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quarta-feira, 21 de junho de 2023

Junho laranja: confira os principais sinais de alerta da leucemia

Popularmente conhecida como “câncer no sangue”, a doença ocorre na formação das células sanguíneas, dificultando a capacidade do organismo de combater infecções


Neste mês contamos com importantes campanhas relacionadas ao sangue, como o Junho Vermelho, que estimula a doação de sangue, e o Junho Laranja, que alerta para doenças como a anemia e a leucemia. 

 

A leucemia é um câncer que ocorre na formação das células sanguíneas na medula óssea, mais especificamente os glóbulos brancos (responsáveis pela defesa do organismo), dificultando a capacidade do organismo de combater infecções.

 

A doença, que pode ser subdividida em pelo menos quatro grupos distintos, ocorre em todas as faixas etárias, sendo a leucemia linfoblástica aguda mais comum em crianças, e a mieloide aguda frequentemente diagnosticada em adultos na faixa etária entre 50 e 60 anos.

 

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam 11,5 mil novos casos de leucemia no Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025.

 

Pedro Neffá, Hematologista do Hospital São Luiz Itaim, alerta que os sintomas da doença podem ser inespecíficos e se confundir com situações do cotidiano.

 

“Entre os principais sinais de alerta estão cansaço ao realizar pequenos esforços, palidez, presença de sangramentos, principalmente na gengiva ou nariz, surgimento de equimoses (manchas roxas espontâneas na pele), e infecções de repetição”, destaca o especialista.

 

Já os casos agudos apresentam diminuição dos glóbulos vermelhos (anemia) e das plaquetas. “Saber identificar os sinais de alerta e levar o paciente para avaliação com um especialista o quanto antes é essencial”, complementa Pedro.   

 

No Hospital São Luiz Itaim, localizado na zona Sul da capital paulista, os pacientes contam com uma atuação integrada dos diferentes profissionais envolvidos no diagnóstico e tratamento do câncer, com estrutura completa.

 

O médico aproveita o momento de conscientização do Junho Laranja para alertar também sobre a importância da doação de sangue de forma regular.

 

“Muitos pacientes com leucemia precisam realizar transfusões ao longo do tratamento, por isso, é essencial que todo adulto saudável seja doador! Você só precisa buscar um banco de sangue próximo à sua residência”, enfatiza o hematologista.


 

Diagnóstico e Tratamento

 

O primeiro passo para o diagnóstico da leucemia é realização de exames de sangue, principalmente o hemograma. “A confirmação é realizada a partir da punção da medula óssea, onde coletamos uma série de exames que nos ajudam a entender e classificar melhor a doença, para iniciarmos a conduta terapêutica adequada”, explica Neffá.

O tratamento envolve principalmente a quimioterapia, combinada com medicamentos orais e antibióticos. Em pacientes com maior risco de recidiva da doença, uma opção é o transplante de medula óssea, onde o doador pode ser um familiar ou membro do banco nacional.

 

*No São Luiz Itaim, desde 2019, também é possível realizar o transplante autólogo de medula óssea, onde as células-tronco do próprio paciente são reinfundidas após as sessões de quimioterapia.* 

“Nos últimos anos, vimos uma evolução nos tratamentos, com a incorporação de uma série de medicamentos que proporcionaram uma redução dos efeitos colaterais e melhora do desfecho dos casos. Há também a nova terapia com células T quiméricas, conhecidas como Car-T Cells, aprovada para leucemia linfoblástica aguda, e que apresenta resultados promissores para pacientes mais jovens”, lembra o hematologista.


Estudo indica que uma em cada dez pessoas é atingida por doença autoimune

Conheça alguns dos principais problemas; especialista do Hospital Japonês Santa Cruz explica



Um estudo britânico publicado na revista científica The Lancet, em maio, indicou que distúrbios autoimunes atualmente afetam cerca de um em cada dez indivíduos. As doenças desse tipo ocorrem quando há uma desregulação do sistema imunológico de defesa e os leucócitos acabam não distinguindo entre as células saudáveis e a de agentes invasores, com isso, o próprio organismo ataca as células saudáveis do corpo.

 

“As doenças autoimunes não têm cura, mas podem ser tratadas e controladas evitando sequelas e reduzindo os riscos de complicações”, esclarece a reumatologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Sandra Watanabe.

Segundo o Ministério da Saúde, existem mais de 80 doenças autoimunes conhecidas no país, mas três têm maior incidência na população brasileira: o lúpus eritematoso sistêmico, a artrite reumatoide e o diabetes mellitus tipo 1

Saiba um pouco mais sobre cada uma delas:

 

Lúpus eritematoso sistêmico (LES)


É uma doença inflamatória crônica que pode atingir diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas). Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, pode ocorrer em qualquer idade, raça e sexo, mas é mais comum atingir as mulheres, na faixa entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequentes em pessoas mestiças e afrodescendentes. As causas da doença ainda são pouco conhecidas, mas os especialistas entendem que fatores genéticos, hormonais e ambientais podem atuar como gatilhos para o desenvolvimento da doença.


 

Artrite reumatoide


 

É uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta múltiplas articulações, como mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical; e órgãos internos, como pulmões, coração e olhos, em indivíduos geneticamente predispostos. “Quando diagnosticado e tratado precocemente, pode-se controlar o avanço do quadro, prevenindo deformidades e alterações das articulações, que poderiam comprometer os movimentos”, explica a médica do Hospital Japonês Santa Cruz.

 

 

Diabetes mellitus tipo 1


É uma síndrome metabólica de origem múltipla, causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem esse hormônio. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos.


 

Diagnósticos

 

Sandra pontua que o diagnóstico da artrite reumatoide e do lúpus eritematoso sistêmico levam em conta os sintomas, o resultado de exames laboratoriais e de imagem (raios X, ressonância magnética, ultrassonografia articular). Já a diabetes mellitus tipo 1 pode ser diagnosticada através de exames de sangue.

 

“Através de um acompanhamento médico, seguindo as orientações sobre o tratamento e a prevenção de complicações, o paciente pode obter controle dos sinais e sintomas, com melhora da qualidade de vida”, salienta a médica.

Para cuidar bem do seu sistema imune, a especialista ressalta a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, com ingestão de vitaminas presentes em frutas, verduras e legumes. “Praticar atividades físicas com frequência, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo e controlar o colesterol, a glicose e os triglicerídeos no sangue são outros pontos aliados para combater o problema”, ressalta.

 

Hospital Japonês Santa Cruz


População idosa sobe para 15%: como evitar quedas e cirurgias nos mais velhos?

Dados são do IBGE; levantamento interno da healthtech Aira mostra que idosos tiveram redução de mais de 32% nas idas ao Pronto Socorro com metodologia da fisioterapeuta Patricia Lacombe, que utiliza técnicas de alinhamento e equilíbrio corporal para devolver autonomia e qualidade de vida aos mais velhos


A expectativa de vida da população brasileira, para 2023, atingiu os 76,2 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Para que viver mais seja sinônimo de viver melhor, é preciso também melhorar a qualidade de vida de cada indivíduo e da população - e a saúde, infraestrutura e segurança são fatores determinantes.

Há 20 anos, a fisioterapeuta Patrícia Lacombe trouxe para o Brasil o Método Ehrenfried, também conhecido como Ginástica Holística, referência internacional no tratamento de patologias decorrentes de alterações posturais - responsáveis por um sofrimento que não é apenas físico, mas mental e emocional, pois tira do paciente a alegria de viver. Hoje, Lacombe é a única formadora do método francês de Ginástica Holística na América Latina.

 Amplamente utilizada pelo público sênior, a Ginástica Holística age simultaneamente sobre a respiração, o equilíbrio e o tônus muscular e contribui para melhorar todas as funções do indivíduo na sua unidade psicossomática. “Nossos profissionais trabalham para mitigar as dores dos pacientes e ajudá-los a reencontrar o equilíbrio físico/mental/emocional”, explica Patrícia.

Aplicado inicialmente pelo instituto que leva o nome da maior referência na Ginástica Holística no país, agora, a metodologia acaba de ser relançada com a nova healthtech de Lacombe, a Aira, que combina inteligência artificial e atendimento humanizado para que pacientes possam realizar seus exercícios em qualquer lugar por meio do seu aplicativo  FisioClub,


Alívio na dor em poucas sessões para Cirlei, de 70 anos

Segundo Patricia Lacombe, pacientes idosos, com indicação para 30 sessões de fisioterapia com a metodologia voltaram a realizar movimentos simples que não acreditavam mais ser possíveis, como cruzar as pernas, lavar o cabelo  e vestir roupas de abotoar, por exemplo, antes mesmo de encerrado o tratamento.

Um exemplo é o de Cirlei Aparecida Ramalho, aos 70 anos, diagnosticada com neuropatia diabética, que começou a sentir desequilíbrios, dores no braço direito e formigamento nas pernas. Por recomendação médica, ela procurou a Ginástica Holística de Patricia Lacombe em seu Instituto em Campinas e já vem sentindo os resultados do tratamento.

“Na segunda sessão eu já me sentia bem melhor. Ainda estou em tratamento, mas sinto melhoras e vejo que meu corpo já tem uma postura melhor no dia a dia. Mesmo após a alta, pretendo continuar com o tratamento”, detalha.

Ela também acredita que esse tratamento seja indispensável para pessoas idosas que desejem melhorar seu condicionamento físico, sua postura é qualidade de vida. “A Ginástica Holística foi a que mais se adaptou ao meu corpo e me trouxe excelentes resultados”, finaliza Cirlei.

94% de redução de cirurgias e menos 71% de dor com a Ginástica Holística

Os números comprovam o êxito da Ginástica Holística. A metodologia aplicada pela Aira reduz as dores em 71% e o uso de medicações em 60%. Além disso, cerca de 94% das cirurgias são evitadas. “Tratamos a dor em mais de 30 tipos de manifestações do sistema locomotor, como lombalgias, hérnias, coluna, artrose, artrite, enxaquecas, neurologia, saúde da mulher, entre outros”, afirma a profissional. 

Segundo um estudo exclusivo feito com 354 pacientes da metodologia implantada na América Latina por Patrícia Lacombe, com uma média de 77 anos cada, foram informadas 347 idas ao pronto socorro. 

Após realizar cerca de 30 sessões do protocolo de fisioterapia e liberada a reavaliação, foram notificadas 246 idas ao pronto socorro, totalizando uma redução de 32,77% nesse público em idas ao P.S.

Além disso, na primeira avaliação, foram informados cerca de 8.749 pontos de dor, com uma média de 24 por paciente. Já na reavaliação após o início das sessões de fisioterapia assinadas por Patricia Lacombe, em apenas um mês houve uma redução de 46,33% de dor geral nesses pacientes.

Outro diferencial da Aira no cuidado com o público sénior é  a atenção aos detalhes. Cada unidade da healthtech possui um espaço próprio para os pacientes mais velhos, que conta com equipamentos que não demandam que eles realizem as atividades no chão, na esteira - e sim em tatames de madeira acolchoados, especialmente desenvolvidos para esses pacientes, de acordo com suas patologias e limitações no início do tratamento.


A dor como sinal de alerta 

Em 2019, a dor passou a integrar a Classificação Internacional de Doenças – CID-11, publicação da Organização Mundial da Saúde, incluindo todas as experiências de dor, diversidade e complexidade. A classificação inclui dor aguda e crônica, e se refere tanto à dor sentida por humanos quanto por animais. 

Embasada na classificação da OMS, em 2020, a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) revisou o conceito de dor como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”. 

Patrícia Lacombe explica que, embora cause sofrimento, a dor é um sintoma fundamental para mostrar à pessoa que há algo errado em seu organismo e que é preciso buscar ajuda. “A dor deve ser investigada, diagnosticada e tratada da maneira correta para que as pessoas tenham qualidade de vida e longevidade”, afirma a especialista.

A reabilitação do paciente traz consigo o retorno da mobilidade, a autonomia no ir e vir e o crescimento na autoestima, ao proporcionar a melhora de quadros de dor crônica; de pós-operatório; da saúde mental; do poder de raciocínio; e da circulação, por exemplo.

“Precisamos entender que a dor faz parte da vida. Mas, não precisamos nos acostumar com ela, como se sentir dor fosse natural”, enfatiza Patrícia Lacombe. “Por uma vida sem dor: essa é a meta que buscamos atingir no atendimento aos nossos pacientes”, finaliza.


Viver mais e melhor

A mudança no semblante de cada paciente e dos seus  familiares é gratificante, afirma a CEO e founder da Aira. “Podemos ver a dor e o medo em suas fisionomias, por não saberem se encontrarão o alívio tão necessário”. Aos poucos, diz Patrícia, eles voltam a sorrir e a relatar pequenos sucessos no dia a dia, como sentar e levantar sem auxílio, erguer os braços e girar a cabeça, sem a ocorrência da dor.

A metodologia de reabilitação do idoso faz parte da proposta de “longevidade com qualidade de vida”, que norteia a atuação de toda a carreira de Patricia, primeiro com o Instituto Patricia Lacombe e agora com a healthtech Aira.

 “De que adianta aumentar a expectativa de vida se não oferecemos os meios para que as pessoas vivam melhor?”, questiona Patrícia.

Além da reabilitação corporal, a fisioterapeuta enfatiza a importância do cuidado familiar. “Carinho e atenção aos idosos são pilares fundamentais para o êxito do tratamento. Diariamente, percebemos o quanto o apoio dos filhos faz diferença na vontade do paciente em se recuperar para estar saudável ao lado daqueles que ama e que o amam. Por isso, os familiares precisam ajudar e incentivar o idoso a comemorar pequenas vitórias e ter a liberdade desta nova autonomia  conquistada”, finaliza.



Grupo Vitus
https://airasaude.com.br/


Comum em crianças e adultos, asma pode ter poeira e até emoções intensas como “gatilhos”

Estima-se que aproximadamente 20 milhões de brasileiros são asmáticos


A asma é uma doença desencadeada por fatores genéticos e ambientais, caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas. Em geral, causa dificuldade para respirar, tosse, chiado no peito, sensação de aperto no tórax e outros sintomas que prejudicam a qualidade de vida dos pacientes.

 

Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 20 milhões de pessoas sofrem de asma no Brasil, sendo a doença respiratória crônica mais comum e que pode afetar crianças e adultos.

 

O Dia Nacional de Controle da Asma se comemora historicamente no dia 21/6 ― data de início do inverno. Esta data também marca a importância de se prevenir contra as infecções respiratórias comuns nesta estação, como gripes, resfriados e pneumonia que podem ser fatores que pioram o controle da asma.

 

A médica Cláudia Matos de Siqueira Gandini, que atua como pneumologista no Hospital Metropolitano Vale do Aço, em Minas Gerais, explica que o primeiro passo para controlar a asma é reconhecer os fatores desencadeantes dos sintomas.

 

“É importante destacar que os sintomas da asma podem variar de pessoa para pessoa. As causas mais comuns são alergias, atividade física, mudanças climáticas, poluição, estresse emocional e infecções”, afirma a médica. “A adesão e o uso correto dos dispositivos inalatórios também são essenciais para o controle da doença”, acrescenta a pneumologista.

 

Segundo a profissional, a asma é acompanhada de outras doenças que interferem no controle, como a rinite, refluxo, doença pulmonar obstrutiva crônica, tabagismo, obesidade, entre outras.

 

A pneumologista alerta que para prevenir e controlar a asma, é importante manter acompanhamento médico e uso regular das medicações indicadas. Além disso, adotar hábitos saudáveis, praticar exercícios físicos regularmente, parar de fumar e aderir a uma dieta equilibrada são práticas que ajudam no controle da doença. 

 

“Gatilhos” mais comuns da asma

 

Alérgenos: poeira, ácaros, pólen, pelos de animais e mofo são conhecidos por desencadear crises asmáticas em muitas pessoas. Evitar a exposição a essas substâncias podem ajudar a reduzir os sintomas;


Irritantes químicos: fumaça de cigarro, poluentes do ar, produtos de limpeza agressivos e sprays de aerossol, podem agravar os sintomas da asma e desencadear crises;


Infecções respiratórias: gripes e resfriados podem piorar os sintomas da asma e desencadear crises agudas. É essencial adotar medidas preventivas, como a vacinação adequada, para reduzir o risco de infecções respiratórias;


Exercício físico: atividade física intensa pode desencadear sintomas em algumas pessoas, mas isso não significa que as atividades físicas devam ser evitadas. Pelo contrário, o exercício regular pode fortalecer os pulmões e melhorar a capacidade respiratória. Consultar um médico e adotar medidas preventivas antes da atividade física são importantes para pessoas com asma.

Estresse emocional: pode desencadear ou agravar os sintomas da asma. Aprender técnicas de gerenciamento do estresse, como meditação, respiração profunda e atividades relaxantes, pode ajudar a controlar os sintomas.


Automedicação no inverno: prática comum que pode agravar quadros leves


Uso de medicamentos inadequados pode falhar em
aliviar sintomas, atrasar diagnóstico
e tratamento de casos simples  
istock
Uso de medicamentos sem prescrição pode prolongar recuperação e até mascarar diagnósticos mais graves de outras doenças

 

Ao se deparar com os sintomas das chamadas “doenças de inverno”, como gripes, resfriados, alergias e inflamações das vias respiratórias, que afetam grande parte da população durante os meses mais frios do ano, muitas pessoas recorrem à automedicação em busca de alívio rápido. Uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, em parceria com o Datafolha, mostrou que 89% das pessoas tomaram remédios por conta própria em 2022. 

Apesar de parecer uma solução simples e eficaz, a automedicação tende a ser perigosa, pois pode prolongar a recuperação de casos de fácil tratamento e mascarar doenças mais graves que exigem diagnóstico médico. O uso de medicamentos inadequados ou em doses incorretas pode não apenas falhar em aliviar os sintomas, como também atrasar o diagnóstico e o tratamento adequados, permitindo que a doença progrida e cause complicações.

Além disso, há também o risco de interação medicamentosa, que pode potencializar ou inibir os efeitos dos medicamentos. “Normalmente, a indicação para tratamento de resfriados e doenças respiratórias envolve analgésicos simples e soro fisiológico nasal, medicações que dificilmente vão trazer danos a curto prazo. Entretanto, ao utilizarmos combinações com antihistamínicos, antialérgicos e vasoconstritores, existem riscos de efeitos colaterais, intoxicação por posologia inadequada e o surgimento de alergias”, explica a clínica médica do Hospital São Marcelino Champagnat, Maria Fernanda Uady Carvalho.

O consumo de medicamentos sem prescrição médica pode ser especialmente prejudicial para idosos. Esse grupo tem maior probabilidade de apresentar reações adversas aos remédios devido a mudanças fisiológicas relacionadas à idade, como diminuição da função renal e hepática, e alterações na absorção dos medicamentos. “A automedicação também é perigosa porque aumenta o risco de efeitos colaterais indesejados no tratamento dessas condições e doenças crônicas comuns em idosos, resultando em complicações graves ou piora dos sintomas”, complementa a médica.


Orientação profissional

Além da importância do diagnóstico médico, os farmacêuticos desempenham um papel importante na orientação sobre o uso correto dos medicamentos. Eles podem fornecer informações sobre posologia adequada, efeitos colaterais, contraindicações e também esclarecer dúvidas sobre medicamentos de venda livre, para otimizar o consumo dos fármacos. “Nós farmacêuticos exercemos a função de orientar com o intuito de combater a automedicação, utilizamos a assistência farmacêutica como estratégia para diminuir o uso desnecessário de medicamentos. Devemos estar sempre preparados para conscientizar os pacientes quanto a importância dos medicamentos, garantindo a segurança e eficácia dos mesmos”, explica a farmacêutica da Prati-Donaduzzi, Alyne Blasio de Carvalho.

A farmacêutica também comenta que a orientação é a estratégia que os profissionais devem adotar para conscientizar os pacientes sobre os perigos da automedicação e promover o uso seguro de medicamentos. “A orientação humanizada e consciente do paciente e acompanhantes no sentido de evitar abusos é o melhor caminho. Além de não fomentar qualquer tipo de propaganda de medicamentos entre eles, mesmo as vitaminas e remédios comercializados sem prescrição médica”, finaliza Alyne.

 

Prati-Donaduzzi

 

Junho Vermelho: 5 perguntas que você já quis fazer antes de doar sangue, respondidas por um médico da área

O Dr. Andrés Humberto Mego Bayona dá dicas e responde as dúvidas mais frequentes de quem já é doador e de quem quer se tornar um


 

Instituída em 2015 pelo Ministério da Saúde, a campanha de Junho Vermelho tem como objetivo conscientizar a população nacional sobre a importância da doação de sangue, além de buscar incentivar cada vez mais brasileiros a se tornarem doadores. De acordo com o estudo da Universidade Federal da Paraíba, instituição que integra a campanha, junho foi escolhido para sediar as ações em torno da doação de sangue em razão das baixas temperaturas climáticas e da temporada de férias escolares, quando aumentam as viagens e os bancos de sangue registram uma queda de até 30% no volume de doações.

 

Realizada anualmente, a campanha terá um caráter especial em 2023 no estado de São Paulo, tendo em vista que a região está em  situação de alerta pela baixa nos estoques de bolsas de sangue, conforme aponta o boletim emitido pela Secretaria de Saúde paulista. “Os estoques da Fundação Pró-sangue operam em nível crítico, com menos de 40% da sua capacidade. Os sangues do tipo O-, O+ e B- são os mais necessários, pois estão operando com menos de 10% da capacidade ideal”, destaca o boletim emitido pelo órgão.

 

Médico da área de Angiologia da AmorSaúde, Dr. Andrés Humberto Mego Bayona, pontua que os estoques estão em baixa atualmente devido às baixas temperaturas e à alta incidência de doenças respiratórias, como gripes e resfriados. Além disso, nessa época, os possíveis doadores tendem a evitar o processo também pela crença em mitos como o de que no frio a dor da agulhada seria mais intensa. 

 

Conforme o Dr. Bayona destaca, é comum que dúvidas, receios e preconceitos afastem as pessoas do processo de doação de sangue, tanto quanto os verdadeiros fatores impeditivos. Para evitar que isso ocorra, o médico responde a dúvidas e dá dicas para que os doadores possam contribuir sem medo, confira:

 

 

Quem faz tatuagem e/ou coloca piercing pode doar sangue?

 

Não. Quem se submete a procedimentos como esses corre o risco — apesar de baixo — de ser contaminado com doenças infecciosas, como hepatite B e C. Desse modo, quem faz tatuagem ou coloca piercings precisa passar 12 meses sem doar sangue, por conta da janela imunológica de algumas doenças infecciosas que podem ser transmitidas neste período, caso o doador esteja contaminado. 

 

 

Por que existe peso mínimo para que o doador possa realizar a doação de sangue?

 

O peso mínimo atual de um doador corresponde a 50 Kg e ele existe para responder ao volume mínimo de sangue a ser doado — em geral 450ml. A relação entre o peso e o volume coletado é a ideal para evitar riscos à saúde do doador e garantir que ele se recupere rapidamente. 

 

 

Para aqueles que já doaram e sentem um mal estar depois, por que isso ocorre? 

 

O mal estar posterior à doação é motivado pela diminuição da volemia, ou seja, a quantidade total de volume sanguíneo presente no sistema circulatório de uma pessoa em determinado momento. A alteração dessa quantia pode resultar em hipotensão arterial — pressão baixa — e desencadear sintomas como a tontura e a indisposição. 

 

 

Há alguma forma de evitar o mal estar após a doação?

 

Há sim. Entre os cuidados estão: permanecer sentado por pelo menos 15 minutos após a doação, aumentar a ingestão de líquidos ao longo do dia e evitar esforços físicos extenuantes por pelo menos 12 horas.

 

 

Dizem que atos como não olhar para a agulha ou doar sangue em estações mais quentes nos fazem sentir menos dor, isso é verdade? Você teria alguma dica para quem tem medo de doar por causa da dor da agulhada? 

 

Ambos os casos são mitos criados pelo senso comum, mas há alguns fatores que podem sim fazer com que o doador sinta menos dor ao longo do processo. A dica para uma doação mais tranquila é olhar para um ponto fixo na parede no momento da punção — ou da popular agulhada — controlar a respiração e levar um amigo ou acompanhante para ajudar na tranquilização e na distração


Cuidados com o sistema vascular no inverno

Cardiologista comenta riscos de saúde relacionados às baixas temperaturas e formas de se precaver  


Também conhecido como sistema circulatório ou sistema cardiovascular, o sistema vascular é uma rede complexa de vasos sanguíneos que transporta o sangue pelo corpo, tanto humano quanto de outros animais vertebrados. Desse modo, exerce um papel vital no fornecimento de oxigênio, nutrientes e outros compostos essenciais às células, além de remover resíduos metabólicos e dióxido de carbono. 

Porém, a exposição do corpo a determinadas temperaturas influencia diretamente no aumento dos casos de internações por doenças cardiovaculares, de acordo com o cardiologista e diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde, Dr. Fernando Barreto.No inverno, segundo a American Heart Association (AHA), há um crescimento de até 25% destas patologias, entre elas insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio e certos tipos de arritmia”, explica o especialista. 

Para compensar a perda de calor, há um mecanismo na natureza chamado de homeostase, que é a manutenção do equilíbrio interno. “Dentre estes mecanismos, há uma constrição dos vasos do corpo (vasoconstrição), o que faz com que nosso sangue encontre maior resistência para circular, aumentando a pressão arterial e a possibilidade (em pessoas com doenças cardíacas prévias conhecidas ou não) de eventos cardiovasculares, dos mais leves aos mais graves, como angina, infarto, arritmia, AVC ou morte súbita”, complementa Dr. Barreto.  

Cuidados necessários no frio 

 No inverno, ocorre uma diminuião no índice de chuvas e há aumento da poluição do ar, com acúmulo de monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, o que sobrecarrega os pulmões e diminui a oxigenação do sangue. “Por consequência, o coração fica sobrecarregado a suprir esta deficiência, podendo levar ao risco cardíaco”, explica o cardiologista. A relação, porém, é direta com a temperatura do meio ambiente e não sobre a região topográfica no globo terrestre. “De qualque forma, no Brasil, um levantamento realizado pelo Hospital Albert Einstein mostrou que, entre os meses de junho e agosto, as internações hospitalares na cidade de São Paulo por insuficiência cardíaca e infarto chegam a ser 30% maiores do que no verão”, salienta.  

Para minimizar os riscos de eventos cardiovasculares, Dr. Barreto recomenda aquecer o corpo, seja com alimentos e bebidas quentes, como também pelo uso de roupas adequadas, de modo a diminuir a vasoconstrição e aumento da pressão arterial. Segundo o médico especialista, indivíduos com hábitos saudáveis, como os que controlam o peso por meio de dietas, praticam exercícios indicados para idade e condição física, não fumam e não bebem possuem menor chance de manifestar doenças cardiovasculares, tanto no inverno como no verão - mas não estão isentas e totalmente protegidas no inverno. 

Pessoas com histórico de doenças e/ou eventos cardiovasculares devem ficar mais atentas às dicas. “Importante também manter seguimento regular com seu médico, seja ele clínico geral ou cardiologista, fazer exames preventivos periódicos, adotar práticas saudáveis e fazer uso da medicação indicada de forma regular, sem suspender por iniciativa própria e/ou de familiares nenhum medicamento”, finaliza Dr. Fernando Barreto. 

 

Grupo São Cristóvão Saúde

 

Mês da hidradenite supurativa: doença gera impactos além da pele

Mais impactante dentre todas as doenças dermatológicas¹ , a HS inflama os folículos pilosos, causando dor, impondo limitações e causando prejuízos à vida dos pacientes. Condição pode levar anos até ser diagnosticada

 

Junho é o mês de conscientização da hidradenite supurativa, doença dermatológica crônica que afeta cerca de 0,4% da população brasileira, segundo estimativas[2]. A hidradenite tem como principais sintomas a formação de abcessos, fístulas e nódulos, principalmente em áreas como virilha, axila e sob mamas e nádegas, que geram dor, incômodo e comumente prejuízos à qualidade de vida e à saúde mental dos pacientes [1][3].  

Na maioria dos casos, a primeira manifestação da doença ocorre na fase pós puberdade, entre os 20 e os 30 anos[4] [5]. As mulheres são as mais atingidas, representando uma prevalência até três vezes maior do que os homens[6]. A partir da primeira aparição das lesões, a hidradenite evolui em crises – que podem durar de semanas a meses[7] – nas quais as feridas inflamam, causam dor constante, expelem pus, podem gerar mau cheiro e por vezes necessitam até de drenagem[2].

Essas características fazem da hidradenite a mais impactante das doenças dermatológicas e por vezes a mais limitante[1]. Restrições de movimentos, cicatrizes e outros sintomas e consequências trazem estigma, isolamento social e constrangimento aos pacientes[7]. “É uma doença muito complicada. Acaba prejudicando várias áreas da vida do acometido. A maioria relata comprometimento da vida sexual e da profissional por conta da dor das lesões, da secreção que sai delas nos períodos de maior inflamação”, conta o Dr. Wagner Galvão César, dermatologista dos hospitais Oswaldo Cruz e Sírio Libanês. Muitos dos pacientes, cerca de 42%, acabam desenvolvendo depressão e/ou ansiedade por conta do convívio com a doença[8].

Além de tudo, essa é uma condição de difícil reconhecimento: os pacientes levam em média 7 anos entre o início dos sintomas e o diagnóstico correto[9]. A maior dificuldade é de encontrar um especialista que identifique e trate corretamente o quadro. “Os sinais da hidradenite podem facilmente ser confundidos com furúnculos, acne e outros quadros dermatológicos. Por isso é importante que haja conscientização”, explica o especialista.

Na medicina, as causas da hidradenite supurativa não são bem estabelecidas, mas o histórico familiar pode estar associado à sua ocorrência. Fatores de risco como tabagismo, obesidade e estresse são considerados gatilhos que podem ajudar o desenvolvimento da inflamação[2]. “Por isso, além do tratamento medicamentoso adequado para cada quadro, algumas ações do dia a dia podem ajudar a amenizar a doença”, explica Dr. Wagner. “Caso o paciente seja fumante, largar o cigarro é essencial. Evitar o estresse emocional e uma alimentação inflamatória também ajudam a amenizar os sintomas”, finaliza. Além disso, barbear ou depilar, bem como usar roupas muito justas, aumenta o incômodo devido à fricção gerada na pele[1].

Se você já teve surtos de furúnculos durante os últimos seis meses, com o mínimo de duas lesões nas axilas, virilhas, embaixo das mamas, região perianal, nuca ou abdômen, procure um dermatologista. Estes podem ser sinais da HS.

 



Novartis
https://www.novartis.com.br/



[1] von der Werth JM, Jemec GB. Br J Dermatol. 2001;144(4):809–13

[2] Ianhez M et al. 2018 May;57(5):618-620.

[3] Dufour D, et al. Postgrad Med J. 2014;90(1062):216-21. http://dx.doi.org/10.1136/postgradmedj-2013-13199

[4] Cosmatos I, et al. J Am Acad Dermatol. 2013;68(3):412-419

[5] Palmer RA, et al. Clin Exp Dermatol. 2001;26(6):501-503

[6] Elkin K, et al. Skin Res Technol. 2020;26(1):11‐19;

[7] American Academy of Dermatology Association. https://www.aad.org/public/diseases/a-z/hidradenitis-suppurativa-causes. Accessed May 2023

[8] Depression - According to the database study by Vazquez et al.,12 42.9% of HS sufferers were diagnosed with depression. Zoubolis 2015

[9] Pain, Psychological Comorbidities, Disability and Impaired Qualify of Life in Hidradenitis Suppurativa: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/s11916-017-0647-3.pdf


Varonis descobre bug de falsificação de editor no instalador do Microsoft Visual Studio

Bug encontrado permite que um invasor se passe por um editor e emita uma extensão maliciosa para comprometer um sistema visado 

 

O Varonis Threat Labs encontrou um bug de interface do usuário facilmente explorável no instalador de extensão do Microsoft Visual Studio, que permite que um invasor falsifique uma assinatura e represente efetivamente qualquer editor. A Microsoft lançou um patch para CVE-2023-28299 em 11 de abril de 2023.  

Os sistemas não corrigidos permanecem vulneráveis ​​a agentes de ameaças que emitem extensões maliciosas direcionadas para comprometer os sistemas. De acordo com os pesquisadores da Varonis, o bug merece atenção porque é facilmente explorável e existe em um produto com 26% de participação no mercado e mais de 30.000 clientes.  

De acordo com Dolor Taler, pesquisadora de segurança da Varonis, com o bug da interface do usuário encontrado pelo Varonis Threat Labs, um agente de ameaças pode se passar por um editor e emitir uma extensão maliciosa para comprometer um sistema de destino. "Extensões maliciosas foram usadas para roubar informações confidenciais, acessar e alterar códigos silenciosamente ou assumir o controle total de um sistema", detalhou.  

A vulnerabilidade descoberta pela Varonis afeta várias versões do ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) do Visual Studio, do Visual Studio 2017 ao Visual Studio 2022. A falha envolve a capacidade de qualquer pessoa contornar facilmente uma restrição de segurança no Visual Studio que impede os usuários de inserir informações na propriedade de extensão.  

Os pesquisadores descobriram que um invasor poderia contornar esse controle simplesmente abrindo um pacote do Visual Studio Extension (VSIX) como um arquivo .ZIP e adicionando manualmente caracteres de nova linha a uma marca no arquivo. Um caractere de nova linha é algo que os desenvolvedores usam para denotar o fim de uma linha de texto, de modo que o cursor se move para o início da próxima linha na tela.  

Taler explica que adicionando caracteres de nova linha suficientes ao nome da extensão, um invasor poderia forçar todos os outros textos no instalador do Visual Studio a serem baixados, ocultando assim qualquer aviso sobre a extensão não estar assinada digitalmente. "E como um agente de ameaça controla a área sob o nome da extensão, ele pode facilmente adicionar um texto falso de 'Assinatura Digital', visível para o usuário e parecendo genuíno", explicou Taler. 

 

Recomendações da Microsoft  

A Microsoft reconheceu essa exploração, atribuiu a ela o identificador CVE-2023-28299 e incluiu uma correção na atualização Patch Tuesday de 11 de abril de 2023. O Varonis Threat Labs adiou a divulgação até que uma correção pudesse ser emitida, e assim não dar pistas aos invasores.  

A Varonis recomenda que todos os sistemas potencialmente vulneráveis ​​apliquem o patch fornecido pela Microsoft e monitorem qualquer atividade suspeita.

 

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