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sexta-feira, 4 de março de 2022

O risco da falta de adubo: Como lidar com isso?

As preocupações começaram no início de fevereiro com as sanções anunciadas a Belarus, terceiro maior exportador de Cloreto de Potássio do mundo e responsável por cerca de 20% das exportações mundiais. Mais recentemente com o início das sanções, a Lituânia impediu que a exportação do fertilizante daquele país fosse feita através dos seus portos, causando um enorme baque na cadeia de suprimentos e acendendo o alerta de que poderia faltar o nutriente para a próxima safra de verão brasileira. 

Aí o imponderável aconteceu: a Rússia, segundo maior exportador de cloreto de potássio e de nitrogenados do mundo, além de terceiro maior exportador de adubos fosfatados, invadiu a vizinha Ucrânia e passou também a sofrer sanções internacionais de todos os tipos. A agricultura brasileira, que importa em média 85% do adubo que consome, se viu, de uma hora para outra, exposta a uma enorme ameaça. É possível, até mesmo provável, que não haja adubo para todos. Além disso, é possível que quem não comprou fique sem e que quem já adquiriu e ainda não recebeu, não receba na totalidade. Todos os atores da cadeia do agronegócio, sejam eles grandes indústrias de fertilizantes, revendas, cooperativas ou agricultores passaram a ter que encarar de frente um enorme problema.

É claro que o governo, as associações setoriais, as federações e os sindicatos patronais, além da própria Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, sigla em inglês), estão acompanhando o caso de perto e planejando ações para solucioná-lo. Porém, devemos  chamar a atenção para o que cada empresa ou agricultor pode fazer individualmente para mitigar o seu próprio risco. Um administrador responsável não pode ficar somente na mão de soluções institucionais. Crises desta proporção exigem planos de ação bem estruturados, acompanhamento da sua execução e, não menos importante, comunicação com total transparência.

Os planos de ação podem ser, por exemplo, quotas de comercialização por cliente, no caso de empresas de suprimentos; ou planejamento agronômico emergencial, no caso de produtores, que levem à uma diminuição de dosagem com o menor impacto econômico possível, uso de variedades menos exigentes ou até mesmo a diminuição da área de plantio. Os profissionais do nosso agro são muito bons nisso, uma vez que eles reconheçam o problema, não terão dificuldades nesse ponto. Por outro lado, a comunicação e a transparência são igualmente importantes e nem sempre são das melhores. 

Apenas para ficar na minha área, bancos e investidores já estão monitorando esses riscos desde os primeiros sinais. Nessas situações, o capital se retrai, a oferta de crédito diminui, os custos dos empréstimos aumentam, assim como a exigência de garantias. Para esses agentes, tão importante como fazer um plano de ação crível e colocá-lo em prática, monitorando cada fase, é mostrar que ele existe, que tem começo, meio e fim e que será efetivo para aliviar os efeitos da crise sobre o seu negócio.

Não subestime o risco da falta de fertilizantes, ele não é trivial. Monte um plano de ação e comunique-o ao mercado com a maior transparência possível, mantendo uma linha de comunicação aberta durante toda a sua execução. Não permita que um problema de suprimento vire um problema de crédito.

 


Manoel Pereira de Queiroz - Superintendente de Agronegócio do Banco Alfa, membro do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP e conselheiro da ADEALQ.


Emplacamentos de automóveis e comerciais leves crescem mais de 3% em fevereiro, e redução do IPI pode estimular consumo em março

 Com a retomada gradativa da produção, houve aumento nas vendas de automóveis e comerciais leves em fevereiro, sobre janeiro deste ano, apesar da queda, no acumulado do bimestre. A redução do IPI deverá ajudar o mercado, principalmente, para as marcas que mantiveram suas tabelas de preços inalteradas

 

A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou, hoje, os dados de emplacamentos de veículos em fevereiro e no 1º. Bimestre de 2022.

Com apenas 19 dias úteis, o mês de fevereiro foi positivo para os segmentos de automóveis e comerciais leves. Com mais de 120 mil unidades comercializadas, ante as 116 mil de janeiro, o mercado vem, segundo o Presidente da FENABRAVE, se acomodando, apesar das dificuldades ainda existentes, como a alta dos juros e a maior seletividade no crédito. “Acreditamos que, com a diminuição do IPI, promovida pelo Governo, o mercado de veículos poderá ser favorecido, principalmente, para as marcas cujas montadoras mantiverem os preços dos produtos inalterados, conforme tabela do início de fevereiro, e também aplicarem a redução da alíquota do IPI”, razão pela qual, para José Maurício Andreta Jr., o momento ideal para comprar um veículo é agora, em função do preço reduzido.

O Decreto Federal nº 10.979, anunciado pelo Ministério da Economia, na última sexta-feira, 25 de fevereiro, promoveu uma redução de 18,5% na alíquota do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados incidente em veículos. A redução varia conforme a eficiência energética e incide sobre as alíquotas constantes na TIPI – Tabela de incidência do Imposto sobre produtos industrializados, que diferencia os veículos por cilindrada e peso, entre outras características.

A FENABRAVE está pleiteando, junto à Receita Federal, que a redução do IPI seja válida para os veículos em estoque das Concessionárias, atualmente, estimado em 19 dias de vendas, para autoveículos (cerca de 83 mil unidades).

Balanço Geral do Setor

O saldo do primeiro bimestre de 2022, para todos os segmentos automotivos em geral, foi de queda de 13% sobre igual período de 2021. O setor, como um todo, ainda sofre com a falta de peças e componentes para alguns modelos, além da queda da renda da população, do aumento dos juros e da maior seletividade no crédito continuarem impactando a recuperação do mercado, no Brasil.

De acordo com dados da FENABRAVE, os emplacamentos retraíram 5,6%, em relação a janeiro, e 10%, na comparação com fevereiro de 2021. “Vemos segmentos, como o de automóveis, que mostraram recuperação, mas, vivemos, ainda, um momento complexo para o setor, no qual muitos têm enfrentado dificuldades para conseguir crédito, além de persistir a escassez de produtos em muitas categorias de veículos, em função da falta de insumos e componentes. Isso freia o avanço das vendas”, disse o Presidente da FENABRAVE, Andreta Jr.

Crise entre Rússia e Ucrânia

Até o momento, não é possível mensurar os impactos da crise entre Rússia e Ucrânia, como a piora no abastecimento de peças, aumento no preço dos combustíveis e insumos agrícolas, entre outros fatores que podem comprometer as projeções da FENABRAVE para 2022.

A entidade fará revisão nas projeções, para o ano de 2022, ao final do mês de março, devendo divulgar os possíveis ajustes no início de abril.

 

TABELA DE EMPLACAMENTOS



Acompanhe o desempenho, por segmento:


Automóveis e Comerciais leves

Com resultado positivo, em fevereiro, frente a janeiro, os segmentos mostram recuperação, mas ainda enfrentam maior seletividade de crédito e falta de alguns modelos, por conta da crise global de abastecimento de peças, o que impede uma recuperação mais robusta. “Hoje, a aprovação de crédito está próxima de 68% das propostas enviadas. Temos, ainda, a falta de oferta de alguns modelos, mas o estoque vem, aos poucos se recuperando. Agora, com a redução do IPI, acredito que este mercado se beneficiará e o consumidor terá uma oportunidade ímpar para adquirir seu carro pretendido”, analisa Andreta Jr.

  

Caminhões


Ainda cumprindo entregas de pedidos realizados em 2021, os emplacamentos mantiveram o ritmo de produção por parte da indústria. “O mercado continua aquecido, mas os juros altos, o aumento dos custos de produção e dos combustíveis são fatores que podem impactar o segmento no decorrer do ano”, explica o Presidente da FENABRAVE.

 



Ônibus


O segmento segue bastante dependente de programas de transporte público, já que as empresas do setor ainda não voltaram a direcionar investimentos à renovação de frota. “A expectativa é que os resultados melhorem no decorrer do ano, tanto por conta das aquisições governamentais como por parte da iniciativa privada” , diz Andreta Jr.






Implementos Rodoviários


Geralmente, apresenta comportamento similar ao segmento de caminhões e tem boas perspectivas para 2022. “Nossa expectativa é de que cresça 9,4% este ano, a depender de como seguirão as taxas de juros, o aumento dos custos de produção e do desempenho dos setores aos quais o segmento atende, especialmente, o agronegócio”, avalia o Presidente da FENABRAVE.

 





Motocicletas


De acordo com o Presidente da FENABRAVE, a demanda segue em bom ritmo, mas a aprovação de crédito impede melhores números. “O índice de aprovação de crédito se manteve em 37% em fevereiro. A alta na comercialização de motos, na comparação com 2021, se deve ao aumento dos serviços de delivery e no preço dos combustíveis, que fez os consumidores buscarem, no segmento de duas rodas, alternativas ao automóvel ”, diz Andreta Jr..

 


Tratores e Máquinas Agrícolas

Obs.: Por não serem emplacados, Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes.

Segundo Andreta Jr., a renda vem justificando a manutenção da demanda para estes equipamentos. As perspectivas, para o agronegócio, em 2022, devem manter o segmento aquecido. “O ano passado foi ótimo para a venda de Tratores e Máquinas Agrícolas. Foram mais de 58 mil unidades comercializadas e o cenário, para este ano, também é positivo”, diz o Presidente da FENABRAVE.

 


Diferentes propósitos podem se tornar apenas um, sem perder sua essência, dentro de corporações

Mais que um simples plano, seu propósito é a razão pela qual você se levanta todos os dias

 

A palavra “propósito” está muito em voga nos dias de hoje. Buscando em dicionários, existem referências à “intenção de fazer algo, projeto, desígnio”, ou adicionalmente, a aquilo que se busca alcançar; objetivo, finalidade, intuito. Entre todas as definições, existe uma convergência: nós falamos de pessoas e seus sonhos. Em cada ser humano, mesmo naqueles mais frios, podemos identificar um propósito, cada um tem uma razão única de existir. Uma boa síntese do que é, afinal, o propósito é tudo que fazemos com o coração.

No tempo em que estamos vivendo, é certo que quando fazemos algo com algum tipo de propósito, o impacto é muito maior para um indivíduo ou um coletivo. Este tema ganhou ainda mais relevância no cenário de pandemia pelo qual estamos atravessando. Ter um propósito pode ser uma razão para se levantar todos os dias, sua base é a empatia e o amor. Como profissional da área de Desenvolvimento Humano em grandes Corporações, por mais de 20 anos, a visão de propósito que carrego se aperfeiçoou.

Em grandes empresas, metas corporativas se atrelavam a metas pessoais. Isso não incluía apenas questões financeiras, mas ambições, desejos de felicidade e paixão das pessoas. Ficou claro que, muitas vezes, algo que faz sentido para a empresa não faz para o colaborador. Com esta percepção, dei início a um trabalho de investigação. Me propus a identificar quais eram os verdadeiros fatores que poderiam gerar um motor de transformação, ou seja, como poderíamos alcançar os resultados não só de forma individual, mas também coletiva. Como ter uma equipe engajada e comprometida com o sucesso de todos.

As respostas começaram a vir logo nas primeiras conversas, era nítido perceber que cada colaborador tinha um propósito muito próprio, único e íntimo. Tentar implantar um modelo uniforme de desenvolvimento para todos não conseguia atender os mesmos. Descobrir qual era o fator individual que contribuiria com o coletivo, era a melhor forma de alcançar resultados e desenvolver pessoas felizes. Cada um possui uma motivação única de trabalho, desenvolvimento e criação de sua própria identidade. Para as corporações, o desafio agora é unir suas metas à identificação de propósitos individuais, conciliando ao coletivo. Propósitos singulares se tornam um propósito plural e geram impacto e escala.

Aplicando esta vivência e este aprendizado à minha carreira,  deixei as grandes corporações para seguir meu propósito de apoiar pessoas e causas. Esse foi o principal fator que levou à criação da +ETC, meu maior propósito de vida. Mais que uma empresa, é uma forma de ajudar a transformar sonhos em realidade, proporcionar um ambiente colaborativo, criando um modelo plural de Propósito. Pessoas com diferentes propósitos, que defendem causas coletivas ou particulares, podem formar uma comunidade participativa, alternativa, livre e inclusiva. Esse é meu maior desafio daqui para frente.

 

Fábia Gobira - uma profissional de RH que foi executiva por cerca de 20 anos em empresas como AMIL,TIM e JLL, entre outras. Ela destaca três características que são fundamentais em seu perfil, para este novo empreendimento. A atuação generalista dentro da área de Recursos Humanos, a expertise em trabalho com startups e o olhar para a diversidade e a inclusão. Ela carrega uma experiência de ter implementado a área de diversidade nas empresas por que passou, criando novas formas de gerir pessoas, com ambientes mais abertos e mais empatia. Fundou a +ETC em 2020 e irá lançar uma plataforma própria de marktplace com propósito em breve. 

 

Projetos de lei para reajustes nos salários dos servidores paulistas são protocolados na Alesp

Poder Executivo também encaminhou proposta de aumento no salário mínimo paulista; projetos serão publicados no Diário Oficial desta sexta-feira, dia 4

 

Foram protocolados na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nesta quinta-feira (3), os três projetos de lei encaminhados pelo Executivo que tratam do reajuste do salário mínimo paulista, do salário dos servidores públicos e a nova carreira para os docentes do Estado. Eles foram recebidos pelo presidente, deputado Carlão Pignatari, e serão publicados no Diário Oficial nesta sexta-feira, dia 4.

De acordo com o presidente, as matérias serão discutidas com celeridade. "São três importantes projetos de lei. Vamos discutir e votar esses PLs com celeridade", escreveu, no Twitter, afirmando ainda que os recursos são possíveis graças a reformas e medidas aprovadas pelos parlamentares da Alesp de forma estratégica e responsável.

A proposta do governo estadual é reajustar o salário mínimo do Estado em 10,3%, tendo como base o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe). Com o reajuste, os trabalhadores que se enquadram na faixa 1 passarão a receber R
1.284, e os que fazem parte da faixa 2, R 1.306.

Caso aprovado pelos parlamentares da Assembleia Legislativa, o salário mínimo paulista superará o piso nacional, que atualmente está em R
1.212.

O reajuste proposto para o salário dos servidores públicos do Estado é de 20% para funcionários das áreas da saúde e da segurança, e de 10% para os demais funcionários do governo estadual.

De acordo com o Executivo, o reajuste de 20% para os servidores do governo estadual beneficiará mais de 276 mil funcionários da segurança pública e 69 mil da área da saúde. Já o reajuste de 10% atenderá 195 mil profissionais de outras carreiras.

Para os profissionais da educação, o governo afirma que a nova carreira de docente encaminhada para apreciação do Legislativo poderá elevar o piso salarial no Estado em até 73%. O novo plano de carreira é direcionado para docentes, diretores escolares e supervisores.

O projeto de lei estabelece o salário inicial da categoria em R
5 mil para docentes que possuem jornada de 40 horas semanais. A adesão ao novo plano será opcional aos profissionais que já atuam na rede estadual.

Segundo o governo, a aplicação desses reajustes será possível graças a medidas de enxugamento dos gastos públicos, como a reforma estadual da Previdência, o ajuste fiscal e o fechamento de estatais - projetos aprovados pela Assembleia Legislativa.


Trâmite

Após serem protocolados, os projetos serão publicados na íntegra no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira. Depois, eles são colocados por 3 dias na Pauta do Dia, para conhecimento de todos os parlamentares e oferta de emendas. Em seguida, eles são levados para análise das comissões, o que pode acontecer individualmente ou conjuntamente.

Após aval das comissões, os projetos ficam prontos para serem discutidos e votados pelo Plenário da Alesp. Para aprovação, é preciso que a maioria dos parlamentares vote favorável aos projetos.
 

 

Matheus Batista


Disputa por preços será quase selvagem em 2022’

IMAGEM: Milton Mansilha/DC
Para Enéas Pestana, consultor que acaba de deixar o comando da rede Dia, preço baixo e equilíbrio nas contas serão desafios para os supermercadistas


Desde que os salários começaram a ser corroídos pela inflação, o preço tem sido cada vez mais fator de decisão de compra nos supermercados.

Pesquisas revelam que o orçamento mais apertado já levou o consumidor a trocar marcas mais caras por mais baratas e, mais recentemente, a abandonar itens supérfluos.

Diante deste cenário, que pode se agravar com eleições e guerra, os supermercados deverão enfrentar em 2022 uma disputa por preços pouco vista na história do país.

“As brigas por preços serão fortíssimas, quase selvagens, para trazer o cliente para as lojas”, afirma Enéas Pestana, consultor de varejo, que acaba de sair do comando da rede Dia.

Isso não significa, de acordo com ele, que os supermercados vão abandonar de vez o atendimento e as experiências, que levam clientes às lojas.

“Só que, neste momento, preço tem sido, disparadamente, o fator de decisão de compra de forma muito mais forte”, afirma Pestana, que foi CEO do Pão de Açúcar de 2010 a 2014.

Com 18 lojas, a rede Hirota se prepara para colocar neste mês 50 itens com “os melhores preços do mercado” para motivar o consumidor.

“Este será um ano intenso, de grandes promoções. Faremos sorteios para o Dia das Mães, aniversário de 50 anos da rede, Natal”, afirma Hélio Freddi Filho, diretor da empresa.

Com quatro lojas em Campinas e Valinhos, no interior de São Paulo, a rede Dalben também intensificou as parcerias com fornecedores para atrair a clientela com preços menores.

Há quem diga, diz Pestana, que o acirramento da competição entre as redes de supermercados é sempre bom para o consumidor. “Eu diria que não é, pois haverá perda de serviço, atendimento, ambientação de loja.”

A disputa por preços, de acordo com consultores e supermercadistas, na verdade, não é para quem quer participar, mas para quem pode entrar na briga.

“Vai ser um ano de grandes desafios para as redes, que precisam ter lojas com preços altamente competitivos e ainda equilibrar as contas, garantindo a lucratividade.”

O formato de autosserviço de alimentos que mais cresceu na crise foi o atacarejo, justamente, diz Pestana, porque a proposta de valor é exclusivamente preço.

Em 2020, este setor chegou a crescer perto de 30%, de acordo com pesquisas. “São lojas que não têm mimos para os clientes, sacolinhas, empacotadores.”

Os supermercados mais focados em preços, portanto, devem sofrer bem menos do que os que atendem o público de maior poder aquisitivo, com mais serviços e experiências.

Para ele, a disputa acirrada por preços não está restrita a 2022, devendo se estender por alguns anos, até que o Brasil volte a ter uma política econômica mais favorável ao consumo.

A boa notícia, na análise de Pestana, é que o setor de supermercados é resiliente e volta a crescer rapidamente na medida em que emprego e renda aumentam.


FUSÕES E AQUISIÇÕES

Para Pestana, neste meio tempo, o país deve assistir um intenso período de consolidação de empresas do setor, marcado por grandes fusões e aquisições.

No interior do país, especialmente, diz ele, muitas empresas familiares cresceram nos últimos anos sem estrutura financeira suficiente para manter a expansão.

Com a desvalorização do real, os ativos no país acabaram ficando mais baratos do que há cinco ou seis anos, abrindo, portanto, o apetite de empresas de Private Equity.

“Há muitas dessas empresas se movimentando no sentido de consolidação no varejo alimentar. O foco é ter operações simples e eficientes”, diz.


INTERNET

Para minimizar os efeitos de ter uma clientela bem mais restrita às compras, as vendas on-line “tem de estar no jogo”.

Mesmo que o supermercadista não tenha condições de ter uma estrutura para venda pela internet, diz Pestana, precisa estar em um markeplace ou agregado a aplicativos de entrega.

“O consumidor fica chateado se a loja não possui presença no on-line. E os marketplaces estão muito interessados em vendedores de alimentos”, diz.


DICAS

Na corrida para trazer o consumidor para a loja, de acordo com ele, muitas redes estão colocando produtos demais em oferta, estressando a operação.

Antes de fazer promoções, o supermercadista precisa negociar com fornecedores, abastecer a loja. Se falhar e houver sobras, tem de escoar produtos, gerando perdas.

“Neste momento, ineficiência na operação é proibido, não pode ter.”

 

Fátima Fernandes 

Jornalista especializada em economia e negócios e editora do site varejoemdia.com

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/negocios/disputa-por-precos-sera-quase-selvagem-em-2022


quinta-feira, 3 de março de 2022

5 dicas para prevenir a obesidade em cães e gatos

Shutterstock/Divulgação PremieRpet ®


Os cuidados com a alimentação são fundamentais para prevenir e combater o excesso de peso

 

Em 4 de março é comemorado o Dia Mundial da Obesidade, data que incentiva a conscientização e o tratamento dessa doença que tem índices alarmantes. Se entre os humanos ela é prevalecente, entre os pets não é diferente. No Brasil e no mundo, estima-se que mais de 40% dos cães e gatos estão acima do peso. 

A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal e um dos problemas de saúde que mais acometem cães e gatos. A doença é resultado de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia e pode acarretar diversos outros problemas de saúde nos pets, como doenças ortopédicas, cardiorrespiratórias, diabetes (no caso dos gatos), problemas urinários e outras complicações que afetam diretamente sua expectativa de vida. 

Considera-se que o animal é obeso quando está a partir de 15% acima de seu peso ideal e muitos fatores podem contribuir para isso. Erros no manejo alimentar, doenças endócrinas, sedentarismo e envelhecimento são alguns deles. 

De acordo com o médico-veterinário Flavio Silva, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet®, os cuidados com a escolha do alimento e o manejo são pontos fundamentais para prevenir e combater o excesso de peso, por isso devem ser tratados como prioridade pelos tutores de cães e gatos. 

“O excesso de petiscos e a “humanização” da alimentação são fatores recorrentes nos dias de hoje. É importante lembrar que cães e gatos não têm autonomia sobre sua alimentação, portanto, cabe ao tutor zelar pela nutrição adequada”, afirma. Segundo o veterinário, infelizmente, em boa parte dos casos, o tutor é o principal responsável pelo quadro de obesidade de seu animal de estimação. E muitas vezes isso acontece por falta de informação.

 

5 dicas para prevenir a obesidade em cães e gatos


1.  Escolha o alimento certo - Os alimentos de alta qualidade (também chamados “super premium” ou “premium”) contêm níveis ótimos de proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, e devem sempre fazer parte da vida do pet para os cuidados preventivos da obesidade e outras doenças. Lembre-se: alimento completo não necessita suplementação.


2.  Estabeleça uma rotina de alimentação - Oferecer porções controladas em horários fixos ao invés de deixar o alimento sempre disponível é a melhor forma de evitar o consumo exagerado. Não deixe o alimento por mais de 15 minutos a cada refeição. Se o animal não comer, retire a vasilha.


3.  Evite o excesso de petiscos - Os lanchinhos ou agrados não devem ser oferecidos em excesso para não comprometer o equilíbrio nutricional. Os petiscos devem representar no máximo 10% das calorias diárias indicadas para a idade e o porte do animal.


4.  Não ofereça os restos da alimentação humana - Animais e humanos têm necessidades alimentares diferentes e isso deve ser respeitado. Alguns alimentos para humanos podem, inclusive, ser tóxicos para o pet, como alho, cebola, uva e chocolate.

 

5.  Promova atividades físicas diárias - Exercícios físicos regulares são muito bem-vindos para reduzir o estresse, a ansiedade e aumentar o gasto energético. Podem ser feitos por meio de passeios, brincadeiras e enriquecimento ambiental. 

Quando se trata de obesidade, Flavio alerta que é sempre mais fácil prevenir do que remediar. “Quem tem um pet deve estar consciente da responsabilidade sobre a saúde de seu animal. Cães e gatos não podem escolher o que ou quantas vezes comer, portanto, cabe ao tutor seguir as orientações necessárias para prevenir a doença”, finaliza.

 


PremieRpet®

www.premierpet.com.br

PremieRpet® Responde: 0800 055 6666 (de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30).


GATOS - Fadiga do bigode: você sabe o que é isso?

Um distúrbio dessa natureza, quando desapercebido, pode causar desnutrição, desidratação e até graves problemas gastrointestinais

 

Os bigodes dos gatos são extremamente sensíveis. São mais ou menos 24 fios grossos e duros, em cuja raiz estão órgãos chamados de proprioceptores, que fazem uma ligação direta com o cérebro e o sistema nervoso, mandando vários tipos de informações – como orientação espacial, movimentos e muito mais. “Assim, os bigodes ajudam os gatos a deslocar-se no escuro e ao redor de objetos, mensurar espaços, e caçar presas (a movimentação rápida desloca ar, o que é captado pelos proprioceptores), por exemplo. Eles estão cada vez mais próximos de nós, nas nossas casas e nos nossos corações. Várias novas informações sobre seu comportamento e necessidades especiais nos ajudam a lidar com diversos problemas, como a fadiga do bigode, uma condição que surge quando os bigodes roçam as laterais de comedouros pouco adequados para eles”, explica a CEO do It Pet, Mariana Castro.

 

O que é fadiga do bigode

Imagine uma sobrecarga de informação sensorial. Os bigodes roçam os objetos e ficam mandando sinais para o cérebro e para o sistema nervoso constantemente, ao ponto de gerar estresses. Tanto que a condição também pode ser chamada de estresse do bigode.

“Começou-se a falar sobre fadiga do bigode em relação a comedouros muito fundos e com bordas estreitas, nos quais os gatos eram obrigados a roçar seus bigodes constantemente. A teoria diz que se os gatos apresentam qualquer tipo de relutância ao comer ou beber, como olhar para o comedouro e miar, mas não comer; ou derrubar a comida no chão, isso pode ser um sinal de desconforto a ser considerado. Um distúrbio dessa natureza, quando desapercebido, pode causar desnutrição, desidratação e até graves problemas gastrointestinais”, aponta Mariana.

Nem todos os veterinários acatam a existência da fadiga do bigode. Alguns acham exagerado dizer que o constante contato dos bigodes com objetos cause fadiga, desconforto ou stress. “No entanto, preferimos evitar que o estresse aconteça a qualquer custo, não é mesmo? A solução é simples e pode ser implementada facilmente. É só trocar comedouros e bebedouros”, indica a CEO do It Pet.

 

O que fazer e o que não fazer

De acordo com Mariana, gatos precisam beber muita água, então é preciso procurar fontes de água corrente, que mantêm a bebida fresca, como eles gostam. “Quanto a comedouros, já existem no mercado produtos específicos, que são mais largos e menos profundos, possibilitando apreender a comida sem que os bigodes toquem na peça. Jamais, em hipótese alguma, corte os bigodes do seu gato! Não me canso de repetir: observe seu pet, sempre. Ele te dirá tudo o que você precisa saber para dar a ele uma melhor qualidade de vida e muito amor”, finaliza.

 

IT PET - grupo multidisciplinar que tem uma paixão em comum: trabalhar com pets! Oferecemos soluções certeiras para que todos tenham uma vida mais feliz por meio dos nossos produtos, serviços, técnicas e protocolos constantemente revisados e aprimorados. O resultado pode ser visto no equilíbrio da saúde física e mental dos animais que fazem parte da família It Pet.

 

Mariana Castro - mãe de pet e conviveu com diversos tipos de animais, em casa ou na fazenda da família, desde a sua infância: cães, gatos, cavalos, serpentes e demais seres silvestres, nativos da Serra da Mantiqueira. São mais de 40 anos de experiência em comportamento animal. A certificação Fear Free Pets a consagra como especialista referência para lidar com pets de diferentes temperamentos – dos mais dóceis aos mais agressivos. Esta habilidade permite que os animais façam uma associação positiva, por exemplo, do processo de banho, secagem, tosa e demais serviços, com confiança, relaxamento e, principalmente, felicidade.

 

Canais It Pet

www.itpetshop.com.br

Instagram: @itpet_shop

Facebook: @ itpetblog

YouTube: @ ItpetblogBr

Spotify: It Pet Shop https://bityli.com/ghKKn

Pinterest: https://pin.it/5wi7z20

 

Cuidados que devem ser observados ao levar um pet para viajar de avião

Beatriz Tavares Martins, especialista em Direito do Consumidor, relata os principais pontos de atenção a serem observados ao transportar um animal em aeronaves


O transporte de animais em viagens de avião costuma causar angústia e medo em donos de pets, ainda mais posteriormente ao ocorrido com a cadela Pandora, que ficou conhecida em todo o Brasil devido à repercussão do seu desaparecimento dentro do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O animal foi encontrado somente depois de 45 dias, completamente desnutrido, desidratado e debilitado.

A advogada Beatriz Raposo de Medeiros Tavares Martins, especialista em Direito do Consumidor do escritório Duarte Moral, recomenda, em primeiro lugar, que sejam observadas as regras específicas de cada companhia aérea para transporte de pets. “Não são todas as empresas aéreas que realizam esse tipo de transporte, além disso, algumas não permitem que os animais viajem perto de seus donos na cabine do avião, ou seja, só disponibilizam o serviço de transporte de animais no porão/bagageiro da aeronave.

Nos casos em que os pets viajam no bagageiro, longe de seus donos, normalmente residem a maior parte dos problemas e é por essa razão que é de extrema importância que os consumidores, no momento em que confiarem o seu animal a um funcionário da companhia aérea, exijam um comprovante de entrega, com detalhamento de informações, como dia, horário da entrega, e identificação do funcionário que o recebeu.

As companhias têm total responsabilidade sobre os animais a elas confiados desde o momento da entrega ao responsável da empresa até o momento da efetiva devolução ao seu dono, já no destino. “A importância em exigir e guardar cuidadosamente o comprovante de entrega decorre exatamente do fato de que o dever de supervisão da companhia em relação ao animal se inicia no minuto que consta do documento o recebimento do pet pelo funcionário da empresa, de forma que qualquer desdobramento posterior, enquanto o animal ainda não tiver sido devolvido ao seu dono, será de responsabilidade da transportadora aérea”, pontua.

Assim, caso o dono chegue ao destino e não encontre seu pet, os dados que ele colheu anteriormente serão importantes. “Procure um funcionário da companhia, apresente o comprovante de entrega que você solicitou no momento em que confiou o seu animal a um colaborador da empresa, explique o ocorrido em relação ao desaparecimento do seu pet e caberá à companhia a adoção de todas as medidas para encontrá-lo”, revela a especialista em Direito do Consumidor.

A advogada alerta que, caso a companhia não ofereça auxílio na busca e trate o consumidor com descaso, existem métodos legais que podem garantir que as empresas sejam compelidas a dar o suporte necessário. “Abra um boletim de ocorrência e procure um advogado que lhe auxiliará com uma medida judicial de urgência sob pena de multa, de forma que a companhia aérea será obrigada a tomar todas as providências cabíveis e que estiverem ao seu alcance para encontrar o seu animal, seja mobilizando funcionários da própria empresa ou do aeroporto, por meio de ordem judicial específica para verificação das câmeras dos terminais, objetivando identificar o momento exato em que seu animal desapareceu, ou mesmo contratando equipes especializadas na busca de pets por meio de cães farejadores”, explica.

De acordo com Beatriz, se o animal for encontrado após um longo período, debilitado ou com qualquer problema de saúde, a companhia tem responsabilidade por todos os custos com clinicas e indenizações. “Se ele estiver com qualquer problema de saúde, apresentando desgaste ou desnutrição, um advogado também poderá ajudar, solicitando uma ação judicial indenizatória por danos morais e materiais. O dono da própria Pandora, por exemplo, solicitou uma indenização de 325 mil reais decorrentes de gastos com veterinário, medicamentos e danos morais sofridos”, finaliza.

 

 

Beatriz Raposo de Medeiros Tavares Martins -  advogada, atuante há seis anos nas áreas de direito do consumidor e direito médico, pós-graduada em direito civil, já fez parte da equipe de grandes escritórios, dentre eles atuou por cinco anos junto ao jurídico do renomado Demarest. A profissional auxiliou clientes tanto nacionais quanto internacionais em demandas de expressivo valor e enorme responsabilidade, como elaboração de contratos para adequação de empresas a normas internacionais de aviação. Atuante em temas que envolvem a área da saúde, é conhecida por sua técnica e eficiência. Nos temas referentes ao direito aeronáutico, participou de rodas de debate acerca da criação de novas leis na IATA (órgão internacional de aviação) e dentro do jurídico de companhias aéreas nacionais e internacionais. Destaca-se também pelas suas brilhantes peças processuais.

 

Duarte Moral

https://duartemoral.com/

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2 em cada 3 brasileiros têm um animal de estimação, segundo Censo QuintoAndar de Moradia

Pesquisa mostra quem são os companheiros nos lares do país

 

Dados do Censo QuintoAndar de Moradia, em parceria com o Datafolha, mostram que os brasileiros não moram sozinhos. Além de 85% dos pesquisados viverem com alguém - seja filhos (37%), cônjuge (23%), pais (10%) ou irmãos (9%) -, ao todo, 61% dos respondentes dividem seus lares com animais de estimação. De acordo com a pesquisa que visa compreender o cenário atual dos lares no Brasil e o comportamento das pessoas com relação à sua casa, os cachorros seguem sendo os melhores amigos, com presença em 47% dos lares. Já gatos e pássaros também possuem grande representatividade, sendo mencionados por 22% e 5% dos entrevistados, respectivamente.

Segundo o levantamento realizado pela maior plataforma de moradia da América Latina com 3.186 pessoas em território nacional, outros animais - como tartarugas, galinhas, coelhos, hamsters e peixes - tiveram 1% cada um.

A preferência por ter um pet apresenta um maior índice entre aqueles que moram em casas. 64% daqueles que moram em um imóvel localizado em ruas abertas ou em condomínios/vilas afirmam que possuem um animal em casa. Entre aqueles que moram em apartamentos, o percentual é de 40%.

Ainda de acordo com a pesquisa, os mais jovens são os que mais dividem o lar com esses animais. Na faixa etária entre 21 e 24 anos, são 67%. O percentual, porém, se mantém estável nas idades mais avançadas, totalizando 62% nas faixas entre 25 e 59 anos e 56% para aqueles com mais de 60 anos de idade.  

Os animais estão mais presentes nos lares com renda mais elevada. Entre as pessoas da classe A, 81% possuem um animal de estimação. Entre aqueles na B, o índice é de 66%, enquanto 62% da classe C afirmam ter um pet. Nas classes DE, 52% mencionam a posse de um bichinho, segundo a pesquisa. 

“Independentemente da preferência, os animais de estimação são verdadeiros companheiros dos brasileiros e considerados por muitos como parte da família. A pesquisa reforça a necessidade de criarmos formas para que, cada vez mais, os bichinhos transitem e vivam bem junto de seus donos, seja em casas ou nos apartamentos”, comenta Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar. 

Confira aqui o levantamento completo.  

 

Metodologia da pesquisa 

O Censo QuintoAndar de Moradia traz informações sobre o mercado residencial no Brasil, a caracterização do domicílio, além de hábitos, anseios e desejos dos brasileiros. Ao todo, foram realizadas 3.186 entrevistas com a população brasileira, com idade a partir de 21 anos, em todas as cinco regiões do país (Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste). Há, ainda, uma amostra representativa das regiões metropolitanas de Rio, São Paulo e Belo Horizonte e dos macropolos da Baixada Santista e de Ribeirão Preto. A pesquisa foi feita por meio de entrevistas pessoais em pontos de fluxo populacional entre os dias 11 e 21 de outubro de 2021 e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos para o total da amostra.

  

QuintoAndar

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