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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Soluções baseadas na natureza são essenciais para combater mudanças climáticas e a perda de biodiversidade

 

Pesquisadores analisam estratégias de conservação de ecossistemas e recuperação de áreas degradadas na segunda edição da série Conferências FAPESP 60 anos (foto: Agência Brasil)


A conservação de ecossistemas, como áreas florestais, pantanosas ou ocupadas por pastagens naturais, e a restauração de áreas já degradadas são essenciais para enfrentar, conjuntamente, dois dos maiores desafios globais atualmente: as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade.

Essas soluções baseadas na natureza são especialmente importantes para serem implementadas no Brasil, uma vez que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do país, que impulsionam o aquecimento global, está associada a mudanças no uso da terra, lideradas pelo desmatamento para abertura de áreas de pastagem ou agrícolas. A prática provoca a liberação de gás carbônico armazenado nas plantas e também a fragmentação e perda de hábitats, apontadas como duas das principais causas de declínio de espécies mundialmente.

A avaliação foi feita por pesquisadores palestrantes da segunda edição da série Conferências FAPESP 60 anos, com o tema “Mudanças climáticas e biodiversidade: os avanços da ciência”, realizada ontem (21/07). Os debates foram mediados por Ronaldo Pilli, vice-presidente da FAPESP.

“A conservação de áreas intactas representa hoje uma opção para manter os estoques de carbono. Já a restauração de áreas degradadas permitiria sequestrar carbono da atmosfera e a reconexão de fragmentos naturais, o que pode resultar em benefícios para a biodiversidade”, disse Mercedes Bustamante, professora da Universidade de Brasília (UnB).

De acordo com a pesquisadora, globalmente as mudanças no uso da terra e floresta representam 24% das emissões globais. No Brasil, atingem mais de 60% e vêm aumentando nos últimos anos em razão do desmatamento, principalmente da Floresta Amazônica.

Em 2019, por exemplo, o Brasil respondeu pela perda de um terço de florestas tropicais primárias no mundo e por 41% no período de 2002 a 2020.

“O que se observa é que essa perda de floresta primária vem ocorrendo acentuadamente em territórios indígenas, que tradicionalmente são áreas onde o desmatamento é muito baixo e que têm protegido a floresta ao longo dos últimos anos”, apontou.

Apesar de ocorrer em maior escala na Amazônia, essa perda não tem se restringido a esse bioma. Em 2020, o Cerrado perdeu uma área quatro vezes maior que a Grande São Paulo e o desmatamento tem crescido também da Mata Atlântica.

“Essas mudanças no uso do solo no Brasil representam uma via de mão dupla”, avaliou Bustamante. 

“Ao mesmo tempo em que a conversão de vegetação nativa para a agropecuária, associada ao aumento da frequência de queimadas, tem impacto direto sobre as emissões de gases de efeito estufa, terá também impacto no setor agrícola, que será o que mais vai sofrer com as mudanças climáticas e com os efeitos das alterações na temperatura e na disponibilidade hídrica”, disse Bustamante.


Impactos na agricultura

Alguns dados apresentados por Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), referendam essas constatações.

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apresentado por Artaxo, indicou um aumento médio entre 4 ºC e 5,5 ºC na temperatura entre 2071 e 2099 na região central do Brasil, onde está estabelecido o agronegócio.

Outro estudo de autoria de pesquisadores da Embrapa Informática Agropecuária, publicado em 2019 e também citado por Artaxo, apontou que o Brasil está se tornando mais seco. As áreas no país com registro de alto índice de déficit de chuva, antes restritas à região do Nordeste, se estenderam para Goiás e Mato Grosso – dois dos principais Estados produtores de soja e carne.

“A economia brasileira baseada só na produção de carne e de soja, por exemplo, pode não ser competitiva daqui a dez anos ou mesmo na década atual”, disse Artaxo.

Segundo o pesquisador, as evidências das mudanças climáticas no planeta são extensas e incluem o aumento de eventos climáticos extremos, como as recentes inundações na Europa, ondas de calor nos Estados Unidos e no Canadá, crise hídrica no Brasil e aquecimento do oceano e da atmosfera.

As emissões de carbono, ele explica, estão fazendo com que as concentrações de gases que controlam o clima do planeta aumentem rapidamente – a de dióxido de carbono (CO2) aumentou 66%, a de metano 259% e a do óxido nitroso (N2O) 120% desde 1750 – e mudando a composição da atmosfera terrestre. Com isso, a temperatura do planeta já aumentou 1,2 ºC.

“Esse aumento de temperatura pode parecer pouco, mas é muito significativo para o funcionamento básico de um ecossistema. E tem contribuído para o aumento da frequência de eventos climáticos extremos que temos visto”, afirmou Artaxo.

De acordo com o pesquisador, a temperatura média nos continentes já aumentou 1,7 ºC, uma vez que eles aquecem muito mais do que o planeta como um todo porque os oceanos absorvem gigantescas quantidades de calor.

“Nos continentes, já ultrapassamos o limite seguro de aumento da temperatura, de 1,5 ºC, indicado pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas]”, disse Artaxo.

Nos últimos 110 anos, a temperatura no Nordeste do Brasil, por exemplo, aumentou entre 2,2 ºC e 2,5 ºC. Já na região do Ártico aumentou mais de 3 ºC.

“Esse aumento muito significativo da temperatura afeta o funcionamento de ecossistemas, a biodiversidade, a saúde da pessoas e tem impactos socioeconômicos muito grandes”, afirmou Artaxo.


Impactos na biodiversidade

A partir de 2050, as mudanças climáticas podem se tornar o principal vetor da perda de biodiversidade global, apontou Carlos Joly, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) e membro da coordenação do Programa BIOTA-FAPESP

“Temos um conjunto enorme de fatores, que vão desde o aquecimento global, passando por mudanças na distribuição de chuvas, pela poluição, pelo uso excessivo de fertilizantes e pela introdução de espécies exóticas, entres outros fatores que têm exercido enorme pressão e levado ao desaparecimento de toda uma fauna de invertebrados”, apontou Joly.

Alguns desses invertebrados, como as abelhas, são importantíssimos para a manutenção da polinização das principais culturas agrícolas cultivadas em países como o Brasil, ele exemplificou.

O ritmo de perda de espécies indica que o mundo corre o sério risco de assistir nas próximas décadas a uma sexta extinção em massa.“A crise da biodiversidade está atingindo um limite muito perigoso”, afirmou Joly.

Na avaliação do pesquisador, enquanto a atual crise sanitária, causada pela pandemia de COVID-19, tem a perspectiva de ser solucionada nos próximos dois anos com o avanço da vacinação e a emergência climática poderá ser debelada em 100 a 150 anos com a redução significativa nas emissões de GEE, a perda da biodiversidade global poderá ser irreversível.

“Não vamos recuperar as espécies que estão sendo extintas hoje. Por isso, é preciso reverter as taxas de extinção antes que serviços ecossistêmicos [prestados pela natureza, como prover água limpa] sejam definitivamente comprometidos”, alertou.

A atuação da FAPESP no financiamento à pesquisa nesses dois temas – biodiversidade e mudanças climáticas – tem sido fundamental para o avanço dessas agendas em nível global, apontaram os participantes do evento.

“Cada vez mais diferentes nações e entidades supranacionais, mas também empresas responsáveis e partidos políticos têm fortalecido uma agenda que privilegia esses dois tópicos”, avaliou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.

“No Brasil, a FAPESP, a ABC [Academia Brasileira de Ciências], a SBPC [Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência], a Aciesp [Academia de Ciências do Estado de São Paulo] e as nossas universidades têm liderado um movimento para fundamentar o desenvolvimento do conhecimento baseado na pesquisa sobre a biodiversidade e as mudanças climáticas globais”, afirmou Zago.

A íntegra da Conferência pode ser assistida em https://www.youtube.com/watch?v=PEP56Gnk3YU.

 

 

Elton Alisson 

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/solucoes-baseadas-na-natureza-sao-essenciais-para-combater-mudancas-climaticas-e-a-perda-de-biodiversidade/36406/


A relação da moda e olimpíadas: uma conversa de séculos!

Enfim chegamos aos jogos olímpicos, um evento que já começa marcado por superação mental, física para organizadores e atletas que tiveram que adaptar as condições impostas pela pandemia. Esta provavelmente será a Olimpíada de mais histórias de superação do que de recordes e performance.  

Fato ou lenda, o curioso é que a primeira disputa olímpica, do que hoje seria próximo ao atletismo, foi vencida por Corobeu, cidadão de Olímpia, que correu despido por crer que assim teria melhor desempenho. O desafio da performance com menor ou melhor impacto por meio da roupa nasceu com a própria competição e este desafio vem sendo o propulsor de inovação tecnológica no vestuário atlético se expandindo para outros segmentos.

A moda absorve todos estes movimentos e transforma em estilo, é o caso da roupa para a prática do skate, antes um esporte marginalizado e agora oficialmente olímpico, com isso ela ganha maior evidência na moda por meio das marcas sportswear.

A demanda por peças confortáveis, levaram os skatistas a usar o moletom, logo no final da década de 70, quando Norma Kamali estilista nova-iorquina, começou a fazer roupas com o tecido, já usado desde a década de 30 para aquecer os trabalhadores de frigoríficos de Nova York, porém com modelagem e design mais atual para a época. O moletom que oferecia conforto, mas não resistência, passa a dar lugar as calças cargo e jeans pesados bem amplos, já que não existia jeans stretch e nada poderia impedir seus movimentos. Logo, foi redefinido a cara do esporte de rua. É obvio que isso foi absorvido pela moda que aos poucos passou a oferecer cada vez mais atributos necessários de resistência, conforto térmico e flexibilidade à detalhes de costura, entre outros.

A construção dessa estética acontece nos espaços olímpicos e esportivos, mas também nas academias e ruas que revelam os atletas urbanos com seus corpos normais, seus sobrepesos, ou seus músculos conquistados com muita disciplina. O esporte tomou nossas vidas numa busca pelo equilíbrio, saúde e bem-estar; e a moda abraça seu papel nessa empreitada. Uma pesquisa realizada pela agência Grey mostrou quatro estilos predominantes de beleza, o esportivo está entre eles e representa para os adeptos o autocontrole, num mundo que pouco podemos controlar. O esporte é mais que uma onda, é um norteador permanente que tem a ver com estilo de vida e com valores comportamentais que evolui e avança para as principais marcas.

Cada vez mais nossas identidades são múltiplas, o belo é mais do que um estado físico -- descontruir o belo o corpo escultural que tanto perseguimos, é um desafio nada fácil, mas esta olimpíada promete ser  palco desta nova inclusão de atletas como Ana Patrícia Ramos, jogadora de vôlei de praia, que sofria bullying quando criança pelo seu tamanho e na equipe era vista com limitação pelos seus 1m94cm de altura. Ana distingue-se da barriga tanquinho e do corpo de beleza simétrica impecável idealizada, mas despontou entre as atletas, sendo a primeira a garantir a vaga nas olimpíadas de Tóquio.

Por outro lado, a atleta amadora Ellen Valias (@atleta_de_peso) luta para conscientizar a sociedade de que é possível ser gorda e praticar esportes. Ellen não se profissionalizou por não se “enquadrar” no padrão imposto.  Hoje ela é patrocinada pela Adidas, uma marca esportiva que entendeu que o corpo gordo tem o direito de se movimentar e que como outras marcas vêm atendo estas demandas que, além de gerar bem-estar, geram grandes negócios e movimentam toda a cadeia. 

A indústria têxtil também corre atrás da alta performance. Hoje vemos tecidos com quase 100% de power stretch, se adaptando aos mais diversos corpos e reproduzindo as roupas esportivas, seja com aspectos do moletom ou leggings, permitindo que a roupa caia como uma luva, inclusive nos tamanhos ofertados em PMG, como na moda esportiva.  

Entre as mídias e atletas dando voz ao diverso, o movimento da positividade corporal vem crescendo e atingindo o mainstream, marcas American Eagle, Nike e Torrid ofertando tamanhos estendidos. A rede americana Athleta, do grupo Gap treinará todos os funcionários de suas lojas com a certificação bodySTRONG® para ensinar linguagem corporal positiva além de um grande plano para clientes plus size, com oferta de tamanhos em todas  categorias até 2022, o que representará 70% da oferta da marca sem diferenciar as linhas convencionais de plus size.

Enquanto isso, os atletas americanos usarão Skims, a marca de shapewear lançado por Kim Kardashian em 2019, por baixo de sua Ralph Lauren e Nike. Com mensagem corporal e racialmente inclusiva, a marca está firmando sua reivindicação como a abordagem americana da próxima geração

E falando em skims, retomo à Corobeu, séculos se passaram e o seu desafio ainda está na pauta do têxtil, desenvolver tecidos que façam as pessoas sentirem-se tão leves e confortáveis como em suas próprias peles, independente da forma e contexto, numa espécie de simbiose.

A moda vai além da necessidade de vestir construindo entre performance e identidades, entre o corpo físico e emocional, sendo grande condutora da transformação e acolhimento do diverso. E você ainda acha que a moda é apenas um jogo estético ou sistema poderoso que mobiliza massa como os jogos olímpicos?   

 


Sueli Pereira - tem mais de 20 anos de experiência no setor têxtil e formada em jornalismo, história da moda e gestão empresarial, e um estudiosa do comportamento humano.


quarta-feira, 21 de julho de 2021

A queda de Vênus em Virgem. E agora?


 

O que significa e como esse movimento impacta na energia do período


Vênus entra no signo de Virgem nesta quarta-feira, 21. O planeta do amor, do relacionamento, da beleza e do prazer tem problemas para expressar suas qualidades durante esse trânsito, por isso, na astrologia diz-se que Vênus está em queda em Virgem. A astróloga Sara Koimbra explica que os detalhes que Virgem coloca à frente dos olhos podem incomodar e trazer à tona o que não está tão bom.

“Virgem é o signo da minúcia, do detalhe, de Terra, mutável, regido por Mercúrio. É preciso tomar cuidado para não ser muito crítico com o parceiro durante a passagem de Vênus por este signo. Podemos facilmente nos sentir culpados se formos excessivamente autoindulgentes neste momento também”, alerta a especialista.

Koimbra aconselha a aproveitar o momento para expressar o amor por meios e gestos práticos, com recados, ou apenas se fazendo presente. “O amor precisa fazer sentido e ter um propósito com Vênus em Virgem”, conta a astróloga.

Ao final do período, os casais podem perceber que aquilo que incomodava e podia ser melhorado passou por mudanças e foi resolvido, já que durante esse movimento as pessoas vão prestar mais atenção no que destoa, nos detalhes do relacionamento e nas próprias atitudes que podem ser aprimoradas.

 


Sara Koimbra - atua há mais de 10 anos como astróloga, numeróloga e taróloga. Alia seus conhecimentos a terapias e orientação vocacional para adolescentes em busca da primeira profissão e adultos que querem se reinventar profissionalmente. Atua também com avaliação da política usando suas técnicas.


Corpo em movimento previne doenças e pode ser aliado na qualidade de vida

Campanha da ABIMIP na Semana do Autocuidado trata de mais um pilar de autocuidado, a atividade física, ferramenta de prevenção de doenças


Um dos pilares do autocuidado mais mencionado em pesquisas sobre mudança de comportamento na pandemia de Covid-19 é o da atividade física regular - ou a falta dela. Nem sempre é possível seguir as novas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo as quais é necessário praticar pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica, de moderada intensidade, por semana. Principalmente porque, já se sabe: a falta de atividade física pode provocar a deterioração da saúde cardiovascular, levar à obesidade e até mesmo trazer maior risco de enfermidades crônicas.

De acordo com pesquisas recentes, muitos daqueles que se exercitavam regularmente antes da pandemia deixaram de praticar uma atividade física durante a crise sanitária. É o que revela estudo feito pela Fundação Instituto Fiocruz e mais quatro universidades, que ouviu 41.161 brasileiros com 18 anos ou mais: antes da pandemia 30,1% dos entrevistados revelaram fazer atividade física - durante a pandemia esse número caiu para 12%.

"Desde o final de fevereiro do ano passado, quando a pandemia de Covid 19 se instalou no Brasil, a população foi obrigada a reduzir a atividade física que, na maioria das vezes, era feita em academias, parques e até nas ruas, hoje locais considerados vulneráveis para se contrair o coronavírus", lembra Marli Martins Sileci, vice-presidente da ABIMIP - Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição. Segundo ela, entre os sete pilares do autocuidado, lembrados nesta Semana do Autocuidado, a atividade física é um dos mais importantes. "Nossa saúde depende de mantermos o corpo e a mente em movimento", lembra a executiva.

Para se ter uma ideia do problema que se apresenta, outro estudo da Fundação Instituto Fiocruz, realizado online com 41.184 brasileiros de 18 anos ou mais, mostra que a pandemia trouxe aumento do comportamento sedentário, com maior tempo dedicado às telas, seja televisão, tablet, celular ou computador. Somente o tempo médio em que se fica diante da televisão aumentou de 3,81 horas para 5,30 horas. Segundo o levantamento, o tempo médio dedicado a tablet e computador passou de 1,85 hora para 3,31 horas durante a pandemia. E pior: entre os adultos jovens, de 18 a 29 anos, o tempo médio de uso do computador e tablet durante a pandemia foi de 7 horas e 15 minutos, representando um aumento de quase 3 horas sobre o tempo de uso antes da pandemia da Covid-19.

De acordo com a OMS, exercitar-se em casa pode ser uma opção para driblar o sedentarismo. A dica é aproveitar qualquer trabalho ou função dentro de casa para se exercitar. Dançar, fazer simples movimentos repetitivos, como levantar pernas e braços, um de cada vez, já ajuda. Até mesmo andar de um cômodo ao outro, enquanto se fala ao telefone, ou fazer intervalos regulares para andar enquanto se trabalha em home office, fazem a diferença no final do dia.

As chamadas "Diretrizes da OMS sobre atividade física e comportamento sedentário" indicam soluções para todas as populações e grupos etários de 5 a 65 anos e idosos. Brincar com as crianças e até a realização de tarefas domésticas podem ser úteis para se manter ativo durante a quarentena.

"Adultos devem realizar atividades de fortalecimento muscular de moderada intensidade, ou maior, que envolvam os principais grupos musculares, dois ou mais dias por semana pois estes proporcionam benefícios adicionais à saúde," afirma a cartilha da OMS.


ABIMIP - A Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição

 

No clima das Olimpíadas, veja como praticar esportes com saúde

Alimentação, alongamento e meias de compressão são importantes na prática de atividades físicas


As Olimpíadas são um dos maiores eventos do mundo. Sua origem vem da Grécia Antiga, onde os jogos esportivos eram praticados na cidade de Olímpia. Nos dias atuais, o objetivo principal da competição é celebrar a paz entre as nações por meio do esporte.

Neste ano, os Jogos Olímpicos acontecem em Tóquio, no Japão. O país não é só reconhecido pela sua tecnologia, mas também pelos seus hábitos saudáveis de vida, como a boa alimentação e a prática de exercícios físicos.

Em época de Olimpíadas, as pessoas acompanham de perto as disputas de diferentes esportes, o que acaba incentivando também a prática de atividades físicas. Esse fator, aliado a outros hábitos saudáveis, é importante não só para o corpo, mas para a mente também, além de contribuir para o desenvolvimento de outras habilidades, como concentração, coordenação motora, respiração, postura, foco, entre outros benefícios.

Praticar exercícios físicos é fundamental para manter uma vida mais saudável, mas é importante se cuidar. Confira cinco dicas para se exercitar com saúde:

• Respiração: manter uma boa respiração, inspirando o ar pelo nariz e soltando pela boca. Embora pareça simples, treinar essa habilidade pode reduzir o estresse, ansiedade e desacelerar o batimento cardíaco.

• Alongamento: para quem pratica qualquer atividade física o alongamento é fundamental, por meio dele é possível manter e até aumentar a flexibilidade dos músculos, o que, consequentemente, ajuda a evitar lesões;

• Meias próprias para praticar esportes: atualmente o uso de meias de compressão pode ser preventivo e existem modelos no mercado específicos para a prática de esportes. A SIGVARIS GROUP, empresa líder mundial em produtos de compressão graduada, possui a meia UP 17, que foi especialmente desenvolvida e projetada para auxiliar na melhora da fisiologia muscular do atleta. Além de reduzir o cansaço em treinos de baixa intensidade e após a prática esportiva, ela também diminui a fadiga, tensão e acelera a recuperação muscular. Outro modelo é a UP 25, indicada para atividades de média e alta intensidade. O produto foi desenvolvido para melhorar as condições de oxigenação e nutrientes para os músculos e contribui para aumentar o desempenho físico, a estimulação do retorno venoso e a regeneração muscular, além de diminuir as dores e a fadiga.

• Ter uma boa alimentação: controlar a alimentação e investir em alimentos saudáveis, ricos em nutrientes e proteínas é fundamental. Alimentos gordurosos e calóricos devem ser evitados.

• Beba água: a água garante o funcionamento do intestino e dos rins, evita o inchaço abdominal e traz mais disposição, além de regular a temperatura do corpo e melhorar a circulação sanguínea.

 

 

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Inverno aumenta os casos de rinossinusite, você já ouviu esse termo?

Coriza, congestão nasal e tosse são sintomas comuns a diversas doenças respiratórias, principalmente no inverno. Essa semelhança faz com que muita gente tenha dificuldade para diferenciar a origem do problema, e uma das confusões mais comuns é entre rinite e sinusite. Os dois problemas muitas vezes coexistem e são concomitantes na maioria dos indivíduos. 

Na maioria das vezes, a rinite pode existir isoladamente. Já a sinusite não acompanhada de rinite é de ocorrência rara. Ou seja, as duas podem apresentar-se como doenças em continuidade. 

“Atualmente, o termo rinossinusite tem sido mais aceito para referir-se aos sintomas da sinusite. Do ponto de vista prático, os termos representam a mesma doença. Ou seja, são usados para se referir a presença de inflamação nas cavidades dos ossos da face. A diferença é que a rinossinusite indica que há inflamação também nas fossas nasais”, explica otorrinolaringologista Dr.Alexandre Colombini.   

Segundo o especialista, o termo pode ser meio confuso, porém, é crucial que você não tente diferenciar os sintomas e medicar-se por conta própria,  já que a sinusite é uma inflamação  que acomete a região interna dos seios da face, podendo ser aguda (duração inferior a 12 semanas) e crônica (duração superior a 12 semanas). Por sua vez, pode se manifestar de diferentes formas, existindo mais de um agente causador para a condição. A sinusite pode ser viral ou bacteriana. Entenda melhor:⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

▪Viral: ocorre em razão de contato com vírus, os sintomas costumam ser: coriza; dor de cabeça; obstrução nasal e surgimento de secreção nasal. Eventualmente, há febre, mas geralmente baixa.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

▪Bacteriana: é causada por bactéria e também pode ocorrer posteriormente a um quadro viral da doença. É uma manifestação mais prolongada, havendo traços comuns como secreção nasal em uma ou ambas as narinas; secreção mais espessa (esverdeada, esbranquiçada ou amarelada); dor nos dentes e, eventualmente, febre.⠀⠀⠀

Do outro lado temos a rinite, que pode ser classificada em rinite alérgica, não alérgica e infecciosa. Rinite alérgica é a mais comum, caracterizada por um processo inflamatório crônico da mucosa nasal causada por alérgenos. 

Dr. Alexandre ressalta os sintomas característicos de rinite alérgica, entre os quais rinorreia (secreção nasal excessiva), prurido, congestão nasal e espirros. E ressalta que pode ocorrer: edema periorbitário, tosse seca, dispneia e disfonia.  

Dados e estudo relatam que cerca 30% das pessoas sofram com rinite alérgica. “As crianças sofrem mais, com idade abaixo dos 05 anos, e os idosos acima dos 60 anos também, isto por que o sistema imunológico nestas faixas etárias é menos funcional. Com isso as chances de as gripes e resfriados voltarem a cada semana é maior, o que também acaba levando a um gasto maior dos anticorpos, abaixando ainda mais a resistência para que peguem mais e mais doenças respiratórias”, explica o otorrinolaringologista.  

Dr. Alexandre conta que, em alguns pacientes, o doença pode desencadear sinusite, otite média, conjuntivite, faringite, laringite e asma. Os pacientes também podem descobrir reações cruzadas, por exemplo, os alérgicos a pólen da bétula podem descobrir que também são alérgicos à casca de maçã. Um sinal claro dessa ocorrência é a presença de prurido na garganta após ingerir uma maçã, ou mesmo espirros após descascar esta fruta. Isso ocorre devido às semelhanças das proteínas do pólen e dos alimentos. Há muitas substâncias com reações cruzadas” ressalta o médico. 

Segundo o otorrino, para o diagnóstico, é preciso fazer uma boa consulta e realizar exame físico cuidadoso. O tratamento da rinite alérgica consiste em quatro estratégias principais:

 

1. Medidas para controlar o ambiente e evitar alérgenos

 

Evitar o máximo possível a exposição a alérgenos como pólen, ácaros e mofo.

 

2. Farmacoterapia: Anti-histamínicos orais, anti-histamínicos associados aos descongestionantes, outros fármacos como corticosteroides orais e tópicos nasais e antileucotrienos. Geralmente, para o tratamento da rinite alérgica, os anti-histamínicos de segunda geração são preferíveis aos de primeira geração. 

 

3. Imunoterapia: Este tratamento pode ser considerado mais eficaz nos casos de difícil controle, quando há resposta inadequada às outras opções de tratamento e na presença de comorbidades ou complicações. 

 

 

 

Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.

 

Confundida com obesidade ou alterações linfáticas, conheça a doença que causa “peso” nas pernas e acomete mulheres

A perda de mobilidade, aumento progressivo de gordura em determinadas regiões com o passar dos anos, dor nas pernas, braços ou quadris e dificuldades em eliminar a gordura mesmo com dieta e atividade física são alguns dos gatilhos do Lipedema;

 

Novo estudo publicado nos Estados Unidos revelou que 86% das mulheres ouvidas que optaram pelo tratamento cirúrgico tiveram sua qualidade de vida melhorada, com sensação de alívio do peso nas pernas, e diminuição de dor – algumas das principais queixas de quem sofre com a doença;

 

Cerca de 10% das mulheres em todo o mundo têm a doença e a grande maioria não sabe. No Brasil este número pode chegar a 5 milhões.

 

Instituto Lipedema Brasil, primeiro centro de referência da doença no país, foi criado para mudar esta realidade, informando a população sobre as causas e sintomas, além da importância do diagnóstico precoce; 




O Lipedema, doença causada pelo acúmulo de gordura nos braços, pernas e quadris, que provoca sofrimento físico e psicológico, pode acometer cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil. Cerca de 10% das mulheres no mundo, segundo dados de uma entidade espanhola, têm a doença e a grande maioria não sabe.

É confundida muitas vezes com obesidade ou alterações linfáticas, por falta de conhecimento e de informação da classe médica, e atinge quase que exclusivamente o público feminino, pois está associado a um padrão hormonal feminino. 

 

Estudos sobre a doença – Um novo estudo sobre o Lipedema foi publicado nos Estados Unidos. O objetivo deste estudo foi coletar dados de mulheres com a doença, que foram submetidos ao tratamento cirúrgico para determinar se a qualidade de vida, a dor e outras medidas melhoraram após o procedimento. Para isso, foram ouvidas 148 mulheres e o resultado foi positivo. A qualidade de vida mudou para melhor em 84% das mulheres e a dor melhorou em 86% delas. A perda de peso ocorreu em todas as fases até três meses após a cirurgia.

 

Já no Brasil, um estudo da Faculdade Santa Marcelina traçou o perfil epidemiológico de pacientes com Lipedema e revelou que apenas 9% dos médicos consultados estavam aptos a fazer o diagnóstico da doença. O estudo observacional da doença analisou 106 mulheres, utilizando como norte um questionário aplicado às pacientes, com questões cujo objetivo foi analisar a trajetória terapêutica enfrentada por elas.  


A doença, que deverá ser incluída no próximo Código Internacional de Doenças (CID 11) apenas em 2022 - ainda é mal diagnosticada não só no Brasil, mas mundialmente. Ainda segundo o estudo brasileiro, apesar de grande parte das pacientes apresentarem um peso normal, o Lipedema foi confundido com obesidade em 75% das pacientes. Diante dessa realidade, o Instituto Lipedema Brasil (www.institutolipedemabrasil.com.br), o primeiro centro de referência da doença no país, foi criado para compartilhar informações, apresentar o Lipedema para a sociedade e mobilizar todas as mulheres.


Como identificar

Segundo o diretor do Instituto Lipedema Brasil e um dos pioneiros no tratamento de Lipedema no Brasil, dr. Fábio Kamamoto, as principais características do Lipedema, que possui quatro estágios, são: dores frequentes nas regiões das pernas, quadril, braços e antebraços, que ficam mais grossos e desproporcionais em comparação com o restante do corpo, no tornozelo parece que há um “garrote” e os joelhos perdem o contorno. “A mulher pode apresentar hematomas (ficar roxa) por qualquer movimento mais brusco. Isto acontece porque a doença provoca reação inflamatória em células de gordura nestas regiões”, comenta.

 

Gatilhos  É preciso identificar se a mulher tem algumas das características da doença para gerar pontos de atenção. Se há perda de mobilidade, aumento progressivo dessa gordura com o passar dos anos, se há dor em algumas das regiões-foco e dificuldades em eliminar a gordura mesmo com dieta e atividade física, é recomendado procurar ajuda médica, pois pode ser Lipedema. Um dos exames que facilitam o diagnóstico é a ressonância magnética, em que é possível observar o acúmulo de gordura ao redor dos músculos. 

 

Tipos de tratamento – Há dois tipos de tratamento para o Lipedema, o clínico e o cirúrgico. O clínico é composto por dieta anti-inflamatória (legumes, carnes, sem sódio e glúten ou bebidas alcóolicas); uso de plataforma vibratória, que diminui o inchaço nas regiões; drenagem linfática para tirar o excesso de líquido; e, por fim, a técnica de taping, aplicada por um fisioterapeuta para melhorar o desconforto. Estas ações amenizam os sintomas, mas não resolvem o problema da gordura nas regiões dos braços, pernas e quadril, pois não extrai as células doentes. Já o cirúrgico é feito com lipoaspiração e é definitiva. “Uma vez removida, esta gordura não volta mais, pois não há multiplicação dessas células. É possível remover por meio de lipoaspiração até 7% do peso corpóreo. Ou seja, um paciente de 100 quilos poderia remover até 7 litros de gordura”, ressalta dr. Kamamoto.

 


Importância da qualidade de vida - Para o dr. Kamamoto, antes de tratar o Lipedema, é importante que a mulher melhore sua qualidade de vida, por meio de atividades físicas regulares, mude hábitos que podem ser nocivos como bebidas alcóolicas, por exemplo, ter uma perspectiva positiva da vida e uma boa alimentação (tais como evitar consumo de glúten - trigo, alimentos processados ou açúcar). 


Após o tratamento – se a mulher optar pelo tratamento cirúrgico - com a sensação de alívio do peso nas pernas e melhora da mobilidade, tornar a realização de exercícios um hábito se torna mais fácil. “Com uma rotina de exercícios e uma dieta equilibrada, o ganho de massa muscular é visível. Procurar profissionais que possam auxiliar nesse processo é fundamental. O pós-operatório é tão importante quanto a cirurgia”, finaliza dr. Kamamoto.

 

Pessoas que sofrem de obstruções nasais tendem a apresentar cansaço constante, afirma especialista do Hospital Paulista

Desvios de septo, pólipos nasais e crises de rinite e sinusite causam microdespertares imperceptíveis, que diminuem a qualidade de vida e do sono


Você costuma amanhecer cansado, mesmo tendo dormido por horas durante a noite? Se sente mal-humorado e sem energia ao longo dos dias, apesar de ter descansado quando necessário? Estes podem ser alguns sinais de doença nasal obstrutiva.

De acordo com o Dr. Nilson André Maeda, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o problema ocorre porque desvios de septo, pólipos nasais e crises de rinite e sinusite causam um impacto negativo no sono, impedindo que as pessoas tenham uma boa qualidade de descanso durante a noite.

"Essas patologias dificultam a passagem adequada de ar pelas narinas, podendo acontecer tanto por uma inflamação da mucosa, no caso das rinites, sinusites e pólipos, ou pelo fato de o septo nasal desviado obstruir um ou ambos os lados do nariz", explica.

Conforme o médico, essa dificuldade de respiração nasal pode levar aos chamados microdespertares - pequenas fragmentações durante o sono -, caracterizados na polissonografia, exame que mede as atividades respiratória, muscular e cerebral durante o sono.

Dr. Nilson destaca que os microdespertares não são percebidos pelo paciente durante a noite, mas impedem a chegada e a manutenção de um sono mais profundo e reparador para o corpo e para o cérebro, traduzindo-se em sonolência diurna.


Diagnóstico

Caso sinta a sensação constante de nariz obstruído, o recomendado é consultar um otorrinolaringologista o quanto antes, para identificar a causa do problema.

Para um diagnóstico mais preciso, a videoendoscopia nasal, tomografia da face e outros exames laboratoriais podem ser solicitados pelo médico, além da polissonografia já mencionada.


Prevenção

O inverno e a baixa umidade do ar são grandes inimigos das pessoas que sofrem de obstruções nasais. Neste período, o especialista indica a utilização de umidificadores de ambiente.

O médico recomenda ainda práticas como lavar roupas e cobertores que ficaram guardados, antes de utilizá-los, evitar a exposição às mudanças bruscas de temperatura e retirar do quarto objetos acumuladores de poeira e ácaros, como tapetes, cortinas e bichinhos de pelúcia, que podem ajudar a evitar crises de rinite e sinusite.


Tratamento

Apesar de desconfortáveis, as obstruções nasais são tratáveis. Segundo o Dr. Nilson, é possível ter uma boa qualidade de vida e noites de sono confortáveis, mesmo sofrendo com estes problemas, quando a patologia é acompanhada por um especialista.

"Se tratarmos essas doenças adequadamente, podemos respirar melhor pelo nariz, ter um sono de mais qualidade e isso impacta em um dia a dia melhor. Ter um boa noite de sono faz parte de um dos três pilares para uma vida mais saudável, juntamente com a alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física", finaliza o otorrinolaringologista.

O tratamento das obstruções nasais pode ser feito por meio de medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia nasal pode ser muito benéfica, auxiliando numa respiração e qualidade de sono desejadas.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

Bruxismo: entenda a importância do diagnóstico e do tratamento

Especialista do Unipê diz que mudanças no estilo de vida podem ajudar a reverter a condição

 

Atualmente sabemos que o bruxismo pode se manifestar no sono ou em vigília – quando estamos acordados. E constituem sintomas e sinais, por exemplo, as dores musculares na face ou na articulação temporomandibular (ATM), seja no início ou no fim do dia, e fraturas ou desgastes nos dentes e nas restaurações. Mas, muitas vezes, podemos não associar esses sintomas e sinais ao bruxismo. Então quando devemos recorrer a um profissional?

O ideal é que busquemos ajuda sempre que sentirmos algum incômodo ou alguma dor na região orofacial (cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral), para não agravar o problema. “Isso tem que ser válido para toda e qualquer região do nosso corpo”, salienta a cirurgiã-dentista Profa. Ma. Rachel Queiroz, de Odontologia do Unipê.

Independentemente de qual seja o tipo de bruxismo, de sono (primário ou secundário) ou de vigília, o diagnóstico é feito a partir de uma anamnese bem direcionada para o problema e por exames físicos minuciosos. “Sempre procure um profissional qualificado, porque o bruxismo pode ser um alerta para o não funcionamento correto do nosso organismo”, reforça a cirurgiã-dentista.

Segundo Rachel, a capacidade de adaptação dos organismos diante de acontecimentos como o bruxismo é alta. Dessa forma, desgastes e amolecimentos dos dentes, por exemplo, dependerão da frequência, da intensidade e do tipo de bruxismo.

“O bruxismo é cíclico, não acontece intermitentemente. Deslocamento e ‘entortamento’ da mandíbula não estão relacionados com o bruxismo. O que pode ocorrer é, em alguns pacientes, o músculo masseter (o da bochecha) se apresentar hipertrofiado devido as contrações musculares isométricas que ocorre”, exemplifica.


Tratamentos

Entre os tratamentos possíveis para o bruxismo estão, por exemplo, o uso de medicações, dispositivos interoclusais (placas), fisioterapia, terapias com psicólogos e atividades físicas. Entretanto, é preciso saber o tipo de condição que o paciente apresenta. Se for o bruxismo de sono secundário – que ocorre quando há algo pré-existente, como uma rinite alérgica –, o indivíduo pode ser encaminhado a outros profissionais.

Já quando é o de vigília, ele receberá orientações para não apertar os dentes durante o dia, tendo em vista que este tipo de bruxismo é um ato inconsciente mesmo quando o indivíduo está consciente. “Para isso, temos aplicativos gratuitos, como o ‘Desencoste seus Dentes’, criado por professores brasileiros, que ajuda a nos lembrar de não apertarmos os dentes”, pontua Rachel.

Além disso, mudanças no estilo de vida podem ajudar a reverter o bruxismo. “O fumo, o consumo de álcool, de cafeína, de algumas drogas psicoestimulantes, como o êxtase e a cocaína, alguns medicamentos antidepressivos, tudo isso pode resultar em bruxismo. Logo se faz necessário a compreensão por parte do paciente da importância do seu papel para diminuir ou cessar esse problema”, finaliza Rachel.

 


Unipê 

www.unipe.edu.br 

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Saiba quais as alergias mais comuns em crianças

Um dos assuntos que mais assustam os pais, é a alergia. O que é compreensível, já que a criança, principalmente o bebê, ainda não sabe se comunicar direito e algumas reações incomodam muito os pequenos. Mas, afinal, o que caracteriza a alergia? 

“A alergia é quando nosso sistema imunológico reage de forma muito exagerada a alguma substância que entrou em contato com o nosso corpo, seja por via aérea, por contato na pele ou por ingestão de alimentos”, explica a pediatra e alergia infantil, Felícia Szeles. 

“As alergias podem aparecer em qualquer idade, mas o ínicio é mais frequente na infância. Isto porque o sistema imunológico das crianças ainda está em formação   e alguns estímulos mais agressivos podem determinar um quadro alérgico. Com o crescimento e desenvolvimento ,  algumas alergias tendem a ficar mais leves e algumas até desaparecem,  como ocorre nas alergias alimentares”, diz a Dra. 

Importante salientar que a alergia aparece em pessoas com predisposição genética para isso, isto quer dizer que tem uma questão hereditária. Pais alérgicos aumentam as chances de filhos alérgicos de 40% (1 dos pais alérgicos) a 80% (pai e mãe alérgicos). 

“Além disso, muitos outros fatores influenciam no aparecimento das alergias, como a de vida em grandes centros onde os ambientes são fechados, pouco ventilados e arejados e, portanto, propícios ao acúmulo de ácaros. Pensando em alergia alimentar o  parto cesáreos, a falta de aleitamento materno, e até mesmo a falta de irmãos podem ser outros fatores”, explica a médica. 

Entre as alergias mais comuns nas crianças, a Dra Felícia destaca: 


Alergia alimentar é uma resposta exagerada do organismo a determinadas proteínas presentes nos alimentos, como leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. A apresentação clínica é muito variada e entre os sintomas mais comuns, estão vômitos, diarreia, sangramento nas fezes, manchas vermelhas na pele, coceira, edema de lábios e olhos e até uma anafilaxia. A alergia pode se manifestar rapidamente após o consumo do alimento ou aparecer dias após a ingestão, dependendo do mecanismo imunológico responsável. Em boa parte dos casos, a alergia alimentar melhora com o decorrer dos anos e, até lá,  o alimento deve ficar excluído da dieta da criança.

Alergia respiratória - as mais comuns, são rinite e asma, que costumam se manifestar, principalmente, em quem mora em cidades grandes, com menos verde e mais poluição. A asma gera tosse seca, falta de ar e chiado no peito e a rinite alérgica costuma se manifestar com crises de espirro, coceira no nariz e olhos, coriza e obstrução nasal.  

Alergia a insetos – criança apresenta uma reação exagerada a picada com formação de pápulas e placas avermelhadas com muita coceira, edema e vermelhidão. Existem alguns insetos ( abelhas, vespas e formigas) que podem ocasionar sintomas mais graves como anafilaxia.

Alergia de pele -  a dermatite atópica  caracteriza-se por um processo inflamatório da pele com períodos alternados de melhora e piora. A pele fica sempre bem ressecada, com hiperemia e muita coceira . As lesões aparecem no rosto, pescoço, pernas e braços. 

“Vale lembrar que a alergia é uma doença crônica que, apesar de não ter cura, pode ser controlada parcial ou totalmente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais chances de controle da doença”, explica a alergista. “Os primeiros anos da criança são os mais desafiadores justamente por ser tudo novo e a imunidade ainda estar em formação. Por isso, acompanhar de perto com um alergista infantil faz muita diferença na qualidade de vida dos pequenos”, completa.

 


Dra. Felícia Szeles - Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas), é especialista em Pediatria e Alergia e Imunologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. 
Pediatra nas áreas de Puericultura, Infância e Adolescência, também realiza acompanhamento pediátrico pré-natal em gestante. Como Alergista, atua com foco no atendimento infantil.

 

Asma é causa de 350 mil internações por ano no SUS

Com a chegada do inverno, comorbidade requer controle prolongado, principalmente na pandemia


De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), cerca de 20 milhões de brasileiros são asmáticos.1 A data tem como objetivo despertar na população a consciência sobre cuidados para controle da doença, que é a terceira ou quarta causa de hospitalizações no SUS, conforme grupos de idades, ocasionando uma média de 350 mil internações por ano.

A asma é uma doença pulmonar crônica que provoca a inflamação das vias aéreas, o que faz com que fiquem estreitas e inchadas, dificultando a passagem de ar. Gera ainda aumento da produção de muco agravando o problema. São sintomas comuns a falta de ar, com sensação de sufoco, aperto no peito, chiado e tosse.

"Mesmo quando as crises amenizam ou não se manifestam é importante o cuidado e acompanhamento médico. Apesar de ser uma doença crônica, ela é passível de controle", aconselha a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Clarice Conceição. A asma é causa de afastamentos nos trabalhos e escolas e quando não adequadamente controlada pode levar ao óbito.

"O inverno traz ao dia a dia três componentes importantes que incentivam a manifestação da doença, como a baixa temperatura, que contrai a musculatura dificultando a passagem do ar, os ambientes fechados que facilitam a formação de ácaros, o que também auxilia na irritação, e a baixa umidade do ar, que resseca as vias respiratórias abrindo caminho para inflamações", alerta a profissional.

Além disso, o período da noite, madrugada e durante a realização de exercícios físicos requer atenção. A doença pode ser desencadeada ou agravada por vários fatores como alergias (poeira, ácaros, fungos, pelos de animais), agentes irritantes, tais como poluição, fumaça, cigarro e outros. Alterações na saúde emocional, como estresse e ansiedade, e medicamentos também podem piorar as crises.

Como a asma é uma doença que varia de pessoa para pessoa, cada paciente irá receber um tratamento individualizado. Algumas recomendações, no entanto, servem para todos os asmáticos. "Evitar os gatilhos que disparam as crises é indispensável. Poeira, fumaça de cigarro e mofo são alguns deles. Também o uso do medicamento deve ser contínuo, conforme a recomendação médica", destaca a especialista. "Quem adota o tratamento adequadamente consegue controlar a doença e ter qualidade de vida", prossegue.


Asma e Covid-19

Apesar do que se acreditava no início da pandemia, a asma não é fator de risco para a Covid. "Se a doença está controlada ou em remissão, os asmáticos não se tornam mais suscetíveis ao vírus", frisa Clarice. A especialista diz que, no entanto, os pacientes que não seguem tratamento medicamentoso por recomendação médica tendem a apresentar uma forma grave da asma quando em quadro infeccioso respiratório quer seja por vírus ou bactérias. "Por esse motivo, é muito importante continuar com a medicação e não suspender nenhum remédio sem consultar o médico", orienta.

"No momento atual, em que a pandemia segue em total descontrole, temos que considerar que morar no Brasil, por si só, é um fator de risco, então, uma comorbidade respiratória aumenta a chance de gravidade da Covid-19, incluindo a chegada do inverno e as alterações emocionais que tudo isso causa. Com mais de 500 mil mortes no país, o Sars-CoV-2 já atinge hoje pessoas saudáveis, jovens e sem quaisquer comorbidades. A asma é uma doença crônica que hoje conta com os mais diversos recursos terapêuticos, para todos os quadros clínicos, dos mais leves aos mais graves e de difícil controle. Siga as recomendações do seu médico", conclui a enfermeira.

 

Anhanguera

anhanguera.com

blog.anhanguera.com

 

Kroton

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Referências:

• Asma. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/#:~:text=A%20asma%20%C3%A9%20uma%20das,faltas%20escolares%20e%20no%20trabalho.. Acesso em 25 de junho de 2021.


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