O tratamento do
lipedema, uma condição complexa e frequentemente debilitante, evolui com foco
não apenas na melhoria dos sintomas e da mobilidade, mas também em alcançar uma
proporção estética funcional e harmoniosa para a paciente, ou seja, um contorno
corporal desejável. O lipedema é uma
doença crônica e inflamatória do tecido adiposo, caracterizado, principalmente,
pela deposição anormal de gordura nos membros inferiores de forma
desproporcional ao tronco.
Estudos têm
explorado proporções no campo da estética corporal, como observado em
bailarinas e com o uso de implantes de silicone e enxerto de gordura para o
aumento de panturrilha. No entanto, não há nada específico sobre o lipedema.
“Questões como a
necessidade de uma panturrilha mais desenvolvida, proporcionalmente maior que o
tornozelo, e a importância da harmonia entre convexidades e concavidades das
pernas emergem como demandas frequentes das pacientes. A ausência dessas
características resulta em membros inferiores com formato cilíndrico,
representando uma queixa estética comum”, explica o Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
O especialista
comenta ainda que o lipedema desafia médicos a irem além do tratamento
convencional para proporcionar às pacientes uma estética corporal que atenda às
suas expectativas. Eles buscam integrar a geometria das proporções ideais, como
a proporção áurea, para recriar harmonia e beleza de forma funcional.
Métricas como a
proporção áurea (algoritmo de simetria matemática para representar estética,
beleza e harmonia) e o número de Fibonacci (sequência numérica utilizada em
diversas áreas) são aplicadas para determinar proporções ideais em diversas
práticas cirúrgicas, incluindo cirurgia plástica (aproximadamente 1,618),
influenciando escolhas que visam alcançar beleza e simetria.
“Incorporar a
proporção áurea no tratamento do lipedema pode estabelecer uma relação
equilibrada entre a maior e a menor circunferência da perna, promovendo uma
projeção adequada da panturrilha em relação ao tornozelo, respeitando uma
proporção aproximada de 1,6. Assim, adaptar a proporção áurea na abordagem
cirúrgica do lipedema não só valoriza a estética, mas também auxilia na
personalização do tratamento conforme as necessidades e condições individuais
de cada paciente”, explica o Dr. Fernando Amato.
O médico diz que o
uso estratégico da proporção áurea não é apenas uma referência matemática, mas
um guia que permite atingir um novo padrão de estética no tratamento do
lipedema.
“Existem trabalhos mostrando o uso da proporção áurea para implantes de silicone na perna. Então, por que não usar essas proporções ao tratar pacientes com lipedema e tentar trazer essa proporção para a realidade de cada paciente?”, indaga o Dr. Amato.
Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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