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segunda-feira, 14 de março de 2022

Sete diretrizes para uma gestão eficaz e focada no propósito

O atual cenário exige uma Gestão Integral, com negócios que gerem valor para todas as pessoas envolvidas - ou seja, para clientes, acionistas, investidores, líderes e colaboradores


Para se adaptar ao atual cenário de complexidade, as empresas devem se valer de uma gestão integral que considera as organizações como sistemas abertos dinâmicos e evolutivos, composto de indivíduos, relacionamentos e aparatos de gestão – todos voltados a um mesmo propósito: impactar a sociedade. A avaliação é de Marcelo Cardoso, fundador e integrador da Chie, ex-CEO de empresas como DBM e VP de Gente & Gestão da Natura, diretor Executivo do Grupo Fleury e autor do livro Gestão Integral - Consciência e Complexidade nas organizações. A obra aborda pontos essenciais para a construção de uma organização do futuro, assim como apresenta como cada um dos aspectos de uma gestão integrada demandam práticas presentes no dia a dia das organizações. 

“A forma como as organizações têm atuado até aqui não é mais suficiente para lidar com a complexidade que nos desafia cada vez mais. É preciso uma nova gestão e mudanças importantes na forma como interpretamos as situações, decidimos, realizamos negócios e geramos valor para as pessoas”, diz. “E aqui falo de todas as pessoas envolvidas no dia a dia das empresas – de clientes a acionistas e investidores passando por líderes, colaboradores e comunidade”, completa. 

“Não há uma receita de bolo para isso, nem práticas que podem ser implementadas do dia pra noite com efeito imediato. A Gestão Integral incorpora em seu arcabouço a subjetividade e os processos internos de indivíduos e grupos possuem uma dinâmica própria. Mas há ações cotidianas que devem se manifestar como um processo constante e dinâmico de evolução”, explica. 

Confira quais são as diretrizes que devem guiar as empresas em seu caminho para uma Gestão Integral:  

 

Princípio 1: o contexto em que a organização está é complexo

E, nos contextos complexos, não é possível prever nada com certeza. Logo, o planejamento é menos antecipatório e mais um mapeamento de possibilidades

Colocando em prática: o caminho é criado a partir de sondagens, de diversas intervenções menores e seguras o suficiente para que, em caso de falha, seja possível sentir o resultado e responder rapidamente, descontinuando, transformando ou ampliando as iniciativas, conforme o caso.

 

Princípio 2: um propósito verdadeiro deve ser sempre a bússola

Diante da incerteza constante, todos os elementos da gestão são variáveis em função de uma única constante - perseguir o propósito a cada decisão. 

Colocando em prática: liderança e equipes devem ter clareza do propósito da organização, que deve ser inspirador para eles em sua busca por gerar valor para a sociedade. Vale a pena investir no aprofundamento deste propósito utilizando ferramentas como a Teoria da Mudança e dos Meta Capitais, que tangibilizam a criação de valor em diversas dimensões com métricas apropriadas que permitem acompanhar a evolução

 

Princípio 3: a gestão deve ser dinâmica, flexível e distribuída 

Modelos de gestão muito hierarquizados criam lacunas de informação entre níveis e áreas, burocratizam, fragmentam e empacam as organizações. As empresas devem se horizontalizar, para não perder a velocidade

Colocando em prática: as diretrizes estratégicas devem ser flexíveis e atualizadas rapidamente conforme muda o contexto, identificando e atualizando sempre qual é o próximo passo a ser dado.  Para isso, é fundamental a transparência da direção adotada, gerando a coerência no time todo. É recomendável adotar modelos de gestão híbridos e descentralizados, com círculos de autogestão por áreas, que deliberam autonomamente e fazem fluir a informação e as ações. Quanto mais perto a decisão estiver de quem executa, melhor.

 

Princípio 4: um time com muitas cabeças diferentes desempenha melhor

Quase nada é obra de uma pessoa só. O trabalho de um time composto com pessoas de diferentes talentos e diferentes formas de pensar gera melhores resultados.

Colocando em prática: é preciso criar ambientes propícios à diversidade de pensamento e ao compartilhamento de perspectivas e desenvolver segurança psicológica para que todos se sintam confortáveis para trazer as próprias opiniões e divergir de maneira aberta e saudável. Isso permite que a diversidade cognitiva aconteça, aumentando a chance de se gerar melhores soluções

 

Princípio 5: o desenvolvimento dos indivíduos deve ser integral

Indivíduos emocionalmente maduros e cognitivamente desenvolvidos amplificamos demais princípios da gestão integral. As pessoas precisam estar prontas em todos os níveis para este trabalho, não só com competências e habilidades profissionais, mas com capacidade para responder com o físico, as emoções, a mente e a consciência.

Colocando em prática: deve-se desenhar programas de desenvolvimento em formato de jornadas com duração alinhada ao objetivo, com atividades individuais e coletivas, que visem o aprendizado horizontal (novas habilidades e competências) e vertical (o desenvolvimento de recursos internos, como inteligência emocional e maior complexidade cognitiva para lidar com os desafios)

 

Princípio 6: o dia a dia de trabalho deve estimular o aprendizado constante

O aprendizado não deve ocorrer apenas por meio de programas e iniciativas desenhadas para este fim, ele deve estar nas atividades do dia a dia, pois a tensão criativa do aprendizado constante é altamente estimulante para os indivíduos e mantém a organização sempre em transformação

Colocando em prática: o erro não deve ser execrado e sim explorado como oportunidade de aprendizado, ao mesmo tempo, as pessoas devem ser desafiadas a irem além e a não se acomodarem. A organização deve criar ritos, processos de trabalho e atividades que permitam descobrir oportunidades de aprendizado e melhoria em tempo real. O feedback apreciativo deve ser cultivado, para reafirmar e celebrar conquistas e avanços

 

Princípio 7: a cultura deve apreciar e integrar as suas polaridades

É na cultura que as organizações sentem o quão coerentes estão seus princípios e valores ou quando são esquizofrênicas e verbalizam coisas diferentes do que as colocadas em prática. É preciso reconhecer as incoerências e sustentar as polaridades

Colocando em prática: a polaridade é um efeito inevitável que acontece sempre que uma organização promove algum valor interno. Isso ocorre porque, em oposição a este valor, existe outro igualmente importante que pode estar sendo negligenciado (exemplo: estrutura x flexibilidade), então é natural que nos comportamentos individuais e nos ritos informais criem-se rotas alternativas e ocultas para incluir o valor negligenciado, normalmente de forma mal conduzida. A organização deve criar um contexto adequado que primeiro mapeie e reconheça as polaridades presentes e depois crie indicadores e ações para monitorá-las e integrá-las de forma saudável

 

 

Chie - está a serviço da evolução da consciência de pessoas e organizações e contribui para a emergência de novos arranjos coletivos que regeneram empresas, grupos e o planeta, por meio de interações e relações transparentes e verdadeiras.


Advogado alerta sobre os direitos do consumidor ao realizar compras pela internet

Dr. Pedro Henrique Moral, da Duarte & Moral Advogados, explica que o comprador tem direitos garantidos pela lei no que se refere à devolução do objeto e ao reembolso de valores de produtos adquiridos pela internet


Há muito tempo o e-commerce vem crescendo e durante o período da quarentena essa facilidade ganhou ainda mais espaço, inclusive em segmentos que anteriormente não eram tão aproveitados. Contudo, as compras pela web continuam causando insegurança em alguns consumidores.

O advogado Pedro Henrique Moral, da Duarte Moral Advogados, explica que o Código de Defesa do Consumidor também protege o consumidor quando a compra é realizada pela internet. “No que se refere a compras on-line, existe uma regra chamada direito de arrependimento. Após o consumidor receber o produto, ele poderá se arrepender por qualquer motivo, e, sem que precise se justificar, durante o prazo de 07 (sete) dias contados do recebimento, o comprador terá o direito de solicitar a devolução do produto e receber de volta o valor pago pela compra”, destaca.

Além de outras incertezas decorrentes de compras em e-commerces, podem ocorrer problemas relacionados ao transporte ou à expectativa do consumidor em relação ao produto comprado. Um dos exemplos mais comuns relacionados ao transporte é o caso em que um produto sofre algum tipo de dano no trajeto percorrido entre o estabelecimento do fornecedor e o domicílio do consumidor, já que a transportadora pode não ter tido o cuidado necessário com o transporte de determinados produtos mais delicados.

Quando o produto chega ao comprador com algum defeito, seja de fábrica ou por conta do transporte, é fundamental entrar em contato com o fornecedor e enviar imagens do produto com a avaria. “Infelizmente, existem pessoas que agem de má-fé e solicitam a troca após mau uso, mas é função da loja fazer a troca sem qualquer custo extra para o cliente. Qualquer subtração de valor ou cobrança de transporte para a devolução de um objeto é ilegal”, afirma o advogado.  

Segundo Pedro Henrique, caso o pedido seja extraviado ou perdido pela empresa que faz o transporte, o reenvio ou alguma outra solução também é de responsabilidade do vendedor.

Outra situação que pode ocorrer é de o produto levar um tempo maior do que o estipulado pela loja para ser entregue e, nesses casos, não há muito o que ser feito, desde que o atraso não seja muito longo. Nessa última hipótese, em razão da frustração, o cliente pode optar por rescindir a compra e solicitar a devolução do pagamento; no entanto, é importante lembrar que o atraso na entrega pode ser resultado de alguma adversidade, como greve dos correios e outras situações atípicas.

 


Pedro Henrique Moral - Advogado atuante há mais de sete anos; já passou pelos maiores escritórios do Brasil. Atuou como protagonista em causas milionárias para clientes nacionais e internacionais. Um dos maiores nomes da atualidade em Retificações de Registro Civil. Atuante em grande parte das ramificações do direito civil; tem expertise em diversos tipos de demandas atreladas à matéria civilista, derivado de todo conhecimento e experiência nas mais diversas causas patrocinadas por seu escritório.  Conhecido por sua agilidade e eficiência

https://duartemoral.com/

@duartemoraladv  

 

Mulheres consultoras: carreira permite o equilíbrio profissional e pessoal


Ser responsável por funções administrativas de extrema importância para o desempenho de um negócio. Ainda, cuidar de seus lares, família e deveres domésticos. Assumir cada um desses papéis não é algo fácil – muito menos, em conjunto. A escolha entre a carreira e a vida pessoal foi um dilema comum para muitas mulheres. Mas, hoje, graças aos avanços tecnológicos, desempenhar estas funções simultaneamente e, com a mesma qualidade é mais que possível – inclusive, por meio do empreendedorismo na área de consultoria.

A participação feminina no mercado de trabalho vem sendo severamente impactada, principalmente durante a pandemia. Em um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), este percentual ficou em 45,8% no terceiro trimestre de 2020, o nível mais baixo desde 1990. Dentre os diversos motivos influenciadores desse dano, a maior dificuldade em conciliar a produtividade no trabalho com as responsabilidades domésticas se agravou consideravelmente durante o isolamento social.

Estar 100% presente nessas atividades e, a todo momento, é extremamente difícil – mas, não é mais motivo para que as mulheres desistam de um dos lados. Os avanços tecnológicos no mercado de trabalho abriram um leque enorme de possibilidades operacionais, que podem ser desempenhadas remotamente e, com a mesma qualidade de maneira equilibrada. Ainda, quando alinhadas ao desenvolvimento de softwares de gestão, permitem um acompanhamento e controle mais assertivo sobre as tarefas, sem prejuízos no final.

Mesmo em um cenário adverso, a participação feminina no mercado de tecnologia cresceu significativamente nos últimos cinco anos. Segundo dados divulgados pelo Caged, sua presença aumentou em 60%, passando de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2020. As oportunidades que podem encontrar no setor como consultoras são vastas e, não há exemplo mais clássico dessa amplitude do que os cargos de gerenciamento de redes sociais. Com a digitalização do mundo corporativo, o que não faltam são recursos que facilitem o gerenciamento de tais plataformas, abrangendo as oportunidades de prestação de serviços com metodologias diversas de marketing e atendimento ao consumidor.

No quesito prático, hoje não há mais a necessidade de ter uma equipe completa interna, mas sim, a possibilidade de formar redes colaborativas de trabalho – com uma maior flexibilidade para contratação de profissionais externos, operando em conjunto para a entrega de determinado serviço. Prova disso, é o segmento de consultoria com foco em RH e marketing, intensamente impactado durante a pandemia pelas novas formas de gerenciar um negócio à distância.

Os investimentos em treinamentos corporativos digitais também foram intensamente buscados nos últimos anos, por sua maior abrangência dentre os trabalhadores e, principalmente, facilidade de aplicação para todos e custos reduzidos. Para as profissionais, a possibilidade de transformar o conhecimento acumulado ao longo de sua carreira em treinamentos de qualidade e comercializá-los para empresas e pessoas físicas, se torna mais uma oportunidade de carreira empreendedora.

Deixar um cargo celetista pelo autônomo pode parecer uma escolha perigosa – mas, capaz de trazer grandes frutos para aquelas que desejam um caminho para equilibrar a carreira com uma maior qualidade de vida. É preciso focar na continuidade profissional e, acima de tudo, utilizar os enormes recursos tecnológicos a seu favor.

 

Letícia Araújo - Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação e diretora da Treinar Mais, plataforma que facilita a aplicação e gestão de treinamentos.

 

Treinar Mais

www.treinamais.com.br

Começa hoje a programação da kombi literária que passará por 5 regiões periféricas de SP

Feira Literária do Sol - Itinerâncias passará por cinco ONGs na periferia da cidade em uma kombi adaptada

 

Após o sucesso da Feira Literária do Sol, que promoveu uma série de atividades culturais e educativas em Cidade Dutra, São Paulo, a iniciativa ganhou uma versão itinerante, que passará por cinco associações e entidades localizadas na periferia da cidade, entre 14 e 18 de março.

 

As comunidades receberão a kombi do projeto, Feira Literária do Sol - Itinerâncias, com programação que valoriza a literatura brasileira e incentiva o hábito da leitura. As atividades são voltadas, principalmente, às crianças, adolescentes e idosos e incluem Contação de História, Poesia, Música e Ilustração. Serão várias oficinas aplicadas por Edu Lourenço e Dan Barros.

 

Monotipia – técnica artística que permite transformar desenhos em molduras através da sensibilização e o estímulo criativo de cada participante nas artes plásticas.

 

Edu conta histórias para chuchu – esta oficina começa com um divertido alongamento corporal, troca de vivências e histórias contadas por Edu Lourenço, que vão desde lendas até folclóricas, religiosas, meio ambiente, saúde e outros temas.

 

Cirandas e canções populares – Dan Barros, cria dinâmicas musicais com canções populares.

 

Cordel – construção de poesia e conversa em torno da literatura de cordel.

 

Além da programação presencial, o evento oferece conteúdos gratuitos online, com a veiculação de dez entrevistas realizadas com escritoras da periferia de São Paulo, contando um pouco sobre sua carreira e obra, além dos desafios de suas trajetórias. Os livros das autoras que participaram desses diálogos também estarão disponíveis na estante da kombi literária.

 

A realização da feira itinerante busca colaborar com a formação cidadã, com a educação, a prevenção às drogas e o combate à violência. Além disso, incentiva o despertar de talentos locais, seja na escrita, ilustração ou contação de histórias, e também valoriza o talento dos escritores e poetas da periferia.

 

O veículo adaptado também conta com estante com livros e espaço destinado à leitura após as atividades.

 

A Feira Literária do Sol – Itinerâncias conta com realização NIX Diversidade e Economia Social – que fará a transmissão pelo canal do YouTube (http://tiny.cc/nixdiversidade), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

 

Sobre os oficineiros:

 

Edu Lourenço, radicado em Taubaté, o Arte Educador, Ator, Contador de Historias, Musico/Compositor e afins. Apresenta lúdicos e divertidos espetáculos multiculturais para todas as idades, envolvendo Contação de Histórias, Música, Teatro, além de vivências e oficinas de criatividades.

 

Dan Barros, músico, compositor e arte-educador. Formado em Pedagogia. Ficou conhecido nacionalmente ao participar do programa Ídolos (SBT, 2007). Desenvolveu um trabalho musical ligado às raízes da música negra, do RAP ao soul, passando pela música popular brasileira, e mais recentemente pela música que evoca as tradições religiosas afro-brasileiras.

 

 

Serviço

 

Atividades presenciais:

 

14/03 (segunda) - 8h às 12h    

ONG Grathi

Jardim São Silvério

       

15/03 (terça) - 8h às 12h 

Entidade de Promoção e Assistência Social Espaço Aberto

Jardim São Jorge

       

16/03 (quarta) - 9h às 13h       

CCA Nossa Senhora da Providência

Real Parque       

 

17/03 (quinta) - 9h30 às 13h30

Arco Associação Beneficente

Jardim Flórida    

 

18/03 (sexta) - 9h às 13h 

ONG Educar-te

Vila Pirajussara

 

Para mais informações, acesse: nixdiversidade.org


Economia Criativa para viver de inovação, cultura e arte

          Se você tem vontade de transformar um hobby em negócio ou atuar em atividades que possuem relação com a cultura e inovação, conheça as oportunidades geradas por meio da Economia Criativa. Ela é ampla e representa atividades econômicas de produtos e serviços que estão relacionados com a arte, tecnologia e sustentabilidade. O conceito abrange profissões analógicas e digitais como arquitetura, arte - em suas diferentes manifestações: música, teatro, fotografia, design, artesanato e reúne profissionais de diferentes áreas, tais como podcasters, influenciadores digitais, programadores, gamers e de informática.

          Durante a pandemia o segmento foi muito afetado pelo impacto econômico, mas as artes e o entretenimento ganharam maior relevância e, de forma criativa, o setor se manteve produtivo. Com o aumento da vacinação da população e a retomada de eventos, shows e a abertura de espaços culturais, a área se intensifica e parece ter um futuro promissor.

          No Brasil, a Secretaria de Economia Criativa é responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e segundo o levantamento do Observatório Itaú Cultural, o terceiro trimestre de 2021 demonstrou recuperação do emprego na economia criativa brasileira, que criou quase 870 mil vagas.

          “O setor sofreu, mas também se desenvolveu nos tempos de pandemia. A tecnologia acelerou a necessidade de inovações que foram aliadas da economia criativa. A demanda reprimida do presencial é latente e aos poucos poderemos ver uma explosão de consumo, diz Alécio Rossi, coordenador de design e arquitetura do Senac São Paulo, que indica algumas ações para quem deseja empreender e transformar a arte e cultura em bom negócio: 

·       Pratique negócios com foco em atividades colaborativas. A participação das pessoas e comunidades locais é essencial. Seja colaborativo, cooperativo e co-criativo. É importante fazer juntos.

 

·       Identifique as necessidades da região, elabore um plano de negócio que considere as comunidades locais. Pesquise o mercado: concorrentes, fornecedores e consumidores.

 

·       Na Economia Criativa a diversidade é um valor e não um problema. Seja inclusivo e favoreça negócios voltados à diversidade. Observe e participe de importantes conceitos e posicionamentos contemporâneos como o empoderamento feminino, a luta da população negra e LGBTQIA+, o consumo consciente, colaborativo e cooperativo. 

·       O ambiente virtual é essencial para a economia criativa. Atualize sempre e explore sua rede com planejamento, frequência e autenticidade.

 

·       Teste o produto antes de vender. Com o produto disponível para comercialização, é importante fazer o mapeamento regional, principalmente porque estamos falando de públicos de consumo segmentado.

 

·       Áreas promissoras para 2022: Turismo inclusivo e alternativo (retiros culturais, rurais e experimentais), gastronomia de experiência, aplicativos sobre cuidados pessoais e animais e Artes vivenciais como a produção cooperativa, sustentável e flexível.



Projeto piloto capacita adolescentes para futuros empregos

Inclusão no mercado de trabalho e reflexões dos objetivos pessoais e profissionais fazem parte das dinâmicas


 

Ao observar que jovens em medida socioeducativa enfrentam a falta de perspectivas reais, desigualdade, injustiça social, evasão escolar entre outras situações adversas que restringem o acesso ao emprego, a Escola de Impacto firmou parceria com a Fundação CASA (Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), para oferecer ao centro socioeducativo São Bernardo I, desde janeiro, a formação da Escola de Impacto como ferramenta de sensibilização e preparação dos adolescentes.  

 

A proposta piloto é que os jovens cursem o percurso da Escola para encontrarem novas oportunidades após o cumprimento de medida socioeducativa, investindo na autoestima e no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.  Durante o curso, os jovens entrarão em contato com os mais diversos temas, como neurociência e preconceito, educação para direitos humanos, saúde mental, pessoa com deficiência, racismo, desigualdade social, filantropia, educação financeira e EGS/Economia Circular. 

 

Essa parceria -  que foi possível a partir do apoio de investidores sociais da Escola de Impacto -  busca viabilizar a inclusão desses adolescentes no mercado de trabalho e propiciar espaços para reflexão de temas que os permitam vislumbrar novos objetivos pessoais e profissionais. As aulas, ministradas em formato on-line, se darão por meio de dinâmicas e vivências mediadas por educadores e serão intercaladas por mentorias ministradas por convidados que são referência dentro dos temas abordados. A formação terá três meses de duração, totalizando 24 encontros. 

 

Para o secretário da Justiça e Cidadania e presidente da Fundação CASA, Fernando José da Costa, oferecer oportunidades para os jovens dentro da Instituição é algo essencial para que eles possam seguir novos rumos fora dela. “A parceria com a Escola de Impacto com certeza ajudará a fomentar algumas necessidades dos adolescentes, principalmente no que concerne à uma reflexão interna sobre seu papel no mundo e a importância de ver novos horizontes”, comenta.  

 

“Estamos muito felizes por essa parceria com a Fundação CASA. Percebemos que atrelados a falta de emprego, estão a falta de experiência profissional, a baixa escolaridade e a ineficiência das políticas públicas voltadas à empregabilidade. Portanto, é imprescindível garantir ações para a qualificação voltada ao mercado de trabalho, que permitam novas escolhas desses jovens em medida socioeducativas”, diz Vanessa Destéfani, diretora da Escola de Impacto. 


 

Sobre a Escola de Impacto


Lançada em setembro de 2020, a Escola de Impacto é um programa de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, competências de inovação e empreendedorismo voltadas ao impacto socioambiental para jovens. Tem o propósito de transformar o mundo em um lugar mais justo, plural e sustentável, contribuindo para o protagonismo de impacto desde cedo, além de oferecer um ambiente de escuta e busca de propósito, inclusivo, diverso e colaborativo. Sua missão é formar gerações de protagonistas socioambientais, disseminar e implementar o mindset e a cultura ESG (Environmental, Social and Governance, em português, Ambiental, Social e de Governança) no Brasil. 

 

Saiba como declarar o consórcio no Imposto de Renda 2022

 Modalidade se mantém atrativa para quem deseja adquirir um bem; administradoras listam o passo a passo para ajudar consorciados na declaração do IR

 

 

Os contribuintes têm até às 23h59, do dia 29 de abril, para acertar as contas com o leão por meio da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física – DIRPF, considerando o ano-base 2021. A expectativa da Receita Federal é que 34,1 milhões de declarações sejam enviadas este ano.

 

O que muita gente não sabe é que, embora o consórcio não sofra a aplicação do imposto, ainda assim deve ser declarado. Isso porque ele oferece rendimentos mensais, caso sua cota esteja contemplada, mas você ainda não fez uso do crédito, ou seja, ainda não comprou seu bem. Automaticamente, a carta de crédito é aplicada num fundo de investimento de curto prazo.

 

Então, para os brasileiros que aderiram ao consórcio e têm dúvidas de como declará-lo no Imposto de Renda, o vice-presidente de negócios da Embracon, Luís Toscano, e  Lorelay Lopes, head de Negócios do UP Consórcios, fintech da administradora de consórcios, listam as principais situações em que os consorciados devem ficar atentos.

 

1.   Cota não contemplada

Mesmo que você não tenha sido contemplado, a Receita Federal considera o consórcio como um bem, portanto será necessário declarar. É preciso incluir o consórcio na “Tabela de Bens e Direitos”, selecionar o código 95, que representa ‘consórcio não contemplado’, e seguir o preenchimento dos campos: 


1.   “Situação em 21/12/2020” - deixar em branco caso tenha entrado no grupo de consórcio ano passado (2021);


2.   “Situação em 21/12/2021” - com a soma das parcelas pagas até essa data.

 

Já no campo “Discriminação” inclua as informações do consórcio, como o nome, o CNPJ da empresa que o administra, o tipo de bem (se é um carro, moto ou imóvel, por exemplo), além do número de parcelas quitadas e que ainda deverão ser pagas.

 

Erro comum: Declarar o consórcio como uma “Dívida e Ônus Reais” ou o bem propriamente dito. “Quando isso ocorre, a Receita Federal entende que o bem foi adquirido sem que o contribuinte tivesse condições de pagá-lo, dando a entender que houve ocultação de fonte de renda, portanto, atente-se a isso”, orienta Lorelay.

 

“É importante ressaltar que o consorciado não deve lançar as parcelas do consórcio que ainda serão pagas no campo Dívida e Ônus Reais", diz Toscano.

 

2.          Cota contemplada

É preciso declarar o seu consórcio. Como no caso anterior, usa-se a mesma “Tabela de Bens e Direitos”, porém, se foi sorteado no mesmo ano em que adquiriu o consórcio, também será necessário usar o código 95, de ‘consórcio não contemplado’. 

 

Para essa situação, é preciso deixar os campos referentes aos valores pagos entre 2020 e 2021 em branco. Já no campo “Discriminação”, além das informações referentes ao consórcio, deverá ser informada a data da contemplação. 

 

Nos campos “Situação”, se adquiriu o consórcio em 2020 e foi contemplado em 2021, use o ‘código 95, de consórcio não contemplado’, e informe o valor declarado no IR do ano anterior (Situação em 31/12/2020), enquanto no campo seguinte (Situação  em 31/12/2021) deve ficar em branco. 

 

Além de contar com o sorteio, outra forma de conseguir ser contemplado de maneira mais rápida é ofertando um lance. Caso isso aconteça, é preciso declarar no campo “Situação em 31/12/2021” o valor ofertado, somado aos demais montantes quitados, bem como informar no campo “Discriminação” o quanto foi investido como lance.

 

Aquisição do bem: O próximo passo é comunicar a aquisição do bem. Sendo assim, na mesma "Tabela de Bens e Direitos", é preciso informar o tipo de bem recebido. Para isso, será necessário utilizar o código detalhado, para apartamento, casa ou um automóvel. Em ambos os casos, é necessário deixar em branco o campo referente ao ano de 2020, pois você ainda não tinha a posse do referido bem. 

 

Já o campo referente ao ano de 2021 deverá ser preenchido com os valores usados na compra. “Se você foi contemplado em 2020, mas não utilizou a carta de crédito, será necessário declarar o seu Imposto de Renda de maneira semelhante aos consorciados que ainda não foram contemplados”, explica Toscano.

 

3.          Cota contemplada e não utilização do crédito no mesmo ano

Pode ser que o consorciado desista de adquirir o bem ou serviço no momento da contemplação. Então ele deve digitar o código 95 na Ficha de Bens e Direitos, os valores de parcelas pagas, o valor de lance pago, caso tenha feito, a razão social e o CNPJ da Administradora. 

 

“Vale lembrar também que todas as informações que o cliente vai precisar preencher na ficha Bens e Direitos são enviadas pela administradora de consórcio, por meio do informe anual do Imposto de Renda”, alerta Lorelay.

 

4.          O que fazer se preencher errado

Muitas vezes, por causa da pressa, ou mesmo falta de prática e conhecimento, acontecem erros durante o processo de preenchimento da declaração. Mas não se preocupe. É possível corrigir por meio da declaração retificadora. É direito do contribuinte fazer a retificação em qualquer momento, a menos que a Receita Federal o convoque, solicitando explicações. 

 

“Nesse caso, o contribuinte perde o direito de retificar a sua declaração. Quanto mais rápido perceber o erro, melhor, pois na ausência de retificação, você poderá cair na malha fina ou, até mesmo, ser autuado pelo Fisco”, finaliza Lorelay.

 

Segundo a ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios), o sistema de consórcios encerrou 2021 com crescimentos recordes históricos. De janeiro a dezembro, o acumulado de vendas atingiu 3,46 milhões de novas cotas, com crescimento de 14,6% sobre as 3,02 milhões de adesões de 2020. Os negócios alcançaram a marca dos R$ 222,26 bilhões, 35,8% acima dos R$ 163,63 bilhões apurados no mesmo período do ano anterior. O total de consorciados ativos encerrou dezembro com 8,37 milhões de participantes, 6,9% maior que os 7,83 milhões verificados naquele mesmo mês em 2020.

 

Cinco formas de introduzir o tema reciclagem nas escolas


Hoje, mais do que nunca, é fundamental entender a importância da reciclagem e das atitudes sustentáveis no nosso dia a dia. Já existe um impulso por parte de várias empresas e governos, mas com a ajuda do setor de educação certamente hábitos como o de separar os resíduos corretamente seriam exercidos de forma mais constante pela sociedade.

 

Falar sobre reciclagem nas escolas ajuda as crianças a estarem mais propensas a incluírem no cotidiano algumas atitudes sustentáveis, o que irá torná-los adultos conscientes. Segundo o Movimento Plástico Transforma, o plástico é um dos melhores materiais para trabalhar o tema de forma lúdica, sendo fácil de limpar e muito versátil, além de possibilitar várias cores e formatos contribuindo para o desenvolvimento de habilidades em todas as idades.

 

Desde gincanas para encontrar materiais recicláveis até aulas para entender os tipos de plásticos, há infinitas oportunidades para implementar ideias divertidas sobre conscientização ambiental. Veja abaixo algumas delas:

 

1 - Caça ao tesouro ao ar livre

Leve os alunos para o pátio da escola, playground ou mesmo uma praça e convide-os a localizar materiais que podem ser reciclados como garrafas plásticas, sacolas e talheres. Veja quem consegue reunir mais itens e depois fale sobre a importância de limpá-los, minimamente, e descartá-los na lixeira para recicláveis. Essa atividade fará com que as crianças prestem mais atenção nos materiais que fazem parte do seu dia a dia.

 

2 – Criatividade em sala de aula

Peça aos alunos que tragam algumas embalagens plásticas de casa, que seriam jogadas fora. Reúna todos os itens em uma mesa e depois estimule-os a usar a criatividade para construir objetos como vasos para plantas ou robôs.

 

3 – Mostre a transformação do material

Procure vídeos que mostrem o antes e depois dos resíduos plásticos. Mostre para as crianças exemplos de produtos fabricados com materiais reciclados. Por exemplo, o Movimento Plástico Transforma realizou em 2019 a coleta de copos plásticos descartados pelos participantes da corrida de São Silvestre e posteriormente eles foram transformados em lixeiras que foram distribuídas gratuitamente para diversas escolas de São Paulo. No segundo ano da ação, realizada no fim de 2021, os copos também foram recolhidos e já estão sendo transformados em caixas organizadoras.

 

4 – Lanche consciente

Antes da hora do lanche, pergunte para as crianças quem reconhece o plástico nos itens como lancheira, garrafas e embalagem do salgadinho. Depois disso, explique que o material é usado para garantir mais higiene e conservação dos alimentos, mas que precisa ser descartado corretamente.

 

5 – Significado dos símbolos

Para as crianças maiores, faça uma aula para esclarecer algumas curiosidades, por exemplo, os símbolos enigmáticos que estão presentes nas embalagens plásticas e que indicam o tipo de plástico usado. Entender isso ajuda a descobrir como ele pode ser reciclado e em que tipo de produto pode ser transformado.

 

Por fim, ao educar os alunos sobre a importância da reciclagem, estamos inspirando-os a pensar sobre como suas ações pessoais afetam o seu dia a dia e o seu futuro.

 

Novos protocolos sanitários exigidos nas empresas estão definidos em portaria interministeria

 Regra dá segurança jurídica às empresas que seguirem as orientações. A norma reduziu o tempo de afastamento do trabalhador que testou positivo para Covid-19


As empresas e os ambientes corporativos em geral foram obrigados a se adequar a novas diretrizes de segurança e protocolos sanitários desde o início da pandemia de Covid-19. Em função dos constantes afastamentos de trabalhadores contaminados ou suspeitos de terem tido contato com pessoas doentes, o Ministério do Trabalho e Previdência e o Ministério da Saúde publicaram uma portaria que estabelece as medidas para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão do coronavírus em ambientes profissionais - Portaria Interministerial MTP/MS 14/2022. 

“Com mais informações sobre período de contaminação, riscos e também com boa parte da população vacinada, essas mudanças não devem apresentar riscos à segurança do trabalhador”, explica a advogada Juliana Paula Dias de Castro, sócia do escritório Cristiano José Baratto & Advogados Associados. 

Juliana lembra que as medidas para prevenção à doença e riscos de transmissão em ambientes de trabalho devem ser respeitadas pelas empresas. “Tratar-se de uma situação que envolve a saúde pública e que, assim como contribui para o fim da pandemia, promove a manutenção de um ambiente saudável”, ressalta a advogada. Outro ponto importante é que, em casos de não cumprimento das regras, as empresas podem responder processo, além da aplicação de multa.

 

AFASTAMENTO DO TRABALHADOR

Juliana explica que, entre as principais mudanças destacadas na portaria estão as regras de afastamento dos trabalhadores. A nova normativa determina que os trabalhadores com diagnóstico de Covid-19 devem ser afastados das atividades presenciais, por dez dias, contando a partir da data do teste positivo. Antes, o período previsto para afastamento era de 14 dias. 

A portaria também prevê a possibilidade de a empresa reduzir o afastamento dos trabalhadores para sete dias caso não apresentem febre há 24 horas, sem o uso de medicamento antitérmicos e com a melhora dos sintomas respiratórios. No caso dos funcionários que tiveram contato direto com alguém com resultado positivo ou com suspeita de Covid, o afastamento das atividades presenciais também deve ser de dez dias.

 

GRUPO DE RISCO 

No caso de trabalhadores com condições clínicas de risco ou com mais de 60 anos, a recomendação é que os cuidados sejam redobrados e, se possível, que seja adotado teletrabalho. A norma prevê ainda que o empregador deve ainda fornecer máscaras cirúrgicas ou do tipo PFF2 (N95) aos trabalhadores do grupo de risco que não estejam trabalhando remotamente.

 

PROFISSIONAIS DA SAÚDE 

Juliana ressalta que a portaria determina que empresas que contam com profissionais médicos, por exemplo, distribuam equipamentos de proteção individual (EPI) ou outros equipamentos de proteção. “É essencial que as relações de trabalho estejam em conformidade com as orientações e regulamentos do Ministério do Trabalho e Previdência e do Ministério da Saúde. Além de proteger a saúde dos trabalhadores, é uma forma de proteger a empresa juridicamente contra futuras ações trabalhistas e até mesmo economicamente, já que o índice de faltas dos colaboradores tende a cair com protocolos sanitários mais rigorosos”, pontua.

 


Juliana Paula Dias de Castro - advogada, sócia do escritório Cristiano José Baratto & Advogados Associados e membro da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/PR e diretora Administrativa e Financeira do Instituto de Estudos de Transporte e Logística (IET). É pós-graduada em Direito do Trabalho e Previdenciário pela Associação Brasileira de Direito Constitucional (ABDCONST) e com MBA em Administração e Logística pela UNINTER Centro Universitário Internacional.


Por que precisamos urgentemente de uma cultura de doação?

A resposta para essa questão, que deve embasar nossas ações de filantropia, está nos números que retratam a realidade social do país. Dados divulgados em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que em 2020 a parcela da população com maior renda no Brasil, que representa 1%, ganha 34,9 vezes mais que a metade dos brasileiros que têm menor renda. Enquanto a renda média mensal das famílias mais ricas do país fica em torno de R$ 15,8 mil, metade das mais pobres têm rendimento médio de R$ 453. No ano passado, o rendimento médio mensal da população, em geral, atingiu o menor patamar desde 2012, ficando em R$ 2.213.

Apesar das grandes riquezas naturais de nosso país, que nos oferecem boas perspectivas de crescimento e prosperidade, somos uma nação com muita pobreza, reforçada pelas desigualdades. Com base no índice GINI, usado para avaliar o nível de concentração de renda, o Brasil fica entre os dez países mais desiguais do mundo. O Relatório de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no fim de 2019, indicou que o país tem a segunda maior concentração de renda no mundo, ficando atrás apenas do Catar. 

O caminho para reduzir as desigualdades e diminuir os abismos que separam as diversas camadas do povo brasileiro passa pela filantropia e pela promoção de justiça social. Para transformações tão necessárias, devemos proporcionar às pessoas negligenciadas pelos desafios sociais a oportunidade de ter uma vida digna, com acesso à saúde, educação, habitação, infraestrutura básica, trabalho e todos os recursos que lhes darão condições de buscar sua prosperidade.

O país que sonhamos exige uma mudança de consciência e de posicionamento diante da atuação social, entendendo-a como parte do motor que impulsiona o crescimento de todos os setores. Nos Estados Unidos, a filantropia responde por cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) - que passa de US$ 20 trilhões. Aqui, ainda estamos distantes dessa realidade, com um índice filantrópico que fica abaixo de 0,2% do PIB.

Se considerarmos a situação de pobreza que vemos em todas as regiões, precisaríamos de muito mais doação. Há um equívoco que dificulta avançar no objetivo de melhorar a condição geral da população, que é a confusão que fazemos dos conceitos de imposto, doação e esmola. A esmola não promove justiça social – ajudar momentaneamente alguém que passa necessidade pode ser benéfico, mas esse é um debate mais profundo, que envolve a consciência de retribuir e tentar, com o melhor dos nossos esforços, dar para as pessoas a oportunidade que a sociedade falhou em oferecer. É a Cultura de Doação que traz os resultados para as questões que levantamos, propicia o avanço social e cria as oportunidades para mudar os índices de pobreza e desigualdade do país.

Para que a Cultura de Doação se efetive será necessário que líderes empresariais se aproximem das causas sociais, voltando-se à filantropia. Quando as empresas efetivamente se engajarem no plano de reduzir as desigualdades, se comprometendo a retornar e compartilhar conquistas, teremos como resultado o fortalecimento da sociedade e, consequentemente, da economia. Se desejamos uma sociedade economicamente ativa, mais justa e igualitária, precisamos entender que a responsabilidade para a mudança de cenário depende de um esforço conjunto entre governo, empresas e sociedade civil.

 


Christian Klotz - Sócio sênior da Brasil Capital, responsável por estratégia e inovação, além de membro do Comitê de Investimentos. Anteriormente, foi diretor de investimentos da Jaguar Growth Partners, empresa de Private Equity focada em mercados emergentes e baseada em Nova Iorque. Antes de unir-se a Jaguar, foi sócio, gestor e analista de investimentos da UJAY Capital, Pollux Capital e FAMA Investimentos. Graduado em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia Mauá, possui MBA pela Columbia University. É conselheiro de administração do Movimento Bem Maior.


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