Muitas
pessoas não se lembram dele, mas o sistema linfático é complexo e possui
funções vitais para o nosso corpo, como, por exemplo, defendê-lo contra
infecções. Nele se encontram os linfonodos, ou gânglios linfáticos, que
reservam diversas células do sistema imunológico que identificam e capturam
invasores (vírus, bactérias, etc.) que passam por esses locais. Se uma dessas
células, que deveriam proteger o corpo, transforma-se em maligna, crescendo
descontroladamente e contaminando todo o sistema, origina-se um linfoma.
“O
sistema linfático percorre todo o corpo, por isso, o linfoma é muito grave.
Eles podem acontecer nos gânglios linfáticos, mas eventualmente podem acometer
outros órgãos, como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, cérebro,
pele, entre outros”, afirma o médico oncologista da Oncomed-BH, Dr. Leandro
Ramos.
Devido
à necessidade e importância de ficar atento ao diagnóstico precoce, sintomas e
tratamento da doença, foi criado o Dia Mundial de Conscientização de Linfomas,
celebrado em mais de 20 países. Fadiga e perda de peso são sintomas da doença.
Também é possível fazer um autoexame para identificá-lo. “Periodicamente, leve a mão ao pescoço e também
passe sobre as regiões em que estão os gânglios linfáticos (como virilha e
axilas). Se sentir um inchaço, procure assistência médica.”, complementa o
oncologista.
Apesar dos seus sintomas, o linfoma
costuma ser um câncer silencioso, desconhecido por muitos. De maneira geral,
têm comportamento e grau de agressividade diversos. Eles podem ser divididos em
dois grandes grupos: os linfomas de Hodgkin (LH) e não Hodgkin (LNH). “Muitos oncologistas agrupam os tipos de linfoma de
acordo com a velocidade de crescimento e progressão da doença, como de baixo ou
alto grau, levando em consideração o padrão da biópsia do linfonodo feita ao
microscópio e o tipo celular predominante dos linfócitos (T ou B)”, explica Dr.
Leandro Ramos.
De acordo com os dados da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e
Terapia Celular (ABHH), a frequência desse tipo de câncer teve uma
característica de aumento significativo nas últimas décadas, o dobro de
incidência. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou cerca de 2.470 casos
de Linfomas de Hodgkin e 4.154 casos de Linfomas não-Hodgkin para este ano. O
exame principal para confirmação é a biópsia do linfonodo. Para uma avaliação
da extensão da doença, são necessários os exames de sangue, da medula óssea,
radiografias, tomografias computadorizadas e, mais recentemente, o PET-CT -
exame de imagem que mistura as técnicas de tomografia e cintilografia. “Ele irá
avaliar o metabolismo das estruturas analisadas, mais especialmente osso,
músculo, cérebro, pulmão e fígado, entre outros órgãos”, finaliza o
oncologista.
Oncomed-BH
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