, professor no Centro Integrado de Jovens e Adultos (Cieja – Campo Limpo) da Prefeitura de São Paulo, pós-doutorando na Escola de Engenharia Mackenzie e primeiro autor do artigo.

Com apoio da FAPESP, o estudo foi conduzido por ele e sua ex-orientadora de doutorado, atual supervisora de pós-doutorado, Adriana Valio, pesquisadora do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM), da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

As manchas de ambas as estrelas foram caracterizadas com a técnica de mapeamento por trânsito planetário, que fornece a intensidade, temperatura, posição (latitude e longitude) e raio. “Pelo conhecimento que se tinha da literatura, as estrelas com manchas maiores teriam mais chance de produzir superflares, mas não foi isso que observamos. As manchas estelares da Kepler-411 são muito menores do que as da Kepler-210. Teoricamente, seria esta que deveria ter superexplosões, mas isso não acontece. Nossa explicação para a inexistência de superflares na Kepler-210, mesmo com grandes manchas na sua superfície, está na complexidade magnética, na evolução e no tempo de vida das manchas”, afirma Araújo.

Além de buscar um avanço no conhecimento das atividades estelares, o presente estudo teve uma motivação adicional. A partir da descoberta das primeiras superexplosões em estrelas de tipo solar, a comunidade científica passou a olhar com atenção para tais fenômenos, principalmente para investigar quais seriam as possibilidades de o Sol apresentar uma explosão dessa proporção. Se as erupções de muito menor intensidade já impactam tão fortemente nossa sociedade tecnológica, o que esperar de fenômenos energéticos de tal magnitude?

“Certamente os planetas que orbitam estrelas com uma frequência de superflares podem chegar a perder sua atmosfera e, por isso, não desenvolver a vida – pelo menos a vida como a conhecemos”, responde Araújo.


A estrutura das estrelas de tipo solar

Para entender tudo isso, é preciso abrir um largo parêntese e recapitular alguns conhecimentos básicos sobre a estrutura das estrelas, obtidos principalmente a partir dos estudos sobre o Sol. Para efeito didático, essa estrutura é dividida em camadas.

“O núcleo é a fonte principal da energia da estrela. No Sol, essa região é uma esfera cujo raio corresponde à quinta parte do raio solar, mas com densidade extremamente alta. Nele, a conversão de hidrogênio em hélio, por meio de reações termonucleares, produz temperatura da ordem de 13,6 milhões de kelvin (K)”, informa Valio.

Em torno do núcleo, fica a zona radiativa, onde a energia é transportada pelos fótons em todas as direções. Os fótons, como se sabe, são as partículas associadas à radiação eletromagnética. E sua velocidade de propagação no vácuo é a maior do universo material. Porém, como a zona radiativa é composta por partículas (prótons, elétrons etc.), a absorção e posterior emissão por estes componentes obstaculizam enormemente o trânsito dos fótons. De modo que eles levam cerca de 1 milhão de anos para atravessar essa camada e chegar à seguinte, a zona convectiva.

“Na zona convectiva, a energia é transportada por meio de correntes de convecção. O material mais quente sobe para a superfície da estrela, enquanto o material mais frio e denso afunda de volta para a camada convectiva. Esse movimento cria células gigantes, que transportam energia e material através da estrela. Na superfície do Sol, elas são conhecidas como os grânulos solares”, explica Valio.

A superfície do Sol é chamada de fotosfera. É nela que aparecem as manchas solares, os grânulos e as erupções, que se estendem por toda a atmosfera solar, composta pela cromosfera e pela coroa. A temperatura média da fotosfera é pouco maior do que 5,7 mil K, o que faz com que seja relativamente fria em comparação com as camadas internas do Sol ou com as camadas superiores da atmosfera solar. É da fotosfera que sai a maior parte da luz e do calor emitidos por essa estrela.

“As manchas que aparecem na fotosfera são causadas por campos magnéticos intensos e podem durar de alguns dias a várias semanas antes de desaparecerem. Sua formação começa com um campo magnético gerado pelo movimento de partículas eletricamente carregadas na tacoclina, fina camada compreendida entre as regiões radiativa e convectiva do interior solar. Ao emergirem na superfície do Sol, os tubos de fluxo magnético criam regiões de campo intenso, que bloqueiam a transferência de calor do interior para a superfície. As manchas são escuras porque sua temperatura é 1.000 a 1.500 graus menor do que a temperatura do resto da superfície”, descreve Valio.

E acrescenta que as manchas geralmente têm formatos e tamanhos diferentes, sendo sua complexidade magnética um fator crucial para a produção das maiores explosões solares. Estas são observadas em todo o espectro eletromagnético: rádio, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios X e raios gama. Tais fenômenos transientes acontecem na atmosfera solar, nas regiões de altas concentrações de campo magnético, onde grandes quantidades de energia são liberadas por reconexão magnética. A potência gerada nas maiores explosões solares é de aproximadamente 1.017 a 1.022 quilowatts.


O método de trânsitos planetários

O grande desafio para os pesquisadores de superflares é desvendar os mecanismos que originam tais fenômenos. É consensual que essas grandes explosões estejam relacionadas com as manchas estelares. Mas de que forma? “O método de trânsitos planetários é excelente para investigar manchas na superfície de estrelas do tipo solar. Tal método é atualmente o mais robusto para esse tipo de investigação. Mas sua aplicação é bastante complicada, principalmente devido à dificuldade de obter estrelas que se encaixem nos critérios de investigação”, comenta Araújo.

Ele e Valio trabalharam com dados do telescópio Kepler, procurando estrelas que se encaixassem no perfil do estudo. O telescópio espacial Kepler foi projetado pela Nasa, a agência espacial norte-americana, com o objetivo de descobrir planetas de tipo terrestre fora do Sistema Solar. Nos quatro anos de sua primeira fase de operação, que se estendeu de 2009 a 2013, ele observou mais de 150 mil estrelas. E, para extrair informações sobre esses objetos, foi utilizado o método de trânsitos planetários, que se baseia na diminuta alteração produzida no brilho da estrela quando um planeta passa na sua frente.

Mas encontrar, nessa gigantesca base de dados, os objetos que se adequassem aos seus propósitos foi, como disse Araújo, igual a procurar uma agulha no palheiro. Ele detalha: “Em primeiro lugar, a estrela devia ter um ou mais planetas. Para que esses exoplanetas pudessem ser detectados, seu ângulo de inclinação em relação à estrela tinha que estar no ângulo de visada do telescópio. Além disso, a estrela precisava apresentar manchas na sua superfície. E o exoplaneta devia transitar nas regiões das manchas. O período de orbital do exoplaneta tinha que ser de poucos dias. E seu raio devia ser bem maior do que o da Terra, para que a queda de brilho causada nas curvas de luz da estrela fosse bastante significativa. Finalmente, a estrela precisava apresentar superflares”.

O pesquisador afirma que, felizmente, foi possível identificar uma estrela, a Kepler-411, com excelente qualidade de observação. E o melhor: ela possuía um sistema planetário com quatro exoplanetas. Mas, para entender o papel das manchas estelares, era preciso encontrar uma segunda estrela em tudo semelhante, exceto por um aspecto: ela não podia apresentar superflares. “Foi, de certa forma, uma ousadia nossa acreditar que essa segunda estrela existia. E nos sentimos recompensados quando encontramos a Kepler-210, com os parâmetros estelares muito próximos da Kepler-411”, diz.

Acredita-se que a detecção de supererupções esteja diretamente ligada à cobertura temporal das manchas na superfície das estrelas. E que, quanto maior a área das manchas estelares, maior o armazenamento de energia magnética para produzir a explosão. “Nossos resultados trouxeram uma perspectiva um pouco diferente. Como já foi dito, na Kepler-411, detectamos 65 superflares, com energias de até 1.035 ergs [1.035 ×107 quilojoule]. Enquanto a Kepler-210 não apresentou nenhuma supererupção, mesmo com o dobro de cobertura temporal, o que nos deu maior probabilidade de observação. E o que mais nos surpreendeu foi o fato de os raios das manchas estelares da Kepler-411 serem muito menores do que os da Kepler-210”, enfatiza Araújo.

A explicação pode estar no fato de que, a despeito de serem maiores em área, as manchas da Kepler-210 apresentam uma configuração magnética mais simples. “No Sol, as manchas são classificadas de acordo com o comportamento do campo magnético na área. E classificadas como alfa (α), beta (β), gama (γ) e delta (δ), ou por meio de uma combinação dessas configurações. As manchas deltas são as que apresentam intensa atividade de flares solares. Acreditamos que as manchas da Kepler-210 apresentem uma configuração magnética mais simples, do tipo alfa ou beta. Infelizmente, a confirmação exata dessa hipótese só seria possível por meio de magnetogramas, que são imagens capazes de detectar a localização e a intensidade dos campos magnéticos. Atualmente, só conseguimos observar isso no Sol. Ainda não temos tecnologia para obter magnetogramas de estrelas distantes. De qualquer forma, nosso estudo já nos permite dizer que, em vez de fechar o foco na área das manchas estelares, talvez seja mais produtivo considerar a complexidade magnética das regiões ativas”, conclui Valio.

O artigo The connection between starspots and superflares: a case study of two stars pode ser acessado em: https://academic.oup.com/mnrasl/article-abstract/522/1/L16/7079139?redirectedFrom=fulltext.

 


José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/brasileiros-avancam-na-compreensao-da-fisica-por-tras-das-superexplosoes-estelares/41709/


Empresas precisam implantar canal de denúncias e muitas ainda desconhecem nova lei contra assédios sexual e moral

Legislação obriga CIPAs a implantar canal de denúncias e programa de prevenção à violência contra a mulher dentro das corporações

 

          Em vigor há 30 dias, a Lei 14.457/22, que criou o Programa Emprega + Mulheres, ainda é desconhecida por muitas empresas. A legislação, obrigatória em empresas que tenham CIPA, tem o objetivo de reduzir os casos de assédios sexual e moral e promover a contratação e retenção de mulheres no mercado de trabalho. As novas normas também determinam a mudança do nome e atribuições da CIPA, que passa a se chamar Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio, e obrigam a implantação de um Canal de Denúncias. As empresas que não implementarem a nova lei estão sujeitas a multas, sa nções, processos trabalhistas e, consequentemente, crises de reputação.

          O CEO do Ouvidor Digital, Paulo Acorroni, acredita que a legislação é um avanço importante nas atribuições da CIPA, que é uma comissão interna nas empresas para cuidar da saúde dos colaboradores. “Se antes, esse cuidado era apenas com acidentes, atualmente, há uma preocupação com a saúde mental e com a violência e agressão den tro das empresas. A CIPA passa a ter um papel mais importante e responsável dentro da companhia”, acrescenta ele.

          A nova lei determina que a empresa inclua regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de violência nas normas internas e dê ampla divulgação do seu conteúdo aos colaboradores. Deverá também implantar um canal de comunicação anônimo para receber as denúncias para apuração e solução dos fatos. Anualmente, a CIPA deverá realizar atividades e ações de orientação e capacitação para todos os funcionários sobre o tema.

          O Ministério Público do Trabalho é o órgão fiscalizador da aplicação da lei 14.457/22. As empresas que não cumprirem a legislação podem ser multadas em R$ 6.708,08, além de estarem sujeitas a processos trabalhistas e prejuízos de reputação e imagem.

          O Ouvidor Digital oferece uma solução de Canal de Denúncias 100% aderente à nova legislação, além de acompanhar a implantação do canal, fornecer treinamentos e materiais de divulgação, como banners e vídeos para que as empresas façam toda comunicação interna necessária. Especialistas do Ouvidor Digital assessoram o cliente em todas as etapas para que não tenham dúvidas.



Canal de Denúncias

         O canal de denúncias é um dos principais mecanismos para identificar assédios, fraudes, corrupção e outros desvios de conduta, de acordo com a Associação de Examinadores Certificados de Fraude (ACFE), a maior organização do mundo no combate à fraude. Além disso, a existência de um canal de denúncias na empresa inibe até 60% das atitudes antiéticas ou ilegais, se bem estruturado e comunicado.

         De acordo com pesquisa feita pelo site vagas.com, 52% dos profissionais já sofreram assédio no trabalho. Os números são alarmantes ao verificar que destes casos, 84% afirmam que o assédio foi cometido por pessoas em cargos mais altos na empresa, e que 87,5% não denunciaram o caso, em sua maioria por medo de perder o emprego. Receber e lidar adequadamente com denúncias de assédio garantem que tanto a vítima quanto o denunciado não sejam expostos – evitando, assim, uma possível retaliação –, e que as medidas apropriadas sejam tomadas.
 

Ouvidor Digital


        O Ouvidor Digital é especialista em canais de denúncias e tem como propósito fortalecer a cultura ética nas organizações, aliando as melhores práticas de Governança, Riscos e Compliance à tecnologia e inovação. Através da captação de denúncias multicanais focada na melhor usabilidade, o canal de denúncias utiliza inteligência artificial e aplicações conversacionais para captação de denúncias e de forma pioneira via WhatsApp, Telefone (automatizado) e Web (responsável).

        Todos os canais de relatos garantem o anonimato. Os dados estão totalmente protegidos com a mais alta tecnologia de segurança da informação, em conformidade com a LGPD e outras legislações internacionais.

       O Ouvidor Digital possui ampla atuação nacional e internacional, presente em mais de 600 empresas, em mais de 14 países, com escritórios no Brasil e na Europa, atendendo a clientes de diversos setores da economia e de todos os portes.

       As soluções do Ouvidor Digital aumentam a transparência com os stakeholders, reduzem desvios financeiros, previnem e detectam riscos de integridade e compliance, melhoram o clima organizacional, potencializam os pilares ESG nas empresas e auxiliam as empresas a se adequarem às novas legislações, como as da CIPA.

  

Diversidade no estágio é valioso para a sociedade

Veja como esse aspecto é importante e traz benefícios para a população

 

Atualmente, a diversidade é um tema bastante discutido e o mundo avançou muito nesse sentido. Entretanto, infelizmente, o cenário ainda está bem longe do ideal. Os mais variados tipos de preconceitos estão presentes em todas as esferas da sociedade e, no universo corporativo, não é diferente. Portanto, os líderes devem se manter ligados para melhorar e evoluir nesse aspecto. Nesse contexto, é essencial incentivar essa prática desde a contratação dos estagiários. 

Sendo assim, o indicado aos gestores é a busca por equipes de alta pluralidade racial, de gênero, religiosa, inclusão da comunidade LGBTQIAP+, pessoas com deficiência (PcDs)  e, se possível, de várias regiões e até países. Dessa forma, esses indivíduos têm a chance de ingressar no mundo corporativo, ganhar experiência e mostrar seu valor. 

Quando um jovem formado em escola pública e família de baixa renda, chega a um alto cargo ou uma posição de destaque na sua profissão, influencia outros milhões na mesma situação. Essa esperança é muito valiosa e, portanto, não basta apenas falar do assunto, é preciso aplicá-la no cotidiano. 

Nesse sentido, o estágio é uma peça essencial para o desenvolvimento da nação. Afinal, só está apto para a modalidade quem estiver matriculado em uma instituição de ensino superior, profissional, médio e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos - EJA. 

Além de manter o pessoal nas salas de aula, o programa também ajuda financeiramente. Isso porque a corporação deve ofertar uma bolsa-auxílio. Dessa maneira, o integrante pode utilizar esse valor para pagar os estudos, complementar a renda familiar, sustentar o lar, aplicar em projetos pessoais, investir em novas competências, entre outros. De qualquer forma, estará ajudando a economia a girar. Ao dar essa chance para indivíduos pertencentes a minorias sociais, cria-se um “efeito dominó” e cada vez mais essa parcela da população estará inserida nas companhias. Consequentemente, a probabilidade de alcançarem cargos mais altos no futuro fica maior.

 

O papel das mulheres pretas no mundo corporativo 

A diversidade e a inclusão são assuntos essenciais e devem ser discutidos diariamente em qualquer empresa. No entanto, cada uma aborda e implementa esses temas de maneiras diferentes. Para obter uma visão mais abrangente, a pesquisa "Benchmarking: Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil 2022", conduzida pela Blend Edu, identificou as 11 ações mais comuns nos programas internos das companhias: 

1.   campanhas e ações de comunicação para potencializar o diálogo inclusivo interna e externamente

2.   eventos para promover a temática

3.   grupos de afinidade para os colaboradores

4.   canal de denúncias para reportar casos preconceito

5.   treinamentos para o grupo

6.   realização de pesquisas sobre o assunto

7.   monitoramento dos índices colhidos

8.   recrutamento e seleção de minorias

9.   capacitação dos líderes

10.               política interna sobre pluralidade

11.               participação em redes empresariais de diversidade

 

Logo, algumas medidas são tomadas, mas é o suficiente? O Brasil é reconhecido por sua variedade, tanto cultural quanto racial e isso influencia diretamente os diferentes perfis presentes no mercado. Com 56% da população brasileira composta por pessoas negras, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, sendo a maioria na sociedade, é surpreendente em estudos sobre comportamento de consumo mencionar tão pouco esse público, parecendo ausente.

 

Essa é a questão levantada por Adriana Alves, coordenadora do programa Aceleradora de Carreiras do Comitê de Igualdade Racial no Grupo Mulheres do Brasil, em seu TEDx "A melhor forma de rasgar dinheiro". Ela exemplifica como as companhias perdem oportunidades ao ignorar uma parcela significativa dos compradores:

 

"Isso é o custo do racismo no país. Apenas em 2022, as brasileiras pretas movimentaram 704 bilhões de reais, mesmo com uma renda mensal per capita 40% menor em relação às brancas, devido à desigualdade econômica racial. Além disso, 61% dos negros comprariam mais de marcas as quais os representassem, até mesmo trazendo protagonismo para eles em campanhas publicitárias. Ao analisar esses dados, fica claro como o mercado precisa prestar mais atenção a esse público se deseja aumentar a receita e ampliar o alcance do negócio".

 

Os conselhos das organizações representam os espaços onde as decisões são efetivamente tomadas e eles são compostos principalmente por homens brancos. Apenas 16% das instituições no Brasil têm mulheres liderando a administração, de acordo com o estudo "Mulheres na Liderança" da Teva Índices. Segundo a Fundação Getúlio Vargas - FGV, a participação das colaboradoras negras diminuiu durante a pandemia. Apenas metade desse grupo estava empregado (51,2%).

 

No entanto, a diversidade está diretamente relacionada ao aumento da lucratividade dos negócios. Existem pesquisas conceituadas, como as de Harvard, comprovando esse fato. Essa movimentação e inclusão da heterogeneidade nas empresas podem trazer grandes oportunidades de negócios. 

 

A igualdade de gênero é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas - ONU. Conforme levantamento da LHH, essa equidade contribui, em média, com 21% para o lucro e impacta a imagem da marca junto aos clientes e à sociedade. Os locais com elevação na presença feminina em até 30% nos cargos mais altos tiveram elevaram em 15% a rentabilidade. 

 

O desafio está em encontrar maneiras práticas de tornar o ambiente corporativo mais diversificado. Um dos primeiros passos é promover discussões e abordar o tema em todas as esferas organizacionais, a fim de criar uma cultura bem estabelecida. Afinal, quando há uma homogeneidade excessiva de pensamentos, as chances de encontrar soluções efetivas para problemas são menores em comparação a ter ideias diferentes trabalhando juntas para resolver tais questões.

 

Não há idade máxima para estagiar

 

Com um mercado cada vez mais concorrido, profissionais com idades mais avançadas buscam por novas carreiras e muitos decidem começar do zero uma nova história. No entanto, ao tentarem ingressar em um estágio, passam dificuldades. Bastante gente me pergunta sobre a faixa etária limite para a modalidade, entretanto, isso não existe. Se você é um estudante regularmente matriculado e tem 20, 40, 50 ou até 70 anos, está apto.

 

Os recrutadores devem ter alguns cuidados, como a utilização de linguagem adequada e divulgação correta da vaga. Contar com uma plataforma de fácil uso, treinamentos assertivos e um grupo diverso também trazem efeitos positivos. Setores como a tecnologia, por exemplo, carecem de mão de obra qualificada e tem um grande número de sujeitos migrando para a área. Essas pessoas precisarão de uma oportunidade para vivenciar na prática a teoria da sala de aula.

 

São várias vantagens adquiridas quando se tem um membro mais experiente no quadro. Ele terá valores sólidos e anos enfrentando adversidades empresariais, solucionando problemas e também fracassando. Tudo isso tem relevância e fará a diferença na hora de tomar uma decisão delicada ou elaborar uma nova estratégia.

 

Portanto, abra as portas do seu negócio para esse pessoal motivado, ávido por mostrar seu potencial e contribuir para o desenvolvimento. Dessa forma, além de fortalecer sua equipe, você estará colaborando com a economia e a educação do Brasil. Essa luta é de todos nós. Conte com a Abres!

 

Carlos Henrique Mencaci - presidente da Associação Brasileira de Estágios - Abres


As doces memórias que traz o São João


“Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha pra aquele balão multicor
Como no céu vai sumindo…
O céu estava assim em festa
Porque era noite de São João”
 

Para nós, nordestinos, quando o mês de junho chega, uma alegria, mais contagiante que em outros meses, vai tomando conta dos nossos corações, pois se aproxima o “São João!” Essa expressão não é apenas para um dia do mês dedicado ao grande santo, mas ao mês inteiro, todo o mês é para nós “São João”.

As canções clássicas nos fazem reverberar essa alegria, nos introduzem nos festejos e despertam em nós as mais incríveis sensações. Elas atualizam a memória do nosso povo, a nossa cultura, e alimentam essa bela tradição.

Quando chega dia 1º de junho, acendem-se as primeiras fogueiras, as bandeirinhas já enfeitam as ruas, o cheiro do milho cozido se espalha, a alegria das nossas quadrilhas, o barulho dos “traques”, a fumaça das “chuvinhas” anunciam que as crianças estão em ação, e começou o São João!

Tem início a trezena de Santo Antônio e as quermesses abrem o nosso paladar aos sabores das mais incríveis receitas com mandioca, laranja, amendoim e as mais variadas iguarias que só o milho tem.

E a novena de São João está batendo à porta. As sanfonas chegam junto anunciando com as fogueiras o seu dia, entre louvores e sabores ele vem apontando o “cordeiro”, a alegria do mundo que chega, trazendo esperança para todos os corações bondosos e abertos à sua chegada.

As senhoras preparam os mais deliciosos quitutes, a canjica e o munguzá não podem faltar, tão pouco o bolo de macaxeira, o amendoim cozido ou torrado, o bobó de camarão e nem o milho assado na fogueira, afinal, é São João!

Passamos de casa em casa visitando os amigos, contemplando as famílias reunidas em torno da fogueira e com as mesas cheias, acolhendo quem passa para festejar com eles o São João. Até parece o Natal, mas é para nós o nascimento de João, portanto também uma noite feliz!

E para terminar em grande estilo, chega então São Pedro, com a força de suas chaves, deixando nosso coração apertado, mas não menos feliz. A saudade já aperta o coração, mas a gente não fica triste não, pois ainda é para nós, São João!

Esse é o nordeste em junho… Viva Santo Antônio, São Pedro e São João! 

 

Alexandra Gonçalves - missionária da Comunidade Canção Nova.


Transição para cloud: tendência para o mercado da saúde nos próximos anos

 Com projeção de crescimento de 50% até 2024, Flowti lidera a transição do físico para a nuvem na saúde brasileira

 

A adoção da hospedagem na nuvem tem sido uma tendência mundial para qualquer negócio, e a saúde não fica de fora disso. De acordo com dados do TIC Saúde 2022, 60% dos estabelecimentos da área possuem o armazenamento de arquivos ou banco de dados em nuvem. E para acelerar ainda mais a transição para a cloud, a Flowti, empresa presente em mais de 500 instituições no Brasil e na América Latina, inicia um novo período de crescimento. A organização com sede em Blumenau (SC), planeja um crescimento de 50% até o ano de 2024.

 

Atualmente, apenas 41% das instituições de saúde no País possuem capacidade de processamento na cloud (TIC Saúde 2022). Por isso, mais organizações têm buscado o modelo de sistemas através da nuvem. Em 2021, por exemplo, 38% das clínicas, hospitais e demais possuíam tal tipo de capacidade de processamento.

 

Entre os benefícios apontados, o ganho de tempo de atendimento e na busca por registros do paciente dentro do sistema, além da otimização da gestão e a segurança dos dados têm chamado a atenção.

 

“As organizações que ainda utilizam armários e documentos estão suscetíveis aos danos e ao roubo dos documentos físicos, sem falar da questão dos processos, que são mais demorados por conta da busca manual. Por isso, a transição para a nuvem busca melhorar a gestão com a agilidade do atendimento, diminuir erros nas medicações, além de facilitar o repasse de informações entre médicos, enfermeiros e a administração”, explica Wilton Rondon Ribeiro Júnior, CEO da Flowti.

 

Empresa com larga experiência em gestão para ambientes de missão crítica, a Flowti tem liderado os projetos de transição do “on premises” para a cloud nas instituições de saúde no Brasil.

 

Após mudanças internas, em julho de 2022, a Flowti registrou um crescimento de 85% no resultado operacional, com o investimento na cloud, melhoria do Net Promoter Score, aumento da equipe comercial, otimização de custos e aumento no faturamento.

 

“Contamos com grandes mudanças que têm nos impulsionado e colaborado para mudar o panorama de instituições de saúde no Brasil. Com a mexida na equipe e o reforço da cloud, temos expandido nossas operações e conquistado ainda mais espaço no mercado”, completa Wilton.

 

A Flowti tem como objetivo principal ser o “porto-seguro” das instituições que buscam inovação, eficiência e segurança da sua infraestrutura de TI. Para isso, a organização conta com um time multidisciplinar de especialistas e mais de 180 funcionários, que somam mais de 500 certificações e está em processo contínuo de atualização

 

A organização possui parcerias com a Dell, Microsoft, AWS e Kaspersky para diversas áreas, desde o fornecimento de produtos e sistemas operacionais até a transição para ambiente em cloud, antivírus e outros mecanismos de proteção das ferramentas.

 

Futuro

 

Presente em mais de 500 instituições no Brasil e na América Latina, a Flowti busca um novo período de progresso. A empresa, com sede em Blumenau (SC), planeja um crescimento de 50% até o ano de 2024.

 

“Temos um grande mercado potencial para a cloud no Brasil, e seguiremos investindo nesta mudança para os hospitais e demais organizações. Vamos levar nos esforços para todo o País, em especial para o estado de São Paulo, que tem grandes instituições do setor”, encerra Wilton.

 

A organização atualmente está em países como Argentina, Chile, Uruguai e Peru. No ano de 2022, a empresa apresentou um crescimento de 20% em relação a 2021.

 

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