Conhecida como a febre do carrapato, é uma doença que pode ser grave ou fatal, se não tratada precocemente. Especialista em Epidemiologia do Centro Universitário São Camilo comenta sobre o fato
A febre maculosa é uma doença infecciosa,
febril aguda e de gravidade variável, e às vezes fatal, que costuma ser causada
pela picada de um carrapato estrela infectado com bactéria Rickettsia
rickettsii.
No Brasil, este ano já foram confirmados 53
casos da doença, dos quais oito resultaram em óbitos. E, em cidades do interior
do estado de São Paulo, já se registrou vários focos da doença com mortes,
porém há mais registros de pessoas infectadas que estão concentrados entre as regiões sul e sudeste do país.
Segundo o médico especialista em Saúde Pública
e Epidemiologia e professor do Centro Universitário São Camilo, “a ‘Febre
Maculosa’ é uma doença infecciosa transmitida pela picada prolongada (mais de 4
horas) do carrapato estrela que O carrapato estrela é vetor para a transmissão
da bactéria R. Rickettisii causadora da Febre Maculosa, explica.
A frequência da doença tem crescido e, “isso
parece ser devido a realização de festas e confraternizações em fazendas,
sítios e chácaras e a atividades em áreas rurais e parques. A transmissão se dá
unicamente pela picada do carrapato, que não acontece de forma imediata, pois o
inseto precisa ficar de quatro a seis horas em contato no corpo da pessoa. É a
única forma de contágio, pois não acontece contaminação de uma pessoa para
outra”, relata o especialista.
Os primeiros sintomas da doença incluem febre,
dor de cabeça e dores musculares, em alguns casos pode haver também erupções
avermelhadas na pele, indolores, que vão se expandindo em círculos concêntricos
em formato de alvo, lesão característica no local da picada.
Para o sanitarista, é recomendado o uso de
repelentes e roupas claras para poder identificar o inseto, principalmente ao
transitar nas áreas rurais em passeios, trabalhos, festas e eventos. Após essas
atividades deve-se tomar um cuidadoso banho e examinar a pele em busca de carrapatos
aderidos que podem ser muito pequenos (menores que uma “cabeça de
alfinete”). Os insetos encontrados devem ser retirados do corpo com o uso
de uma pinça.
No período de três a cinco dias após esses
eventos quaisquer sinais de infecção: febre, dores no corpo e musculares e
prostração deve-se procurar o serviço de saúde e mencionar o contato com área
de risco. Diagnosticada no início, principalmente pelos sinais e sintomas
clínicos e o vínculo epidemiológico da exposição, a doença pode ser curada com o
uso de antibióticos. Se não tratada, a doença pode persistir por meses ou anos
e causar lesões neurológicas. Renais e cardíacas. Não existe tratamento
preventivo que não evitar o contato prolongado com o carrapato infectado,
complementa Zanetta.”
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