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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Conscientização de Linfomas


Muitas pessoas não se lembram dele, mas o sistema linfático é complexo e possui funções vitais para o nosso corpo, como, por exemplo, defendê-lo contra infecções. Nele se encontram os linfonodos, ou gânglios linfáticos, que reservam diversas células do sistema imunológico que identificam e capturam invasores (vírus, bactérias, etc.) que passam por esses locais. Se uma dessas células, que deveriam proteger o corpo, transforma-se em maligna, crescendo descontroladamente e contaminando todo o sistema, origina-se um linfoma. 

“O sistema linfático percorre todo o corpo, por isso, o linfoma é muito grave. Eles podem acontecer nos gânglios linfáticos, mas eventualmente podem acometer outros órgãos, como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, cérebro, pele, entre outros”, afirma o médico oncologista da Oncomed-BH, Dr. Leandro Ramos. 

Devido à necessidade e importância de ficar atento ao diagnóstico precoce, sintomas e tratamento da doença, foi criado o Dia Mundial de Conscientização de Linfomas, celebrado em mais de 20 países. Fadiga e perda de peso são sintomas da doença. Também é possível fazer um autoexame para identificá-lo. Periodicamente, leve a mão ao pescoço e também passe sobre as regiões em que estão os gânglios linfáticos (como virilha e axilas). Se sentir um inchaço, procure assistência médica.”, complementa o oncologista.  

Apesar dos seus sintomas, o linfoma costuma ser um câncer silencioso, desconhecido por muitos. De maneira geral, têm comportamento e grau de agressividade diversos. Eles podem ser divididos em dois grandes grupos: os linfomas de Hodgkin (LH) e não Hodgkin (LNH). “Muitos oncologistas agrupam os tipos de linfoma de acordo com a velocidade de crescimento e progressão da doença, como de baixo ou alto grau, levando em consideração o padrão da biópsia do linfonodo feita ao microscópio e o tipo celular predominante dos linfócitos (T ou B)”, explica Dr. Leandro Ramos.

            De acordo com os dados da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), a frequência desse tipo de câncer teve uma característica de aumento significativo nas últimas décadas, o dobro de incidência. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou cerca de 2.470 casos de Linfomas de Hodgkin e 4.154 casos de Linfomas não-Hodgkin para este ano. O exame principal para confirmação é a biópsia do linfonodo. Para uma avaliação da extensão da doença, são necessários os exames de sangue, da medula óssea, radiografias, tomografias computadorizadas e, mais recentemente, o PET-CT - exame de imagem que mistura as técnicas de tomografia e cintilografia. “Ele irá avaliar o metabolismo das estruturas analisadas, mais especialmente osso, músculo, cérebro, pulmão e fígado, entre outros órgãos”, finaliza o oncologista.




Oncomed-BH

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