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terça-feira, 20 de junho de 2023

Evolução da medicina abre novas perspectivas de tratamento para doenças raras


As doenças raras, aquelas que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil nascimentos, são também muitas vezes doenças órfãs, um termo utilizado para classificar enfermidades que ainda não têm tratamento disponível. Isso acontece por diversos motivos, mas o principal fator é a própria raridade das doenças, pois o pequeno número de pacientes em cada doença acaba dificultando a pesquisa e o desenvolvimento de novos medicamentos. Porém, nos últimos anos, a evolução da medicina tem trazido novas esperanças para os pacientes, como ilustram os resultados divulgados recentemente de uma pesquisa clínica para um inovador tratamento para a Mucopolissacaridose tipo II (MPS II), da qual participo diretamente.

 

A MPS II é uma doença genética rara na qual há a deficiência de uma enzima responsável pela degradação de determinadas substâncias no corpo. Como estas substâncias não são degradadas, elas começam a se acumular nas células do organismo, podendo causar diversos efeitos negativos, como dificuldades de locomoção, problemas respiratórios e circulatórios, alterações visuais e auditivas, além de alterações neurológicas que na maioria das vezes comprometem o desempenho cognitivo do indivíduo.

 

A MPS II é tratada com a reposição da enzima deficiente, e assim os indivíduos passam a degradar as moléculas acumuladas. No entanto, os efeitos neurológicos desta doença, como ocorrem em muitas outras, não são tratáveis com as enzimas administradas por via intravenosa, uma vez que essas não conseguem chegar até o cérebro. Isso ocorre porque o sistema nervoso central tem em seus vasos sanguíneos uma estrutura especial chamada barreira hematoencefálica, ou barreira sangue-cérebro, formada por um conjunto de células que atuam como um filtro altamente seletivo. Esse filtro protege o sistema nervoso central contra moléculas tóxicas ou microrganismos existentes no sangue, defesa que acaba impedindo também que um medicamento administrado por via oral ou injetado no sangue chegue até o cérebro, mesmo quando ele é necessário para algum tipo de tratamento.

 

Até pouco tempo atrás, a entrega de medicamentos diretamente no sistema nervoso central só era possível através de injeções diretas no cérebro e na medula espinhal – o que torna praticamente inviável qualquer tipo de tratamento a longo prazo. Outras estratégias, como o uso de compostos como o manitol, utilizado para abrir a barreira hematoencefálica, podem ser úteis em determinados casos, mas causam efeitos extremamente indesejados, como exposição dos neurônios a danos e prejuízo do funcionamento dos rins. No entanto, o avanço da medicina nos últimos anos está trazendo respostas para este desafio e novas possibilidades de tratamento.

 

Está aprovado no Japão desde 2021 e em análise pela ANVISA para aprovação no Brasil, um novo composto que pode revolucionar esta área da medicina. A nova tecnologia permite que uma medicação administrada no sangue seja capaz de atravessar a barreira sangue-cérebro e fazer com que moléculas levadas por via intravenosa cheguem até o sistema nervoso central. O primeiro medicamento a utilizar esta tecnologia é o pabinafuspe alfa, que repõe no sistema nervoso e no resto do corpo a enzima deficiente nos pacientes com MPS II, foco da primeira pesquisa clínica realizada com este medicamento.

 

Assim, a nova tecnologia já disponível no Japão, e possivelmente também no Brasil num futuro próximo, significa uma verdadeira quebra de paradigma no tratamento da MPS II, pois consegue tratar tanto os sintomas físicos quanto os sintomas neurológicos da doença.

 

Na verdade, o Brasil está participando ativamente desta revolução da medicina. Os resultados da fase II da pesquisa clínica sobre a utilização do pabinafuspe alfa para o tratamento de pacientes com MPS II – cuja fase brasileira tive o prazer de conduzir no Hospital de Clínicas de Porto Alegre – foram bastante animadores.

 

O estudo revelou que o tratamento com pabinafuspe alfa pode ser benéfico para manter o desenvolvimento neurocognitivo em pacientes com MPS II com a forma grave da doença, além de promover a estabilização neurocognitiva em pacientes com a forma atenuada, podendo ser utilizado para o tratamento de ambas as formas, tanto das manifestações neurológicas quanto das manifestações fora do sistema nervoso central.

 

Os pacientes e seus cuidadores relataram aos pesquisadores uma melhora considerável nas atividades dos pacientes, das quais a caminhada foi a mais comum (78%), seguida de “agarrar objetos sem dismetria ou tremor” (55%), interação social (55%) e qualidade do sono (33%).

 

As respostas abertas dos pais de pacientes indicaram também que houve uma melhora significativa nas emoções de seus filhos após o tratamento com pabinafuspe alfa, com relatos de observações como “sorrisos”, “contato visual” e “abraços”.

 

Além dos resultados positivos em pacientes com MPS II observados na pesquisa, um novo tratamento baseado na mesma plataforma já está em estudo para a utilização com pacientes de MPS Tipo I e também abre caminho para uma grande evolução dos tratamentos de doenças neurológicas em geral, uma vez que a nova tecnologia também deve ser capaz, no futuro, de transportar com segurança muitas outras moléculas através da barreira sangue-cérebro. 

Esta é uma conquista muito importante, e esperamos que em breve esta tecnologia seja aprovada para o uso também no Brasil, uma vez que os pacientes com este tipo de doença, que afeta de modo progressivo o sistema nervoso central, não podem esperar, em função das sequelas irreversíveis que podem se instalar à medida que o tempo passa.

 

Dr. Roberto Giugliani - médico geneticista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Head de Doenças Raras da Dasa Genômica e Presidente da Casa dos Raros.


Saiba como eliminar a dor nas costas com exercícios físicos simples

Aurélio Alfieri explica que atualmente muitas queixas são decorrentes da má postura

 

Conviver com dores nas costas, principalmente na região lombar (lombalgia), é tido como algo corriqueiro para grande parte das pessoas. Existem estimativas que indicam que 80% da população adulta vai sofrer com o problema em algum momento da vida. Nos últimos anos, a percepção das dores tem aumentado consideravelmente, tanto entre pessoas mais jovens quanto entre os idosos.

Segundo o profissional de educação física e influenciador Aurélio Alfieri, autor do livro “Manual Prático para ser Jovem por Mais Tempo – A Roda da Juventude”, as dores podem estar ligadas ao processo de envelhecimento, que faz com que os discos da coluna naturalmente se deteriorem; e à obesidade, sendo que o excesso de peso resulta em sobrecarga na região das costas.

Porém, na atualidade, o que se verifica é que as queixas estão relacionadas principalmente à postura. Esta costuma ser bastante afetada pela falta de ergonomia no trabalho, durante a utilização do computador, e pelo uso excessivo de tablets e celulares.

“Ao visualizar os telefones, as pessoas devem levar o equipamento na direção do rosto. Porém, o que a maioria faz é justamente o contrário, levando a cabeça em direção ao aparelho. Isto força a região cervical e as torna corcundas, fazendo com que as dores nas costas se manifestem de forma intensa e muito rapidamente”, explica Aurélio.

A solução do problema pode envolver uma série de medidas, como realização de fisioterapia e uso de medicamentos analgésicos. Entretanto, também pode ser mais simples, necessitando apenas de algumas mudanças de hábitos de vida, que incluem fundamentalmente a realização diária de exercícios físicos específicos.

“Os exercícios, quando bem orientados, podem alongar e fortalecer os músculos posturais, que são músculos pequenos que puxam a coluna, alinhando-a”, diz o profissional. “Com a prática de apenas cinco minutos diariamente, quem não tem nenhum problema específico na coluna pode eliminar as dores completamente. Já entre quem tem hérnia de disco, bico de papagaio, artrose ou qualquer outra situação que afete a coluna, as atividades podem diminuir a intensidade da dor de forma considerável”.

As dores nas costas costumam afetar imensamente a qualidade de vida de quem as sente. A pessoa que enfrenta o desconforto pode se tornar mais deprimida e mal-humorada, tendo a vida social prejudicada. “Muitas vezes, o problema faz com que sua vítima deixe de fazer algumas coisas de que gosta, como caminhar no parque ou sair com amigos, sabendo que terá dificuldades em passar muito tempo em pé”, observa Aurélio. 

A melhora postural gerada pelos exercícios físicos também mexe com a autoestima de homens e mulheres, fazendo com que se sintam mais elegantes e, consequentemente, mais joviais. “O fortalecimento da coluna envolve o fortalecimento dos músculos abdominais, muitas vezes eliminando, além da dor, aquela barriguinha indesejada. Assim, a estética também acaba sendo favorecida”. 

Em seu livro, Aurélio dedica um capítulo inteiro à melhoria da postura, buscando conscientizar os leitores sobre a questão. Nas redes sociais, o profissional dá dicas simples e ensina sobre a realização de alguns exercícios considerados fáceis e seguros para todos. Ele garante que através do alinhamento das costas e da eliminação das dores é possível transmitir uma imagem confiante de si mesmo e ter uma atitude muito mais positiva diante da vida. “A posição da coluna diz muito sobre nós”.

 

Aurélio Alfieri - profissional de educação física e autor do livro Manual Prático para ser Jovem por Mais Tempo – A Roda da Juventude (Ed. Appris), que configurou entre os mais vendidos da Amazon em 2022. Possui especialização em Psicologia Corporal e já ministrou mais de 50 cursos e palestras no Brasil e no exterior. Desde 2016, produz vídeos semanais em seu canal no YouTube, que conquistou quase 2 milhões de inscritos, com treinos para o público com mais de 50 anos e para pessoas que precisam se exercitar sem impacto. No Instagram já possui mais de 1 milhão de seguidores.


FEBRE MACULOSA TRANSMITIDA PELO CARRAPATOÉ UMA DOENÇA INFECCIOSA QUE TEM PROPORÇÃO SIGNIFICATIVA

 Conhecida como a febre do carrapato, é uma doença que pode ser grave ou fatal, se não tratada precocemente. Especialista em Epidemiologia do Centro Universitário São Camilo comenta sobre o fato

 

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, e às vezes fatal, que costuma ser causada pela picada de um carrapato estrela infectado com bactéria Rickettsia rickettsii.

 

No Brasil, este ano já foram confirmados 53 casos da doença, dos quais oito resultaram em óbitos. E, em cidades do interior do estado de São Paulo, já se registrou vários focos da doença com mortes, porém há mais registros de pessoas infectadas que estão concentrados entre as regiões sul e sudeste do país.

 

Segundo o médico especialista em Saúde Pública e Epidemiologia e professor do Centro Universitário São Camilo, “a ‘Febre Maculosa’ é uma doença infecciosa transmitida pela picada prolongada (mais de 4 horas) do carrapato estrela que O carrapato estrela é vetor para a transmissão da bactéria R. Rickettisii causadora da Febre Maculosa, explica.

 

A frequência da doença tem crescido e, “isso parece ser devido a realização de festas e confraternizações em fazendas, sítios e chácaras e a atividades em áreas rurais e parques. A transmissão se dá unicamente pela picada do carrapato, que não acontece de forma imediata, pois o inseto precisa ficar de quatro a seis horas em contato no corpo da pessoa. É a única forma de contágio, pois não acontece contaminação de uma pessoa para outra”, relata o especialista.

 

Os primeiros sintomas da doença incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, em alguns casos pode haver também erupções avermelhadas na pele, indolores, que vão se expandindo em círculos concêntricos em formato de alvo, lesão característica no local da picada.

 

Para o sanitarista, é recomendado o uso de repelentes e roupas claras para poder identificar o inseto, principalmente ao transitar nas áreas rurais em passeios, trabalhos, festas e eventos. Após essas atividades deve-se tomar um cuidadoso banho e examinar a pele em busca de carrapatos aderidos que podem ser muito pequenos (menores que uma “cabeça de alfinete”). Os insetos encontrados devem ser retirados do corpo com o uso de uma pinça.

 

No período de três a cinco dias após esses eventos quaisquer sinais de infecção: febre, dores no corpo e musculares e prostração deve-se procurar o serviço de saúde e mencionar o contato com área de risco. Diagnosticada no início, principalmente pelos sinais e sintomas clínicos e o vínculo epidemiológico da exposição, a doença pode ser curada com o uso de antibióticos. Se não tratada, a doença pode persistir por meses ou anos e causar lesões neurológicas. Renais e cardíacas. Não existe tratamento preventivo que não evitar o contato prolongado com o carrapato infectado, complementa Zanetta.”



‘Faz sexo’ enquanto dorme, mas não se lembra?

Entenda como a “Sexsonia” pode causar prejuízos graves aos pacientes não tratados

 

A parassonia sexual, chamada de sexsonia, é um comportamento que acontece durante o sono e se caracteriza pela automasturbação ou masturbação do parceiro, emissão de sons (gemidos, por exemplo), gestos e movimentos, além da atividade sexual propriamente dita. Associada ao sonambulismo, a sexsonia também é relatada por orgasmos durante o sono e violência sexual contra o parceiro.

 

As consequências sociais, físicas e psicológicas podem ser bem graves, assim como para a vida reprodutiva, pois, afinal, ela passa pelo sono. Apesar de não existirem estatísticas precisas sobre esse comportamento, uma vez que pode haver subnotificação, os estudos e casos clínicos reportam maior prevalência de sexsonia em homens (64% e 81%). Alguns pacientes relatam histórico de sobreposição de parassonias ao longo da vida.

 

De acordo com Monica Levy Andersen, doutora em Psicobiologia e professora da UNIFESP, existem quatro motivos que levam à necessidade de aprofundar os estudos sobre a parassonia sexual: (1) preocupação crescente com a ocorrência de eventos sexuais durante o sono; (2) cada vez mais distúrbios do sono têm sido associados a esses eventos; (3) eventos dessa natureza podem ser diagnosticados clinicamente e/ou por polissonografia e podem ser tratados; (4) as consequências jurídicas relacionadas aos episódios sexuais durante o sono.

 

Os dados foram apresentados pela especialista no Congress on Brain, Behavior and Emotion 2023 — maior evento científico da área de Neurociências no Brasil. Na sua passagem pelo Congresso, Monica também compartilhou os relatos comuns associados à parassonia sexual. 

 

- Amnésia, o paciente raramente lembra do episódio;

- A pessoa que comete os atos sexuais enquanto dorme, normalmente, não se machuca, ao contrário do que acontece com o parceiro(a);

- Episódios são relacionados ao sonambulismo ou terror noturno;

- Há poucos casos na literatura com análise polissonográfica e videogravação.

 

A boa notícia diante de algo que pode prejudicar demais a vida das pessoas, é que há tratamento para a sexsonia.

 



SOBRE o Brain, Behavior and Emotions

O Congresso Brain, Behavior and Emotions surgiu em 2005, promovido pelo Instituto de Ciências Integradas (empresa ligada ao CCM Group). Desde o início, o Congresso tem como objetivo a divulgação científica através da atualização científico-profissional de neurologistas, psicólogos, psiquiatras, geriatras e neurocientistas básicos. Depois de diversas edições na Serra Gaúcha, onde foi idealizado, o Brain Congress passou por outras cidades brasileiras (Porto Alegre, Brasília e Florianópolis - pela primeira vez) e no exterior - sendo realizado em Montreal (Canadá) e em Buenos Aires (Argentina). Com abordagem disruptiva, a programação do Brain combina grandes especialistas do mundo, pesquisa básica, prática clínica e temas não-convencionais - diferenciando-se entre os eventos científicos da área, tornando-o grande referência ao apresentar estudos inovadores sobre Cérebro, Comportamento e Emoções. Atualmente, é considerado o maior Congresso de Neurociências do Brasil. Mais 50 mil congressistas fazem parte da trajetória do Congresso, que contribui com a Ciência e formação de profissionais brasileiros. A 23º próxima, será realizada pela primeira vez no Rio de Janeiro, entre os dias 26 e 29 de junho de 2024.


O impacto da Saúde e Segurança no Trabalho na vida das pessoas

As diretrizes da SST extrapolam os muros empresariais e impactam a sociedade com boas práticas preventivas e de bem-estar, e as empresas especializadas desempenham um papel essencial

 

As empresas já perceberam que se preocupar com a saúde e com a segurança dos colaboradores é primordial para garantir a integridade das pessoas e possibilitar melhorias contínuas nos resultados, impulsionando a competitividade. Todavia, a Saúde e Segurança no Trabalho têm um impacto significativo na sociedade como um todo.

A implementação de medidas de saúde e segurança no trabalho contribui para melhorar o bem-estar dos trabalhadores. Isso inclui a redução de acidentes e lesões relacionadas ao trabalho, bem como a prevenção de doenças ocupacionais. Trabalhadores saudáveis e seguros são mais produtivos, têm maior satisfação no trabalho e são capazes de contribuir de forma mais eficaz para a sociedade.

De acordo com o médico e gestor em saúde Ricardo Pacheco, presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) e da Oncare Saúde, investir em saúde e segurança no trabalho pode levar a uma redução significativa nos custos associados a acidentes, doenças ocupacionais e licenças médicas. “Menos acidentes de trabalho significam menos despesas com tratamentos médicos, compensações e processos legais. Além disso, um ambiente de trabalho seguro pode resultar em menos interrupções na produção e maior eficiência operacional”.

O gestor também aponta o impacto da SST no desenvolvimento econômico: “A saúde e a segurança no trabalho desempenham um papel fundamental no desenvolvimento econômico de um país. Empresas que se preocupam com a segurança de seus trabalhadores tendem a atrair e reter talentos, melhorar a reputação e a imagem corporativa e fortalecer a confiança dos consumidores. Além disso, a redução de acidentes e doenças ocupacionais pode levar a uma força de trabalho mais saudável e produtiva, impulsionando o crescimento econômico”.

Vale lembrar que acidentes e doenças ocupacionais têm um custo significativo para a sociedade em termos de assistência médica, compensação de trabalhadores, perda de produtividade e impactos econômicos. “Ao investir em saúde e segurança no trabalho, os custos sociais e econômicos associados a acidentes e doenças ocupacionais podem ser reduzidos, aliviando a carga financeira para os indivíduos, empresas e sistemas de saúde”, avalia o médico.

Melhora da qualidade de vida, com responsabilidade social e sustentabilidade

A saúde e a segurança no trabalho também têm um impacto direto na qualidade de vida da população em geral. Trabalhadores saudáveis têm uma vida melhor, pois estão menos propensos a sofrer lesões, doenças e problemas de saúde relacionados ao trabalho. Além disso, medidas de segurança no trabalho, como a melhoria das condições de trabalho e a redução da exposição a substâncias perigosas, também contribuem para um ambiente mais saudável e seguro para todos.

“Além do mais, o monitoramento da saúde do trabalhador pode prevenir e detectar várias doenças por meio dos exames periódicos, o que significa entregar para a família e para a sociedade um indivíduo mais saudável e consciente das medidas de prevenção”, enfatiza Ricardo Pacheco.

A promoção da saúde e segurança no trabalho - papel das empresas especializadas, como as associadas da ABRESST, reflete uma abordagem responsável e sustentável por parte das empresas e governos. Isso mostra o compromisso em proteger os direitos e o bem-estar dos trabalhadores, além de promover práticas sustentáveis de negócios. Ao cumprir os padrões de saúde e segurança no trabalho, as organizações contribuem para uma sociedade mais justa, equitativa e segura.

Além dos benefícios diretos, a saúde e a segurança no trabalho também contribuem para a construção de uma cultura de segurança, promovendo o respeito pelos direitos dos trabalhadores e melhorando as relações laborais. Isso leva a um ambiente de trabalho mais positivo e colaborativo, que beneficia não apenas os trabalhadores, mas toda a sociedade. “Ao proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores, podemos alcançar melhores resultados econômicos, melhor qualidade de vida e uma sociedade mais justa e sustentável”.

 

ABRESST - Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho


Aprovado pela Anvisa, novo teste para meningite garante resultado em até 1h

Tecnologia da multinacional QIAGEN permite identificar até 15 diferentes patógenos, entre vírus, bactérias e fungos, responsáveis pelos diversos quadros da doença

 

Os casos meningite no Brasil têm aumentado exponencialmente, crescimento que acende um alerta para uma doença que pode ser fatal. Para contribuir para um diagnóstico mais rápido e preciso, a Anvisa acaba de aprovar um teste que garante resultado em até uma hora, identificando até 15 diferentes agentes – entre vírus, bactérias e fungos – responsáveis pelos quadros da doença, apontando, inclusive, quando a infecção é causada por mais de um patógeno ao mesmo tempo.

Chamado de QIAstat-Dx, o novo painel para teste sindrômico da meningite da multinacional QIAGEN é uma ferramenta laboratorial de testagem que funciona a partir de uma metodologia em real time em PCR, ou seja, em tempo real. Por ser um teste molecular de alta precisão, é feito por meio de uma coleta de um líquido cefalorraquidiano a partir de uma punção na lombar.  

De acordo com Allan Richard Gomes Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN, a meningite é uma emergência médica, diante da gravidade do processo inflamatório das meninges – membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal - e todas as sequelas e óbitos que a doença pode ocasionar quando não diagnosticada e tratada a tempo.

“Os testes rápidos para meningite são um verdadeiro divisor de águas na medicina. Uma nova tecnologia que traz uma resposta certeira em aproximadamente uma hora faz toda a diferença no diagnóstico e permite um rápido tratamento ao paciente. Ou seja, estamos falando de uma doença que quando causada por bactérias, que pode ser letal em praticamente metade dos casos. Ao apresentar sintomas parecidos, as meningites virais e bacterianas precisam ser diagnosticadas por meio de testes que, atualmente, levam dois ou mais dias para apresentarem o resultado”, enfatiza.

Segundo o executivo, a nova testagem permite ainda a administração correta de antibióticos e impacta no tempo de permanência do paciente no hospital, na redução das internações e na desoneração dos sistemas de saúde no que diz respeito ao manejo e tratamento futuro das pessoas que possam vir a ficar com alguma sequela da doença, especialmente nos casos bacterianos. “O uso consciente e assertivo dos antibióticos é fundamental no tratamento clínico do paciente e evita a formação de resistência antimicrobiana. Em casos de meningites virais, esses medicamentos não surtirão efeito, por exemplo, e não devem ser administrados. Quando falamos dos quadros bacterianos, o uso precoce do antibiótico correto pode evitar as sequelas e a redução dos casos fatais”, conclui Munford. 



QIAGEN
https://www.qiagen.com/us/

 

Sobe ou desce? As expectativas para a reunião do COPOM

Ata do Banco Central sobre a Selic deve definir para onde vão os investidores brasileiros nos próximos meses


Nos últimos comunicados, o Banco Central ressaltou sua preocupação com as expectativas do IPCA para períodos mais longos. Essa primeira queda foi um bom sinal. Mas é importante que essa tendência continue para que a autoridade monetária se sinta confortável para iniciar o ciclo de cortes na taxa de juros.

Além da preocupação com a inflação futura, a questão fiscal é mais um ponto que pode motivar o corte mais lento. Uma espera mais longa para começar a flexibilização não pode ser descartada, devido às perspectivas de política fiscal e parafiscal instáveis.

Nesta semana, o arcabouço fiscal, substituto do teto de gastos, deve ser votado no Senado Federal. Caso haja alterações, o texto volta para a Câmara. Por conta desse cenário instável, não vejo espaço para cortes nesta reunião, mas espero um ajuste na comunicação da decisão dos juros. Os vértices mais longos da curva, mais sensíveis ao noticiário fiscal, tem apresentado um recuo menos intenso.

Caso a leitura do mercado seja que o BC sinalizou início do ciclo de flexibilização monetária em agosto, pode haver recuo mais intenso das taxas, especialmente na ponta mais curta da curva a termo.

É importante ressaltar que há um sinal de suavização em recentes falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que vem falando sobre a melhora do cenário. A Selic está em 13,75% há sete reuniões, e o tom duro dos comunicados, em especial das reuniões de fevereiro e março, foram pontos de tensão entre a autoridade monetária e o Banco Central.

Um cenário mais otimista seria a retirada do trecho “não hesite em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como o esperado". Além de retirar essa parte, colocar o termo “neste momento” na parte que diz que “O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesite em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. Por fim, uma decisão apenas em um cenário muito otimista, reforçaria a ideia de que os juros seriam reduzidos em agosto e diria que os fatores de risco agora tendem para a direção de menos inflação.

Os indicadores financeiros trazem bons sinais para basear uma mudança de direção na política monetária. Os motivos para pensar na possibilidade de um espaço para uma redução agora vão desde os dados de atividade que mostram uma demanda muito fraca, como fica comprovado pela contribuição negativa da absorção interna para o PIB do 1º trimestre, até os números da inflação corrente e das expectativas de inflação em clara tendência de desaceleração.

Todavia, uma espera mais longa para começar a flexibilização não pode ser descartada, principalmente devido às perspectivas de política fiscal e parafiscal instáveis 

 

Existe espaço para reduzir a taxa na próxima reunião?

No curto prazo, esperava-se que o IPCA fechasse 2023 próximo de 6%, ou seja, já é possível ver dentro do intervalo da meta de inflação neste ano, por esse motivo, a queda da Selic pode ser dada como bastante provável. O “quando”, no entanto, ainda depende fundamentalmente do balanço a ser feito pelos integrantes do Copom quanto ao cenário fiscal deste e dos próximos anos, o que está em definição política neste momento.

 

Chegou o momento de baixar os juros da taxa Selic?

No início de janeiro, antes mesmo do caso Americanas, as projeções da Federação já indicavam uma queda na expansão da carteira de crédito em 2023, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.

As premissas dessas projeções estavam ancoradas nas incertezas quanto à política fiscal do novo governo, levando a acreditar que a flexibilização da política monetária pudesse ser adiada para fazer frente ao controle da inflação.

Entretanto, a instabilidade no mercado de crédito causada pelo evento Americanas e por outros grandes nomes do mercado trouxe um elemento extra à cena. Essa instabilidade levou os bancos a aumentar sua provisão para inadimplência, retomando uma postura mais conservadora na concessão de crédito.

É exatamente esse o fator que pode antecipar o início do ciclo de queda da Taxa Selic, dada a importância estrutural do mercado de crédito para o desenvolvimento econômico do país.

 

Quais setores se beneficiam com isso?

Historicamente, o setor bancário é um dos que se beneficiam com a manutenção da taxa Selic. Isso acontece porque os bancos conseguem aumentar o “spread bancário” nas transações de crédito, obtido com a diferença entre os juros que os bancos pagam quando os clientes investem em algum produto oferecido por eles e os juros cobrados nos empréstimos ou financiamentos. Com isso, eles conseguem elevar as margens de lucro.

Por isso, tem se tornado cada vez mais comum investidores alocarem recursos em grandes bancos visando ao pagamento de dividendos.

Os bancos de grande capitalização aqui no Brasil também são historicamente resilientes, conseguem se adaptar a diferentes cenários e podem ser boas escolhas para o investidor.

Apesar disso, os investidores devem encarar o mercado de ações pensando no médio e longo prazos. Não quer dizer que não existam oportunidades na bolsa ou que o investidor deva correr desse tipo de ativo. Cenários de curto prazo, como aumentos de juros e políticas monetárias, devem ser analisados com cuidado.

 

Qual deve ser a postura adotada pelo investidor?

A Selic sinaliza ao mercado os juros que vai pagar a dívida dos brasileiros. Uma das formas de captação de recursos para o pagamento dessas dívidas é por meio de títulos públicos. A outra é pegar dinheiro no mercado.

A queda da Selic significa que o caixa brasileiro vai pagar menos em juros e, por consequência, vai remunerar menos seus credores. Ou seja, o banco vai receber menos e vai pagar menos, o que significa que todos os investimentos atrelados à Selic passarão a render menos.

Mas vale lembrar que, com a queda da Selic, caem os juros em todo o mercado. Isso significa juros mais baixos para empréstimos e investimentos produtivos, como maquinário, modernização e até mesmo consumo. Afinal, a taxa básica de juros mais baixa sempre é um artifício diretamente relacionado aos estímulos ao consumo. 

 

Renda fixa e a renda váriavel

Na renda fixa, investimentos como o CDB, LCA (Letra de Crédito Agrícola), LCI (Letra de Crédito Imobiliários), Fundos DI, remuneram quem aplica pagando um percentual de algum indexador, sendo o principal o CDI.

Como o valor da chamada “taxa CDI” é sempre muito próximo da Selic, costuma seguir suas oscilações. Isso significa que a Selic mais baixa faz cair o CDI, o que torna seus investimentos de renda fixa menos rentáveis.

Na renda variável, o impacto da Selic é um tanto quanto imprevisível. A bolsa brasileira se comporta de um modo muito próprio, por isso é preciso analisar a situação de cada empresa listada.

Uma saída, por exemplo, é sempre escolher um bom fundo de ações para aproveitar a boa rentabilidade da Bolsa.

Pensando na queda da Selic, a poupança se torna um investimento ainda mais impraticável devido à baixíssima rentabilidade. O investidor que busca ganhar dinheiro e aumentar o patrimônio, precisa entender que a Selic baixa significa se livrar ao máximo de taxas e tributos.

Aplicações de renda fixa e variável, em muitos casos, não possuem nem taxas administrativas. Esse é o caminho para o investidor com a queda da Selic.

Com a queda na taxa de juros, os títulos de renda fixa, incluindo o Tesouro Direto, podem deixar de ser opções tão rentáveis, embora isso não seja uma regra. É possível conseguir grandes lucros mesmo nesse cenário.  

Boas oportunidades no mercado podem ser encontradas, como os títulos do Tesouro IPCA, por exemplo. Eles têm sua rentabilidade composta por duas partes, uma prefixada e outra pós-fixada, que é atrelada à inflação. Por isso, esses títulos garantem ganhos reais e, dependendo da taxa prefixada, podem gerar boa rentabilidade.

No que diz respeito à taxa de câmbio, o aumento ou queda da taxa básica de juros da economia também reflete no câmbio, principalmente no que se refere ao dólar.

Quanto maior a taxa de juros, maior o grau de investimentos estrangeiros no país e vice-versa. Ou seja, em alta, a Selic atrai capital estrangeiro para dentro do Brasil e com uma maior oferta de moeda estrangeira no País, especialmente o dólar, o real se valoriza frente a essas moedas.

Com a desvalorização da moeda norte-americana, o custo da importação diminui. Ou seja, os produtos importados ficam mais baratos. Por causa disso, o Brasil aumenta o nível de importação, comprando mais produtos de fora do país.

Isso faz com que haja uma maior concorrência entre produtos nacionais e importados, acompanhada por uma diminuição dos preços e, consequentemente, uma queda da taxa de inflação.

 

Como ficam as ações listadas no Ibovespa?

Ações relacionadas a bens de consumo, como farmacêuticas, indústria de alimentos e afins podem se valorizar com a queda da Selic.

Nesse cenário de rendimento menor, as empresas preferem investir em suas estruturas e na capacidade produtiva. Companhias listadas que passarão por esse processo também devem valorizar seus papéis.

As ações podem apresentar maior rentabilidade e liquidez, mas com risco mais alto. Apesar dos sinais positivos da economia, elas são sempre investimentos de alta volatilidade. 



Luiz Felipe Bazzo - CEO do transferbank, uma das 15 maiores operações de câmbio dentre as corretoras de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.


A profissão de Social Media como alternativa ao desemprego

O Brasil enfrenta um desafio constante no que diz respeito ao desemprego. A falta de oportunidades e a instabilidade econômica afetaram a vida de milhões de brasileiros. Para muitos, as chances de recolocação no mercado de trabalho são pífias, sobretudo quando os desempregados tentam conseguir um emprego com ganhos equivalentes aos que tinham. 

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no país ficou em 8,8% no primeiro trimestre de 2023, o que representa cerca de 15,6 milhões de pessoas desempregadas. Esses números evidenciam a urgência de buscar novas alternativas e oportunidades de trabalho. 

Nesse contexto, surge a profissão de Social Media como uma alternativa promissora para aqueles que buscam (re)inserção no mercado de trabalho. As oportunidades e benefícios dessa profissão, como flexibilidade, autonomia, diversidade de setores e boa remuneração são alguns elementos que atraem cada dia mais pessoas a se qualificarem para exercer essa função. 

Em meio ao cenário ansioso do desemprego, a profissão de Social Media vislumbra como uma área em crescimento no Brasil. O avanço tecnológico e a transformação digital têm impulsionado a presença das empresas nas redes sociais, aumentando assim a necessidade de profissionais em gerenciamento de suas mídias sociais. 

Segundo o relatório digital de 2022, da We Are Social e da Hootsuite, o Brasil possui cerca de 150 milhões de usuários ativos nas redes sociais, tornando-se um mercado estratégico para as empresas. Isso impulsiona a demanda por profissionais de mídias sociais, capazes de criar estratégias eficientes para os clientes a fim de alcançar e engajar seu público-alvo. 

Já um estudo da consultoria McKinsey mostra que empresas que utilizam mídias sociais de forma estratégica têm 2,5 vezes mais chances de ter um desempenho financeiro acima da média. Isso evidencia o impacto positivo que uma presença forte nas redes sociais pode ter nos resultados de uma empresa. 

No entanto, para aproveitar as oportunidades no campo da mídia social é importante desenvolver habilidades fundamentais. Um dos requisitos indispensáveis do Social Media consiste no conhecimento das plataformas, dominando as principais redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, TikTok e WhatsApp. Compreender suas funcionalidades e, principalmente, seu público, é fundamental para criar estratégias assertivas de comunicação. 

Em tempos de instabilidade econômica e desemprego, somados aos novos recursos tecnológicos, como a inteligência artificial e, ainda, a mudança de comportamento das pessoas, como assistir menos tv e passar mais tempo nas redes sociais, constata-se uma radical transformação no mercado de trabalho, onde as empresas querem marcar presença onde há audiência. 

Nessas condições, uma qualificação profissional em Social Media abre caminhos para oferecer às empresas soluções eficazes em ambientes que lhe trarão os resultados almejados. É uma excelente chance de trabalho que independe de cenários adversos da economia, que pode garantir ao profissional bons clientes e, consequentemente, ótimos ganhos financeiros. O desemprego assusta aqueles que não criam suas próprias oportunidades.



Vinícius Taddone - diretor de marketing e fundador da VTaddone®
www.vtaddone.com.br


Mudanças nas prioridades dos profissionais levam empresas a repensarem propostas e benefícios

Relação com o empregado, que antes era de controle, virou conciliatória; saúde mental, tempo livre e bem-estar são principais desejos dos colaboradores


Há tempos que o salário não é o único fator decisivo para muitas pessoas permanecerem ou aceitarem um novo emprego. Com diversas mudanças de hábitos, compromissos e prioridades nos últimos anos, os trabalhadores têm procurado  posições que ofereçam um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, além de outros tipos de benefícios, principalmente ligados à saúde. Uma pesquisa do Instituto Ipsos mostrou que 61% das pessoas buscam bem-estar no trabalho, em especial sob a forma de cuidados com saúde mental e física e na prevenção do burnout. 

Para Jéssica Silva, Psicóloga da 3778, empresa especializada em saúde corporativa e análise de dados com auxílio de inteligência artificial, novos tempos exigem novas atitudes por parte dos empregadores. “O trabalhador e suas necessidades estão agora no centro de tomadas de decisão de gestores de RH, que ganham um papel cada vez mais estratégico nas empresas. Por isso, é importante estarem atentos a essas transformações do mercado para que passem a oferecer os benefícios mais atrativos para uma nova geração de colaboradores”, comenta Jéssica.

Pensando em ajudar as organizações, a Psicóloga da 3778 separou alguns dos benefícios mais populares e explicou por que eles são tão desejados ultimamente. Confira:


Cuidados com a saúde mental

Uma pesquisa realizada entre os clientes da 3778 apontou que 78% dos afastamentos médicos de 2021 e 2022 foram por transtornos mentais. Infelizmente, o trabalho pode ser uma fonte de estresse, ansiedade e outras condições que afetam a saúde mental. Por isso, muitas pessoas vêm priorizando serviços que se preocupam com essa questão.

“A preocupação com a saúde mental é uma bandeira já consolidada deste século. Por isso, criar políticas e estratégias para cuidar dos colaboradores é mais que um benefício, passou a ser pré-requisito, em muitos casos. A promoção de atividades físicas e meditação, a oferta de acompanhamento psicológico, a promoção de um ambiente de trabalho saudável e programas periódicos de treinamento são alguns exemplos. A 3778 vem ajudando muitos negócios com a implementação e/ou gestão de linhas de cuidado para melhorar esses indicadores, reduzindo custos de afastamentos, melhorando o bem-estar e a produtividade”, explica Jéssica.


Tempo livre

Conciliar questões pessoais sem se desgastar no trabalho é um dos maiores desafios. Um sempre impacta o outro; por isso, a busca por esse equilíbrio está em alta. Hoje, já se fala muito da semana de quatro dias, um modelo que proporciona às pessoas terem mais tempo para se dedicar a si mesmas. 

A Microsoft testou a semana de quatro dias em seus escritórios, por cinco semanas. Todas as sextas feiras eram livres de trabalho, porém, remuneradas. O estudo apontou um aumento de 40% na produtividade, maior satisfação entre os funcionários e redução de diversos custos. “Este tipo de estratégia pode ser uma das soluções para que os funcionários não sintam que estão dedicando todo seu tempo ao trabalho”, comenta a especialista. 



Educação financeira

Caos financeiro causa estresse significativo na vida do trabalhador, o que impacta diretamente em sua produtividade. Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa realizada pelo Serasa em parceria com Opinion Box, 86% das pessoas com dívidas relataram dificuldades em dormir, 74% enfrentavam dificuldades para se concentrar nas tarefas diárias e 61% tiveram crises e ansiedade ao pensar nas dívidas. Por isso, é muito importante que as empresas, por meio do RH, pensem e ofereçam benefícios visando ajudar seus colaboradores a minimizar preocupações e sentimentos em relação às finanças. 


 3778  -healthtech independente do Brasil, com foco na saúde corporativa através do uso de Inteligência Artificial para análise de dados.


Para ABCripto, Marco Legal das Criptomoedas, que entra em vigor a partir de hoje, traz mais segurança jurídica para o setor

O Marco Legal das Criptomoedas (Lei nº 14.478/2022) entra em vigor nesta terça-feira, 20 de junho. Aprovada no final do ano passado, a lei passa a valer após assinatura do decreto pelo presidente da República com as diretrizes de aplicação.  

O decreto era muito aguardado pelo setor em função da determinação do órgão responsável por fiscalizar o setor, competência que ficará a cargo do Banco Central (BC). A autarquia disciplinará as atividades das prestadoras de serviços de ativos virtuais no País. A regulamentação diz, ainda, que os ativos mobiliários (ações, debêntures, títulos e contratos futuros, por exemplo), continuam sob a competência da Comissão de Valores Mobiliários, órgão ligado ao Ministério da Fazenda.  

Bernardo Srur, diretor-presidente da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), destaca que a regulamentação estabelece regras que devem trazer mais segurança jurídica ao mercado. "O decreto institucionaliza as práticas que a ABCripto já exige de seus associados desde 2020, uma vez que nosso foco é promover total segurança para o sistema financeiro brasileiro. Com a entrada em vigor do Marco Legal, temos um primeiro norte para criar um cenário regulatório menos fragmentado”, afirma.  

De acordo com a lei, haverá um prazo de, pelo menos, seis meses para a adaptação às novas regras. “O mercado, agora, vai seguir uma mesma régua e a barra de segurança subiu. O decreto referenda nosso propósito de ter um mercado seguro, inovador e transparente", conclui Bernardo. "A garantia de mais segurança jurídica com a nova legislação deve alavancar investimentos no mercado de criptoeconomia brasileiro", completa Srur. 

 

Associação Brasileira de Criptoeconomia - ABCripto

 

Plataformas de e-commerce abrem oportunidades internacionais para os pequenos negócios

Apesar da concorrência com e-commerce estrangeiros, expansão da produção nacional de empresas de comércio eletrônico no Brasil pode ser favorável para pequenos fornecedores locais


Com o mundo mais conectado e globalizado, apostar na exportação tem se tornado uma alternativa cada vez mais frequente para os pequenos negócios que decidem ampliar seus mercados. Em 2022, das quase 30 mil empresas exportadoras, 41,1% eram micro e pequenas empresas (MPE), incluindo os microempreendedores individuais (MEI). Juntas, elas são responsáveis por mais de U$ 3,1 bilhões de dólares em exportações, quase R$ 17 bilhões. Os dados recentes são do levantamento feito pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em parceria com o Sebrae.

O analista de Competitividade do Sebrae Gustavo Reis destaca que, aos poucos, o número de pequenos negócios que buscam o mercado internacional vem crescendo. “O cenário é positivo quanto à entrada das micro e pequenas empresas no mercado externo. De uma forma geral, há uma boa sinalização quando avaliamos números de exportações diretas, quando a própria empresa realiza a operação”, comenta.

De acordo com Reis, a inserção dos MEI e microempresas no mercado internacional também chama atenção, principalmente após 2019. Naquele ano, 3.992 microempreendedores fizeram negócios fora do Brasil. Em 2022, esse número foi de 6.068. No caso das empresas de pequeno porte (EPP), esse quantitativo passou de 4.503, em 2019, para 5.345 no ano passado.


Possibilidades do e-commerce

Para ultrapassar as fronteiras brasileiras, muitos empreendedores têm aproveitado as oportunidades do comércio eletrônico. O analista do Sebrae Nacional avalia que também é crescente a presença das micro e pequenas empresas em marketplaces mundialmente conhecidos, como a Shein, Amazon, Alibaba dentre outros.

“Esses canais facilitam a entrada no mercado internacional mas, por outro lado, exigem preparo e estratégias de venda diferenciados. O empreendedor deve entender que ele está dentro de um enorme shopping center, que é essa plataforma, e vai competir com diversas lojas do mundo inteiro”, considera.


Dois lados da mesma moeda

Enquanto a concorrência com as plataformas de e-commerce estrangeiras tem incomodado donos de pequenos negócios brasileiros, a expectativa que empresas com a Shein, gigante da fast fashion, expandam a produção no Brasil pode ser favorável para os fornecedores nacionais.

“Quando você pensa na cadeia de fornecimento de uma grande empresa como a Shein, isso pode ser visto como uma oportunidade para pequenos fornecedores locais”, acrescenta Reis.


Apoio para internacionalização

O Sebrae tem atuado em diferentes frentes para facilitar a entrada dos pequenos negócios no mercado internacional, inclusive tem firmado parcerias com instituições como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por exemplo.

Clique aqui para acessar os conteúdos e cursos on-line gratuitos para iniciar o processo de internacionalização, além de conhecer oportunidades de participar de missões internacionais de negócios.


A sobrecarga no trabalho pós pandemia Covid-19 tem gerado transtornos emocionais em inúmeras pessoas.

Pixabay
Com a chegada da pandemia Covid-19, inúmeras empresas e trabalhadores tiveram que adotar o Home Office, e por 2 anos trabalharam diretamente de suas respectivas casas, tendo que se adaptar com a nova rotina de trabalho. Além disso, enfrentaram demandas excessivas devido a equipes reduzidas, dificuldades em acessar recursos, trabalho com novas tecnologias e aumento da carga de trabalho. 

Com a retomada das atividades presenciais, a demanda por serviços e produtos aumentou consideravelmente. No entanto, muitas empresas estão lutando para contratar novos funcionários devido a uma escassez de mão de obra qualificada, resultando em um acúmulo de trabalho sobre aqueles que permaneceram empregados, levando a uma sobrecarga.

Pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que 43% dos entrevistados dizem que estão com sobrecarga de trabalho e 31% sofrem pressão por resultados e metas. Outra pesquisa publicada pela Fiocruz com outras seis universidades diz que "sentimentos frequentes de tristeza e depressão afetam 40% da população adulta brasileira, e a sensação frequente de ansiedade e nervosismo foi relatada por mais de 50% das pessoas".

A psicóloga Talita Padovan explica. “A sobrecarga de trabalho tem consequências tanto para a saúde física como para a saúde mental e pode levar a níveis crescentes de estresse, ansiedade e exaustão, o que pode se tornar um problema significativo para a produtividade e a saúde a longo prazo“.

Muitas pessoas têm experimentado uma série de transtornos emocionais com a volta ao trabalho presencial pós pandemia, alguns deles são: Ansiedade, estresse pós-traumático, depressão e a Síndrome de Burnout - um esgotamento profissional que se tornou mais prevalente durante a pandemia. A retomada do trabalho presencial pode intensificar esses sintomas devido ao aumento da demanda, pressão e mudanças na rotina.

Tenho acompanhado pacientes que chegam no meu consultório e relatam que tiveram uma grande demanda de afazeres durante a pandemia no home office e que ao voltar para o presencial essa demanda e sobrecarga continuaram, e nem todos os pacientes ficaram felizes, pois o tempo otimizado na locomoção faz grande diferença. Alguns deles também encontram dificuldade em impor limites para si mesmos em razão das atividades laborais e causando um déficit em sua vida social. O equilíbrio entre todas as áreas da vida é essencial para a saúde física e emocional.” Conta a Psicóloga Talita Padovan.

“Além disso, os pacientes têm relatado sintomas e entre eles os mais frequentes estão a ansiedade, insônia, desânimo e dificuldade de concentração, insegurança, medo de não ser bom o suficiente no trabalho, medo de ser demitido se trabalhar menos tempo que na pandemia, ou seja,  essas inseguranças são vistas também no contexto social. A famosa crença de não agradar e ser descartado”, conclui a Psicóloga. 

Em vista disso, procurar ajuda psicológica é fundamental. Através das sessões o paciente aprende a lidar com o estresse relacionado ao trabalho, prevenir problemas de saúde mental, antes que se torne mais sério, melhorar o desempenho no trabalho e possuir uma qualidade de vida melhor. 

Dentro da psicologia, existem ainda diversas abordagens que podem solucionar transtornos psicológicos de todos os tipos. Entre suas abordagens, está a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que é uma abordagem da psicoterapia baseada na combinação de conceitos do Behaviorismo radical com teorias cognitivas.

A TCC entende a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos como aquilo que o afeta , e não os acontecimentos em si. Ou seja: é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa. Ela pode ajudar no manejo e controle do estresse, a partir de diferentes técnicas, como o aumento da percepção e consciência dos fatores que desencadeiam o estresse, a revisão de hábitos que visa a interrompê-los com uma resposta mais adequada, exercícios de respiração, relaxamento e ferramentas cognitivas para reconhecimento, técnicas de resolução de problemas e controle das emoções. 

Com o tempo, o paciente adquire sua autonomia, pois aprende a lidar com suas questões por conta própria, a partir de uma reestruturação cognitiva e comportamental que começa a ser construída nas sessões de terapia", finaliza a psicóloga Talita Padovan.

 

A liderança e o combate às fraudes e ao assédio

 

As atitudes e decisões dos líderes moldam a organização, tanto para o bem quanto para o mal, pois eles são exemplos vivos e referências para os demais colaboradores. Assim, cabe à liderança a construção de uma cultura interna condizente com uma instituição íntegra, com um ambiente de trabalho sadio e propício para a satisfação das pessoas e alcance dos objetivos globais. 

Dessa maneira, os líderes, desde as mais elevadas instâncias hierárquicas, estabelecem processos e práticas no cotidiano de estímulo ao cumprimento das regras de boa conduta, ética e bons relacionamentos, internos ou externos, desencorajando atitudes na direção oposta, como fraude, assédio, discriminação, ilicitudes ou outras irregularidades. 

A comunicação assume papel fundamental, pois, por meio dela, os líderes reforçam a mensagem direta, correta e motivadora, para todos numa empresa permanecerem alinhados com os propósitos e cultura estabelecidos. 

Nesse contexto, não se imagina apenas uma assinatura no código de conduta ou a presença num treinamento de Compliance. Do líder, espera-se um comprometimento proativo, genuíno e inspirador. A forma e a regularidade, como destacam os preceitos da cultura organizacional, definirão o êxito da sua abordagem. 

Como exemplos de sucesso, um líder pode atuar diretamente para: 

·         A implementação de Sistemas de Compliance, com apoio direto e explícito da liderança da empresa.

·         A adoção de Canal de Denúncias terceirizado e profissional, a fim de prevenir e detectar irregularidades de qualquer natureza.

·         O incentivo constante para seus liderados agirem de maneira adequada, respeitosa, lícita, honesta e profissional. 

·         A colocação da ética e integridade como fatores inegociáveis e prioritários, mesmo quando isso significar alguma perda no curto prazo. 

Desse modo, a liderança influencia os funcionários, estabelece um clima organizacional harmonioso e protege a Entidade contra a ocorrência de fraudes, assédios ou outros males prejudiciais a todos.

 

Wagner Giovanini
Contato Seguro

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