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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Mulheres com doença inflamatória intestinal devem redobrar cuidados para engravidar, alerta especialista

Foto Lucas Mendes


Não há problema com fertilidade, entretanto, especialista alerta para completa remissão da doença


Cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo têm Doença Inflamatória Intestinal (DII), de acordo com o Ministério da Saúde. Neste grupo estão mulheres em idade fértil que desejam ser mães. Ao se preparar para a concepção, estas mulheres devem ter alguns cuidados com relação a doença para que o período gestacional ocorra bem para a mãe e o bebê. Uma das coisas a se ter em mente é a completa remissão (momento em que a doença não manifesta sintomas).

Segundo a gastroenterologista do Hospital Brasília e do Núcleo Especializado de Doenças Intestinais Complexas (NEDIC) Renata Filardi, geralmente a fertilidade da mulher que possui DII não é diferente das outras mulheres. “Em situações específicas pode haver uma diminuição da fertilidade da mulher que tem DII. Aquelas que tiveram que retirar todo o intestino grosso e usam bolsa ileal podem ter fibrose nas trompas uterinas, o que dificulta a implantação do óvulo”, explica.

A médica aponta outros fatores que podem interferir na fertilidade da mulher com DII como a própria atividade da doença e fatores psicológicos (transtornos de humor ou ansiedade) que levam ao medo ou a falta de vontade de engravidar. Assim, é preciso que a mulher com a condição busque primeiro a remissão para engravidar.

De acordo com Renata Filardi, a remissão da doença é o momento em que a mulher está sem atividade inflamatória durante a gestação, ou seja, sem queixas clínicas, além da atividade de inflamação no sangue e nas fezes estar com valores controlados, assim como exames de colonoscopia ou exames de imagem também sem sinais de inflamação ativa. “Isso vai além de apenas uma melhora clínica, que é somente a diminuição de sinais e sintomas. Uma vez que a paciente esteja com doença em remissão por um período de 3 a 6 meses considera-se segura sua gravidez, com alta possibilidade de boa evolução e de bons resultados para o bebê até o parto”, acrescenta a médica.

A atividade inflamatória da DII durante a gestação apresenta alguns riscos tanto para a mãe como para o bebê. Para a grávida, há o risco de trombose e um aumento do risco da necessidade de cesariana. Para o neném, se a gestante estiver com a DII em atividade, há um aumento de duas a três vezes na chance da criança vir a nascer com baixo peso, em parto prematuro ou ainda de ocorrer um aborto espontâneo. Mas vale lembrar: quando a doença é tratada e controlada, a gestação pode acontecer de forma tranquila e saudável para ambos, com riscos de complicações reduzidos e semelhantes aos de outras grávidas que não apresentam DII.

A especialista faz outro alerta importante: “Não acredite na frase, que é um mito e nos atrapalha muito na condução de mulheres com DII que querem engravidar: ‘engravide porque aí sua doença inflamatória vai ficar mais branda’, isso não é verdade”. Ao contrário, informa a médica, cerca de 70% das mulheres que engravidam com a DII em atividade podem experimentar uma piora no quadro.

Assim, a gastroenterologista aconselha que o tratamento seja seguido a risca, com o acompanhamento de exames regulares. Assim, a mulher com DII conseguirá ter uma gravidez tranquila e realizar o sonho da maternidade.


OBESIDADE INFANTIL


 Nutricionista Adriana Stavro da dicas de alimentação e hábitos saudáveis para prevenção


A obesidade infantil é um dos mais sérios desafios da saúde pública do século XXI. O problema é global e está afetando muitos países de baixa e média renda, particularmente em ambientes urbanos. As taxas de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes em todo o mundo, aumentaram de menos de 1% (equivalente a cinco milhões de meninas e seis milhões de meninos) em 1975 para quase 6% em meninas (50 milhões) e quase 8% em meninos (74 milhões) em 2016. A quantidade de obesos cresceu mais de dez vezes, de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016.

No Brasil a prevalência de sobre preso e obesidade em crianças e adolescentes foi de 14,1%, já em menores de 2 anos a prevalência foi de 6,5%.

O crescente número de obesidade infantil está associado ao surgimento de comorbidades, anteriormente consideradas doenças "adultas". Estas condições incluem, apneia do sono, diabetes mellitus tipo 2, asma, esteatose hepática (doença hepática gordurosa), doença cardiovascular, colesterol alto, colelitíase (cálculos biliares), intolerância à glicose, resistência à insulina, problemas de pele, anormalidades menstruais, equilíbrio prejudicado e problemas ortopédicos.

Embora a maioria das condições físicas de saúde associadas à obesidade sejam evitáveis ​​e possam desaparecer quando uma criança ou adolescente alcança um peso saudável, algumas continuam tendo consequências negativas ao longo da vida adulta.
É importante saber que a obesidade infantil pode afetar profundamente a saúde física, o bem estar social, emocional e a autoestima das crianças



Complicações emocionais e sociais


Estudos mostram que crianças com sobrepeso ou obesas, tem quatro vezes mais probabilidade de ter problemas de aprendizado em relação seus pares com peso normal. Elas também são mais propensas a faltar na escola, especialmente aqueles com condições crônicas de saúde, como diabetes e asma.

A obesidade tem sido descrita como sendo uma das condições mais estigmatizamte e menos socialmente aceita ​​da infância. Estas crianças são frequentemente provocadas, intimidadas, estereotipadas, marginalizadas e discriminadas por seu estado. Discriminações foram relatadas em crianças a partir dos 2 anos de idade.

Crianças obesas são excluídas de atividades competitivas na escola. Muitas vezes é difícil para elas participarem de atividades físicas, pois tendem a ser mais lentas que as de seus pares, além disso enfrentam falta de ar.

Estas consequências sociais negativas contribuem para dificuldades permanentes no controle do peso, baixa autoestima, baixa autoconfiança e imagem corporal negativa de muitas crianças.

As crianças e adolescentes tendem a se proteger dos comentários e atitudes negativas, retirando-se para lugares seguros, como suas casas, onde podem buscar comida como um conforto.

Além disso elas também têm menos amigos, o que resulta em menos interação social e brincadeiras ativas, gastando mais tempo em atividades sedentárias

Prevenção:
É a chave do sucesso no controle da obesidade, pois muitas crianças obesas acabarão se tornando adultos obesos.
Prevenção da obesidade infantil da gestação aos 2 anos

Perinatal: inclui nutrição pré-natal adequada com ótimo ganho de peso materno, bom controle de açúcar no sangue, perda de peso pós-parto com exercícios e aconselhamento nutricional.

Amamentar bebês: desde o nascimento até os 6 meses de idade, exclusivamente com leite materno, ou seja, não lhes dê mais comida ou bebida, e os alimente "sob livre demanda," ou seja, quantas vezes quiserem, dia e noite.

Por quê? Por si só, o leite materno fornece todos os nutrientes e líquidos que os bebês precisam para seus primeiros 6 meses de crescimento e desenvolvimento saudáveis. Os bebês amamentados exclusivamente têm melhor resistência contra doenças comuns da infância, como diarreia, infecções respiratórias e infecções do ouvido. Mais tarde, no decorrer da vida, aqueles que foram amamentados quando criança são menos propensos a ficar acima do peso ou obesos, ou a sofrer de doenças não transmissíveis, como diabetes, doenças cardíacas e derrames.

Aos 6 meses de idade: introduza uma variedade de alimentos seguros e nutritivos para complementar a amamentação e continue a amamentar até que os bebês tenham 2 anos de idade ou mais.

Não adicione sal ou açúcar aos alimentos para bebês e crianças até 2 anos

Ofereça alimentos variados: ingerir diferentes nutrientes, incluindo cereais, trigo, cevada, centeio, milho, arroz, batata, inhame, mandioca. lentilhas, feijões, verduras, legumes, frutas, frango, peixe e ovos entre outros.

Por quê? comer alimentos variados e frescos todos os dias ajudam as crianças a obter a quantidade adequada de vitaminas e minerais necessários para o crescimento e desenvolvimento. Também evita o excesso de açúcares, gorduras e sal, que pode levar a um ganho de peso.

Nenhuma visualização de televisão ou mídia para crianças menores de 2 anos

Prevenção da obesidade dos 2 anos à adolescência;

Seguir fornecendo uma dieta balanceada;

Forneça vegetais, legumes e frutas;

Ofereça grãos como lentilhas e feijões regularmente;

Incentive a beber água;

Não ofereça bebidas açucaradas (sucos de frutas, refrigerantes, leites aromatizados);

Use óleos vegetais insaturados (por exemplo, óleo de oliva, soja, girassol ou milho) em vez de gorduras animais ou óleos; ricos em gorduras saturadas (por exemplo, manteiga, ghee, banha, coco e óleo de palma);

Escolha carne branca como frango (sem pele) e peixe, que geralmente têm menos gordura, em vez da carne vermelha;
Evite carnes processadas, pois são ricas em gordura e sal;

Evite alimentos processados, assados ​​e fritos que contenham gordura trans produzida industrialmente;

Ao cozinhar, limite a quantidade de sal e condimentos com alto teor de sódio (por exemplo, molho de soja e molho de peixe), e use ervas frescas;

Evite alimentos com alto teor de sal e açúcar;

Escolha frutas frescas em vez de lanches doces, como biscoitos, bolos e chocolate;

Por quê? Pessoas cujas dietas são ricas em sódio (incluindo sal) têm maior risco de pressão alta, o que pode aumentar o risco de doenças cardíacas e derrames. Da mesma forma, aqueles cujas dietas são ricas em açúcares têm maior risco de ficarem com sobrepeso ou obesos, e um risco maior de cáries. Pessoas que reduzem a quantidade de açúcar em sua dieta também podem reduzir o risco de doenças não transmissíveis como diabetes e hipertensão.

Criança: fornecer aos pais e filhos educação nutricional, a fim de desenvolver práticas alimentares saudáveis, experiências alimentares com diferentes sabores, e acompanhamento de ganho de peso para evitar adiposidade precoce. Tempo máximo de visualização de televisão e mídias de 2 horas ou alguma estratégia que se aproxime desse limite ao dia.

Infância: monitoramento do peso e da altura, prevenindo a adiposidade pré puberal excessiva, fornecendo aconselhamento nutricional estimulando atividade física diária.

Adolescência: evitar o aumento de peso após o estirão de crescimento, mantendo um comportamento alimentar saudável e reforçando a necessidade de exercícios físicos diários.

Estratégias de tratamento comportamental: As famílias devem monitorar a quantidade de uso da mídia e depois estabelecer metas para reduzi-la. As recomendações a seguir são de acordo com a declaração de política da Academia Americana de Pediatria.

Nenhum aparelho de televisão no quarto da criança
Sem televisão ou qualquer outra tela durante as refeições

Lembre-se de que pequenas mudanças todos os dias podem levar a uma receita para o sucesso

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Adriana Stavro  - Formada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Doenças Crônicas não Transmissíveis pelo Hospital Albert Einstein. Pós graduanda em Nutrição Clinica Funcional pela VP consultoria, pós graduanda em Fitoterapia pela Course4U.
Especialidades: • Saúde, bem estar e emagrecimento; • Nutrição funcional; • Doenças Crônicas; • Regulação do estresse e do sono; • Nutrição para gestantes; • Acompanhamento pré e pós cirurgia bariátrica; • Alergias alimentares; • Nutrição vegetariana e vegana; • Nutrição para prática de atividade física; • Protocolo.


Qual a importância do Mês Mundial da Conscientização da Infertilidade?

Segundo levantamento da OMS, 15% da população brasileira sofre com o problema e 1 em cada 5 casais precisa de ajuda especializada


A infertilidade é um problema que afeta muitas pessoas no Brasil e no mundo todo. Segundo a OMS, 15% da população sofre com o problema no país, e 1 em cada 5 casais necessitam de ajuda especializada para conceber. Daí vem a importância de disseminar informações sobre um problema que envolve uma parte tão importante do ser humano: a formação de novas vidas. Por isso, junho foi designado como o Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade.

A necessidade de um período determinado para falar sobre a condição vem da noção de tabu que ela ainda carrega em nossa sociedade, principalmente para os casais que não conseguem engravidar, muitos encarando o problema como uma falha pessoal. “Na clínica muitos de meus pacientes nem chegam a comunicar suas próprias famílias que estão passando por um tratamento do tipo,” comenta Fernando Prado, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução assistida.

Isso ainda quando o par afetado procura ajuda junto à um médico, o que não é sempre o caso. “Existe um senso de constrangimento que afeta a família, e já conheci muitos casais que demoraram para me procurar, mesmo depois de anos tentando conceber, por conta disso,” explica.

Prado esclarece que dificilmente sem a ajuda de um profissional, e a análise do material genético de ambos os parceiros, será possível determinar qual é a raiz da infertilidade. O funcionamento dos órgãos de reprodução é complexo e envolve diversos aspectos, tanto físicos quanto emocionais. O parâmetro é que após um ano sem sucesso com a gravidez, é necessário buscar um especialista que fará uma averiguação extensa da saúde do casal.

Isso pode até surpreender muita gente, já que existe também a preconcepção que a infertilidade é um problema que só afeta mulheres, especialmente por conta da falta de informação que temos por vezes sobre o órgão reprodutor feminino.

Mesmo mulheres tendo maior propensão a condições que afetam a concepção, como síndrome do ovário policístico, endometriose ou até mesmo sua idade, que afeta os níveis de fertilidade, segundo outro levantamento da OMS, 40% dos casos de infertilidade no mundo, são ligados aos homens.

“Em geral, homens têm menos zelo pela saúde do que as mulheres,” complementa o especialista. “Fatores como peso e uma alimentação desregrada, ingestão de bebidas alcoólicas e o consumo de tabaco são fundamentais quando falamos de gravidez.”

Mesmo assim ele ainda frisa que é importante não julgar quando há dificuldades para aumentar a família. “Claro, é um período de estresse para os envolvidos, mas alegar culpa a qualquer um dos lados é improdutivo. A união entre as partes é o mais importante num momento de decisões importantes”, explica Prado.

Para ele é essencial ter paciência e manter a tranquilidade. “Pode ser algo simples de se resolver, como um desequilíbrio hormonal que quando corrigido possibilita a concepção,” ele complementa. “Ou até um caso que necessite que os óvulos sejam fecundados em laboratório, um processo mais longo, porém resolutivo da mesma maneira”, esclarece o especialista.

Por isso é tão significativo que a conscientização sobre a infertilidade exista em nossa sociedade, e por consequência sua normalização. Existem diversas soluções disponíveis com o avanço da tecnologia moderna, mesmo que pareça, por conta da carga emocional, algo sem saída. “Não há nada de errado com a dificuldade de conceber, e é mais comum do que parece, porque que muitas pessoas decidem não falar sobre suas experiências. Procurando ajuda especializada, sua vida e a do seu parceiro serão bem menos cansativas,” finaliza Prado. 

 


Fernando Prado - Médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, doutor pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, diretor técnico da Neo Vita e diretor do setor de embriologia do Labforlife.


A conexão entre cérebro e audição

Modernas próteses auditivas ajudam o cérebro a dar sentido aos sons


Para muitos dos desgastes do corpo humano inerentes à idade, sempre se busca uma solução. Na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada surge como uma grande aliada da pessoa com perda auditiva. Já existem modernos aparelhos auditivos que garantem melhor audição e, sem constrangimentos, mesmo para aqueles que têm perda auditiva mais acentuada.

Ao contrário do que imaginamos, não são apenas as partes internas de nossas orelhas as responsáveis pela audição. O cérebro tem papel primordial, pois é ele que dá sentido aos sons e que processa as informações que recebemos. As ondas sonoras captadas através das orelhas são enviadas para o cérebro, que realiza então, simultaneamente, as funções de orientar, separar, focar e reconhecer os sons.

"As vias que vão das orelhas até o cérebro têm a função de receber e decodificar os sons, para que o órgão central envie ao corpo as respostas necessárias à comunicação e interação, seja na forma de uma fala, de um gesto ou de um movimento corporal, por exemplo", explica a fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativa, Telex Soluções Auditivas, que complementa: "No caso de pessoas com deficiência auditiva, essas mensagens chegam cortadas ao cérebro ou, muitas vezes, nem chegam. Daí a importância da função desempenhada pelos aparelhos auditivos mais modernos", explica.

A tecnologia ainda presente em aparelhos auditivos tradicionais é a EarHearing, de simples amplificação dos sons, que não leva em consideração os processos relacionados ao sistema auditivo central. Essa tecnologia está ultrapassada. A novidade no mercado audiológico é a tecnologia BrainHearing™, desenvolvida pela Oticon e encontrada no Brasil nos aparelhos auditivos da Telex Soluções Auditivas. É graças ao BrainHearing™ que os usuários entendem com muito mais clareza o que ouvem, pois ela dá o apoio necessário ao cérebro para interpretar os sons.

A tecnologia BrainHearing™ proporciona uma audição mais natural. "Agora, o usuário de aparelho auditivo pode ter uma noção mais precisa de todos os sons do ambiente, reconhecer de onde esses sons estão vindo e focar precisamente no som que quer ouvir - o de seu interlocutor, por exemplo - ignorando os outros sons ao redor", explica a especialista da Telex.

Para obter uma clareza maior dos sons, é preciso usar as próteses auditivas nas duas orelhas, possibilitando que os dois aparelhos auditivos se comuniquem, mantendo, assim, os níveis sonoros bem naturais. Isso é vital para o cérebro se orientar e ter suporte para separar os sons. Em situações em que há bastante barulho no ambiente, por exemplo, com muita conversação - como em uma festa - aparelhos auditivos com tecnologia BrainHearing™ oferecem muito mais conforto e segurança para o usuário interagir com as pessoas.

Prevenir e tratar problemas auditivos é sempre a melhor maneira de lidar com situações que aparecem na maturidade. A perda na capacidade de escutar implica, muitas vezes, no isolamento do indivíduo e pode levar à depressão. Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo, pois uma boa audição garante um convívio saudável em sociedade e traz mais alegria de viver.


Sudeste possui cerca de ¼ da população hipertensa: especialista dá dicas de prevenção

 Comorbidade que agrava Covid-19 pode ser prevenida com mudança de hábitos


Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão arterial atinge cerca de 38,1 milhões de brasileiros com 18 anos ou mais. O dado alarmante foi divulgado na última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na região Sudeste, no mesmo grupo analisado, a doença atinge pelo menos 25,9% da população.

A pesquisa revela um aumento de 2,5% na quantidade de hipertensos desde o último levantamento feito em 2013. "A pesquisa revela um resultado preocupante, uma vez que aponta que hábitos alimentares e boas práticas de saúde têm piorado ao longo dos últimos anos", comenta a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Elizangela Rodrigues de Oliveira.

Parte desse agravamento se deve ao consumo excessivo de sódio, que está presente na maioria dos alimentos processados, além de fazer parte do preparo diário das refeições, seja em casa ou em restaurantes. O consumo recomendado é de 5 gramas ao dia, conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde). "Além do grande vilão que é o sal, outros fatores contribuem nesse cenário como o sedentarismo, excesso de peso e obesidade, idade e ingestão de álcool", afirma a coordenadora.

Também considerada como um dos principais fatores de risco para desenvolvimento de doenças cardíacas, a hipertensão arterial está associada a ocorrência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, responsáveis por altos índices de mortalidade, como doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral), doenças cardiovasculares, doença renal crônica, dentre outras. Na lista de morbidades que agravam o paciente com covid-19, figura a hipertensão arterial grave, tendo prioridade nos grupos da lista de vacinação.

"A prevenção é a melhor forma de combate à doença. O paciente diagnosticado deve fazer acompanhamento médico, em que o profissional irá prescrever remédios e indicar medidas como prática de exercícios físicos e alimentação equilibrada. Fatores genéticos e socioeconômicos também influenciam, o que devem ser considerados no tratamento", complementa a especialista.

Confira dicas para afastar a pressão alta:

- Pratique exercícios físicos regularmente;

- Evite cigarro e álcool;

- Consuma alimentos ricos em fibras;

- Evite o excesso de sal e gordura na alimentação;

- Cuide de saúde da mente: estresse também pode ser fator de risco.

 


Anhanguera

anhanguera.com e blog.anhanguera.com  

 

Kroton

https://www.kroton.com.br


Inverno contribui para o aumento dos problemas no quadril

Especialista afirma que é preciso continuar fazendo exercícios físicos mesmo em períodos de baixa temperatura

 

No próximo dia 21 de junho, inicia-se o inverno 2021. A estação mais gelada do ano traz belas paisagens, uma gastronomia apetitosa e roupas mais quentes para ajudar quem precisa sair de casa a aguentar os ventos e o clima de uma maneira mais aquecida. Mas, além disso, o inverno é marcado por diversos problemas de saúde que exigem muitos cuidados da população, entre eles o aumento no número de casos de problemas nos quadris.

De acordo com o médico Júlio Rigol, membro da Sociedade Brasileira do Quadril, a estação tende a aumentar as queixas dos pacientes. ‘‘Quem tem artrose do quadril, por exemplo, normalmente relata piora das dores em dias frios devido à diminuição do fluxo sanguíneo pela constrição vascular e aumento da sensibilidade nas terminações nervosas da articulação’’, diz Rigol.

Segundo o especialista, um dos motivos para o aumento de dores é a falta de exercícios físicos. ‘‘No inverno, as pessoas tendem a ficar mais encolhidas e mais em casa, causando um desconforto muscular devido ao pouco uso do membro acometido em dias de baixas temperaturas’’, afirma o médico. “Por isso, mesmo no frio, é preciso continuar fazendo exercícios e, antes disso, aquecer bem o corpo com alongamentos”, complementa.

Outra dúvida de dezenas de pacientes é o local da dor: como saber se o que está doendo é o músculo ou o osso do quadril? Para o doutor Júlio Rigol há uma diferença bem definida. ‘‘A dor articular no quadril pode ser percebida porque está relacionada ao movimento, ou seja, quando a pessoa vai caminhar, acaba sentindo uma dor de ‘queimação’ na virilha, que pode ou não irradiar para a coxa e joelho e, às vezes, para a perna’’, destaca o médico. ‘‘Já quando é no músculo, a dor fica geralmente restrita ao músculo acometido, piorando à palpação do mesmo, podendo apresentar rigidez muscular’’, afirma.


Tratamento

Para auxiliar na melhora das dores durante o inverno, é preciso não abandonar os exercícios, mas, caso elas persistam, é preciso procurar um médico especializado para ter um tratamento adequado. ‘‘A fisioterapia faz parte do tratamento de patologias degenerativas do quadril e é preciso que um especialista faça o acompanhamento da melhora do paciente’’, finaliza Rigol.

Para saber qual é o especialista do quadril mais próximo de você, acesse o site da Sociedade Brasileira do Quadril: www.sbquadril.org.br


SBD esclarece riscos relacionados à mucormicose, doença oportunista que pode afetar pacientes com covid-19


A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga nesta quarta-feira (2) esclarecimento à população sobre fungo causador de micoses que, de acordo com relatos clínicos científicos, podem afetar pacientes de covid-19 com problemas respiratórios e na pele. Segundo o Departamento de Micoses da SBD, a chamada mucormicose é uma doença oportunista que, em geral, não tem potencial patogênico. Ou seja, pessoas sadias entram em contato com os fungos, mas não ficam doentes. Contudo, organismos debilitados ficam suscetíveis a maiores complicações.

"O conhecimento da doença e dos fatores predisponentes, como o descontrole da glicemia e da cetoacidose, facilitam o diagnóstico e o tratamento precoces da mucormicose. Esse é o principal aliado para salvar vidas, pois essa micose oportunista tem progressão rápida e é muitas vezes fatal, com mortalidade em 40-50% dos casos. No Brasil, outras doenças do mesmo tipo, como a aspergilose invasiva e a candidíase sistêmica, são mais comuns do que a mucormicose nos pacientes com covd-19, sendo que também exigem atenção semelhante", disse a coordenadora do Departamento de Micoses da SBD, Rosane Orofino.


Grupo de risco - Os indivíduos mais vulneráveis à mucormicose são portadores de diabetes melito descompensado ou com cetoacidose. No grupo de risco, ainda estão usuários de corticoides de forma prolongada, além de pacientes com alguns tipos de câncer, queimados graves, portadores de feridas abertas e transplantados de órgãos sólidos. O aumento do ferro sérico e a diminuição dos linfócitos, que ocorrem na covid-19, também são fatores que predispõem a essa micose oportunista.

"Há algum tempo a Índia vem relatando aumento dos números da mucormicose e curiosamente é também o segundo país em casos de diabetes melito do mundo, o que pode ser fator de predisposição ao seu surgimento. Dos 101 casos dessa micose oportunista relacionados à covid-19 descritos recentemente, 82 deles aconteceram na Índia", lembrou Rosane Orofino.

A apresentação clínica mais frequente da mucormicose é rino-ocular. Começa com edema (inchaço) e endurecimento da região nasal ou em volta dos olhos, dor na face e secreção nasal sanguinolenta. Essa doença pode rapidamente progredir para lesão cerebral e morte, se não houver diagnóstico e tratamento precoces. Os fungos entram nos vasos sanguíneos, causam embolia e infarto, levando à necrose tecidual. A maioria dos casos que chegam a acometer o cérebro são fatais. Pode ainda ter acometimento pulmonar ou de outros órgãos.


Sintomas - Quando acomete os pulmões, os sintomas da mucormicose são parecidos com os da covid-19 (febre, tosse e falta de ar). O uso de corticoides, usados para diminuir a inflamação intensa em pacientes com o coronavírus, também pode ser um dos fatores envolvidos no aparecimento dessa micose oportunista.

Sobre o tratamento, a SBD explica que ele consiste na retirada cirúrgica do tecido necrosado e infectado (desbridamento), o que ajuda na melhoria da cicatrização e na diminuição de secreções. Ainda é recomendado o emprego de antifúngicos sistêmicos em ambiente hospitalar, como anfotericina B, posaconazol e isavuconazol.

Os fungos da Ordem Mucorales são adquiridos pela inalação de conídios (esporos). Estão presentes no ar, solo, material orgânico em decomposição e contaminam alimentos como frutas, pães etc. Os principais são Rhizopus sp, Mucor sp, Lichtheimia sp, Rhizomucor sp, entre outros, que não são pretos, como vem sendo divulgado pelos meios de comunicação. "Talvez a cor escura da lesão da pele e mucosa decorrente da necrose do tecido tenha levado a esse termo equivocado", ressaltou a coordernadora do Departamento de Micoses da SBD.

 

360° Comunicação Integrada

Sedentarismo aumenta na pandemia e prejudica saúde musculoesquelética

Estudo global apontou que o tempo de inatividade física aumentou em 28%


No último ano, uma das frases que mais se ouviu foi: fique em casa! Embora a medida seja fundamental para conter a pandemia, permanecer no conforto do lar trouxe diversas consequências para a saúde física e mental da população em todo o mundo.
 
Um estudo global realizado em 2020, apontou que o tempo diário que as pessoas passam sentadas aumentou em 28%. Esse dado é alarmante, uma vez que o sedentarismo já era uma preocupação antes da pandemia.  
 
Home office, ensino remoto, fechamento de academias, parques e espaços voltados para a prática esportiva são os principais fatores que contribuíram para aumentar a prevalência de problemas musculoesqueléticos e o sedentarismo.  
 
Dores na coluna, ombros e pescoço são as queixas mais comuns de quem passa longas horas em frente ao computador ou usando o celular, confinado dentro de casa.
 
Encurtamento muscular

Uma das causas das dores musculares é o encurtamento muscular. Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, o corpo sempre busca o melhor desempenho com o mínimo esforço. A consequência é a adoção de vícios de postura, que prejudicam muito a saúde musculoesquelética.
 
“Na prática, isso significa que o corpo passa a ignorar a parte que não é usada. Ele se adapta na posição que demanda menos esforço, ou seja, a posição que não exige amplitude de movimento. A partir desse processo, surgem os problemas posturais e isso torna-se um ciclo vicioso”, diz.
 
Walkíria explica que o encurtamento muscular começa a comprometer movimentos simples do dia a dia, como pegar um objeto no alto, abaixar-se, calçar um sapato, além de levar às dores musculares na coluna, pescoço e ombros, entre outras regiões.
 
RPG: uma solução viável
 
Como a pandemia ainda não foi controlada no Brasil, a atividade física não é uma realidade para a maioria da população. Nesse sentido, o melhor a se fazer para melhorar o encurtamento muscular e as dores musculoesqueléticas é procurar métodos, como a fisioterapia.
 
Dentro da fisioterapia, destaca-se a RPG (Reeducação Postural Global). Trata-se de uma técnica criada em 1980, pelo fisioterapeuta frânces Philippe Souchard. O foco da RPG é o alongamento global do paciente, por meio do reequilíbrio e da manutenção da postura.
 
“O RPG é mais indicado para os quadros iniciais e agudos de um problema, como uma lombalgia, por exemplo. Além disso, pode ser usado como complemento de outros recursos da fisioterapia”, explica Walkíria.
 
De acordo com Walkiria, normalmente a RPG é feito semanalmente e o tratamento pode durar em torno de 10 a 15 sessões. “Quando o paciente termina o tratamento com a RPG, pode ser uma ótima ideia iniciar o Pilates, outro método seguro em tempos de pandemia, desde que as sessões sejam individuais ou no máximo em dupla”, diz a especialista.
 
Pilates: uma opção segura
“O Pilates pode prevenir novos quadros de dores, aprimorar as questões da postura, além de trazer todos os outros benefícios, como fortalecimento muscular, controle da respiração, aumento da flexibilidade, estabilização dos músculos que sustentam a coluna, melhora do equilíbrio e correção da postura”, comenta Walkiria.
 
Desde que os protocolos de segurança, como uso de máscara, ambiente bem arejado e distanciamento entre os alunos, sejam adotados, a RPG e o Pilates são alternativas para cuidar da saúde musculoesquelética de forma segura em meio à pandemia.


 
Alongue-se

Uma dica importante para evitar o encurtamento muscular é alongar-se. “Os alongamentos devem ser diários, se possível feitos pela manhã e no meio da tarde. Quem estuda ou trabalha de forma remota, deve investir algum tempo para se alongar”, reforça Walkíria.


 
Perigos de ficar sentado!

Em média, quem trabalha em escritórios e serviços administrativos, como bancos, passa 8 horas por dia sentado. Soma-se a isso mais 7 horas de sono.

Das 24 horas do dia, antes da pandemia, uma pessoa passava, em média, 62,5% do tempo sentada, entre as horas de trabalho, transporte e noite se sono. As 9 horas restantes poderiam ser usadas para uma caminhada, academia, passeio com o cachorro, práticas esportivas etc.
 
Agora, imagine como essas 9 horas estão sendo usadas dentro de casa? Isso ilustra perfeitamente o estudo. Ou seja, é bem provável que hoje boa parte da população passe essas horas sentada ou deitada. 
 
Muitos estudos ao longo dos anos mostraram as consequências do sedentarismo para a saúde.
 

  1. Risco de morte: ficar sentado mais de 6 horas por dia aumenta em 40% o risco de morrer nos próximos 15 anos 
  2. Aumento de peso: Pessoas obesas ficam sentadas 2,5 horas por dia a mais que pessoas no peso ideal
  3. Redução expectativa de vida: Cada hora que uma pessoa passa sentada depois dos 25 anos reduz sua expectativa de vida em 21 minutos, 10 minutos a mais que fumar um cigarro
  4. Doenças: Pessoas que passam mais de 7 horas diárias sentadas têm um aumento de 112% no risco de desenvolver diabetes, 147% no risco de doenças cardiovasculares e 49% no risco de morrer prematuramente, mesmo que se exercitem regularmente.
 Dados: NothStar Alliance Organization
 
“É preciso lembrar que o corpo humano não foi feito para ficar parado. Portanto, é preciso reduzir o tempo que ficamos sentados ou deitados e procurar meios seguros de atividades físicas e práticas esportivas nesse período de isolamento social”, conclui Walkíria.


No mês da conscientização da infertilidade, ginecologista explica as principais causas e tratamentos

Você sabia que junho é marcado por ser o mês da conscientização da infertilidade? De acordo com dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema atinge cerca de 15% da população e as causas da doença estão distribuídas igualmente entre homens e mulheres. Segundo a ginecologista carioca Dra. Camila Ramos (@dracamilaramos), diferente do que muitos pensam, o problema não deve ser motivo para desistir do sonho de ter um bebê. “Este mês de conscientização é importantíssimo, já que em muitos dos casos tem cura. Hoje a medicina reprodutiva já é vista como um tratamento de saúde e todos os avanços tecnológicos auxiliam estes casais que muitas vezes acham que não podem ter filhos”, ressalta a médica.

 

 A profissional destacou as principais causas que podem ocasionar a infertilidade, tanto da mulher, como do homem. Confira:

 

  1. Endometriose feminina 

Dra. Camila explica que cerca de 10% das mulheres inférteis são portadoras da endometriose, doença que é caracterizada por um crescimento do revestimento interno do útero, que acontece fora da cavidade uterina e se espalha. “A doença diminui as chances de 36% para 12%, além disso, a idade pode interferir também, como naturalmente já acontece, tendo em vista que a partir dos 35 anos, a mulher sofre com uma queda considerável em sua função reprodutiva. O congelamento de óvulos é uma saída”, explica.

 

  1. Obesidade 

A obesidade também pode ser um fator que causa a infertilidade principalmente em homens, já que o excesso de peso provoca uma diminuição da mobilidade e do número de espermatozoides. “Quanto maior o IMC, maior a alteração seminal, além disso, em mulheres também podem sofrer alterações metabólicas que influenciam  na ovulação”, ressalta Dra. Camila.

 

  1. Cirurgia bariátrica 

A cirurgia bariátrica também pode ser um fator para a doença, isso porque como a pessoa perde peso muito rapidamente, há uma mudança radical em seu metabolismo e pode atingir a qualidade do sêmen.

 

  1. Câncer

De acordo com a médica especialista em reprodução humana, uma das maiores consequências dos tratamentos para o câncer é a infertilidade. “Como citado acima, os avanços tecnológicos acarretaram em várias estratégias para a preservação da fertilidade, como o congelamento de óvulos ou embriões. A grande maioria dos pacientes se sentem seguros com a técnica do congelamento, porém, o procedimento requer a coleta de óvulos posteriormente ao estímulo ovariano controlado. Também existem estratégias que incluem regimes de estímulo ovariano modificados. Vale lembrar que o congelamento de embriões acaba sendo um método disponível apenas para pacientes que tenham parceiros do sexo masculino ou a intenção de utilizar o sêmem deste mesmo doador”, ressalta Dra. Camila.

 

  1. Homens inférteis podem ter filhos 

O avanço das técnicas de reprodução assistida atualmente permite que muitos problemas seminais sejam resolvidos. As técnicas são: Processamento do Sêmen para Inseminação Artificial e a Fertilização In Vitro com ICSI, quando se injeta um único espermatozóide dentro do óvulo.

 

 



Dra. Camila Ramos - ginecologista com ênfase em reprodução humana e climatério - CRM: 52-95691-0 - http://instagram.com/dracamilaramos. Graduada em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a médica carioca Dra. Camila Ramos é ginecologista e tem formação complementar pela Universidade de Porto (Portugal) na área da “Saúde da Mãe e da Criança: Ginecologia e Obstetrícia".

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