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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma


“Teste do Olhinho” possibilita chance de cura de mais de 90% dos casos de câncer de retina em bebês
O Retinoblastoma se desenvolve na retina das crianças geralmente até os três anos 


O “Teste do Olhinho” ou “Teste do Reflexo Vermelho” é essencial para identificar a leucocoria (reflexo branco na pupila ou reflexo do olho de gato), o sinal mais frequente em pacientes com retinoblastoma, câncer das células da retina, que acomete bebês, na maioria dos casos. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) alerta que é essencial que o exame tenha uma lei federal, já que as chances de cura chegam a mais de 90% se esse tipo de câncer for diagnosticado precocemente.

Desde 2010 o exame é obrigatório aos planos de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante a realização dos testes em todos os municípios participantes da Rede Cegonha, porém, menos de 50% dos municípios estão no programa. “É primordial que a população conheça os sinais do câncer que acomete a retina das crianças (reflexo branco na pupila, baixa visão, estrabismo, fotofobia e/ou deformação do globo ocular) e deve ser instituída a cultura de levar os bebês ao oftalmologista desde os primeiros dias de vida, a primeira análise deve ser feita já na maternidade”, explica Teresa Fonseca, presidente da SOBOPE.

Quanto ao tratamento, o oftalmologista membro da SOBOPE, Luiz Fernando Teixeira conta que existem centros públicos no Brasil que têm condições e tecnologia iguais aos países desenvolvidos como EUA e locais da Europa. “O tratamento deve ser realizado em centros de referência, por equipe multidisciplinar especializada e bem treinada. As modalidades terapêuticas são várias, como laserterapia, crioterapia, quimioterapia sistêmica, intra-vítrea ou intra-arterial, radioterapia e cirurgia. Com a utilização de todo este suporte de tratamento podemos cada vez mais curar estes pacientes com preservação da visão, evitando a cirurgia de retirada do olho”.

Teixeira também explica que nem toda mancha branca no olho ou estrabismo é câncer, mas se for notada qualquer alteração é necessário levar a criança ao oftalmologista.


Sintomas do retinoblastoma

A leucocoria (reflexo branco na pupila ou reflexo do olho de gato) é o sinal mais frequente em pacientes com retinoblastoma, ocorrendo em até 50% dos casos. Outros sintomas que podem ser característicos da doença são baixa visão, estrabismo, fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) e deformação do globo ocular. O diagnóstico precoce tanto melhora a sobrevida dos pacientes quanto diminui a morbidade, que seria a retirada do olho e perda da visão. 


Sobre o retinoblastoma

·         É responsável por cerca de 2% a 4% dos tumores infantis;

·         De acordo com dados de 2010 do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, a incidência varia entre 21 e 27 casos por milhão de pessoas;

·         90% dos casos são diagnosticados do nascimento até os cinco anos de idade;

·         Os pais que tiverem um filho com retinoblastoma necessitam fazer aconselhamento genético porque as chances de eles terem uma segunda criança que seja portadora da doença é alta, entre 45 e 50%;

·         Bastante agressivo, pode afetar o nervo óptico, alcançar o sistema nervoso central e levar o paciente à morte, quando diagnosticado tardiamente.


Como o teste do olhinho é realizado

Uma fonte de luz sai do oftalmoscópio, onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo, ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada.

Conscientização de Linfomas


Muitas pessoas não se lembram dele, mas o sistema linfático é complexo e possui funções vitais para o nosso corpo, como, por exemplo, defendê-lo contra infecções. Nele se encontram os linfonodos, ou gânglios linfáticos, que reservam diversas células do sistema imunológico que identificam e capturam invasores (vírus, bactérias, etc.) que passam por esses locais. Se uma dessas células, que deveriam proteger o corpo, transforma-se em maligna, crescendo descontroladamente e contaminando todo o sistema, origina-se um linfoma. 

“O sistema linfático percorre todo o corpo, por isso, o linfoma é muito grave. Eles podem acontecer nos gânglios linfáticos, mas eventualmente podem acometer outros órgãos, como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, cérebro, pele, entre outros”, afirma o médico oncologista da Oncomed-BH, Dr. Leandro Ramos. 

Devido à necessidade e importância de ficar atento ao diagnóstico precoce, sintomas e tratamento da doença, foi criado o Dia Mundial de Conscientização de Linfomas, celebrado em mais de 20 países. Fadiga e perda de peso são sintomas da doença. Também é possível fazer um autoexame para identificá-lo. Periodicamente, leve a mão ao pescoço e também passe sobre as regiões em que estão os gânglios linfáticos (como virilha e axilas). Se sentir um inchaço, procure assistência médica.”, complementa o oncologista.  

Apesar dos seus sintomas, o linfoma costuma ser um câncer silencioso, desconhecido por muitos. De maneira geral, têm comportamento e grau de agressividade diversos. Eles podem ser divididos em dois grandes grupos: os linfomas de Hodgkin (LH) e não Hodgkin (LNH). “Muitos oncologistas agrupam os tipos de linfoma de acordo com a velocidade de crescimento e progressão da doença, como de baixo ou alto grau, levando em consideração o padrão da biópsia do linfonodo feita ao microscópio e o tipo celular predominante dos linfócitos (T ou B)”, explica Dr. Leandro Ramos.

            De acordo com os dados da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), a frequência desse tipo de câncer teve uma característica de aumento significativo nas últimas décadas, o dobro de incidência. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou cerca de 2.470 casos de Linfomas de Hodgkin e 4.154 casos de Linfomas não-Hodgkin para este ano. O exame principal para confirmação é a biópsia do linfonodo. Para uma avaliação da extensão da doença, são necessários os exames de sangue, da medula óssea, radiografias, tomografias computadorizadas e, mais recentemente, o PET-CT - exame de imagem que mistura as técnicas de tomografia e cintilografia. “Ele irá avaliar o metabolismo das estruturas analisadas, mais especialmente osso, músculo, cérebro, pulmão e fígado, entre outros órgãos”, finaliza o oncologista.




Oncomed-BH

HPV amplia risco de câncer de boca e garganta entre jovens


Tumor maligno possui alta associação com a infecção pelo vírus do papiloma humano. Fique atento aos primeiros sinais e aos fatores que influenciam o seu aparecimento precoce


O tumor orofaríngeo – localizado atrás da boca e que inclui a base da língua, céu da boca, amídalas e paredes laterais – é um dos tumores mais incidentes entre os jovens brasileiros de até 40 anos de idade. "E, infelizmente, o HPV possui alta associação com este cenário precoce, em conjunto com outros fatores como o tabagismo e o etilismo", alerta Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – Grupo Oncoclínicas.

O número de casos relacionados à infecção pelo vírus vem aumentando em homens e mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a sua transmissão ocorre por meio da prática sexual sem proteção, em especial por intermédio do sexo oral. "O que acontece é que o risco de desenvolver o tumor maligno entre os jovens é muito grande pela liberdade sexual adquirida nos últimos anos", explica o médico. "Além disso, o vírus atinge de forma massiva a população feminina. Em média, 75% das brasileiras sexualmente ativas terão contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus acontece na faixa dos 25 anos", acrescenta.


Primeiros sinais

Os primeiros sinais do tumor orofaríngeo podem aparecer por meio de feridas que não cicatrizam na boca nos primeiros 15 dias, além do aparecimento de nódulos no pescoço. O paciente pode se queixar também de dor para mastigar ou engolir. "Estes fatores, ligados ao aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca, podem revelar um possível diagnóstico com associação ao HPV. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista". Outros sintomas podem estar relacionados à rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios e dificuldade na fala.


Atenção aos fatores

Tabagismo: Segundo o oncologista, o câncer de cabeça e pescoço apresenta maior incidência entre os jovens e pouco mais de um terço é causado por maus hábitos. "O principal e o mais importante de ser combatido é o tabagismo", revela Dr. Andrey. Antigamente, o hábito de fumar era visto com elegância e glamour, sendo incentivado até pelas propagandas que mostravam atores famosos tragando seus cigarros, o que estimulava esse costume entre as pessoas mais jovens. O uso frequente do cigarro também é responsável pelo aparecimento do tumor na cabeça e pescoço. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas.


Álcool: Houve um tempo em que o cigarro era liberado nos restaurantes e até em sala de aula. Hoje, isso não é mais permitido. Contudo, o uso do tabaco persiste e, na maioria das vezes, vem acompanhando de bebidas alcoólicas. Estimativas apontam que 75% dos casos de câncer de pulmão são decorrentes do uso do tabaco e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. O álcool pode agir como um solvente e facilitar a penetração de carcinógenos nos tecidos-alvos. Além disso, aumenta o índice de quebras no material genético e a peroxidação de lipídios e, consequentemente, a produção de radicais livres. Vários estudos epidemiológicos demonstram que o consumo combinado de álcool e fumo constitui o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.


Infecções Virais: A geração de jovens e adultos com menos de 40 anos preza e valoriza muito a liberdade sexual. Trata-se de um grupo que nasceu após o "boom" do HIV e, apesar de bem informada e consciente dos riscos envolvendo doenças sexualmente transmissíveis, apresenta índices elevados de contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV. "Além disso, a hepatite B e C também são fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço, são infecções virais que podem ser transmitidas em relações sexuais não seguras. Vale lembrar sempre da importância do uso de preservativos para a preservação da saúde", finaliza o médico.




Grupo Oncoclínicas

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