Vacina, herança
genética e incidência maior em mulheres estão entre os aspectos desse problema,
destaca médica do Hospital Paulista
Os sintomas são bastante conhecidos e os fatores
que a provocam, idem. A rinite alérgica, de forma bem resumida, é uma
inflamação da mucosa nasal, que ocasiona espirros, coriza, congestão nasal,
coceira no nariz, garganta e olhos, podendo ainda estar associada à sensação de
cansaço, dor de cabeça e, até mesmo, perda de olfato. As causas dessas reações,
por sua vez, quase sempre estão associadas ao contato com poeira, pólen, ácaros
e pelos de animais.
Em família
O que muita gente não sabe, contudo, é que a origem
desse problema pode estar ligada a fatores genéticos - sabia disso? Ou seja,
filhos que têm pais com rinite são mais predispostos a desenvolver os sintomas
ao longo da vida.
"Estudos científicos mostram que a
predisposição genética desempenha um papel importante no desenvolvimento da
rinite alérgica. Se um ou ambos os pais têm rinite alérgica, há uma maior
probabilidade de que seus filhos também desenvolvam a condição", confirma
a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista
e especialista em alergias respiratórias.
A médica pondera, no entanto, que a presença de
fatores ambientais, como a exposição a alérgenos, também desempenha um papel
significativo no desencadeamento da rinite alérgica. Ou seja, além da ligação
consanguínea, os meios que vivemos e frequentamos podem ser variáveis decisivas
nesta equação.
"A combinação de fatores genéticos e
ambientais é o que realmente faz a diferença para o desenvolvimento e manifestação
da rinite alérgica em indivíduos predispostos", explica a especialista.
Em qualquer idade
Dra. Cristiane também destaca que a rinite alérgica
pode aparecer em qualquer idade. "A rinite pode surgir em qualquer momento
da vida. Embora muitas vezes se manifeste na infância, a rinite alérgica também
pode surgir na adolescência ou na idade adulta, mesmo em pessoas que nunca
tiveram sintomas antes. Portanto, é importante estar atento aos sintomas e
procurar orientação médica para um diagnóstico correto e um tratamento
adequado”, enfatiza.
Em mulheres
Outro aspecto curioso, que muitos desconhecem, é
que a rinite alérgica é mais comum em mulheres do que em homens. "Estudos
mostram que as mulheres têm uma maior prevalência de rinite alérgica em
comparação com os homens. Essa diferença pode ser atribuída a fatores
hormonais", explica.
Existe vacina?
Com relação ao tratamento, a médica do Hospital
Paulista destaca que existem várias formas de combater, assim como de prevenir
a rinite alérgica. Uma delas é a imunoterapia específica para rinite, também
conhecida como vacina de alergia.
“A imunoterapia funciona expondo gradualmente o
paciente a pequenas quantidades do alérgeno. Isso ajuda a dessensibilizar o
sistema imunológico, reduzindo a resposta alérgica do corpo ao alérgeno, ao
longo do tempo, os sintomas da rinite alérgica e a necessidade de medicamentos
a longo prazo”, reitera.
Ainda assim, o mais comum é o uso de medicamentos
como anti-histamínicos, corticosteroides nasais e descongestionantes, para
minimizar as reações. E para prevenir a rinite, claro, evitar o contato com
alérgenos – ou seja, poeira, pólen, ácaros e pelos de animais.
Seja de um jeito, seja de outro, a especialista
pondera que, antes de mais nada, é importante consultar um otorrinolaringologista
para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.
Existe cura?
Com relação à possibilidade de cura da rinite, a
Dra. Cristiane esclarece que isso ainda não é possível hoje. “A rinite alérgica
pode ser controlada e gerenciada com tratamentos adequados, mas não pode ser
completamente curada. No caso da imunoterapia, pode-se até criar uma
resistência ao que a pessoa é alérgica.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário