Pesquisar no Blog

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

O Futuro da Conectividade

 

Os avanços tecnológicos recentes vêm aproximando o mundo em velocidade vertiginosa, aprimorando a qualidade e tornando mais seguras e mais rápidas as conexões entre as pessoas, as formas de pagamentos, o tráfego de veículos e de passageiros nos aeroportos, o controle de acesso em locais e edifícios públicos e privados, o trânsito nas fronteiras entre países e a conectividade.  

Esta última vem se transformando de forma bastante disruptiva e com isso aumentando as possibilidades de acesso a vários dispositivos e aprimorando a qualidade de comunicação de forma exponencial. Esse movimento gera um ciclo de inovações que se autofomenta. Este é o caso da tecnologia 5G que propicia inovações nunca antes vistas, dada a sua ultra velocidade, ínfima latência e enorme disponibilidade.  

A tecnologia 5G representa um salto extraordinário em relação às outras tecnologias mais antigas, gerando uma explosão de novos aparelhos IoT e a base para a expansão do eSIM, também conhecido como "SIM virtual" ou eUICC, que tem o mesmo propósito de um cartão SIM removível tradicional , ou seja, armazenar as informações que os vários dispositivos móveis utilizam para acessar uma rede móvel.  

Porém junto com essa expansão da conectividade cresce também a necessidade de maior segurança e de conscientização sobre seu impacto no meio ambiente e na sociedade. Todos esses elementos devem se combinar para que possam ser sustentáveis, tanto em termos ambientais quanto comerciais.  

É importante notar que as empresas de telecomunicação vêm adotando uma postura cada vez mais responsável em relação à segurança e ao meio ambiente, utilizando menos plástico, menos transporte, menos resíduos e seguindo os padrões do Acordo de Paris.  

O GREENCONNECT da IDEMIA, por exemplo, é um conjunto de soluções e serviços que permite aos operadores móveis mudarem sua base de produtos tradicionais para um pacote de ofertas inspiradas nos princípios da economia circular: gestão de resíduos responsável, menor uso de matérias primas tradicionais e maior aplicação de insumos verdes na produção dos cartões eSIM e nas embalagens.  

E quanto mais elevado é o nível de consciência, maior é a necessidade de confiança e segurança: o grande desafio atual. A computação quântica é um exemplo de avanço e ao mesmo tempo risco à segurança, pois vai gerar um poder computacional adicional imenso e tornará obsoletas as formas de criptografia atuais. No passado seria necessário 10 bilhões de anos para que se pudesse invadir um cartão SIM, mas com esse avanço isso poderá ocorrer em minutos. 

Porém o risco identificado também faz gerar tecnologias que o atenuam, tal como o International Mobile Subscriber Identity (IMSI), que cria um identificador único para cada usuário e aparelho utilizado e criptografa a identidade de ambos, dentro ou fora da rede. O IMSI possibilita a utilização dessa identidade única em ambientes nada confiáveis, como redes Wi-Fi abertas, sem riscos à sua segurança.  

Há também os cartões SIM criptografados 5G IMSI. Esses cartões, chamados de SIM 5G AS, armazenam chaves de conexão temporárias que permitem a reautenticação completa da rede em caso de interrupção, criando uma experiência de conectividade mais perfeita.  

Estima-se que, até 2024, a receita das operadoras móveis atinja cerca de US$7 bilhões, como resultado da identidade digital via seus serviços, representando um crescimento de 800% ante o registrado em 2019. 

Outro dado importante refere-se à Internet das Coisas ou IoT (internet of Things). a previsão é de que haverá 23 bilhões de aparelhos IoT até o final de 2026, ante os 8,74 bilhões atuais, todos criando cidades inteligentes, comércio, carros e aparelhos conectados, que coletarão e compartilharão informações e tornarão o mundo mais intensamente conectado.

 

Diego Cecchinato - vice-presidente sênior para a área de operadoras móveis da IDEMIA para a América Latina

Projeto cria “visto da dignidade” e estabelece período de 15 anos para a legalização de imigrantes nos EUA

 

A deputada republicana Maria Elvira Salazar apresentou à Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, na última terça-feira (8/2), um projeto de lei que cria um caminho de no mínimo 15 anos para que imigrantes em situação ilegal no país obtenham o green card (residência permanente).

 

De acordo com o texto, de quase 500 páginas e intitulado “Lei da Dignidade”, seriam criados dois programas no sistema imigratório americano: o Programa da Dignidade e o Programa da Redenção.

 

Enquanto o primeiro concede status legal e condicional a imigrantes indocumentados que estejam de maneira ininterrupta em solo americano desde, pelo menos, 4 de julho de 2017 – data que marca o aniversário da independência dos Estados Unidos –, o segundo, com duração de cinco anos, permite que esses indivíduos se candidatem ao green card e, posteriormente, à cidadania.


 

Programa da Dignidade


Para participar do Programa da Dignidade, os imigrantes ilegais teriam de passar por uma verificação de antecedentes criminais, pagar todos os impostos aplicáveis e obrigações fiscais pendentes e contribuir uma única vez com uma taxa US$ 2 mil para um fundo a ser criado para a capacitação de trabalhadores americanos.

 

Uma vez aceitos no programa, teriam ainda 2% dos salários confiscados e se reportariam ao Departamento de Segurança Interna a cada dois anos, oportunidades nas quais realizariam o pagamento de uma taxa, a título de restituição, de US$ 2 mil – ou US$ 10 mil ao final dos dez anos.

 

“Um cidadão americano poderá patrocinar um participante em potencial, fornecendo-lhe não mais do que a metade do valor da restituição”, propõe o texto do projeto.

 

Os integrantes do Programa da Dignidade não teriam direito a benefícios federais, seriam obrigados a ter plano de saúde e precisariam ter dependentes – ou seja, imigrantes ilegais que vivam sozinhos e não cuidem de outros familiares não poderiam se inscrever.

 

A proposta da deputada também cria o visto da dignidade – um novo tipo de visto destinado exclusivamente aos participantes que completarem os dez anos de programa. O documento teria validade de cinco anos, podendo ser renovado indeterminadamente. O status legal atrelado ao visto não seria, ainda, a residência permanente, mas sim uma espécie de versão limitada e condicional.

 

O projeto ainda estabelece que o indivíduo trabalhe ou estude por pelo menos cinco anos durante sua participação no Programa da Dignidade.


 

Programa da Redenção


Após a completação do Programa da Dignidade, o imigrante teria a opção de continuar nos Estados Unidos legalmente sob esse status ou, se preferir, inscrever-se no Programa da Redenção, que o possibilitaria a receber a residência permanente (green card).

 

Para concluir o Programa da Redenção, que tem duração total de cinco anos, o imigrante precisaria reportar-se a cada 20 meses para o Departamento de Segurança Interna, oportunidade em que realizaria o pagamento de uma taxa de US$ 2.500 – ou US$ 7.500 ao final dos cinco anos. Os pagamentos poderiam ser substituídos por um mínimo de 200 horas de trabalho comunitário.

 

O cidadão estrangeiro teria direito a viajar para fora do país, mas precisaria de consentimento prévio do governo. Durante o tempo de participação no Programa da Redenção, a pessoa seria obrigada a aprender inglês e civismo dos EUA para que conseguisse completá-lo.


Ao final do programa, o imigrante estaria elegível para se tornar um residente permanente e, caso atenda aos requisitos já estabelecidos em lei atualmente, poderia requer a cidadania mais adiante.


 

Quando esse projeto vai virar lei?


O projeto da deputada Maria Elvira Salazar foi apresentado no início de fevereiro e precisa passar ainda por 13 comissões antes de ser votado em plenário. Não há previsão para que isso aconteça. Se chegar à votação dos deputados até o final do ano, encontrará resistência do Partido Democrata, que tem maioria na Casa atualmente. No entanto, em janeiro tomam posse os parlamentares eleitos nas eleições de meio de mandato, e a expectativa de muitos analistas é de que o Partido Republicano retome o controle da Câmara.

 

Mesmo depois de aprovado pelos deputados, o texto ainda passaria pelos mesmos trâmites no Senado, precisando posteriormente ser sancionado pelo presidente da República.

 


 

Dr. Felipe Alexandre - fundador da AG Immigration é referência internacional em assuntos ligados a imigração, vistos e green cards. Figura há 5 anos como um dos 10 melhores advogados de imigração do Estado de Nova York, prêmio concedido pelo “American Institute of Legal Counsel”. Considerado, em 2021, um dos 10 principais advogados da Califórnia, em votação da revista jurídica “Attorney & Practice Magazine”, e reconhecido pela “Super Lawyers (Thomas Reuters)” como referência no campo das leis imigratórias dos EUA. Nascido no Brasil, mudou-se para os Estados Unidos ainda criança. Tem dedicado sua carreira à comunidade estrangeira que busca viver legalmente no país.   

 

 

AG Immigration 

 www.agimmigration.law


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Hemocentro itinerante SAS Brasil estará em Taboão da Serra (SP) entre 15 e 17 de fevereiro


A iniciativa da startup social SAS Brasil, com patrocínio da Drogaria São Paulo e da Roche Brasil, percorre o país desde 2020. Ao todo, mais de 13 mil pessoas já foram beneficiadas pela iniciativa

 

A SAS Brasil, startup social que leva saúde especializada a regiões de vulnerabilidade em todo o país, se uniu à Drogaria São Paulo e à Roche Brasil, para retomar uma ação inovadora: o Hemocentro itinerante SAS Brasil. Depois de passar pela região metropolitana de São Paulo, em 2020, e por cidades do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e do Distrito Federal, em 2021, por meio de patrocínio da Drogarias Pacheco, o banco de sangue móvel retoma a ação de volta a cidades paulistas com o apoio do Banco de Sangue Paulista e do projeto AMORSEDOA. Neste começo de ano, após passagem por Guarulhos e Morumbi, o banco de sangue móvel chega ao Shopping Taboão entre 15 e 17 de fevereiro e prestará atendimento ao público, com agendamento prévio, das 9h às 16h. 

Em 2020, a SAS Brasil deu início ao Hemocentro Itinerante, com o intuito de contribuir com a coleta de sangue nos hemocentros brasileiros, além de fomentar a cultura de doação de sangue no país. Naquele ano, ao longo de cerca de dois meses e meio, mais de 2,1 mil pessoas doaram, beneficiando potencialmente quase 9 mil pessoas. Durante a campanha de 2021, a carreta foi adaptada para as doações em linha com as normas de segurança sanitária de prevenção à Covid-19 e centenas de pessoas doaram mais de 600 litros de sangue, que beneficiarão mais de 5 mil pacientes que precisam de transfusão. A carreta já rodou mais de 6,4 mil KM pelo Brasil.

Doação de sangue no Hemocentro Itinerante. Foto: Gabriel Nunes/SAS Brasil

Segundo dados do Ministério da Saúde, menos de 2% da população brasileira é doadora regular de sangue. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que esse número seja próximo a 5%. Com a pandemia, os estoques dos principais hemocentros brasileiros sofreram reduções significativas: mesmo pessoas que já tinham o hábito de doar sangue regularmente deixaram de ir aos centros recolhedores. 

“Utilizar a carreta com impacto entre uma e outra expedição da SAS Brasil sempre foi um objetivo nosso”, diz a médica Adriana Mallet, CEO da organização. “Ver este projeto entrar no terceiro ano, ainda mais maduro e com números tão significativos e parceiros tão importantes como a Drogaria São Paulo e a Roche nos faz imensamente felizes”, completa. 

Para ampliar o alcance da ação, a SAS Brasil conta, desde 2021, com o patrocínio do Grupo DPSP (formado pelas Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo), que também tem em suas premissas o atendimento de qualidade e o acesso efetivo à saúde. “Esse é um projeto pioneiro que nos enche de orgulho pela sua relevância e abrangência”, ressalta Andrea Sylos, diretora comercial e de Marketing do Grupo DPSP. “O número de doações reduziu muito durante a pandemia e o Hemocentro Itinerante se propõe a reverter esse cenário. É a primeira vez que uma rede de farmácias viabiliza uma ação como essa no país”, diz ela. Segundo a executiva, “por meio da carreta, aproximamos os hemocentros de locais com amplo movimento, estimulando ainda mais pessoas a realizarem esse gesto de solidariedade tão importante e necessário. A primeira fase do projeto foi um sucesso e não tenho dúvidas que conseguiremos repetir esses bons números em São Paulo também”. 

A fim de somar mais esforços, a Roche Brasil, parceira da SAS Brasil desde a criação da startup, em 2013, também está patrocinando o Hemocentro Itinerante em 2022, a exemplo do que como fez nos anos anteriores em 2020. "A queda nas doações de sangue é um cenário preocupante, que foi acentuado em meio à pandemia e demanda atuação proativa e solidária em prol da reposição dos estoques dos hemocentros.”, comenta Adriana Lima, Gerente Jurídica, de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Roche Farma. Seguindo o nosso propósito de não deixar nenhum paciente para trás, mais uma vez a Roche se alia à SAS Brasil, para incentivar os cidadãos a exercerem um ato humanitário e simples que pode salvar vidas”, completa a executiva. 

Neste ano, a SAS Brasil conta também com o apoio técnico do Banco de Sangue Paulista, pertencente ao Grupo H.Hemo. “Parcerias como essa são importantes para podermos fortalecer os estoques de bolsas de sangue que se encontram baixos”, afirma Silvia Cioletti, diretora da Regional Sudeste do Grupo H.Hemo. “O aumento de novos casos de covid-19 e o surto de gripe em todo o país têm sido um agravante. É muito importante que as pessoas compareçam e nos ajudem a salvar vidas”, diz. 

O Hemocentro Itinerante SAS Brasil de 2022 conta também com o apoio do projeto AMORSEDOA, que realiza eventos de coleta em parceria com mais de 20 hemocentros. O projeto nasceu em 2018, fundado por Adriano Oliveira e um grupo de amigos, e suas ações já resultaram em mais de 20 mil bolsas coletadas entre 380 ações de doação, ajudando a salvar mais de 100 mil vidas, segundo Oliveira.

 

Para acompanhar a chegada da carreta a novas regiões basta acessar o site e as redes sociais da SAS Brasil.

 

Estrutura interna do Hemocentro Itinerante. Foto: Gabriel Nunes/SAS Brasil


Serviço: Hemocentro Itinerante SAS Brasil - Drogaria São Paulo e Roche Brasil (etapa SP)

Local: Shopping Taboão (São Paulo/SP)

Data: 15 a 17 de fevereiro (terça, quarta e quinta)

Horário: das 9h às 16h

Endereço: Rod. Régis Bittencourt, 2643 - Jardim Helena, Taboão da Serra - SP


 

Outros locais e datas serão informados nos canais da SAS Brasil. Em todos os casos, para agendar a doação é necessário acessar o site do Hemocentro Itinerante SAS Brasil.


 

Sobre a SAS Brasil
A SAS Brasil é uma startup social que, desde 2013, leva saúde especializada a dezenas de milhares de pessoas carentes em localidades afastadas de grandes centros urbanos em todo o país. Desde o início da pandemia, a entidade atende pessoas socialmente vulneráveis também por telemedicina, com plataforma própria. Em 2020, diante da carência de sangue nos hemocentros, deu início ao Hemocentro Itinerante, que já arrecadou cerca de mil litros de sangue e beneficiou potencialmente mais de 8,5 mil pessoas.

Sobre o Grupo DPSP
Com a missão de proporcionar qualidade no atendimento, cuidados com a saúde e bem-estar a todos, o Grupo DPSP nasceu em 2011 e conta com as redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo. A companhia é um dos principais players do varejo farmacêutico com aproximadamente 1.400 lojas em 8 estados do Brasil, além do Distrito Federal. Hoje, o Grupo DPSP atende seus clientes em lojas físicas, e-commerce, televendas e aplicativo. As marcas Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo levam em seu DNA uma história de confiança e credibilidade no mercado nacional da saúde, preocupando-se constantemente em oferecer excelência em seus processos e a garantia da satisfação do consumidor.

Sobre a Roche
A Roche é uma empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos, diabetes e de diagnóstico, dedicada a desenvolver avanços na ciência para melhorar a vida das pessoas. Aliando a capacidade e o conhecimento na ciência baseada em evidências, das divisões Farmacêutica e Diagnóstica, atua oferecendo medicina personalizada. No Brasil criamos soluções com todo ecossistema de saúde. Fundada em 1896, a Roche busca constantemente meios mais eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar doenças, contribuindo de modo sustentável para a sociedade. A empresa também visa melhorar o acesso de pacientes às inovações médicas, trabalhando em parceria com todos os públicos envolvidos. Mais de 30 medicamentos desenvolvidos pela Roche estão incluídos na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde, entre eles, antibióticos, antimaláricos e medicamentos contra o câncer que salvam vidas. Além disso, pelo 12o ano consecutivo, a Roche foi reconhecida como uma das empresas mais sustentáveis na Indústria Farmacêutica pelo Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI). Com sede na Basileia, Suíça, o Grupo Roche atua em mais de 100 países e, em 2020, empregou mais de 100.000 pessoas em todo o mundo. No mesmo ano, a Roche investiu 12,2 bilhões de francos suíços em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e suas vendas alcançaram 58,3 bilhões de francos suíços. Para saber mais, clique aqui.

Sobre o AMORSEDOA
O projeto AMORSEDOA teve início em novembro de 2018, sob o comando de Adriano de Oliveira por meio do grupo de franquias Move Franchising, que objetiva a prática de esportes. Um dos critérios do grupo era que os participantes doassem sangue. Como alguns eram impossibilitados de fazer a boa ação, Oliveira começou a pedir ajuda a familiares e amigos para que doassem no lugar dos que não podiam. Até 2022, o projeto AMORSEDOA já promoveu mais de 380 ações de doação, coletando mais de 20 mil bolsas de sangue.


Imunoterapia traz novas possibilidades para tratamento do câncer do colo do útero, afirma oncologista

O médico Ramon Andrade de Mello diz que essa opção terapêutica tem sido promissora

 

Estudos recentes apontam que a imunoterapia tem trazido resultados promissores para o tratamento do câncer do colo do útero. “Menos agressiva que a quimioterapia e a radioterapia, o tratamento imunoterápico com o medicamento cemiplimabe abre possibilidades de sobrevida de pacientes com metástase”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer do colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, desconsiderando-se o câncer de pele não melanoma. A doença ocupa a quarta posição de casos de morte da população feminina por câncer no país. “As pesquisas recentes trazem um novo horizonte no tratamento desse tumor”, aponta o pesquisador. 

Os estudos com 608 mulheres mostraram que a média de sobrevida foi maior no grupo do medicamento imunoterápico em comparação com o grupo de quimioterapia. “A imunoterapia é um tratamento que estimula o sistema imunológico do organismo ou ajuda esse sistema a atacar apenas as células cancerígenas”, esclarece Ramon de Mello. Segundo ele, o tratamento imunoterápico tem sido cada vez mais aplicado com sucesso, por exemplo, contra o câncer renal e câncer de pulmão. 

O câncer do colo do útero tem como uma das principais causas as infecções persistentes por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano). O início precoce da vida sexual com múltiplos parceiros, bem como o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, também podem colaborar para o surgimento desse tumor. 

“A prevenção sempre é a melhor medida para qualquer tumor. Nesse caso, o exame Papanicolau ajuda a detectar lesões e o diagnóstico precoce do câncer do colo do útero. O procedimento é recomendado às mulheres entre 25 e 64 anos de idade, que já tiveram ou têm vida sexual ativa, e deve ser realizado a cada três anos”, orienta Ramon de Mello. 

Esse tumor oncológico pode não apresentar sintomas na sua fase inicial e o exame preventivo é de grande importância para o diagnóstico precoce. Nos casos mais avançados, a paciente pode apresentar sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual. O tumor pode ainda provocar secreção vaginal anormal e dor abdominal relacionada a queixas urinárias ou intestinais. 

 

Ramon Andrade de Mello - Pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), Ramon Andrade de Mello tem doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). Dr. Ramon de Mello é oncologista do Hospital 9 de Julho e da High Clinic Brazil, em São Paulo, SP.

https://ramondemello.com.br/ 


Prevalência de distúrbios vocais em professores varia entre 50% e 80%, afirma especialista


Shutterstock
Hospital Paulista alerta para cuidados com saúde da voz que os profissionais da educação devem ter em sala de aula

 

O ano letivo teve início em fevereiro para ao menos 17 capitais do Brasil. Apesar de a maioria dos professores ter mantido seus trabalhos de forma virtual durante o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, o retorno às salas de aulas exige muito mais da voz, já que ela é uma das principais ferramentas de trabalho destes profissionais.

Conforme a otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dra. Luciana Fernandes Costa, os professores são considerados grupo vulnerável aos distúrbios vocais, devido ao seu uso intenso no dia a dia. A especialista destaca que a estimativa de prevalência dos distúrbios vocais na população geral encontra-se entre 6% e 15%, enquanto, em professores, esses índices podem variar entre 50% e 80%, com gravidade para cerca de 12%.

“Entre as lesões mais presentes estão as denominadas fonotraumáticas -- que se desenvolvem a partir de padrões vocais inadequados, secundários à sobrecarga fonatória. Há também uma ampla probabilidade de nódulos vocais, seguidos por pólipos e alterações estruturais mínimas”, alerta Dra. Luciana.

Os professores também têm grandes chances de desenvolver disfonia, alteração de algumas das qualidades acústicas da voz, tais como intensidade ou volume da voz. “As consequências da disfonia persistente podem ser devastadoras para o desempenho profissional, por vezes resultando em afastamentos e/ou remanejamento para tarefas administrativas”, complementa a especialista.

A prevenção é a principal forma de combater os distúrbios vocais. Segundo a médica, os fatores de risco à disfonia incluem extensa jornada de trabalho, frequentemente superior a 40 horas semanais; número excessivo de alunos por sala de aula, já que demandam mais atenção e desgaste vocal; e instalações inadequadas, incluindo elevado ruído ambiental e lousa com pó de giz.

“Esses fatores fazem com que os professores aumentem a intensidade da voz para manter a atenção dos estudantes, sendo essa a essência do fonotrauma, podendo levar ao desenvolvimento de lesões laríngeas.”

A idade e o tempo de profissão também são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de lesões na laringe. Por conta da correria diária, grande parte dos professores substitui as refeições convencionais por lanches e fast-foods, favorecendo os distúrbios gastrointestinais, principalmente o refluxo gastroesofágico, importantes causadores da laringite.

“Doenças neurológicas ou endócrinas, hábitos tabágicos ou alcoólicos e problemas respiratórios superiores recorrentes também podem comprometer a qualidade vocal”, reitera a especialista.



Uso de máscaras

Mesmo com as crianças voltando às aulas e a vacinação em estágio avançado, é importante manter as medidas sanitárias que ajudam a evitar a disseminação do vírus. Nesse sentido, é fundamental manter o distanciamento, a higienização das mãos e o uso correto das máscaras, que devem sempre cobrir nariz e boca.

Dra. Luciana ressalta que é possível e necessário lecionar utilizando o item.

"Busque algum modelo de máscara que seja seguro e que permita a livre mobilidade da mandíbula, realizando pausas vocais para descanso e hidratação, em ambiente seguro.”



Equipe multidisciplinar

Uma boa hidratação vocal e a escolha de alimentos que não ressequem a garganta e causem pigarro, além de intervalos entre o uso da voz, são de extrema importância para a manutenção da saúde vocal, mas nem sempre são suficientes.

A fonoaudióloga Bruna Rainho Rocha destaca ser importante ainda o apoio de um fonoaudiólogo, que pode auxiliar em situações de desconforto, cansaço vocal, rouquidão e falhas e mudanças na voz ao longo do dia ou da semana.

“Os profissionais também trabalham com estratégias de comunicação em geral, como o correto uso do microfone, escolha de vocabulário, uso de gestos e até adequação da postura para falar”, explica.

Segundo Bruna, a própria fonoaudiologia pode ser um método preventivo aos problemas vocais. “Mesmo que não apresentem alterações, tanto professores como os demais profissionais que fazem uso intenso da voz podem procurar um fonoaudiólogo. Nestes casos, para fazer condicionamento vocal e aprender estratégias para o seu uso correto, podendo, assim, evitar eventuais problemas na voz e na comunicação.”

De acordo com a Dra. Luciana, ao perceber sintomas como rouquidão, fadiga, cansaço vocal, instabilidade na voz, dor ou desconforto na garganta e esforço para falar, principalmente de forma recorrente, é necessária uma avaliação médica.

“Os problemas vocais podem não ser transitórios, e muitos casos exigirão tratamento e acompanhamento multidisciplinar do médico e do fonoaudiólogo, podendo, inclusive, envolver opções medicamentosas ou cirúrgicas”, finaliza a especialista. 



Centro de Diagnóstico em Otorrino

O Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrino do Hospital Paulista conta com equipamentos modernos e de alta tecnologia, além de profissionais especializados que garantem o máximo de segurança e precisão na realização dos exames.

Entre os destaques do Centro de Diagnóstico está o Voice Center - Centro Especializado em Laringe e Voz, que realiza exames para diagnósticos de distúrbios da voz, deglutição e refluxo faringo-laríngeo. Recentemente, ele foi ampliado para oferecer também tratamentos específicos de laringe, com uma abordagem completa.

Com a expansão dos serviços, o centro passou a realizar procedimentos cirúrgicos delicados que incluem, entre outros, microcirurgias de laringe convencional ou com laser, tireoplastias e injeções de botox para disfonia espasmódica.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia




Mama tuberosa: entenda essa alteração do desenvolvimento mamário

Dra. Larissa Sumodjo, cirurgiã plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica o que ocasiona a mama tuberosa e como é corrigida em uma cirurgia plástica


As mamas de algumas mulheres não possuem o formato cônico, mais comum e conhecido, mas, uma forma semelhante a um tubo. "As mamas tuberosas são aquelas que se apresentam com uma forma alongada bem característica, parecendo-se com um tubo. Além disso, as aréolas costumam ser desproporcionalmente grandes", explica a cirurgiã plástica Larissa Sumodjo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Esse formato diferenciado não se trata, no entanto, de uma patologia. O que não significa que não traga sofrimento, desconforto e prejuízo social e psicológico às mulheres que as apresentam. "Não se sabe qual a real incidência da mama tuberosa, pois, principalmente em graus mais leves, muitas mulheres provavelmente não procuram um cirurgião plástico e, portanto, não há registros consideráveis em números, já que não se trata de uma doença, mas de uma característica", explica Dra Larissa.

De acordo com a médica, a única forma de mudar essa conformação da mama é por meio de cirurgia plástica. Quando uma paciente se sente incomodada e tem dúvida sobre o formato de sua mama, a única maneira de descobrir se é uma mama tuberosa é por meio de um exame clínico com cirurgião plástico para confirmar os traços típicos. "A queixa que escuto no meu consultório, das mulheres com mamas tuberosas, normalmente, é: 'meus seios são bicudos'", conta a médica.


Por que a mama pode ter esse formato de tubo?

A causa desse formato alongado da mama é a formação de um anel fibroso no tecido mamário ao redor da aréola. "Com o crescimento desse anel fibroso, a mama desenvolve-se de maneira anormal durante a puberdade. Este anel restringe o crescimento da parte inferior da mama e faz com que o tecido se projete para frente pela aréola. Por conta disso, a mama passa a se parecer com um 'tubinho'", detalha a cirurgiã.

A maneira de "tratar" essa condição, é com procedimento cirúrgico a fim de liberar esse anel de constrição na tentativa de que o tecido mamário se distribua de uma forma mais uniforme, chegando ao formato de cone. "Muitas vezes, é indicada a utilização de implantes mamários tanto para dar volume, como para melhorar a forma da mama. E, dependendo do caso, pode haver a necessidade de realizar a cirurgia em etapas". Num primeiro momento, remodela-se a mama, e, num segundo procedimento depois de cerca de três meses, coloca-se a prótese mamária". 

A notícia boa é que alguns convênios médicos autorizam o procedimento já que há muito prejuízo psicológico para adolescentes e mulheres adultas que desenvolvem a mama com este formato mais alongado.

 


Dra. Larissa Sumodjo - Cirurgiã Plástica, pela SBCP

@dralarissasumodjo


Protocolo para tratamento de doença rara é aprovado pelo Ministério da Saúde


Pacientes com XLH, doença rara e progressiva, passam a contar com protocolo clínico e diretrizes terapêuticas (PCDT) para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Publicado no Diário da União, o documento define orientações para profissionais de saúde, gestores do sistema público e pacientes sobre o diagnóstico e tratamento da doença. De acordo com o PCDT, serão elegíveis ao tratamento pacientes pediátricos com diagnóstico genético de XLH a partir de um ano de idade e adolescentes até 18 anos incompletos -- e, uma vez que for comprovado a obtenção de benefícios com a terapia, esses pacientes poderão continuar recebendo o tratamento na fase adulta. “É uma conquista sem precedentes para a comunidade XLH. Agora, os pacientes elegíveis para o tratamento terão acesso ao cuidado integral, possibilitando uma mudança no curso natural da doença, e consequentemente, uma melhor qualidade de vida”, declara Antoine Daher, fundador e presidente da Casa Hunter. 

XLH: é uma doença progressiva, que pode trazer graves consequências para os pacientes e comprometer a qualidade de vida. Assim como acontece com 80% das doenças raras, o XLH tem origem genética, sendo geralmente herdado. Neste caso, devido à sua relação com o cromossomo X, o pai afetado pelo XLH transmitirá a condição a todas as suas filhas, mas nenhum de seus filhos será acometido. Já a mãe afetada pelo XLH tem 50% de chance de ter um filho ou uma filha com a doença. Entre os sintomas da doença estão deficiência de crescimento, alargamento dos punhos, joelhos e tornozelos, dor nos membros inferiores, alterações dentárias, fraqueza muscular, limitação funcional e pernas arqueadas.


“Botox pirata”: cirurgiã alerta pacientes para consultar substâncias no site da Anvisa

Cirurgiã dentista Talita Dantas reforça cuidados na hora de escolher o profissional, orienta desconfiar de valores muito abaixo do mercado e ensina como consultar produtos no site da Anvisa

 

 

Na última semana, o Fantástico, programa da TV Globo, trouxe uma matéria sobre uma profissional que foi presa por utilizar em pacientes uma substância chamada Israderm, uma suposta toxina botulínica fabricada em Israel, cuja comercialização, fabricação e propaganda é proibida no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde junho do ano passado. Uma investigação internacional feita pelo Fantástico mostrou que, na verdade a verdadeira origem do produto não é conhecida. 

A cirurgiã dentista Talita Dantas, que atua na área de harmonização orofacial há seis anos, alerta para os perigos que os pacientes correm, principalmente quando negligenciam a escolha do profissional que está realizando o procedimento, e que é preciso estar atento ao que está sendo vendido e aplicado. “A primeira coisa que o paciente precisa estar atento é saber se o profissional é habilitado e autorizado para esses procedimentos. Nós, cirurgiões dentistas, médicos e biomédicos temos essa autorização”, ressalta. 

A segunda orientação é desconfiar de valores muito abaixo do mercado, que podem ser um sinal de origem de produtos duvidosa e que atraía profissionais e pacientes por custar menos da metade do valor de produtos regulamentados. “Quando passar pela consulta com o profissional, é importante saber quais são os produtos que o profissional utiliza, se ele preza pela qualidade e, claro, é direito do paciente pedir mais informações sobre as substâncias que serão usadas, inclusive para pesquisar no site da Anvisa se elas são regulamentadas”, diz. 

A consulta pode ser feita diretamente no link https://consultas.anvisa.gov.br/, selecionando o Consulta Genérica no menu de Produtos. Basta digitar o nome do produto e consultar se está registrado e aprovado para uso no Brasil. Produtos com a situação regularizada aparecem com a marcação “Publicado Deferimento”, o que significa que é um produto registrado na Anvisa e liberado para uso comercial. 

“No Brasil, são 7 marcas de toxinas botulínicas aprovadas para comercialização pela Anvisa. São elas Botox®, Botulift®, Dysport®, Nabota®, Botulim®, Xeomin® e Prosigne®. O paciente precisa exercer seu direito à informação porque é isso que vai minimizar todos os riscos relacionados à injeção de produtos na pele que também colocam em risco a sua saúde”, pontua a cirurgiã.

 

Toxina botulínica é aliada reconhecida para gerenciar o envelhecimento 

A substância pode tratar a aparência das linhas de expressão, arquear as sobrancelhas e levantar o canto dos lábios são algumas das várias aplicações na estética. “Mais popularmente conhecido como botox, por causa da marca pioneira, a toxina botulínica é o primeiro passo no que chamamos de ‘gerenciamento do envelhecimento’ e pode ser feito a partir dos 25 ou 30 anos, justamente porque sua aplicação é tranquila quando feita de maneira correta”, afirma Talita. 

A duração média do efeito da toxina botulínica no organismo é de quatro a seis meses, mas existem alguns fatores que podem acelerar a anulação do efeito da aplicação. Se a pessoa for muito expressiva, se praticar atividade física intensa ou se tiver um metabolismo muito ativo, o processo será acelerado. Além disso, a diluição feita pelo profissional, a quantidade de produto aplicado e as técnicas dessa aplicação também influenciam no tempo de duração do tratamento.

 

Como fazer o botox durar mais? 

A cirurgiã dentista afirma que não existem truques, mas um conhecimento científico que mostra que a prescrição de alguns complexos à base de zinco pode contribuir para melhorar a duração dos efeitos do procedimento. “Orientamos a posologia adequada para cada caso e o paciente faz uso do suplemento antes da aplicação. O zinco contribui para que as ligações químicas aconteçam de maneira favorável à duração da toxina botulínica”, explica Talita. 

Depois de algum tempo, é possível perceber que as rugas ativas (linhas de expressão), voltam a aparecer quando movimentamos o rosto. “É necessário respeitar o intervalo mínimo de aplicação de quatro a seis meses para não gerar o “efeito vacina”, que é o mesmo causado pelo uso de medicamento sem prescrição e que faz o organismo criar resistência a ele. Esse tempo precisa ser respeitado mesmo que antes dele as rugas voltem a aparecer”, finaliza a cirurgiã dentista.


5 dicas para estimular a produção do leite materno

Adobe Stock
Obstetra da Criogênesis aponta práticas que são prejudiciais à amamentação 

 

Aumento da imunidade, redução do risco infecções e menos tendência à obesidade são alguns dos benefícios assegurados pelo leite materno ao bebê. Mas o aleitamento não é somente vantajoso para o feto, como também para a mãe. Pesquisas apontam que o ato de amamentar pode afastar doenças como câncer nas mamas e nos ovários, diabetes, hipertensão, osteoporose e até Alzheimer. 

Amamentar é um processo que envolve diversos fatores, entre eles a posição da criança e a sua pega à mama, que costumam influenciar diretamente no fluxo e em sua produção. Mediante a isso, é comum que as mães, em especial as de primeira viagem, tenham dúvidas quanto ao processo. Abaixo, Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis, traz 5 dicas para estimular a produção do leite materno. Confira:


  1. Amamente logo após o parto

Durante as primeiras horas de vida, o bebê está mais atento. Sendo assim, as chances dele pegar o seio é maior e mesmo se a quantidade de leite ainda for reduzida, as tentativas precisam continuar. “Será o processo de sucção que incentivará o aumento da produção”, destaca o médico.

 

  1. Dê leite sempre que o bebê estiver com fome

Para assegurar uma maior produção de leite materno, o fato de amamentar sempre que o bebê estiver com fome é essencial. Isto porque, segundo Dr. Renato, enquanto o pequeno mama são liberados hormônios responsáveis pela produção do leite, que substituirá aquele que está sendo retirado. “É importante manter a amamentação até mesmo em casos de mastite ou de bico do seio machucado, porque a sucção do bebê também ajuda a tratar essas condições”, aponta.


2. Troque de peito no tempo certo

Ao longo do aleitamento, os dois seios devem ser oferecidos à criança, sempre respeitando o ritmo natural da amamentação. O obstetra explica que interromper a alimentação antes da hora pode fazer com que o organismo entenda que aquela quantidade que restou não é mais necessária. “Além disso, o leite do final da mamada é mais rico em gordura e nutrientes importantes para a criança”, complementa.

 

3. Mantenha-se hidratada

A produção de leite materno demanda bastante do nível de hidratação da mãe. Então, a ingestão de 3 a 4 litros de água por dia é essencial para manter uma boa produção de leite. “É fundamental que se reponha o líquido perdido durante a amamentação para que o corpo seja capaz de produz mais leite”, indica.

 

4. Alimentação balanceada

Uma dieta equilibrada, com todos os nutrientes necessários, é importante para o bom funcionamento do organismo como um todo, o que inclui o aleitamento. De acordo com o ginecologista, a produção de leite materno pode ser estimulada pela ingestão de alguns alimentos como alho, aveia, gengibre e alfafa.

 

5. Descanse sempre que possível

Falar para uma mãe de um recém-nascido que precisa descansar pode soar como algo impossível, mas como já é sabido, o estresse influencia muito no corpo, e com a amamentação não seria diferente. “Principalmente durante os primeiros meses, a mulher precisa repousar entre as mamadas, porque o cansaço atrapalha na saída do leite”, conclui.

 

Criogênesis


O perigo dos remédios naturais


Se você usa medicação fitoterápica sem orientação médica, cuidado! Remédios fitoterápicos têm efeito terapêutico e, inclusive, têm plantas medicinais que são tóxicas e podem levar à morte. O alerta é da endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato; “Por vir das plantas, é comum acharem que não faz mal, mas a verdade não é bem essa. Geralmente, nas medicações fitoterápicas não se sabe exatamente a dose da composição. Não vamos condenar todos, pois conhecemos vários que são muitos usados, como é o caso da camomila, e que são seguros. Por isso, é importante também não generalizar”, explica a especialista.

 

Ela explica que os chás emagrecedores, muito difundidos, só levam a alguma percepção na balança quando têm efeito diurético, já que a pessoa acaba perdendo água rapidamente e, consequentemente, acontece a perda de peso na balança em curto prazo. “Mas isso é um engano, porque perder líquido não é o mesmo que perder gordura, ou seja, não é perder peso efetivo no emagrecimento”, alerta. Por outro lado, o chá pode contribuir para o processo de emagrecimento por manter a pessoa hidratada e ajudar um pouco na saciedade.

 

Sistema endócrino – Alguns fitoterápicos podem atrapalhar o funcionamento da glândula adrenal, por exemplo, responsável por produzir o cortisol e a aldosterona. Outras plantas podem afetar a função tireoidiana e pancreática, por exemplo, dependendo da erva utilizada.

 

“Chás e demais fitoterápicos não são fórmulas mágicas, não levam ao emagrecimento. Na obesidade, por exemplo, a pessoa acredita que pode ser um caminho curto, rápido para a perda de peso, mas não é. Não existe fórmula mágica para emagrecer. É preciso mudar o estilo de vida e modificar hábitos é muito difícil, mas não impossível e, por isso, a importância de ser bem orientado por especialistas de educação física, endocrinologistas e nutricionistas. É um tratamento de longo prazo, feito com sustentabilidade”, comenta Dra. Lorena.

 

A médica ressalta ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve garantir à população que um medicamento, seja ele fitoterápico ou alopático seja, além de seguro, eficaz.

 


Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://endocrino.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Posts mais acessados