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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

10 respostas de labirintite- neuro Manual completo

Bate-bola com neurologista em relação aos mitos e verdades sobre tontura!

Na verdade, trata-se de um mini manual sobre tontura e esporte, emocional, alimentação, crianças, gastrite, gravidez, menopausa e desmaios

 

 Tontura não é frescura e está longe de ser apenas um problema apenas dos idosos.  Com a meta de alertar sobre esse sintomas  (que estão por trás de 40 outras doenças sérias que podem ocorrer no labirinto, no nervo do labirinto e até mesmo no cérebro), o neurologista Dr. Saulo Nader, apelidado carinhosamente pelo pacientes e internautas como” Doutor Tontura”, responde:


1- É mito ou verdade que toda tontura é labirintite?

Dr. Saulo: É um grande mito. A tontura é uma palavra geral e nós temos mais de 40 doenças que geram a doença, a labirintite é um termo que esconde diversos problemas. Trata-se de um termo que pegou, sendo muitas vezes utilizado até pelos próprios médicos. A principal questão é: Qual a real causa da sua labirintite? Uma vez que faz muita diferença saber a causa exata, pois para cada uma há abordagem de tratamento totalmente diferente.

Porém, existe sim uma doença chamada labirintite (a “real” labirintite), a qual diz respeito à uma infecção do labirinto, podendo ser ocasionada por uma meningite ou uma infecção de ouvido muito complicada, por exemplo, mas é uma das tonturas que menos acontece, por incrível que pareça.


2- É mito ou verdade que o estresse e o emocional podem ser gatilhos para labirintite?

Dr. Saulo: Verdade, o emocional da gente acaba influenciando em toda nossa saúde, sendo um eixo bastante importante. Muitas doenças que geram a tontura podem ser diretamente influenciadas pelo emocional, ou seja, uma pessoa que geralmente vive tranquila, ao passar por um período de estresse, conturbação, tristeza, alguma coisa emocional, pode desencadear a tontura. Uma das doenças que pode ter uma relação muito estreita com o emocional é a Vertigem Fóbica ou TPPP, caracterizada por uma tontura estranha, a qual a pessoa tem dificuldade de contar para o médico, de encontrar palavras para explicar o que estão sentindo. Tem também uma dificuldade para caminhar, piora dos sintomas em ambientes com muitas informações visuais como frequentar shoppings e mercados e acaba tendo um link muito forte com o emocional, gerando muita ansiedade, medo, receio, insegurança e tristeza nas pessoas, as quais acabam virando refém da tontura delas. Então embora aconteça muito, é uma doença pouco reconhecida.


3 - É mito ou verdade que o nosso labirinto não tem função no corpo?

Dr. Saulo: Mito! O labirinto serve para captar aceleração (e logo, movimento) e por meio dele o cérebro sabe quais os movimentos que o corpo está reproduzindo, como o exemplo de saber se o elevador está subindo ou descendo, se o carro está virando ou andando em linha reta.

 

4- É mito ou verdade que existem alimentos que podem piorar as crises de tontura?

Dr. Saulo: Mito, salvo excessos! Vou explicar. Uma coisa não pode ocorre:  que a qualquer tontura seja totalmente proibido o café, chocolate e doce, bem como outros alimentos. Isso não tem muito sentido, uma vez que são mais de 40 doenças que geram tontura, então, seria muito irracional achar que todas piorariam com esses alimentos. Assim, além do super incômodo da tontura, estaríamos muitas vezes gerando outro incômodo na vida da pessoa, que é proibir ela de comer coisas que ela gosta. Dessa forma,  o mais indicado é avaliarmos qual a causa da tontura, com o que de fato estamos lidando. Algumas doenças sim vão ser necessárias evitar alguns alimentos, mas varia muito de cada caso. No geral, na maior parte das doenças, não há uma limitação tão grande na parte alimentar.


5- É mito ou verdade que os hormônios femininos podem influenciar o funcionamento do labirinto?

Dr. Saulo: Verdade! Embora a gente não entenda muito bem como. Porém, é comprovado estatisticamente que é mais fácil as mulheres terem tonturas do que os homens e em especial mulheres na idade fértil, ou seja, antes da menopausa, mostrando que sim, tanto no labirinto quanto no próprio cérebro os hormônios femininos teriam alguma influência. Muitas mulheres também relatam que apresentam uma piora nos quadros de tontura no período pré-menstrual e menstrual, mostrando que existe uma relação entre o ciclo menstrual com seus picos hormonais conturbados, dependendo da fase do ciclo que a mulher está. Outras também comentam sobre uma piora no climatério, que é a fase da transição entre a idade fértil e a menopausa em que a mulher para de menstruar, então nesse período de transição pode ser visto como turbulento no ponto de vista hormonal, e muitas mulheres acabam piorando a tontura nesse período.


6- A labirintite tem relação com a pressão alta?

Dr. Saulo: Pode sim, pois a tontura funciona como um sinal de alarme para o seu corpo, mostrando que algo não está bem e essa coisa que não está bem pode ser no sistema circulatório, na pressão, chamada e tontura de origem cardiológica, caracterizada por um mal estar, um peso, uma pressão na cabeça e sensação de corpo ruim. Isso pode ocorrer na pressão alta, bem como a queda de pressão também pode ocasionar um tipo de tontura, chamada de lipotimia, que é caracterizada pela sensação de quase desmaio – essa por exemplo muita gente sente ao se levantar muito rápido, por exemplo.


7- Crianças podem ter labirintite?

Dr. Saulo: Muitas vezes, a gente associa a tontura como um problema de idosos, mas isso está errado, pois o pico de incidência das doenças que causam tontura é entre 40 e 60 anos, mas pode acontecer em qualquer idade, inclusive sim, em adolescentes e crianças. Por sorte, em crianças é bem mais raro que no adulto.


8- Qual atividade física é recomendada para quem tem tontura?

Dr. Saulo: Todas podem ser feitas, desde que dentro da zona de conforto e segurança das pessoas. Existem casos em que a vertigem é desencadeada por esforço físico ou por algum movimento específico da cabeça. De forma a dificultar e restringir muito a atividade física. Mas até mesmo essas pessoas, quando bem tratadas e controladas da doença por trás da tontura, costumam conseguir retomar os exercícios físicos sem grandes restrições.


9- Quem tem sofre de ansiedade e vertigem fóbica (TPPP) tem o mesmo tratamento?

Dr. Saulo: O tratamento não é exatamente o mesmo. Para a Vertigem Fóbica, o tratamento engloba medicamentos, fisioterapia vestibular e terapia cognitiva comportamental. Embora alguns medicamentos usados pra TPPP também sejam pra ansiedade, o tratamento para TPP tem suas particularidades em relação ao manejo do medicamento, doses e outros fatores.


10- Os problemas de estômago podem causar tontura? Isso tem alguma relação?

Dr. Saulo:  Em algumas pessoas, problemas gastrointestinais podem ser o gerador de tontura. Por exemplo, em pessoas que sofrem com gastrite ou refluxo e não sabem, elas podem sentir tontura. Claro que outras causas devem que ser descartadas pra afirmar que a origem é um problema no estômago, mas sim, isso poderia ocorrer.

 

Pesquisa feita na Unicamp possibilita o desenvolvimento futuro de LEDs de luz ultravioleta

Sistema de ultra-alto-vácuo no qual está instalado o STM e detalhe da mesa óptica, que permite a detecção de sinais luminosos (foto: acervo dos pesquisadores)

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Como isolante elétrico resistente a altas temperaturas, o nitreto de boro é um material com muitas aplicações comerciais. E novas funcionalidades ainda podem ser exploradas, entre elas a produção de diodos emissores de luz (LEDs) ultravioleta de tipo C (UVC).

Esse tipo de luz é muito útil para esterilizar ambientes, superfícies ou mesmo a água, pois danifica o DNA de microrganismos, tornando-os inativos. Atualmente, lâmpadas fluorescentes são utilizadas como fontes de UVC, mas LEDs podem ter eficiência muito maior, analogamente ao que ocorre em seu uso como lâmpadas para iluminação doméstica.

Um estudo objetivando compreender e controlar melhor as propriedades eletrônicas e ópticas do nitreto de boro, com vista ao desenvolvimento dessas novas aplicações, foi realizado no Laboratório de Pesquisas Fotovoltaicas do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física Gleb Wataghin, da Universidade Estadual de Campinas (IFGW-Unicamp). Artigo a respeito foi publicado recentemente na revista 2D Materials.

Coordenada pelo professor Luiz Fernando Zagonel, a pesquisa teve como protagonista o estudante de doutorado Ricardo Javier Peña Román, orientando de Zagonel e bolsista da FAPESP.

O estudo é fruto de colaboração com grupos de pesquisa do Reino Unido e da França. E, além da bolsa concedida ao doutorando, recebeu financiamento da FAPESP por meio das linhas de auxílio “Apoio a Jovens Pesquisadores” e “Programa Equipamentos Multiusuários”. Esta última possibilitou a aquisição do principal equipamento utilizado, um microscópio de varredura de tunelamento.

“Dito de forma bastante resumida, o que fizemos foi medir o bandgap eletrônico de uma monocamada de nitreto de boro hexagonal [h-BN]”, conta Zagonel à Agência FAPESP.

Para entender o que isso significa são necessárias algumas explicações. “Bandgap eletrônico” é a quantidade de energia necessária para promover um elétron da banda de valência do material para a banda de condução. A banda de valência, localizada mais perto dos núcleos atômicos, constitui o conjunto de configurações eletrônicas nas quais a vasta maioria dos elétrons do sólido se localiza. Já a banda de condução, situada na região mais externa do material, é um conjunto de configurações eletrônicas nas quais há muitos estados disponíveis para que os elétrons os ocupem, mas onde existem poucos elétrons – em algumas condições, nenhum.

“O bandgap eletrônico também pode ser interpretado como um ‘hiato’ na distribuição eletrônica do material, no qual nenhum elétron pode estar. Por isso também é chamado de ‘banda proibida’, pois corresponde a uma faixa de energia que nenhum elétron no material pode ter”, acrescenta Zagonel.

A principal vantagem do nitreto de boro em termos de aplicação decorre do fato de ele possuir um bandgap eletrônico muito grande. Vale dizer que, para promover o elétron da banda de valência para a banda de condução, é preciso injetar muita energia no material. Quando o elétron retorna à banda de valência, que constitui uma configuração mais estável, a maior parte dessa energia é devolvida ao meio na forma de radiação eletromagnética de alta frequência – como a luz ultravioleta C.

“Determinamos o valor do gap eletrônico, que é de 6,8 elétrons-volt [eV]. A energia emitida pelo material, na forma de radiação eletromagnética, é de 6,1 eV. O diferencial, de 0,7 eV, corresponde à energia de ligação de éxciton, cujo cálculo constituiu outro resultado importante de nosso estudo”, informa Zagonel.

Os éxcitons são constituídos por pares formados por elétrons da banda de condução e lacunas existentes na banda de valência, usualmente chamadas de “buracos”. Esses buracos – isto é, as ausências de elétrons – e os elétrons se atraem mutuamente e se ligam, formando um par de entidades que orbitam uma a outra. Essa ligação tem uma energia associada, chamada de “energia de ligação de éxciton”, cuja magnitude indica a estabilidade do par elétron-lacuna – ou seja, por quanto tempo se espera que ele seja estável em uma dada temperatura.

“Quando um éxciton se recombina – isto é, quando o elétron migra para o estado da lacuna e a preenche –, essa recombinação pode ocasionar a emissão de luz, com um patamar de energia que corresponde à energia do bandgap eletrônico menos a energia de ligação de éxciton”, explica Zagonel.

Na temperatura ambiente, os sólidos estão sujeitos a vibrações térmicas, associadas à temperatura, que podem desestabilizar éxcitons de baixa energia de ligação, desfazendo a ligação entre elétrons e lacunas. Se a ligação for desfeita muito facilmente, a emissão excitônica torna-se improvável e o material se comporta como um emissor de luz pouco eficiente. Para que o material se preste a aplicações tecnológicas que possam ser incorporadas à vida cotidiana, é preciso que a energia de ligação de éxcitons seja alta em relação à energia das vibrações associadas à temperatura ambiente.

“O desejável é que a maioria dos elétrons colocados na banda de condução se recombine com lacunas e emita luz de forma excitônica mesmo à temperatura ambiente. E foi essa alta eficiência no processo de emissão de luz mesmo na temperatura ambiente que verificamos no caso do nitreto de boro”, reporta Zagonel.


Defeitos pontuais

Além de medir a energia associada ao bandgap eletrônico e a energia de ligação de éxciton, os pesquisadores investigaram também defeitos pontuais no material. Esses defeitos são constituídos basicamente por locais nos quais átomos do nitreto de boro são substituídos por núcleos atômicos de carbono (C).

“Com nosso microscópio eletrônico de tunelamento [STM], utilizando várias técnicas experimentais, foi possível registrar imagens de defeitos pontuais, determinar seus níveis de energia e observar a luz emitida por eles. Obtivemos imagens que permitem avaliar aspectos gerais da morfologia da superfície, sendo observadas regiões distintas, com ou sem a presença de defeitos pontuais. Em ambos os casos foram realizadas medidas da densidade de estados eletrônicos locais, por meio de espectroscopia de tunelamento de elétrons [STS]. Os resultados obtidos permitiram a determinação da magnitude do bandgap eletrônico em monocamadas de nitreto de boro, uma questão até então em aberto na literatura”, conta Zagonel.

Adicionalmente, o sistema de detecção instalado no microscópio permitiu o estudo da emissão de luz associada aos defeitos pontuais. Foram realizadas medidas de fotoluminescência (PL) e catodoluminescência (CL), observando-se uma linha de emissão distinta, no patamar de 2,1 eV, associada, caracteristicamente, a átomos de carbono. “Vale ressaltar que esta foi a primeira caracterização por CL em monocamadas de nitreto de boro reportada na literatura. A presença de outras emissões em energias maiores indica a coexistência de mais de um tipo de defeito de carbono no material”, pontua Zagonel.

O microscópio eletrônico de tunelamento utilizado pelos pesquisadores é operado em ambiente de ultra-alto vácuo (UHV), em temperaturas criogênicas, de até 12 Kelvin (K), contando com um sistema inovador de detecção de luz desenvolvido e implementado pela própria equipe e já protegido por patente.

“Os resultados obtidos demonstram a versatilidade do nosso setup, que se apresenta como uma poderosa ferramenta para a caracterização de materiais bidimensionais e superfícies. A continuidade das pesquisas se dará com foco em materiais de interesse para o desenvolvimento de aplicações em dispositivos”, conclui Zagonel.

O artigo Band gap measurements of monolayer h-BN and insights into carbon-related point defects pode ser acessado em: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/2053-1583/ac0d9c.

 

 

José Tadeu Arantes

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/pesquisa-feita-na-unicamp-possibilita-o-desenvolvimento-futuro-de-leds-de-luz-ultravioleta/37343/


21/11 - Dia Mundial de conscientização da DPOC

Pessoas entre 40 e 50 anos estão entre as que mais recebem diagnóstico na fase moderada da DPOC [vii]

A doença é uma condição progressiva e pode ser tratada e prevenida, mas não curada [i ii iii]

 

Um adulto com vida normal começa a sentir falta de ar, tossir cronicamente e, da noite para o dia, tem a sensação de limitação para realizar atividades rotineiras. Esses podem ser os sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), também conhecida como enfisema ou bronquite crônica. A doença é uma condição progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões causando desconforto, limitação ao exercício e às atividades do dia a dia [iv vii viii]. A DPOC infelizmente permanece uma condição fatal para quatro brasileiros por hora, totalizando 40 mil todos os anos [vi] .

A jornada do paciente até o diagnóstico correto é longa e 50% deles já estão em estágio moderado da doença quando são diagnosticados [vii] . O percentual de subdiagnóstico em indivíduos com fatores de risco atendidos na atenção primária ainda é muito elevado (71,4%) [viii].

"A ampliação do arsenal terapêutico para a doença, a reabilitação pulmonar e o tratamento adequado e precoce [vii viii] diminuem as taxas de exacerbação, como são chamadas as crises respiratórias em que a falta de ar piora subitamente, e podem reduzir os números de internação hospitalar e a mortalidade, especialmente em pacientes entre 50 e 70 anos de idade" explica o pneumologista, Dr. Alcindo Cerci Neto.

O tratamento ajuda a retardar a progressão da doença [vii viii]. Por causa da exposição a fumaças orgânicas (ex. queima de lenha) ou devido ao início precoce do hábito de fumar, uma série de casos de DPOC são diagnosticados em pessoas entre 40 e 50 anos de idade, levando a perda acelerada da capacidade pulmonar e ocasionando alto custo socioeconômico, perda da qualidade e redução da expectativa de vida [i].

Uma das principais metas no tratamento da DPOC é aumentar a qualidade de vida do paciente e mantê-lo ativo independentemente da gravidade da doença [i ii iii]. Por isso, a importância do diagnóstico e do tratamento precoces para retardar a progressão da doença, reduzir os riscos de exacerbação e, dessa forma, mudar definitivamente o cenário da DPOC no Brasil e no mundo [ii iii vii viii].

 

 

Boehringer Ingelheim

 

 

i-World Health Organization, Cardiovascular diseases: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) Acesso em outubro de 2021.

ii-Fernandes, F. L. A., Cukier, A., Camelier, A. A., Fritscher, C. C., Costa, C. H. D., Pereira, E. D. B., .. & Lundgren, F. L. C. (2017). Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 43, 290- 301.

iii-Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease - GOLD 2021 [homepage na internet]. Bethesda: Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive lung disease 2021 report.

iv-Halbert RJ, Isonaka S, George D, Iqbal A. Interpreting COPD prevalence estimates: What is the true burden of disease? Chest [Internet].2003;123(5):1684-92.

v-Centers for Disease Control and Prevention (CDC).Chronic obstructive pulmonary disease among adults--United States, 2011. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [Internet]. 2012 Nov 23;61(46):938-43.

vi-Centers for Disease Control and Prevention (CDC).Chronic obstructive pulmonary disease among adults--United States, 2011. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [Internet]. 2012 Nov 23;61(46):938-43.

vii-Mape DW, Dalal AA, Blanchette CM, Petersen H, Ferguson GT. Severity of COPD at initial spirometry-confirmed diagnosis: data from medical charts and administrative claims. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. 2011;6:573-81.

viii-Moreira GL, Manzano BM, Gazzotti MR, Nascimento OA, Perez-Padilla R, Menezes AM, et al. PLATINO, a nine-year follow-up study of COPD in the city of São Paulo, Brazil: the problem of underdiagnosis. J Bras Pneumol. 2014 Jan-Feb;40(1):30-7.

 

Basquete abre portas para jovens brasileiros em universidades dos Estados Unidos

Muitas pessoas sonham em viver nos Estados Unidos e conquistar uma carreira de sucesso durante a estadia. Um dos meios para conseguir isso é por meio do esporte e foi como Caio Teixeira conseguiu promover o próprio desenvolvimento ao se candidatar para uma vaga na universidade pleiteando bolsa de estudos para jogar basquete e futebol. Atualmente, após se graduar em Administração e jogar pela Johnson University de Orlando, Caio produz conteúdo para internet com base em suas experiências no país.

Para os jovens, essa é uma boa forma de apresentar quais são as possibilidades de crescimento e desenvolvimento em outro país, visto que existe uma infinidade de oportunidades nos Estados Unidos quando o assunto é esporte. Desde os 13 anos, Caio jogou no Brasil pelos times de Niterói e do Botafogo e quando surgiu a chance de ir para os Estados Unidos, precisou participar de diversas peneiras para conseguir se alocar em um time do ensino médio.

Segundo o atleta, foi fundamental o treinamento de alto nível ainda no Brasil para conquistar a vaga na high school, uma vez que os estudantes do colégio já estavam desenvolvendo suas habilidades para convencer o técnico e esperando conquistar essa oportunidade. Ele relata que os anos jogando campeonatos sub-15 e sub-19 fizeram toda a diferença nesse processo.

No entanto, a conquista da bolsa esportiva em uma universidade costuma ser o momento mais difícil para esses estudantes, considerando o valor necessário para estudar, que pode chegar a mais de 50 mil dólares anualmente, sem contar os custos de residência, transporte, alimentação e lazer. Por esse motivo, muitos buscam a oportunidade de bolsa de estudos, seja ela por mérito acadêmico ou esportivo. 

Ao terminar o último ano escolar, apesar de fazer parte do time titular de basquete, Caio não recebeu nenhuma proposta de universidades, o que o levou a fazer um showcase para mais de 40 técnicos de basquete, vindos de todos os cantos do país. Com isso, conseguiu duas propostas vindas de Massachusetts e Vermont, onde a oferta era mais vantajosa e com uma estrutura colossal.

Ainda assim, Caio passou por algumas adversidades, como o frio e a falta de oportunidades no time da faculdade, sendo que durante o primeiro ano ele jogou apenas 15 minutos inteiros devido à falta de reconhecimento por parte dos técnicos e colegas de equipe, diferentemente dos times que fez parte em Orlando, que eram mais abertos a estrangeiros.

Por essa razão, após o período de um ano, ele solicitou a transferência para Orlando e terminou a graduação em Administração e Negócios no Estado da Flórida, embora não tenha conseguido continuar com o basquete devido a algumas barreiras de idioma e com as matérias de cálculo.

É importante ressaltar que falar inglês de conversação não basta quando se trata de formação universitária, quando é necessário entender termos técnicos de disciplinas que podem ser extremamente difíceis, como cálculo, bem como para os que desejam cursar matérias biológicas, como medicina e química.

E mesmo fora do time de basquete, Caio não deixou de praticar o esporte e continuou recebendo apoio de patrocinadores e da NBA Brasil para compartilhar a experiência que estava vivendo nos Estados Unidos com os vídeos no YouTube, que além do dia a dia real no país mostram também diversos materiais sobre o esporte. Atualmente, além de produzir conteúdo para internet, Caio também quer continuar no meio do esporte, seja jogando ou comentando os jogos de forma profissional.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

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Análise: Quanto abuso psicológico a mulher ainda precisa sofrer para obter o que lhe é direito?


Várias foram as vezes que tive a tarefa de conquistar uma aposentadoria para clientes que relataram serem vítimas de abusos de natureza física e psicológica. Diziam-me que, com o benefício, poderiam finalmente viver sozinhas e não se submeterem mais a humilhações e agressões.  

Para outras, infelizmente, não havia sequer alternativa a fim de que uma separação fosse mais sustentável, pois o marido, além de proibi-las de trabalhar, nunca sequer contribuiu à Previdência Social, não garantindo a estas nem mesmo uma aposentadoria. 

Isso me faz lembrar da série “Maid”, cuja protagonista, Alex, enfrenta a dificuldade de se libertar de uma vida que foi sendo tolhida em razão da interferência de seu companheiro que minou seus sonhos, sua essência, sua autoestima e confiança.  

O abuso psicológico é entranhado, mas não pouco corriqueiro na vida das mulheres. É um abuso emocional, existente nos círculos mais íntimos. As feridas de Alex não ficam visíveis por meio de hematomas, mas são profundas na alma e se tornam triviais, a ponto de nos acostumarmos com os estragos pouco conscientes em nossas mentes.  

E daí surge o questionamento: “por que elas se submeteram a essa realidade e não procuraram autonomia, não saíram de perto do agressor”? Bem, porque há uma cultura patriarcal tão enraizada na sociedade e no interior dessas mulheres, por meio da educação perpassada ao longo dos anos, que elas, de fato, acreditam que não sejam capazes ou que não consigam mudar uma realidade na qual entendem já estarem predestinadas.

 

O contexto de obstáculos no Brasil

Segundo dados do último Anuário Estatístico da Previdência Social – AEPS, as mulheres são a maioria dentre os que se aposentam por idade, representando 64%, com benefícios em torno de um salário mínimo. Todavia, na modalidade por tempo de contribuição, em que os rendimentos são maiores, estas representam apenas 30% dos beneficiários. Nesse cenário, menos mulheres conseguem se aposentar, têm menos emprego e mais informalidade.  

Em tal contexto, soma-se à dificuldade, além dos cuidados quase sozinhas com os filhos e o lar, a dependência das mulheres para com seus companheiros que, por muitas vezes, minam as possibilidades de estas ascenderem no mercado de trabalho, e, na hora de requerer uma aposentadoria, a dificuldade é grande.  

Sem emprego ou vínculo empregatício formal, muitas mulheres se dedicaram aos afazeres domésticos. Em contrapartida, seus companheiros nunca contribuíram para a Previdência Social para que estas, no futuro, pudessem gozar de uma aposentadoria, sem usufruir, muitas vezes, de um mínimo de dignidade.  

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) também pode ser dificultado, visto que se deve comprovar miserabilidade econômica da família. Se a renda do companheiro já ultrapassa um salário mínimo, salvo em famílias mais numerosas, se torna impossível conquistar esse benefício para a mulher que nunca tenha recolhido previdência, ou por pouquíssimo tempo.  

Como se não bastasse, de acordo com as rigorosas mudanças da mais recente reforma da previdência, também no benefício de pensão por morte, se o companheiro vier a falecer, a renda do benefício não será mais a de 100%, mas a de 60% da aposentadoria por invalidez que o falecido teria direito, caso não haja mais dependentes.  

Ou seja, há uma desvantagem quase desumana para a mulher ter acesso a benefícios previdenciários e assistenciais e garantir uma vida digna. Um cenário de dependência econômica, diversas vezes acompanhada pela submissão psicológica e emocional. Por todo exposto, faz-se urgente que haja políticas públicas para que a desvantagem social e previdenciária feminina seja amenizada. 

Aproveito o ensejo e deixo um recado às mulheres que sofrem abusos: saiam do ciclo de submissão, conquistem trabalho, benefícios previdenciários e muitos sonhos. Tenham coragem de interromper esta engrenagem tortuosa e se libertar das intimidações da vida e da sociedade.

 


Carla Benedetti - sócia da Benedetti Advocacia, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário do Estratégia Concursos

 


Enem: ficar longe do celular durante a prova é fonte de ansiedade para jovens

Nomofobia pode prejudicar raciocínio durante exame, comprometendo resultado


Acendendo e apagando, a luz que indica novas interações nas redes sociais e aplicativos de mensagem não para de piscar, não importa a hora do dia ou da noite. Um comentário em uma foto, uma resposta aos stories, a confirmação de um encontro com amigos ou crushes, tudo é motivo de notificação - e ficar longe desses pequenos drops de informação é fonte de ansiedade para muitos jovens. Como, então, lidar com a exigência de permanecer várias horas longe do smartphone, com o aparelho desligado e completamente fora do alcance das mãos e até mesmo do olhar? A nomofobia - medo de ficar sem o celular - pode ser um problema real para estudantes que vão prestar vestibular ou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


Nomofobia é questão de saúde do século XXI

Um estudo realizado na Coreia do Sul e publicado no periódico Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking pela City University de Hong Kong chegou à conclusão de que estudantes universitários consideram seus smartphones como uma extensão de seus corpos e de sua identidade. Quando privados do contato com esses aparelhos, os jovens demonstravam ansiedade e angústia. O termo “nomofobia” vem da expressão em inglês “no mobile phobia”, literalmente “medo de ficar sem celular”. Esse é um problema que tende a ser cada vez mais comum em todo o mundo.

“Com o passar do tempo, se tornou mais difícil ficar longe do celular porque, para a maioria das pessoas, ele é um instrumento de conexão. Também o utilizamos para leituras, pesquisas, agenda, registrar momentos por meio de fotos e vídeos, localização (GPS), assistir séries e filmes, jogar, aprender, entre tantas outras funções”, explica Rafaela de Faria, doutora em Educação e professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo. Durante a realização de uma prova como a do Enem, entretanto, não é permitido mexer nesse tipo de aparelho, o que pode ser um problema para quem não está acostumado a deixar de lado as teclas e notificações. “Preparar-se para essas longas horas longe do smartphone também é uma parte importante do período que antecede exames como o Enem e vestibulares. É preciso exercitar o cérebro para que ele permaneça tranquilo ao longo da resolução da prova”, afirma a especialista.


Como se preparar para ficar sem o celular durante o Enem?

Para o professor de História e coordenador editorial do Sistema Positivo de Ensino, Norton Nicolazzi Junior, ao fazer uma prova como o Enem, tão importante quanto saber os conteúdos que podem ser cobrados é estar emocionalmente preparado. “Muitos estudantes não conseguem lidar com a pressão psicológica envolvida em uma avaliação que pode ser determinante para o futuro profissional. Então, saber resolver as questões é apenas uma parte da preparação necessária para esses exames”, pontua. Nicolazzi lembra que, atualmente, dependemos do celular para uma série de tarefas fundamentais no dia a dia, mas que precisam ser deixadas do lado de fora da sala de aplicação da prova. “O estudante precisa ser capaz de focar sua atenção na resolução dos exercícios cobrados, sem ficar pensando no que está ‘perdendo’ por não estar com o smartphone por perto”.

Uma das dicas para chegar a esse resultado é começar aos poucos, nos meses que antecedem o Enem. Aumentar o tempo de afastamento do aparelho um pouquinho a cada dia pode ajudar. Rafaela afirma que “esse é um momento que demanda disciplina nos estudos para aumentar as chances de conquistar a vaga almejada na universidade”. 

Ela separa algumas dicas importantes para conseguir chegar ao dia da prova sem tanta ansiedade pela separação do smartphone. A primeira delas é tornar a rotina de estudos mais analógica. “Se possível, não estude pelo celular. Dê preferência aos livros, apostilas e computador”,sugere. Segundo ela, essa prática contribui para que o estudante comece a associar o momento de estudo a estar sem o celular à mão. O tempo de exposição ao aparelho também precisa ser observado. “Ao estudar, deixe o celular em uma gaveta, longe de você ou em outro cômodo. Desative todas as notificações, mas antes avise as pessoas importantes que podem se preocupar com você nesse período. Monitore o tempo de uso. Você pode fazer isso colocando alarmes como lembrete para encerrar o acesso e voltar para os estudos e estabelecendo horários para usar o aparelho, como nos períodos de intervalos  ou aqueles dedicados ao lazer. Também é possível excluir alguns aplicativos e instalar bloqueio de uso”, aconselha. 

Por fim, se não for possível estudar sem a ajuda do aparelho, a especialista lembra que alguns passos também podem ser tomados. “Caso utilize o smartphone para estudar, mantenha todas as notificações desativadas para não ser interrompido e, se necessário, peça ajuda para os familiares, amigos, professores e especialistas”, finaliza.


A importância da autorresponsabilidade

 

Na vida existem dois tipos de pessoas. Aquela que fala pouco, mas é organizada, planejada e executa as suas ideias. A segunda também planeja, tem ótimas ideias, é eloquente, influente, se comunica ativamente. No entanto, pode deixar a desejar na execução e o resultado não aparece. E no contexto das organizações, das necessidades corporativas contemporâneas qual o tipo de pessoa que é mais visada? Ou melhor, qual é o tipo de pessoa que você é?

Há uma habilidade divisora entre essas duas características: a autorresponsabilidade. Essa questão está associada à capacidade de responsabilizarmos a nós mesmos por tudo aquilo que acontece em nossas vidas. Não cabe ao outro a responsabilidade por aquilo que somente nós podemos e devemos fazer. Quem cultiva essa habilidade compreende que prós e contras do que acontece é de sua responsabilidade. E quando visualizamos o papel da autorresponsabilidade no ambiente de trabalho, essa habilidade é ainda mais valorizada e requisitada.

John Doerr, um investidor norte-americano e capitalista de risco da Kleiner Perkins, em Menlo Park, Califórnia, que tem negócios ligados ao Vale do Silício nos apresenta a seguinte frase: “Ideias são fáceis. Execução é tudo!”. O que isso quer dizer? Não adianta ter bons objetivos se não há entrega efetiva. Para isso, é preciso atitude, é preciso organização, e, acima de tudo, é necessário ter autorresponsabilidade.

A pessoa autorresponsável tem o senso de entender onde ela está, o que foi proposto e como ela deve agir, traçar e fazer as suas ações, a sua execução. A autorresponsabilidade impulsiona de forma acelerada a tirarmos as ideias do papel e executar efetivamente.  Esta habilidade não pode ser vista no currículo, mas é uma das mais procuradas e relevantes soft skills que sustentam um profissional de alta performance e destaque.

Você nunca achará alguém bem-sucedido e que gere impacto positivo nas suas ações, que não tenha esta habilidade muito bem trabalhada. A autorresponsabilidade é um poder, é uma força que só depende de você, da sua consciência, pois é ela que nos faz ter a compreensão sobre tudo o que acontece em nossas vidas traz as suas consequências, positivas e/ou negativas.

Existem algumas caraterísticas presentes nas pessoas que não têm a autorresponsabilidade desenvolvida, entretanto tem uma em especial que eu gostaria de destacar e que permeia demais o cotidiano do contexto corporativo: a justificativa.

Você já teve a sensação de sair de uma reunião, ou ler um e-mail, onde a pessoa escreve um lindo texto contendo apenas justificativas? Ela argumenta as suas ações não concluídas, os seus atrasos, os seus planos não desenvolvidos. Ou seja, tudo se torna justificável. Essas pessoas são excelentes em produzir relatórios e consolidar informações para justificar o porquê aquilo que deveria ser executado não foi feito.  Sabe por quê? Porque a justificativa minimiza a culpa de saber que você não foi responsável por não entregar a tarefa proposta. Nessa cadeia de justificativa sempre tem “alguém que não fez”, “uma máquina que deu problema” ou “um problema que surgiu”.

Assumir um erro não é fraqueza, é entender que o acúmulo de falhas fará você ter um nível alto de acertos. Errar faz parte do sucesso! Mas é preciso ter coragem e humildade para assumir um erro.

“Eu errei mais de 9 mil arremessos na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 oportunidades confiaram em mim para fazer o arremesso da vitória e eu errei. Eu falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E é por isso que tenho sucesso.”, frase de Michael Jordan, o maior jogador de basquete do mundo, para te inspirar.

Por isso, falar de autorresponsabilidade é olhar os erros como possibilidades e não entrar na esfera do justificável. E pior ainda é quando a justificativa está relacionada com a falta de ação do outro.

E você que, às vezes, pode estar no meio desta cadência de ações, pode sofrer o rescaldo de tudo isso. Faz parte do desastre e queda de performance, da falta de autorresponsabilidade dentro de um contexto, onde várias pessoas agem. E, depois, será bem provável que na apresentação dos resultados haverá uma bela e bem contada história, com uma justificativa para aquela ação não concluída.

A justificativa tem roubado o tempo das pessoas impactando na produtividade e, consequentemente, nos resultados. Por isso, eu uma reflexão com o objetivo de olharmos onde podemos subir ainda mais a nossa barra, encarando nossos erros não com culpa, mas como oportunidades.

A nossa velocidade somente importa se estivermos no caminho certo, e a autorresponsabilidade nos coloca na rota certa em agir com disciplina, focando em entregar o nosso melhor e não apenas o nosso possível.

Assim, eu deixo seis lições da autorresponsabilidade, que me trouxeram boas reflexões em “O Poder da Ação”, de autoria de Paulo Vieira, professor e especialista em performance:

1 – Se for criticar as pessoas, cale-se.
2 – Se for reclamar das circunstâncias, dê sugestões.
3 – Se for buscar culpados, busque a solução.
4 – Se for para se fazer de vítima, faça-se de vencedor.
5 – Se for justificar os seus erros, aprenda com eles.
6 – Se for julgar alguém, julgue a ação desta pessoa.

Por isso, lembre-se de cada uma dessas lições e reflita: quanto mais pessoas falando o necessário e agindo rumo ao extraordinário, mais resultados impactarão no crescimento de todos. Afinal, que tipo de pessoa você quer ser: a que fala de menos e faz mais ou a que fala demais e faz de menos?

 


Shirley Fernandes - sócia-diretora Comercial e de Marketing da N1 IT Stefanini


Estágio é assinado em carteira de trabalho?

Modalidade garante diversos benefícios para estudantes com regras específicas para garantir aproveitamento máximo


Desde quando a Lei de Estágios entrou em vigor, há 13 anos, milhões de jovens puderam se beneficiar da iniciativa para ingressarem no mercado de trabalho brasileiro. Contudo, ainda vejo algumas empresas e até mesmo candidatos com dúvidas em relação à contratação.


 

Legislação própria garante todos os direitos e benefícios

 

Afinal, o estágio é igual emprego? A Lei 11.788/2008 deixa bem claro: esse tipo de admissão não é assinada em carteira de trabalho. Isso porque o objetivo da prática é educacional, voltada apenas para quem está na escola ou faculdade. Assim, somente quem cursa o ensino médio, técnico, superior ou nos dois anos finais do nível fundamental pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode estagiar.

 

O objetivo é garantir o desenvolvimento profissional na união do conteúdo aplicado em sala de aula com a prática corporativa. Muitas trajetórias de sucesso começam a partir de uma oportunidade para atuar como estagiário. Isso porque, como é, em grande parte, a primeira vivência de muitos, dá a chance de ser moldado pelo líder e pelo time para trilhar uma jornada de conquistas dentro da organização. Para se ter uma ideia, a taxa de efetivação está entre 40 e 60% para esse público.


 

Incentivos para as contratantes

 

Por não gerar vínculos empregatícios, a empresa tem diversos incentivos, como a isenção dos encargos trabalhistas (FGTS, INSS, 13º salário, sobre férias e verbas rescisórias). O estudante recebe uma bolsa-auxílio e auxílio transporte, além de ter um seguro contra acidentes pessoais, recesso remunerado e carga horária reduzida.

 

Apesar dos estímulos, ainda há um grande desfalque de chances para quem mais precisa aprimorar habilidades e atuar no mercado. São cerca de 17,2 milhões de brasileiros aptos a exercer essa função, mas apenas 900 mil estagiam. Logo, as companhias de todos os segmentos e tamanhos, visando a recuperação econômica devem entender: contar com a força do jovem é garantir um futuro próspero para todos.

 

Só poderemos construir um amanhã sólido para a nação garantindo a inclusão dessa população, até para fazermos a roda da economia agitar e girar com rapidez. A disposição da juventude é gigantesca e são muitas as vantagens em acreditar no estágio como agente transformador.

 

Temos um grande potencial a ser explorado e os líderes perspicazes e empreendedores saberão aproveitar essa força ao admitir estagiários!


 

 

Carlos Henrique Mencaci - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios


A História da Black Friday

 

A sexta-feira costuma ser um dia de muitas alegrias para os brasileiros. "Sextou" tornou-se um verbo em homenagem ao fim do expediente e a expectativa do final de semana. Todavia, nem sempre a sexta-feira teve este mesmo sentido. Tradicionalmente, a sexta-feira possui um sentido ligado à tristeza ou ao infortúnio. A sexta-feira mais conhecida da História remete à morte de Jesus Cristo, único dia do ano em que missas e cultos não se realizam. Na mitologia nórdica, há a história de um banquete em que Loki, ao não ser convidado para um jantar organizado por Odim, matou um dos convidados. No século XIV, o rei Felipe IV entrou em conflito com a Igreja Católica e tentou adentrar a ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, sendo negada sua admissão. Descontente com tal decisão, o Rei teria ordenado a perseguição dos templários em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307. De lá pra cá, a sexta-feira 13 ganhou maior notoriedade nas telas de cinema, quando o assassino Jason aterrorizou diversas pessoas em suas várias edições.

No caso da chamada Black Friday, a primeira vez em que este termo apareceu foi em setembro de 1869, quando Jay Gould e James Fisk, dois especuladores, ludibriaram o sistema financeiro norte-americano ao especularem em torno da compra e venda da distribuição do ouro, então principal fonte de lastro. Quando o governo descobriu a engenharia trapaceira, interviu na correção da especulação, aumentando a quantidade de ouro no mercado, o que fez com que os preços caíssem e muitos investidores perdessem investimentos.

Embora passível de discussões, o sentido contemporâneo da Black Friday surgiu através da Factory Management and Maintenance - uma newsletter voltada para informações relativas ao mercado de trabalho. De acordo com Bonnie Taylor-Blake, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte, em 1951, uma circular fez rodar uma notícia que afirmava haver uma síndrome da sexta-feira pós-Dia de Ação de Graças, quando muitos trabalhadores alegavam sentir diversos tipos de enfermidades ao terem que trabalhar nessa data específica.

Nas décadas de 1950 e 1960, quando a cultura do consumo espraiou-se pelos EUA, sua população começou a encher ruas e avenidas em busca das melhores ofertas. Porém, nesse período, o termo Black Friday ficou conhecido apenas na região da Filadélfia, atravessando algumas outras regiões em menor escala. Foi nos anos 1990, com a explosão do neoliberalismo e o fim do comunismo enquanto sistema alternativo à modernidade, é que a expressão Black Friday ganhou maior notoriedade e relevância. A partir do barateamento mundial das mercadorias, quando diversas fábricas e empresas migraram para países com baixo custo de produção, além do desenvolvimento financeiro do sistema de crédito, a data passou a compor o calendário de compras da sociedade norte-americana e de várias outras nações.

No Brasil, a primeira Black Friday teve início no ano de 2010, quando o governo Lula estimulou os consumidores a saírem de casa e consumirem à vontade, como uma forma de conter os danos causados pela Crise de 2008. Como o sistema de crediário recebeu grande suporte governamental, as empresas brasileiras resolveram adotar a data como uma forma de aquecer o consumo antes do Natal, criando praticamente dois Natais em três meses. Em uma década, a Black Friday tornou-se uma data oficial da cultura do consumo nacional, sendo aguardada por muitos e aprimorada ano após ano com a modernização das compras online.

 


Victor Missiato - doutor em História, professor do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília e membro do grupo Intelectuais e Política nas Américas (UNESP/Franca).


Canadá oferece cerca de 300 mil vagas por ano para imigrantes

Empresa de imigração fará evento 100% gratuito e online com dicas de como morar no país, independente da experiência profissional


Além de ser um dos países com melhor qualidade de vida do mundo, o Canadá também está em busca de imigrantes no mundo todo para ocupar oportunidades de emprego importantes. “O país oferece cerca de 300 mil vagas por ano para o mundo inteiro e muitas empresas canadenses vêm ao Brasil contratar profissionais, oferecendo salários justos e boa qualidade de vida”, afirma Daniel Braun, fundador da Cebrusa Northgate.

Muitos brasileiros têm o desejo de morar no país e, pensando nisso, a Cebrusa Northgate, empresa com soluções de imigração ao Canadá, está oferecendo um evento 100% gratuito e online, chamado “Jornada do Brasil ao Canadá” com dicas de como morar por lá, independente da experiência profissional, idade e do idioma. “O Canadá é um país totalmente aberto à imigração com ampla chance profissional em mais de 200 áreas diferentes e vamos esclarecer tudo isso durante o evento”, destaca Armando Stocco, sócio da Cebrusa Northgate e consultor regulamentado de imigração.

A “Jornada do Brasil ao Canadá” acontece de 29/11 a 05/12, com três aulas e uma super conferência de encerramento. As lives de aquecimento já começaram e os temas estão sendo postados diariamente nas redes sociais da Cebrusa.

Para mais informações, acesse https://danielbraun.com.br/jbc_cap_org_ai ou https://www.instagram.com/danielmbraun/.

 


Cebrusa Northgate

 

Abrasce prevê alta de 19% nas vendas durante a Black Friday e setor deve movimentar R$ 2,9 bilhões

Levantamento também estima crescimento do ticket médio, que deve chegar a R$ 242, valor 5,2% superior aos R$ 230 do ano passado.

 

A Pesquisa de Expectativas Black Friday 2021, da Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), feita em todo o país, aponta uma estimativa de venda 19% superior ao da mesma data do ano passado. O levantamento também indica que o setor deve movimentar R$ 2,9 bilhões entre os dias 25 e 28 de novembro. Apesar da inflação no período (10,67%), a expectativa é de expansão do volume de vendas, da ordem de 7% sobre 2020.

O comércio nos shoppings deve resultar em um ticket médio de R$ 242, o que representa um valor 5,2% maior que os R$ 230 do ano passado e 4,3% superior ao registrado em 2019, quando as vendas médias foram de R$ 232.

Em relação à Black Friday de 2019, a estimativa é de -13%. Esta queda esperada, no entanto, se deve ao bom desempenho do setor naquele ano. Contudo, observa-se um otimismo maior sobre as datas comemorativas anteriores. Para o Dia das Mães, por exemplo, a baixa esperada era de -19%, no Dia dos Namorados, a expectativa era de -23%, e para o Dia dos Pais, a redução estimada era de -15% em comparação a dois anos atrás.

A data também deve marcar uma alta no volume de frequentadores aos shoppings, pois a expectativa dos lojistas é que o fluxo de pessoas seja 20% superior ao observado em 2020.


Descontos - Em média, segundo o levantamento, devem ser aplicados descontos na ordem de 40% sob os produtos, mas em alguns casos os cortes nos preços podem alcançar até 70%.

Os lojistas devem, em sua maioria, optar por dois canais principais de vendas: o delivery (55%) e o marketplace/vendas online (53%). Os shoppings esperam, ainda, que as seguintes categorias sejam destaques de vendas na Black Friday 2021: eletrônicos, eletrodomésticos e vestuário.

O presidente da ABRASCE, Glauco Humai, classifica como importante as perspectivas do setor para a data pois demonstra que o varejo nos shoppings está em plena recuperação como também há uma predisposição dos consumidores em retornarem cada vez mais aos empreendimentos para efetuarem suas compras e para curtirem as opções de lazer.

"Muito mais que bons números, é uma perspectiva cada vez mais sólida de um crescimento contínuo no setor. Os lojistas e empresários estão animados com o crescimento nas vendas e com o retorno da população, movimento que resulta em vendas, emprego e manutenção de investimentos no varejo brasileiro. A Black Friday é um bom termômetro para as vendas de fim de ano e 2022", finaliza.

 

ERP: cinco dicas para escolher um sistema de gestão

Um software ERP, do inglês Enterprise Resource Planning, é um sistema de gestão integrado que permite a automatização e gerenciamento das mais diversas etapas de um negócio. A solução registra informações referentes a funcionários, clientes, fornecedores, produtos, compras, vendas, impostos, entre outras, com a finalidade de organizar e otimizar o funcionamento de uma empresa. Como existem várias soluções disponíveis no mercado, listei aqui cinco dicas fundamentais para escolher o ERP mais adequado para a sua empresa.


#1 - Em nuvem: Ter a gestão na nuvem significa ter liberdade para gerenciar uma empresa de qualquer lugar e a qualquer hora. Além disso, esse tipo de sistema permite redução dos custos de TI, não sendo necessária uma infraestrutura física. Isso elimina os custos de manutenção e integração dos sistemas, além de atualizações automáticas, sem perda de dados. Por isso, nem cogite adotar um sistema que não esteja 100% na nuvem.


#2 - ERP com CRM: Para evitar a utilização de vários sistemas desintegrados, é ideal escolher um ERP que já disponha de um CRM. Do inglês Customer Relationship Management, esse sistema centraliza as informações do relacionamento com os clientes. Quando a empresa escolhe um ERP que já tem um CRM, consegue integrar todas as ações de serviços, marketing e vendas de modo sincronizado, permitindo a melhor jornada de compra aos clientes e um menor custo para as operações. A integração do ERP com o CRM melhora a relação entre os departamentos de uma empresa, evitando erros, retrabalhos e processos burocráticos.


#3 - Business Intelligence integrado: Com a plataforma de BI integrada ao ERP, é possível combinar dados com análises visuais para gerar insights de negócios significativos e acionáveis. O acesso a relatórios e informações relevantes para a tomada de decisão acontece de forma rápida, atualizada e segura. Os usuários podem ainda personalizar facilmente as funcionalidades à medida em que a empresa cresce ou muda as suas operações, proporcionando a utilização de um único sistema. Portanto, nem pense em adotar uma solução sem Business Intelligence.


#4 - Automatização dos processos internos: Nada de trabalhos manuais ou passíveis a erros. Com um ERP, a empresa é capaz de operacionalizar todas as suas rotinas, automatizar os processos e reduzir os erros tanto na coleta como na análise de dados. Todos os processos internos passam a ser automatizados e padronizados de acordo com as melhores práticas do mercado, gerando economia de tempo, melhora na produtividade das equipes e redução de erros.


#5 - Flexibilidade e personalização: Um bom ERP deve acompanhar o crescimento de uma empresa. A solução deve permitir a personalização, sendo escalável e adaptável às necessidades das empresas. Por isso, é fundamental escolher um software com atuação mundial, capaz de acompanhar a expansão de uma empresa não apenas dentro do Brasil, mas também no exterior. Um ERP de padrão internacional permite a adaptação automática de idiomas, moedas e até tributos, promovendo muito mais agilidade e confiabilidade à gestão multinacional.

Independentemente das necessidades de cada empresa, um ERP adequado é capaz de modernizar a gestão, eliminando processos manuais, a duplicação de dados e principalmente os erros humanos. Assim, é possível aposentar definitivamente as planilhas e inaugurar uma rotina gerencial muito mais eficiente.

 


Alexandre Dissordi - cofundador e diretor comercial da Active Cloud Solutions, maior parceira da Oracle NetSuite na América do Sul.

 

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