Os avanços tecnológicos recentes vêm aproximando o mundo em velocidade vertiginosa, aprimorando a qualidade e tornando mais seguras e mais rápidas as conexões entre as pessoas, as formas de pagamentos, o tráfego de veículos e de passageiros nos aeroportos, o controle de acesso em locais e edifícios públicos e privados, o trânsito nas fronteiras entre países e a conectividade.
Esta última vem se transformando de forma bastante
disruptiva e com isso aumentando as possibilidades de acesso a vários dispositivos
e aprimorando a qualidade de comunicação de forma exponencial. Esse movimento
gera um ciclo de inovações que se autofomenta. Este é o caso da tecnologia 5G
que propicia inovações nunca antes vistas, dada a sua ultra velocidade, ínfima
latência e enorme disponibilidade.
A tecnologia 5G representa um salto extraordinário em
relação às outras tecnologias mais antigas, gerando uma explosão de novos
aparelhos IoT e a base para a expansão do eSIM, também conhecido como "SIM
virtual" ou eUICC, que tem o mesmo propósito de um cartão SIM removível
tradicional , ou seja, armazenar as informações que os vários dispositivos
móveis utilizam para acessar uma rede móvel.
Porém junto com essa expansão da conectividade cresce
também a necessidade de maior segurança e de conscientização sobre seu impacto
no meio ambiente e na sociedade. Todos esses elementos devem se combinar para
que possam ser sustentáveis, tanto em termos ambientais quanto comerciais.
É importante notar que as empresas de telecomunicação vêm
adotando uma postura cada vez mais responsável em relação à segurança e ao meio
ambiente, utilizando menos plástico, menos transporte, menos resíduos e
seguindo os padrões do Acordo de Paris.
O GREENCONNECT da IDEMIA, por exemplo, é um conjunto de soluções
e serviços que permite aos operadores móveis mudarem sua base de produtos
tradicionais para um pacote de ofertas inspiradas nos princípios da economia
circular: gestão de resíduos responsável, menor uso de matérias primas
tradicionais e maior aplicação de insumos verdes na produção dos cartões eSIM e
nas embalagens.
E quanto mais elevado é o nível de consciência, maior é a
necessidade de confiança e segurança: o grande desafio atual. A computação
quântica é um exemplo de avanço e ao mesmo tempo risco à segurança, pois vai
gerar um poder computacional adicional imenso e tornará obsoletas as formas de
criptografia atuais. No passado seria necessário 10 bilhões de anos para que se
pudesse invadir um cartão SIM, mas com esse avanço isso poderá ocorrer em
minutos.
Porém o risco identificado também faz gerar tecnologias
que o atenuam, tal como o International Mobile Subscriber Identity
(IMSI), que cria um identificador único para cada usuário e aparelho utilizado
e criptografa a identidade de ambos, dentro ou fora da rede. O IMSI possibilita
a utilização dessa identidade única em ambientes nada confiáveis, como redes
Wi-Fi abertas, sem riscos à sua segurança.
Há também os cartões SIM criptografados 5G IMSI. Esses
cartões, chamados de SIM 5G AS, armazenam chaves de conexão temporárias que
permitem a reautenticação completa da rede em caso de interrupção, criando uma
experiência de conectividade mais perfeita.
Estima-se que, até 2024, a receita das operadoras móveis
atinja cerca de US$7 bilhões, como resultado da identidade digital via seus
serviços, representando um crescimento de 800% ante o registrado em 2019.
Outro dado importante refere-se à Internet das Coisas ou
IoT (internet of Things). a previsão
é de que haverá 23 bilhões de aparelhos IoT até o final de 2026, ante os 8,74
bilhões atuais, todos criando cidades inteligentes, comércio, carros e
aparelhos conectados, que coletarão e compartilharão informações e tornarão o
mundo mais intensamente conectado.
Diego Cecchinato - vice-presidente sênior para a
área de operadoras móveis da IDEMIA para a América Latina
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