Apesar da
concorrência com e-commerce estrangeiros, expansão da produção nacional de
empresas de comércio eletrônico no Brasil pode ser favorável para pequenos
fornecedores locais
Com o mundo mais conectado e globalizado, apostar
na exportação tem se tornado uma alternativa cada vez mais frequente para os
pequenos negócios que decidem ampliar seus mercados. Em 2022, das quase 30 mil
empresas exportadoras, 41,1% eram micro e pequenas empresas (MPE), incluindo os
microempreendedores individuais (MEI). Juntas, elas são responsáveis por mais
de U$ 3,1 bilhões de dólares em exportações, quase R$ 17 bilhões. Os dados
recentes são do levantamento feito pela Secretaria de Comércio Exterior
(Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
(MDIC), em parceria com o Sebrae.
O analista de Competitividade do Sebrae Gustavo
Reis destaca que, aos poucos, o número de pequenos negócios que buscam o
mercado internacional vem crescendo. “O cenário é positivo quanto à entrada das
micro e pequenas empresas no mercado externo. De uma forma geral, há uma boa
sinalização quando avaliamos números de exportações diretas, quando a própria
empresa realiza a operação”, comenta.
De acordo com Reis, a inserção dos MEI e
microempresas no mercado internacional também chama atenção, principalmente
após 2019. Naquele ano, 3.992 microempreendedores fizeram negócios fora do
Brasil. Em 2022, esse número foi de 6.068. No caso das empresas de pequeno
porte (EPP), esse quantitativo passou de 4.503, em 2019, para 5.345 no ano
passado.
Possibilidades do e-commerce
Para ultrapassar as fronteiras brasileiras, muitos
empreendedores têm aproveitado as oportunidades do comércio eletrônico. O
analista do Sebrae Nacional avalia que também é crescente a presença das micro
e pequenas empresas em marketplaces mundialmente
conhecidos, como a Shein, Amazon, Alibaba dentre outros.
“Esses canais facilitam a entrada no mercado
internacional mas, por outro lado, exigem preparo e estratégias de venda
diferenciados. O empreendedor deve entender que ele está dentro de um enorme
shopping center, que é essa plataforma, e vai competir com diversas lojas do
mundo inteiro”, considera.
Dois lados da mesma moeda
Enquanto a concorrência com as plataformas de e-commerce estrangeiras
tem incomodado donos de pequenos negócios brasileiros, a expectativa que
empresas com a Shein, gigante da fast fashion, expandam a produção
no Brasil pode ser favorável para os fornecedores nacionais.
“Quando você pensa na cadeia de fornecimento de uma
grande empresa como a Shein, isso pode ser visto como uma oportunidade para
pequenos fornecedores locais”, acrescenta Reis.
Apoio para internacionalização
O Sebrae tem atuado em diferentes frentes para
facilitar a entrada dos pequenos negócios no mercado internacional, inclusive
tem firmado parcerias com instituições como a Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Confederação Nacional da Indústria
(CNI), por exemplo.
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