Durante o inverno, geralmente as pessoas bebem menos água devido à
menor sensação de sede. No entanto, a hidratação continua sendo essencial para
o organismo, independentemente da estação. A falta de consumo adequado de água
pode levar à desidratação e ao surgimento de problemas renais, como cálculos,
popularmente conhecidos como pedras nos rins. De acordo com a Sociedade
Brasileira de Nefrologia (SBN), a incidência de cálculos renais aumenta em até
20% durante essa época do ano.
De acordo com o Dr. Luiz Gustavo Gun,
urologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), mesmo que transpiremos
menos e percamos menos líquidos no inverno, é crucial manter a ingestão de água
nos níveis adequados, como nos meses mais quentes. Além de tomar menos água, é
comum o aumento do consumo de alimentos calóricos, condimentados e processados
no frio, muitos deles ricos em sal. A longo prazo, isso eleva o risco de
doenças renais e cálculos, pois os rins precisam trabalhar mais para filtrar o
excesso de sal, resultando em sobrecarga.
Formação dos cálculos renais
Os rins equilibram o
volume de água no organismo e filtram impurezas do sangue, produzindo urina,
que é armazenada na bexiga e posteriormente eliminada. Quando há excesso de
cálcio e ácido úrico na urina, eles podem se aglomerar e formar cálculos, que
se alojam nos rins e no sistema urinário. "Existem vários tipos de
cálculos, mas quase todos estão quimicamente associados ao cálcio",
explica o Dr. Luiz Gustavo Gun. A condição afeta principalmente pessoas com
histórico de cálculos renais, doenças sistêmicas como hipertensão, diabetes e
Doença de Crohn, além de obesidade e sedentarismo.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas das doenças renais variam conforme a condição específica, mas é importante estar atento a sinais como cólicas intensas irradiando para as costas e a parte inferior do abdômen, dificuldade e/ou ardência ao urinar, além de urina em pequenas quantidades e com frequência aumentada. Presença de sangue na urina, febre, náuseas e vômitos também são sinais de alerta. "Os sintomas decorrem da obstrução causada pelo cálculo ao sair do rim. Se ele não tiver tamanho suficiente para passar pelo canal, provocará a obstrução da urina e, consequentemente, a cólica renal", explica o Dr. Luiz Gustavo.
O diagnóstico é feito por meio de exame simples de urina e
tomografia computadorizada do aparelho urinário. "Quase todos os tipos de
cálculos urinários podem ser tratados atualmente de forma endoscópica ou por
laparoscopia, minimamente invasiva, com alta no mesmo dia ou no dia
seguinte", orienta o urologista.
Para preservar a saúde dos rins, o médico recomenda reforçar
hábitos importantes: manter uma ingestão adequada de água, adotar uma vida
saudável com atividades físicas regulares e alimentação equilibrada, controlar
doenças sistêmicas e consultar um médico regularmente para se assegurar que as
vias urinárias estejam livres e desobstruídas.
Hospital Evangélico de Sorocaba
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