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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Glúten: quem deve cortar da alimentação?

 

Alergista do São Cristóvão Saúde, Dr. Alexandre Okamori explica cada uma das doenças e sintomas de quem não pode ingerir alimentos com glúten


O glúten, proteína presente em cereais como trigo, cevada e centeio, faz mal para pessoas que tem três tipos de doenças: a celíaca, alergia ao trigo ou sensibilidade não celíaca ao glúten. Fora essas pessoas, o glúten não deve ser retirado da alimentação sem a orientação de um especialista, pois, é um é uma proteína presente nos cereais e no preparo de alimentos. O alergista do Grupo São Cristóvão, Dr. Alexandre Okamori, explica cada uma delas:

Doença celíaca: é uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico da pessoa ataca as células saudáveis, resultando em um processo inflamatório da parede do intestino. Isto pode causar: diarreia, anemia, distensão e dor abdominal, como também pode ser assintomática.

Alergia ao trigo: atinge mais as crianças porque com a ação dos anticorpos, é possível notar os sintomas mais precocemente, assim, podendo causar um quadro alérgico grave, com sintomas variados, entre eles o choque anafilático, urticária ou brotoejas, cólicas estomacais, diarreia, dificuldade para respirar, entre outros.

Sensibilidade não celíaca ao glúten: atinge pessoas que não tem alergia, nem produzem autoanticorpos. Neste caso a pessoa pode ter os seguintes sintomas: déficit de crescimento, anemia, osteoporose, lesões de pele, diarreia, dor abdominal, emagrecimento e enxaqueca.

Os alimentos que contém glúten são muitos, e quem tem alguma das sensibilidades citadas acima deve evitar a ingestão desses alimentos e bebidas. Confira a lista:

• Barrinha de cereais;

• Massas em geral;

• Pães e torradas;

• Biscoitos e bolachas;

• Bolos;

• Salgados de festa;

• Donuts;

• Casquinha do sorvete;

• Salsicha;

• Salame;

• Hambúrguer;

• Carnes empanadas;

• Molhos prontos, como ketchup, mostarda, maionese, molho de soja;

• Bebidas como cerveja; vodka; gim, uísque, entre outros.

 


Grupo São Cristóvão Saúde

 

 

Nova técnica de cirurgia minimamente invasiva da coluna lombar é realizada pelo abdômen e acelera recuperação


O ALIF é uma cirurgia minimamente invasiva da coluna lombar realizada pela via anterior. Esta cirurgia ganha cada vez mais adeptos, com novas e modernas indicações. É uma técnica minimamente invasiva com grande tecnologia envolvida e que acelera a recuperação. 

A indicação da artrodese pela via anterior apresenta inúmeras vantagens. Ela é feita pela região abdominal, ou seja, pela parte da frente da coluna. Nas mulheres que tiveram parto tipo cesariana é geralmente utilizado o mesmo corte, com tamanho menor da cicatriz que a da cesariana.

Muitos pacientes se questionam como pode ser feita uma cirurgia pela frente e qual a vantagem em relação à técnica tradicional, que é realizada pelas costas? 

A cirurgia do ALIF oferece a possibilidade de remover muito mais disco, fazendo com que se tenha grande área para que a fusão entre as vértebras aconteça, diminuindo a complicação de falha da cirurgia e agilizando o retorno às atividades que se deseja realizar. Por meio desta técnica é possível tratar os problemas de deformidade e desalinhamento da coluna e é capaz de descomprimir as estruturas nervosas pela remoção direta do disco, bem como através do aumento do espaço discal, causando o que é chamado de descompressão indireta.

O procedimento melhora a curva da coluna, possibilitando o ganho de lordose e melhorando o alinhamento da coluna. Ajuda assim a poupar o desgaste de outras áreas da coluna.

Pessoas que exercem trabalho que exige muita força da coluna ou que permanecem muito tempo sentadas aumentam a pressão dentro dos discos, em especial das últimas vértebras da coluna. Quando este desgaste está muito crítico e comprime as estruturas nervosas pode-se indicar a cirurgia para melhorar a condição desta coluna. Essa é uma das principais indicações para a cirurgia do ALIF. Além disso, pacientes que já realizaram cirurgia pelas costas e não tiveram sucesso, podem ser submetidos a esta cirurgia - chamada de revisão.                                                                                  

Com o passar dos anos e avanços no conhecimento das estruturas, a técnica vem sendo aprimorada, minimizando os danos às estruturas que são importantes para a sustentação da coluna, principalmente por poupar e não lesar os músculos do abdômen e da parte posterior da coluna. Essas mudanças permitem uma recuperação mais rápida, já que a cirurgia minimamente invasiva do ALIF não envolve tanto sangramento, além de ser feita em menor tempo, o que diminui as chances de complicações tanto durante a cirurgia quanto no pós-operatório. O ALIF vem ganhando cada vez mais adeptos pelos bons resultados demonstrados e cada vez mais indicações para seu uso.

 

 

Dr. Alynson Larocca Kulcheski - ortopedista da coluna do Hospital VITA. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Membro da Sociedade Brasileira de Coluna Minimamente Invasiva (SBC.MISS).

 

Hospital VITA 

www.hospitalvita.com.br


Refluxo: da simples azia a um câncer

Doença que atinge cerca de 30% da população adulta no Brasil, pode se agravar caso paciente não mude seu estilo de vida


Tenha certeza que apesar dos significativos avanços da moderna medicina, o seu bem-estar físico e mental está essencialmente em suas mãos. Médicos especialistas são unânimes em afirmar que a grande maioria das doenças, entre elas alguns tipos de câncer, podem ser evitadas com um estilo de vida mais saudável. 

A doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é um bom exemplo de como maus hábitos, especialmente aqueles ligados à alimentação e à prática de atividades físicas, tiram muito da nossa qualidade de vida. A patologia, que atinge aproximadamente 30% da população adulta no Brasil, segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), afeta o sono, agrava doenças pulmonares como pneumonia, bronquite e asma, ocasiona inflamação das cordas vocais, úlcera e pode até evoluir para um câncer de esôfago.

O Refluxo Gastroesofágico consiste no retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago para o esôfago. Os alimentos mastigados na boca passam pela faringe, pelo esôfago (tubo digestivo que desce pelo tórax) e caem no estômago, situado no abdômen. “Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula que se abre para dar passagem aos alimentos e se fecha imediatamente para impedir que o suco gástrico penetre no esôfago, pois a mucosa que o reveste não está preparada para receber uma substância tão irritante. O refluxo ocorre justamente quando há baixo tônus nesta válvula gastroesofágica”, explica o cirurgião do aparelho digestivo e especialista em  endoscopia digestiva, Eduardo Grecco (CRM 97960). 

Mas apesar de ser uma patologia relativa comum no Brasil e no mundo, os mitos e dúvidas sobre a doença do refluxo são muitos, e esta desinformação sobre o problema pode levar a um diagnóstico tardio ou a um tratamento inadequado, muitas vezes com base na automedicação. Para esclarecer algumas das perguntas mais frequentes sobre o tema, ouvimos vários especialistas médicos que atendem em seus consultórios muitas pessoas que sofrem com esse problema. Confira seguir:



Quais são os principais sintomas do refluxo?


Conforme o cirurgião do aparelho digestivo e especialista em  endoscopia digestiva, Eduardo Grecco, os principais sintomas da doença são a azia, que é aquela famosa “queimação no estômago”; o refluxo propriamente dito, que é justamente a sensação do retorno do alimento ao esôfago; pigarro e dor na garganta. “Temos também outros sintomas não tão frequentes, mas que podem sim caracterizar a doença do refluxo, como tosse seca contínua, situações de engasgo noturno que trazem para algumas pessoas uma sensação bem aflitante de sufocamento durante o sono. Temos também a ocorrência de uma dor torácica muito forte do lado esquerdo do peito, e que muitas vezes se assemelha ao infarto do miocárdio", acrescenta o médico.



O refluxo pode causar câncer?


Sim, como explica o cirurgião do aparelho digestivo e gastroenterologista Manoel Galvão (CRM 64803- SP / RQE 20872 / RQE 20873). De acordo com o especialista, a doença do refluxo está ligada a uma agressão crônica da mucosa do esôfago, principalmente na sua parte distal mais perto do estômago, que a princípio reage com inflamação (esofagite) e, se não tratada, pode evoluir para uma metaplasia. “Essa agressão provoca a formação de um novo revestimento do esôfago, o epitélio de Barrett que, apesar de mais resistente ao refluxo, é geneticamente mais instável, podendo levar a um câncer do tipo adenocarcinoma. Já em nível mais proximal, perto da garganta, qualquer refluxo ácido é mal tolerado e gera inflamação e que também, se não for tratada, pode gerar um câncer nesta região”, explica. O médico lembra, porém, que apesar de haver a possibilidade, o risco de câncer relacionado a doença do refluxo é baixa. 



Pessoas obesas correm mais risco de desenvolver a doença do refluxo?


Sim. Quando se trata de pacientes obesos, quase a totalidade apresenta algum sintoma de refluxo. E, o pior, muitas vezes de forma mais acentuada e com maior risco de complicações, conforme explica a gastroenterologista e endoscopista digestiva, Caroline Saad (CRM 20632 PR).

Segundo a especialista, a obesidade tem uma relação direta com a DRGE, e quanto maior o volume de gordura abdominal do paciente, maior será a pressão exercida sobre o estômago, ocasionando assim frequentes episódios de refluxo. “Essa influência é tão grande que no caso de tratamentos em pacientes obesos, além das ações clínicas e mudanças comportamentais, é preciso reforçar a atenção com sua dieta, com a prática de atividade física e consequente perda de peso. Isso porque se esse paciente não perder peso, certamente, ele nunca conseguirá ficar assintomático para o refluxo”, destaca. 



A doença do refluxo só se trata com o remédio?


De acordo com o gastroenterologista Manoel Galvão, a maioria dos casos de refluxo podem ser tratados com algumas mudanças comportamentais no estilo de vida, assim como adaptações da dieta, já que em muitos casos, essas alterações relativamente simples são capazes de aliviar os sintomas, sem ser necessário qualquer outro tipo de tratamento.

Em casos crônicos, a DRGE não tem cura, mas tem controle, com tratamentos que trazem grande efetividade contribuindo muito para a qualidade de vida do paciente. O médico explica que nessas situações, além da necessidade de se adotar hábitos saudáveis e controlar o peso, é preciso lançar mão de medicamentos do tipo inibidores de bomba de prótons.

Mas segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), do total de pacientes que sofrem de refluxo no País, 40% não têm resultados efetivos apenas com o tratamento medicamentoso e precisam apelar para um tratamento cirúrgico. Nesses casos, é indicada a cirurgia de fundoplicatura, em que o cirurgião, confecciona uma válvula anti-refluxo com tecido do próprio estômago do paciente. Se houver uma hérnia de hiato associada, a mesma é corrigida. 

Manoel Galvão destaca também um recurso terapêutico que acaba de chegar ao Brasil e que tem a mesma eficácia da cirurgia convencional, porém é minimamente invasivo. “Esse tratamento por endoscopia já é aprovado pela FDA  nos Estados Unidos, e recentemente foi aprovado pela nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Por meio da técnica de endoscopia, também é possível confeccionar uma válvula anti-refluxo sem necessidade de cirurgia, com o uso do dispositivo médico Esophyx. 



Qual especialista devo procurar para tratar a doença do refluxo?


Apesar de diferentes especialistas serem capazes de diagnosticar o refluxo, o profissional médico melhor habilitado para tratar a DRGE é o gastroenterologista. O gastro, como é chamado pela maioria das pessoas, é o especialista em tratar doenças ou alterações de todo o trato gastrointestinal, que vai da boca ao ânus. Assim, esse profissional médico é responsável por tratar diversas doenças relacionadas à digestão, dores de estômago, cólicas intestinais, prisão de ventre e diarreia e outras.

Para realização de procedimentos cirúrgicos e endoscópicos relacionados ao tratamento da doença, é preciso que o médico seja cirurgião geral com especialização em cirurgias gastrointestinais ou especializado em endoscopia digestiva.

Comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas elevam o risco de mortalidade infatojuvenil por Covid-19

Pesquisadores do Departamento de Pediatria da FMUSP reforçam a necessidade de reclassificação da pandemia como sindemia

 

Estudo inédito, promovido pela Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), aponta que comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas elevam o risco de mortalidade de crianças e adolescentes hospitalizados por Covid-19 no Brasil.

Publicado como pré-print e aguardando revisão para publicação em periódico científico internacional, o artigo realizou uma análise estatística de dados do Ministério da Saúde sobre 5.857 pacientes menores de 20 anos hospitalizados por Covid-19. 

Em comparação com pacientes previamente saudáveis, o estudo demonstrou existir maior mortalidade por Covid-19 em crianças com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Especialmente, quando associadas aos pacientes com mais de uma doença crônica, o risco de mortalidade apresentado era quase dez vezes maior. 

Além disso, o estudo mostrou maior mortalidade entre crianças das etnias parda, indígena e amarela, quando comparadas com crianças brancas. Residentes das regiões Norte e Nordeste ou de cidades com menor desenvolvimento socioeconômico também tiveram maior chance de óbito. 

Os resultados obtidos pelo trabalho levam os pesquisadores a propor a reclassificação da Covid-19 como uma sindemia, ou seja, o sinergismo de duas condições de saúde (Covid-19 e DCNT), que se potencializam mutuamente e são impulsionadas por desigualdades socioeconômicas estruturais. 

“Nossos resultados são relevantes para a formulação de políticas de saúde pública, uma vez que o país ainda está planejando sua estratégia de vacinação e tentando encontrar a melhor maneira de enfrentar os desafios de saúde impostos pela pandemia da Covid-19”, afirma Alexandre Ferraro, professor associado do Departamento de Pediatria da FMUSP e um dos pesquisadores do estudo. 

Vale ressaltar que, como o próprio estudo reforça, crianças e adolescentes são em sua maioria poupados pela Covid-19, apresentando baixo índice de gravidade e mortalidade em comparação à faixa adulta. 

“Abordar a Covid-19 como parte de uma sindemia convida a uma visão mais ampla que vai além das soluções biomédicas e engloba o ambiente socioeconômico que promove o agrupamento e a interação com as DCNT. Tratamento adequado, medidas preventivas e vacinação não são suficientes: a intervenção governamental é necessária para enfrentar o desafio de mudar as disparidades estruturalmente enraizadas na sociedade brasileira”, finaliza Braian Sousa, pesquisador do estudo.


 Teste do Pezinho

(Freepik)

Segundo SBGM, a possibilidade de ampliação das doenças na triagem neonatal é um desejo antigo da classe médica

Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL) que amplia o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho. Agora o texto segue para análise do Senado e, se for for sancionado, deve entrar em vigor um ano depois. Para o médico geneticista e atual vice-presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Marcial Francis Galera, a possibilidade de ampliação das doenças avaliadas na triagem neonatal é um desejo antigo da classe médica de maneira geral, particularmente dos médicos geneticistas e pediatras.

“Muitas delas são doenças genéticas ou que causam um problema importante no desenvolvimento. Lembrando que o programa de triagem neonatal estabelecido pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), não contempla uma quantidade importante de outras doenças que poderiam ser triadas também. Então, qualquer medida nesse sentido vem ao encontro do desejo da comunidade científica junto às associações de pacientes”, defende.

É importante lembrar, segundo o especialista, que quando se fala de triagem neonatal, não é apenas da realização de exames, ou seja, não se trata somente de aumentar o número de doenças triadas. É preciso pensar na triagem neonatal como um programa amplo, que começa nas condições adequadas para a coleta do material, seja na maternidade ou nos postos de saúde, segue para o diagnóstico e, consequentemente, para o acompanhamento e adequado manejo dos casos positivos.

“A ampliação do programa deve ser feita com responsabilidade para que todas a unidades da federação consigam dar conta da ampliação. Essa proposta é interessante porque prevê essa ampliação em algumas fases e isso é extremamente favorável. Muitos pacientes deixam de ter seu diagnóstico e, com isso, acabam postergando possíveis tratamentos, o que pode ocasionar sequelas irreversíveis”, acrescenta.

O teste do pezinho é realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, com a coleta de pequena amostra de sangue em papel filtro mediante punção realizada na região do calcanhar da criança, e atualmente, pelo PNTN, pode identificar seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Pelo projeto, na primeira etapa de implementação, além das doenças já detectadas atualmente, ampliará para o teste de outras relacionadas ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além de incluir os diagnósticos para toxoplasmose congênita. Em uma segunda etapa, serão acrescentadas as testagens para galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo da uréia; e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos. Para a etapa 3, ficam as doenças lisossômicas; na etapa 4, as imunodeficiências primárias; e na etapa 5 será testada a atrofia muscular espinhal.

 


Fernanda Calegaro


Diagnóstico de câncer de mama e colo de útero caem 23,4%, durante a pandemia

Estima-se que cerca de 25 mil brasileiras desconheçam a presença das neoplasias

 

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) alerta que o cancelamento e reagendamento de consultas ginecológicas, em função da pandemia por Covid-19, geraram preocupante redução no diagnóstico dos cânceres de mama e colo de útero. Ao analisar dados do Ministério da Saúde, dos períodos pré e pós-pandemia, a entidade observou a redução de 23,4%1 na realização de mamografias e biópsias de colo uterino (dois dos principais exames para o diagnóstico desses tipos de câncer). Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 82.870 mulheres desenvolveram essas neoplasias, no último ano. Delas, 24860 desconhecem a presença da doença.

Excetuando os tumores de pele não melanoma, os cânceres de mama e colo uterino são os mais incidentes em meio à população feminina, gerando elevado impacto na saúde, qualidade de vida e, infelizmente, em número de óbitos. Atualmente, a neoplasia da mama é responsável pelo maior volume de vítimas decorrentes de cânceres em mulheres. A taxa de mortalidade da doença é de 13,84/mil mulheres.

“A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia. O risco de óbito decorrente da doença em meio às mulheres de 60 anos é dez vezes maior se comparado àquelas com menos de 40 anos de idade”, explica o ginecologista Dr. Agnaldo Lopes, presidente da Febrasgo.

Quando manifestada no colo do útero, a doença mostra-se igualmente preocupante. Nos últimos dez anos (2008-2018), a taxa de mortalidade decorrente da neoplasia saltou 33%, resultando em uma vítima a cada 90 minutos, de acordo com o Ministério da Saúde.

O médico acrescenta que fatores biológicos não são os únicos ligados ao aparecimento da doença. Aspectos sociais como baixa escolaridade e etnia não branca tornam-se indicadores que revelam as diferenças no acesso a medidas preventivas e diagnóstico precoce. “O sistema público de saúde brasileiro atende mais de 75% dos pacientes com câncer, no país. Para além do diagnóstico, temos ainda o desafio do início do tratamento. Antes da pandemia, o período entre o diagnóstico e o primeiro tratamento durava mais de 60 dias, em 58% dos casos. Hoje, esse tempo de espera pode ser bem maior. Devido a fatores como esses, quase nove em cada dez óbitos por câncer do colo do útero, por exemplo, ocorrem em regiões menos desenvolvidas”.


Prevenção e Diagnóstico precoce

O Dr. Agnaldo destaca que diferente de outras neoplasias, o câncer de colo de útero pode ser prevenido por meio de vacinas. A imunização contra o HPV (vírus causador da doença) são altamente efetivas e promovem uma diminuição significativa das infecções e, consequentemente, das lesões neoplásicas do colo do útero, responsáveis pela potencial perda do órgão.

O câncer mamário, por sua vez, não dispõe de métodos preventivos bem definidos. Contudo, idade superior a 50 anos, fatores genéticos, obesidade, sedentarismo e exposições frequentes a radiações ionizantes representam agravantes para o surgimento da doença. A mamografia anual, a partir do quarta década de vida, é a principal ferramenta para o diagnóstico precoce da doença – possibilitando a indicação de tratamentos menos invasivos e maiores chances de cura.

 


Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS)


Nutrição é a chave no combate e na prevenção de diversos tipos de câncer

No Dia Mundial de combate ao câncer e Nutrição (08/04), especialistas ressaltam o papel da boa alimentação na redução dos riscos de incidência de tumores malignos



Que a alimentação saudável auxilia no fortalecimento do sistema imunológico, muitos sabem, mas um dos maiores desafios para os especialistas da área têm sido estudar, comprovar e fazer com que as pessoas se conscientizem da importância da nutrição adequada na prevenção do câncer, um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. De acordo com uma pesquisa sobre esse tema, feita pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em 2017, metade das pessoas ouvidas não faz exercício físico e uma em cada quatro não vê a obesidade como problema relacionado ao câncer.

"A nutrição inadequada é classificada como a segunda causa de câncer que poderia ser prevenida, atrás apenas do tabagismo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Cerca de um terço de todos os cânceres humanos está relacionado ao tipo de alimentação", explica Rodrigo Cunha Guimarães, oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Segundo o médico, a adoção de comportamentos protetores, como seguir uma alimentação saudável, fazer atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas e manter o peso adequado são capazes de evitar 28% de todos os casos de câncer, também de acordo com estimativas do INCA. E essa é uma porcentagem relevante se considerarmos que 625 mil brasileiros devem receber o diagnóstico da doença em 2021. O assunto também é relevante por conta dos números globais: uma a cada cinco pessoas desenvolverá ao longo da vida algum tipo de tumor maligno e o câncer é a segunda principal causa de morte no planeta, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Uma alimentação rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas e que seja, porém, pobre em ultraprocessados, como os prontos para consumo e as bebidas açucaradas, pode prevenir novos casos de câncer. Isso porque o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e faz com que nosso organismo fique em constante estado inflamatório, o que por sua vez estimula a proliferação celular e dificulta o processo ativo de morte ‘programada’ das células - inclusive aquelas que apresentam problemas, que podem se tornar nocivas à saúde. Esses são fatores que sabidamente contribuem para o surgimento de tumores malignos", diz Rodrigo.

Vale lembrar ainda que as evidências científicas apresentadas na última década têm relacionado dietas baseadas no consumo de açúcar, gorduras saturadas e gorduras trans e alimentos ultraprocessados com o favorecimento dos índices de câncer de várias formas. A exemplo disso, as mais recentes análises do Fundo Global de Pesquisa sobre o Câncer (WCRF) e do Instituto Americano de Pesquisa para o Câncer (AICR) indicam que a ingestão de fast food e alimentos com alto teor de sódio e açúcar estão aumentando em todo o mundo, levando ao crescimento global de sobrepeso e obesidade e, consequentemente, a mais casos de câncer.

No caso do câncer de mama, que figura como o mais incidente entre toda a população global, recentes estudos demonstram que diferentes componentes dos alimentos, bem como uma boa qualidade alimentar, sendo fontes de vitaminas, minerais e compostos bioativos, podem ter relação direta na saúde celular, podendo influenciar no não aparecimento da doença, agindo como fatores de proteção.

"No total, temos indícios de que ao menos 13 tipos de câncer estão associados aos maus hábitos alimentares e excesso de peso. Na neoplasia de mama, o estilo de vida é fator determinante e há uma relação íntima com o padrão da alimentação - motivo de investigação científica crescente por conta da complexidade em desvendar todos os seus mecanismos. Fazem ainda parte dessa lista de tumores que têm sua crescente incidência ligada ao nosso tipo de consumo de alimentos os de colorretal, de útero, da vesícula biliar, do rim, de fígado, de ovário, de próstata, mieloma múltiplo, esôfago, pâncreas, estômago e tireoide", explica a nutricionista oncológica Rafaela Peixoto, também do Grupo Oncoclínicas.

Dietas ricas em carboidratos de rápida absorção, excesso de peso corpóreo e circunferência da cintura elevada podem ainda acarretar em outras doenças crônicas como diabetes tipo 2, pressão alta, insuficiência cardíaca e depressão, além do câncer. Adultos com obesidade grave desde a infância vivem até dez anos menos em relação aos que mantiveram um Índice de Massa Corporal (IMC) - cálculo que considera o resultado do peso dividido pela altura ao quadrado - ideal para adulto 18,5 a do 24,9 kg/m2 e 22 a 27 kg/m2 para o idoso. Acima desse valor a pessoa é considerada com sobrepeso, enquanto o IMC superior a 30 indica obesidade e quando atinge a marca de 40 ou mais configura a chamada obesidade grave ou grau III, um sinal de alerta para um alto risco de mortalidade geral.

Vilões no prato

São algozes e podem favorecer o aparecimento de cânceres, assim como outras doenças crônicas, o consumo de: sal em excesso; alimentos ultraprocessados; alimentos muito condimentados; temperos industrializados, que aumentam a incidência de câncer gástrico; excesso de carne e gordura animal; enlatados; carnes processadas/embutidas (salsicha, linguiça, presunto, peito de peru e blanquet de peru, bacon); nitritos e nitrato, presentes em alguns alimentos industrializados - o objetivo dessa substâncias é conservar e realçar o sabor - estão relacionadas com maior incidência de câncer de próstata, pâncreas, cólon e reto.

Além disso, os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida.

"Se em vez disso, sua dieta for incrementada por frutas e hortaliças frescas e orgânicas, o cenário muda. É que determinados compostos presentes nestes alimentos impedem a mutação do DNA, criando uma espécie de proteção contra lesões celulares. Alguns alimentos específicos, como a cúrcuma, conhecida como açafrão da terra, também estão associados com a inibição do crescimento das células cancerosas", ensina Rafaela Peixoto.

E as dicas de alimentação balanceada são também valiosas para garantir melhores respostas aos tratamentos de quem recebeu o diagnóstico do câncer.

"Quem tem a doença pode e deve repensar os hábitos alimentares, aumentando o consumo de nutrientes para fortalecer a imunidade. Além disso, é muito importante fazer um acompanhamento com um nutricionista especializado", ressalta o oncologista Rodrigo.

O último relatório do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer e do Instituto Americano de Pesquisa do Câncer destaca a importância de uma dieta saudável na prevenção do câncer de forma global. Veja as principais orientações do documento que é baseado nas evidências listadas pela Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos:

● Mantenha o peso adequado;
● Siga fisicamente ativo;
● Consuma uma dieta rica em vegetais (frutas, verduras, leguminosas, grãos integrais…);
● Limite o consumo de fast food e alimentos processados ricos em gordura, amido e açúcar;
● Modere na carne vermelha e processada;
● Reduza a ingestão de bebidas açucaradas;
● Diminua o consumo de bebida alcoólica;
● Para as mães: amamentem seus bebês;
● Não fume;
● Evite exposições solares em excesso.

Também para ajudar a população em geral e os pacientes oncológicos a adotarem hábitos de vida mais saudáveis, o Grupo Oncoclínicas disponibiliza um guia completo com dicas para uma dieta balanceada com muitas cores e sabores, ideias simples para a prática de atividades físicas e outras informações para vivermos mais e melhor. O material está disponível no: www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida

Cannabis medicinal melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos

Substâncias da planta reduzem efeitos negativos da quimioterapia


A cannabis tem sido utilizada para fins medicinais há milênios. Segundo pesquisas em todo o mundo, a planta é remédio para diversas patologias, como fibromialgia, epilepsia, esclerose múltipla e até tumores. O periódico de oncologia “Cancers” publicou em janeiro de 2019 um artigo da Faculdade de Medicina de Varsóvia, sobre as perspectivas para o uso de canabinóides em oncologia e prática de cuidados paliativos.

De acordo com o documento, evidências indicam a eficiência da cannabis no tratamento da dor, espasticidade, convulsões, distúrbios do sono, náuseas e vômitos,  e Síndrome de Tourette. “A ciência tem comprovado cada vez mais a importância da cannabis na qualidade de vida do paciente oncológico. O complexo mecanismo de ação da cannabis faz com que seja útil em diferentes sintomas do paciente oncológico e sob cuidados paliativos como a dor, a naúsea e vômitos secundários à quimioterapia, a perda de apetite, as alterações de humor e distúrbios do sono. Como coadjuvante no tratamento oncológico ela pode diminuir o número de medicamentos necessários inclusive o uso ou doses de opioides com diminuição dos efeitos adversos destes.”, destaca Maria Teresa Jacob, médica que trabalha com a medicina canabinóide.

O estudo enfatiza que os canabinóides apresentam segurança superior a outras substâncias usadas em oncologia e cuidados paliativos. “Existem algumas controvérsias quanto ao uso de canabinódes, especialmente o THC, em pacientes submetidos à imunoquimioterapia. Como eles atuam no sistema imunológico poderiam prejudicar a resposta à imunoterapia. Não existe até o momento um consenso sobre o assunto, mas seria prudente evitar seu uso nestes casos”, explica a doutora.

“Os canabinóides demonstraram efeitos anticancerígenos em diferentes modelos in vitro e in vivo de câncer”, cita o artigo.

As incertezas e controvérsias sobre o papel e uso adequado de medicamentos à base de cannabis ainda não permitem recomendar seu uso como tratamento de primeira linha da dor crônica e outras condições, principalmente na atenção primária. “Seja qual for o tipo de câncer vamos observar melhora do sono, da depressão, das náuseas e vômitos, e outros sintomas resultantes de uma quimioterapia inclusive os decorrentes da neuropatia induzida pela quimioterapia”, finaliza Maria Teresa.

 

 

Dra. Maria Teresa Jacob - Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia referência mundial na área. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias em sua clínica privada localizada em Campinas.

 

Bem - Medicina Canábica e Bem Estar

 

Aderiu a um Consórcio? Saiba como declarar sua carta de crédito na reta final do Imposto de Renda


Os brasileiros têm até o dia 30 de abril para declarar o Imposto de Renda referente a 2020. Quem aderiu a um consórcio nos anos anteriores deve considerar esse item na hora de acertar as contas com o leão. “Os planos de consórcio não são dedutíveis no IR, mas isso não significa que sua declaração à Receita Federal seja isenta”, explica Rafael Boldo, gerente do Porto Seguro Consórcio. De acordo com o executivo, mesmo os clientes que ainda não tiveram acesso à carta de crédito precisam incluir o consórcio em seus documentos fiscais. 

Rafael Boldo lista o passo a passo para quem tem um plano de consórcio e irá declarar o Imposto de Renda nas próximas semanas, período que marca a reta final do IR 2021. 

 

  • Confira o informe de rendimentos de seu consórcio: o documento fica disponível no site da empresa contratada pelo cliente. No Porto Seguro Consórcio, é possível verificar esse status na Área do Cliente, no menu “Informativo: Extrato de IR”. 
  • Veja em qual situação a sua cota se adequa: os status podem alterar a maneira de declarar o Consórcio no Imposto de Renda. No entanto, em todos os casos, a carta de crédito deve ser declarada com o Código 95 na ficha de “Bens e Direitos”. 
  • Declaração de cotas não contempladas: caso tenha entrado no grupo de Consórcio no ano de 2020, deixe o campo “Situação em 31/12/2019” em branco e preencha apenas o campo “Situação em 31/12/2020” com a soma das parcelas pagas até essa data. Para cotas adquiridas e pagas antes de 2020, preencha o campo “Situação em 31/12/2019” com o valor informado na declaração do ano 2019, e no campo “Situação em 31/12/2020” informe o valor total já pago. Para encontrar esse montante, basta somar ao valor declarado de 2019 o que foi quitado em prestações durante o ano de 2020. Em ambos os casos, preencha o campo “Discriminação” com as informações do seu consórcio e o tipo de bem de acordo com a sua cota e intenção de compra – prédio residencial ou comercial, galpão, apartamento, casa, terreno, imóvel rural, sala ou conjunto, veículo automotor terrestre (automóvel, caminhão, moto). Também é necessário informar o número de parcelas quitadas e o número de parcelas que ainda restam a pagar. 
  • Declaração de cotas adquiridas em 2020 e contempladas no mesmo ano: para esses Consórcios, em que os créditos já tenham sido utilizados ou os bens adquiridos, deixe o campo “Situação em 31/12/2019” em branco e preencha apenas o campo “Situação em 31/12/2020”. Já no campo “Discriminação”, preencha com as informações do seu consórcio e o tipo de bem. Informe ainda os números de parcelas quitadas e de parcelas que ainda restam a pagar, assim como a data da contemplação.  
  • Declaração de cotas adquiridas e contempladas em anos diferentes: caso os créditos também já tenham sido utilizados ou os bens adquiridos, deve-se informar no campo “Situação em 31/12/2019” o valor declarado no IR de 2019 e o campo “Situação em 31/12/2020” ficar em branco. Se a contemplação se der por meio de lance, declare o valor do lance no campo “Situação em 31/12/2020”, somado aos demais montantes quitados. Já no campo “Discriminação”, preencha com as informações do seu consórcio e o tipo de bem adquirido conforme as opções mostradas na ferramenta da Receita Federal. Os números de parcelas quitadas e de parcelas que ainda restam a pagar precisam ser declarados. 

Adesão recorde 

O ano de 2020 foi um marco para o setor de consórcio. Segundo a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), foram registradas mais de 3 milhões de adesões entre janeiro e dezembro ante os 2,87 milhões alcançados em 2019, com média de 251,69 mil adesões mensais, um recorde no sistema. No mesmo período, a Porto Seguro teve um crescimento de quase 10% na contratação do Porto Seguro Consórcio em todo o Brasil. Também foi observado um aumento no valor de carta de crédito dos consórcios contratados na companhia, que alavancou 19,86% em 2020 comparado com 2019. 

Na análise de Rafael Boldo, os resultados positivos mesmo em um cenário desafiador refletem a maturidade dos consumidores que planejam comprar bens de forma mais assertiva e com mais certezas. “Quem investe no sistema de Consórcio está firmando uma compra planejada e segura. Embora seja uma alternativa antiga no mercado, o Consórcio garante que os seus clientes realmente consigam planejar o futuro”, pontua o gerente. 

 

 

Porto Seguro

http://www.portoseguro.com.br/consorcio

 

Tirar o passaporte italiano em tempos de pandemia é possível!

Os processos de reconhecimento da dupla cidadania pelas ações judiciais estão sendo realizados de forma virtual e têm a facilidade de permitir ao requerente não precisar viajar à Itália neste momento que os brasileiros estão impedidos de entrar no país por conta da COVID-19


Para quem ainda tem dúvidas, sim, é possível obter o passaporte italiano nesses tempos de pandemia. Os processos de reconhecimento pelas vias judiciais no tribunal de Roma estão sendo realizados de forma virtual e têm como facilidade a vantagem de o requerente do Brasil não precisar viajar para a Itália, neste momento que os brasileiros estão impedidos de entrar no país por conta da COVID-19..

O passaporte italiano ainda é o desejo de muitas famílias pelos mais diversos motivos: turismo, estudo, trabalho, aposentadoria, moradia, empreendedorismo, entre outros. O documento, que abre as portas para países europeus e os Estados Unidos, é considerado um dos mais fortes do mundo e seu proprietário tem à disposição inúmeros benefícios.

CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra, Renato Lopes conta que ter o passaporte italiano é um dos grandes atrativos para investir nos EUA. “O brasileiro que possui a dupla cidadania pode entrar nos EUA com o visto E-2, de investidor, com aportes de até US$ 150 mil a depender do ramo de atuação, bem diferente dos que não possuem a cidadania, onde o investimento deverá estar na casa dos US$ 900 mil”, explica.

Para quem deseja formação escolar, universitária ou profissional, o passaporte italiano também é ponto de partida importante tanto nos EUA como na Europa. “A cidadania dá acesso a todos os direitos dentro de um país, como educação, saúde, aposentadoria públicas e o direito de trabalho”, ressalta Lopes. “Na educação superior, por exemplo, a Europa tem como atrativo diversos programas de benefícios e descontos, com universidades que cobram anuidades acessíveis”, completa o executivo.

Abaixo, seguem os cinco passos mais importantes para obter o passaporte italiano pela via judicial, segundo Renato Lopes, CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra.


1) Quem tem direito à cidadania italiana 

No Brasil, são estimados que cerca de 35 milhões de descendentes de italianos que aqui vivem têm direito ao passaporte. Segundo Renato Lopes, existem algumas regras para saber se há ou não direito à cidadania. “A legislação italiana não exige grau mínimo de parentesco entre o requerente e o ascendente italiano da família, então pode ser pai, mãe, avós, bisavós, tataravós, entre outros”, explica. “No entanto, a única exigência é a de que o italiano que imigrou para o Brasil não tenha se naturalizado antes do nascimento do primeiro filho”, completa. 


2) A documentação 

Após atestar que o requerente é habilitado para a dupla cidadania, o próximo passo é juntar a documentação dos parentes italianos e familiares que desejam ter o passaporte. “Essa etapa é muito importante, pois são esses documentos que vão atestar que o requerente no Brasil é passível de ser reconhecido como cidadão italiano”, diz Lopes. “Por isso, o fundamental é que as famílias juntem o máximo de documentos: certidões de nascimento, casamento, óbito, documentos de identificação do parente italiano e dos familiares brasileiros”.


3) Os tipos de pedido de cidadania 

Atualmente, para se obter a cidadania italiana existem três vias: pela comune na Itália, ou seja, por residência, e pelo Consulado no Brasil, ambos de forma administrativa; e por meio de uma ação judicial no tribunal de Roma. “Hoje, os processos judiciais, além de mais seguros contra as fraudes, são os que têm apresentado o menor tempo de finalização”, defende Lopes. Neste modelo, o requerente ingressa com uma ação na Itália e espera o deferimento ou não do juiz competente.


4) Os prazos da Justiça italiana 

Uma vez protocolada a ação judicial na Itália para o reconhecimento da cidadania, não há prazo fixo estipulado pela Justiça no país para o juiz apreciar o processo. “Em média, os processos que vão da Itália ao Brasil têm levado entre 12 a 18 meses para que o requerente tenha a decisão transitada em julgado, ou seja, a decisão final do seu pedido”, esclarece Lopes.   


5) A transcrição da comune e o passaporte italiano 

Com a decisão transitada em julgado, o requerente ainda terá que esperar um prazo de três a quatro meses para que a comune transcreva a decisão judicial referente ao reconhecimento como cidadão italiano. “Essa transcrição dá direito ao documento necessário para dar entrada ao passaporte italiano em qualquer consulado no Brasil”, explica o especialista. “Dá para dizer que do protocolar da ação judicial no tribunal de Roma ao documento da comune, o processo todo leva, em média, de 21 a 24 meses”, conclui Renato Lopes, CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra.


Qual o momento da sua empresa?

No momento atual, as organizações estão dando o próximo passo na jornada, mudando seu foco da aplicação projeto a projeto para a institucionalização de práticas, processos e competências de Gestão de Mudanças. Essas organizações estão investindo tempo, energia e recursos para criar capacidades e competências de Gestão de Mudanças no nível organizacional, ou seja, gerenciando efetivamente o lado humano da mudança se tornando mais do que uma prática comercial, tornando-se uma competência central, um diferenciador competitivo e um valor cultural da empresa.

As perguntas que temos que fazer são: Você está pronto para dar o próximo passo?; Está pronto para colocar sua organização em um local onde os processos e ferramentas comuns de Gestão de Mudanças sejam aplicados de maneira consistente em todos os projetos?; Está pronto para que os colaboradores se tornem grandes líderes de mudança, independentemente de sua função ou localização na organização?

Se estiver, você está pronto para o Enterprise Change Management!

Duas perguntas sustentam essa afirmação acima: onde você está hoje e qual o seu próximo passo?

A primeira, você deve se provocar respondendo algumas questões: Se você tem uma visão do que um recurso de Gestão de Mudanças significa para sua organização; Qual porcentagem de projetos você está aplicando uma abordagem estruturada de Gestão de Mudanças; Se os profissionais de mudanças, equipes de projeto, líderes e gerentes participaram de treinamentos sobre Gestão de Mudanças; Qual a aceitação e o suporte para aplicar a Gestão de Mudanças em todos os níveis da organização e se você já adotou uma abordagem padrão de Gestão de Mudanças.

Esses são os tipos de perguntas que você pode responder para determinar onde sua organização está hoje, de uma perspectiva de maturidade de Gestão de Mudanças, pois têm níveis de maturidade que devem ser analisados.

Entender onde você está hoje é o primeiro passo para construir a capacidade organizacional no próximo ano – fornecendo uma contribuição e direção significativas. Mas saber onde você está hoje é apenas o ponto de partida! Você pode ir além e pensar o que você pode fazer para mover e aumentar o uso de processos de Gestão de Mudanças em iniciativas e promover o desenvolvimento de competências individuais em toda a organização.

Já na segunda pergunta há um importante ponto de virada. Esse momento acontece para organizações prontas para institucionalizar a Gestão de Mudanças e construir capacidades organizacionais. É quando uma organização adepta a mudanças e a construir uma agilidade apoiada por recursos de Gestão de Mudanças exige um esforço concentrado e foco.

A capacidade e a competência de Gestão de Mudanças organizacionais não acontecem por acaso, requer uma abordagem ponderada e estruturada para passar do atual nível de maturidade para um nível mais alto.

Dado o que sabemos e aprendemos, essas três ações são fundamentais na jornada para incorporar a Gestão de Mudanças e construir capacidades organizacionais: Suporte da liderança, Criação e compartilhamento de histórias de sucesso e Gerenciamento do esforço com estrutura e intenção.

Para que as pessoas levem a sério a capacidade de Gestão de Mudanças, os líderes devem mostrar que esse é um compromisso importante para a organização. O valor da Gestão de Mudanças deve ser demonstrado para as pessoas da organização.

Em particular, os colaboradores que trabalham em projetos são mais propensos a se comprometer com a Gestão de Mudanças, quando veem o impacto que isso pode ter. Poucos esforços de capacitação organizacional começam sem algumas provas sólidas de sucesso e exemplos para compartilhar. Nós nunca faríamos um esforço para transformar a organização sem aplicar um sólido gerenciamento de projetos. Quando você trabalha para construir um recurso organizacional na Gestão de Mudanças, você está essencialmente transformando como a organização muda.

 


Márcia Bastos - Sócia e Fundadora da Conexão Talento, coach pela Academia Internacional de Coaching, especialista em Gestão de Recursos Humanos com experiência de 25 anos. Formação em Psicologia e Pós-graduada em Administração pela Fundação Getúlio Vargas.


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