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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Novembro Roxo, nascimento de bebês prematuros no Brasil preocupa

 Cuidados simples, como ir às consultas pré-natal, podem fazer a diferença na saúde do bebê


Alguns bebês chegam ao mundo antes do tempo. Apressadinhos, os prematuros nascem antes da 37ª semana de gestação e, mais frágeis, demandam cuidados especiais com sua saúde e desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, por ano, nascem quase 300 mil prematuros, número que coloca o país na 10º posição no ranking mundial de prematuridade, que é a maior causa de mortalidade infantil até os cinco anos de idade em todo o mundo. Aqui no Brasil, a cada 30 segundos, morre um bebê ou uma criança por complicações relacionadas ao parto prematuro.

Por isso, o mês de Novembro é o mês de conscientização para a prematuridade, e, especialmente, no dia 17 de novembro é o Dia Mundial da Prematuridade. A Dra. Thais Bustamante, pediatra e neonatologista (especialista em prematuros) da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que a prematuridade constitui um maior risco para adoecimento, tanto na vida neonatal quanto na infância e vida adulta. "Os prejuízos que a prematuridade traz extrapolam as questões cognitivas e comportamentais. É, de fato, um problema de saúde pública. Entre os prematuros, temos 59% de casos de prematuridade espontânea - os casos que não conseguimos prevenir. E o restante (41%) é de prematuros provocados", diz Thais.

Segundo a neonatologista, entre os principais desafios estão os de identificar a sobrevida do bebê, minimizar as complicações de curto prazo e evitar as complicações de longo prazo, para permitir que recém-nascido e família tenham uma boa qualidade de vida.

Apesar de algumas causas da prematuridade ainda serem desconhecidas, cuidados simples podem fazer a diferença na sua prevenção. Dra. Thais Bustamante cita algumas medidas que colaboram para evitar que o bebê nasça antes do tempo:

- "Se quer engravidar, programe-se", diz, "é importante conversar com o obstetra sobre a intenção para poder iniciar o uso de vitaminas e exames antes mesmo da concepção".

- Inicie o pré-natal o quanto antes: é melhor para a mãe e para o desenvolvimento do feto.

- Relate ao seu obstetra o seu histórico de saúde como doenças crônicas e reações alérgicas que você já apresentou, história familiar, assim como o histórico de saúde do pai do bebê.

- Siga as consultas e exames do pré-natal rigorosamente!

- Atenção com a sua pressão arterial e com o peso.

- Evite bebidas alcoólicas: "o álcool durante a gestação, mesmo em doses muito pequenas, pode ter efeitos bastante nocivos para o bebê, como a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) incluindo retardo mental, dificuldades de aprendizagem, defeitos na face e problemas de desenvolvimento."

- Não fume: "o tabagismo aumenta chances de parto prematuro, do baixo peso do bebê e da morbimortalidade dos recém-nascidos", diz a médica.

- Pratique exercícios de forma correta, sob supervisão e sem exageros.

- Mantenha o calendário de vacinação atualizado.

- Tome ácido fólico e vitamina B12, que vão garantir que o bebê não desenvolva malformações e danos no sistema nervoso.

- Esteja alerta para sangramentos e observe líquidos e secreções vaginais.

A pediatra lista ainda algumas das causas da prematuridade:

◦ bolsa rota/ruptura prematura de membrana;

◦ hipertensão crônica e/ou pré-eclâmpsia;

◦ síndrome de Hellp;

◦ insuficiência istmo-cervical;

◦ descolamento prematuro da placenta;

◦ placenta prévia;

◦ malformações uterinas e fetais;

◦ infecções uterinas;

◦ gestação múltipla;

◦ fertilização in vitro.

"O obstetra deve sempre fazer o acompanhamento de perto da gestante para ajudar a prevenir o parto prematuro. Além disso, há mulheres que estão fora do risco e podem passar por isso. Com o acompanhamento médico do pré-natal, é possível minimizar os perigos da chegada antecipada do bebê", conclui Dra. Thais.

 


Dra. Thais Bustamante - Pediatra e Neonatologista pela UNESP. Mestre em Cirurgia Pediátrica UNESP. Pós Graduada em Nutrição Pediatrica pela Boston Medicine University


Dia da Radiologia - 8 de novembro

Medo de contraste em exames de imagem pode comprometer precisão do diagnóstico e sucesso no tratamento de diversas doenças


• Receio de fazer exames pode atrasar ainda mais a detecção e/ou acompanhamento de enfermidades como o câncer


• Campanha "Por que contraste?" traz esclarecimentos e desmistifica o assunto por meio de um webiste, brochuras para centros de imagens e vídeos educativos


Ao longo da história da Medicina, avanços científicos e tecnológicos na realização de exames foram fundamentais para que muitas doenças pudessem ser corretamente diagnosticadas e tratadas, beneficiando a saúde e qualidade de vida dos pacientes. Isso porque um diagnóstico preciso e precoce faz toda a diferença no sucesso do tratamento e na chance de cura de diversas doenças.

Alguns exemplos de métodos de diagnóstico que foram surgindo ao longo desse tempo e que permanecem em constante evolução são exames de imagem como a Ultrassonografia, a Radiografia (Raio-X), a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética, que utilizam diferentes tecnologias que permitem a visualização de estruturas internas do corpo sem a necessidade de procedimentos e cirurgias invasivas. Cada um tem vantagens e limitações próprias e são indicados pelo médico de acordo com a região a ser investigada.

Em paralelo, outra grande aliada do diagnóstico é a classe dos medicamentos chamados contrastes, que são indicados em alguns exames para trazer ainda mais informações sobre a parte do corpo que está sendo avaliada. Na maioria das vezes, eles são aplicados através de uma veia, como acontece em exames de Tomografia, e precisam de um termo de aceite do paciente para serem feitos. Porém, pelo fato de serem injetáveis, muitas pessoas têm receio e recusam sua utilização, o que pode compremeter a qualidade do exame e até a investigação de diversas doenças.


Por que contraste?

A indicação do contraste no exame auxilia em diversos diagnósticos, como em doenças de causas inflamatórias, vasculares, infecciosas e principalmente em tumores. Desta forma, fornecem detalhes que muitas vezes não podem ser vistos sem o seu uso. "No passado havia muito receio com o uso de contrastes, mas houve uma evolução nesta classe de medicamentos, tornando-os muitos mais modernos e seguros para os pacientes", esclarece Dra. Ana Teresa de Paiva Cavalcante, médica radiologista e membro do Colégio Brasileiro de Radiologia.

Para reforçar o compromisso com o cuidado e a segurança dos pacientes e ajudar a desmistificar este tema, a Bayer lançará, este mês, a campanha "Por que contraste?", que é resumida a uma plataforma que reunirá brochuras para os centros de imagem e vídeos educativos para pacientes com intuito de ajudar a esclarecer o porquê do uso do contraste em certos exames. "Sempre existem riscos no uso de qualquer medicação, porém hoje em dia essas taxas são muito baixas para o uso dos contrastes. E se bem indicados, eles trazem informações valiosas para o médico e para o paciente. É importante entender se existe uma contraindicação real ao uso ou se é apenas um receio", alerta a médica.

 


Bayer

http://www.bayer.com.br.

 

Uso regular de analgésicos aumenta risco de deficiência auditiva, diz estudo

São centenas de remédios que, se usados sem controle, trazem riscos para os ouvidos


Apesar de ser muito comum as pessoas tomarem remédios para combater resfriados, febre ou dor de cabeça, a automedicação pode ocasionar um sério risco para a saúde, principalmente se isso for uma prática constante. Especialistas advertem que o uso prolongado de cerca de 200 medicamentos ototóxicos pode provocar zumbido, tonturas e perda de audição.

O consumo regular (duas ou mais vezes por semana) de acetaminofen - mais conhecido como Paracetamol - aumenta em 99% o risco de deficiência auditiva em homens com menos de 50 anos; e em 38% em homens entre 50 e 59 anos. Para quem tem mais de 60 anos, o risco de perda auditiva é 16% maior. Esta é a conclusão de um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Harvard, Hospital Brigham and Women, da Universidade Vanderbilt e da Massachusetts Eye and Ear (EUA), publicado no American Journal of Medicine .

A pesquisa também mostrou que entre as pessoas que usam regularmente aspirina - indicada na prevenção de doenças cardiovasculares -, o risco de perda auditiva foi 33% maior em homens abaixo dos 59 anos. E entre os que usam com frequência anti-inflamatórios não esteroides, como o ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e dipirona sódica, o risco foi 61% maior para homens abaixo dos 50 anos, 32% maior para a faixa entre 50 e 59 anos e 16% maior para quem tem 60 anos ou mais.

Outro estudo, este conduzido pelo NUPES (Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saúde), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), comprovou a relação entre o uso de anticoncepcionais e alterações auditivas. Foi observado que "os contraceptivos hormonais tendem a influenciar alterações do sistema auditivo e do sistema vestibular; ocasionando sintomas como zumbido e vertigem, porém, tais alterações dependem da dosagem administrada. Tais achados evidenciam que os contraceptivos estão diretamente relacionados à perda auditiva neurossensorial em mulheres".

Medicamentos diuréticos, como furosemida e bumetanida, usados no tratamento de pressão alta e insuficiência cardíaca, também podem causar perda auditiva, principalmente se a pessoa tomar mais de um, durante o período de uma hora, segundo aponta relatório da ASHA (American Speech-Language-Hearing Association). A neomicina é outra droga também traz riscos à audição.

Todos esses remédios podem causar lesões graves - algumas vezes irreversíveis - nas partes do ouvido humano responsáveis pela audição e pelo equilíbrio. Os efeitos da ototoxidade dos remédios são amplos e atingem indivíduos de todas as idades. As substâncias conhecidas como ototóxicas podem provocar perda neurossensorial, temporária ou definitiva, de grau variado (de leve à profunda), de acordo com o remédio, a dose ingerida e o tempo de tratamento.

Muitas pessoas tomam remédios por conta própria, influenciadas pela indicação de vizinhos e amigos, mas esses medicamentos devem ser consumidos apenas sob prescrição médica.

"Aconselho a quem suspeita de alguma dificuldade para ouvir que procure um médico otorrinolaringologista o mais rápido possível, para que o problema não se agrave. A perda de audição pode ter muitas causas: trauma acústico, infecções, idade avançada, mas pode ser conseqüência também do uso prolongado de um medicamento ototóxico", adverte a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

Claro que, devidamente recomendados, esses remédios são essenciais no tratamento das doenças para os quais foram criados. Por isso, se o indivíduo sabe que está começando a tomar medicamento ototóxico, deve ser acompanhado por um profissional da área auditiva antes e durante o tratamento. O ideal é que, antes mesmo de tomar, sejam feitos exames para se verificar se já existe lesão auditiva que possa se agravar com o uso da substância.

Quimioterápicos usados contra o câncer; antibióticos da família dos aminoglicosídeos (prevenção e tratamento de infecções pós-operatórias e contra tuberculose); além de antineoplásicos e antimaláricos também fazem parte da lista de remédios ototóxicos. É um dilema enfrentado pelos médicos. Até os bebês prematuros correm riscos, já que precisam tomar antibióticos para combater determinadas infecções respiratórias.

A perda auditiva causada por medicamento ocorre quando a medicação prejudica as células sensoriais da cóclea, no ouvido interno. Alguns têm perda de audição temporária. Uma vez que a medicação é suspensa, a audição pode retornar. Outros remédios, no entanto, podem causar danos mais sérios, resultando em perda auditiva permanente. Portanto, é preciso cuidado e atenção!


Fisioterapia de cheiros ajuda a recuperar perda de olfato pela Covid19

Dra. Maura Neves otorrinolaringologista ensina técnicas para treinar o olfato e recuperar o sentido após a COVID-19


A perda da capacidade de sentir cheiro ou olfato, é um dos principais sintomas da Covid19. Há vários graus para essa perda e ela pode ocorrer em qualquer fase da doença ou até não aparecer.

Dra. Maura Neves Otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF explica que em muitos casos a perda do cheiro vem associada a perda do sabor (ou paladar). O que a ciência percebeu recentemente é que, em muitos casos, a perda de olfato pode durar meses, mesmo após a pessoa ter se curado da Covid-19.

O que ajuda a combater essa sequela é uma série de exercícios, uma espécie de "fisioterapia de cheiros".

Perder o olfato pode afetar a qualidade de vida, e leva, em alguns casos, a isolamento e até problemas emocionais como a depressão.

Há vários tipos de perda de olfato:

• Anosmia: é uma ausência completa do olfato;

• Hiposmia: é um olfato reduzido;

• Parosmia: é um olfato distorcido, ou seja, sente um cheiro "bom", mas, o cérebro interpreta como "ruim" ou vice versa;

• Fantosmia: é quando você sente cheiros que não existem.

A médica explica que a perda do cheiro também pode afetar a sensação do sabor ou paladar. "Muitas pessoas confundem a perda do olfato com a perda do paladar (ageusia). No caso da Covid-19 a perda do paladar é o que chama atenção para a perda do olfato na maioria das vezes". Explica Maura Neves.

Além da Covid-19 há outras causas de perda de olfato que devem ser investigadas. São elas:

-Gripes e Resfriados: outros vírus podem afetar o nervo olfatório. Isso não é exclusivo do coronavírus!

-Trauma: batida na cabeça ou nariz pode causar perda de olfato.

-Doenças neurológicas: Parkinson, Demência e Alzheimer podem ter redução ou perda do olfato. Nestes casos o treinamento traz bons resultados tanto para o cheiro quanto a memória.

-Doenças nasais: sinusites e rinites crônicas afetam a percepção de cheiro.

A otorrinolaringologista explica que o treinamento do olfato consiste em estimular o nervo olfatório e as conexões cerebrais com aromas específicos e assim ajudar na sua recuperação.

Como fazer o treinamento do cheiro (olfativo)?

São utilizadas 4 fragrâncias de óleos essenciais para estímulo do olfato. Os aromas sugeridos são: rosa, eucalipto, limão e cravo. "Cada essência deve ser inalada por 10 segundos com intervalo de 15 segundos entre cada uma. O treinamento deve ser feito 2 x ao dia durante 24 meses para que haja tempo de recuperação da sensação do cheiro e da comunicação com o cérebro." Explica a médica.

Também podem ser usadas fragrâncias "domésticas" o que torna a realização do treinamento mais fácil. Algumas sugestões abaixo:

• Café;

• Cravo;

• Mentol;

• baunilha;

• Menta (pasta de dente);

• Vinagre;

• Tangerina (suco).

O modo de uso das "fragrâncias domésticas é o mesmo das essências em frequência e tempo. Deve-se ter cuidado apenas em escolher aromas que não causem irritação no nariz para evitar o desenvolvimento de rinite.

Mesmo que a pessoa não sinta o cheiro de nada nos primeiros dias é importante fazer o treinamento. Isso porque um nervo danificado tem uma boa chance de se reparar e o treinamento é a maneira de ajudar isso a acontecer mais rápido.

Estudos recentes mostram que pessoas que usam o treinamento olfativo se saem melhor nas áreas de identificação de cheiros do que aquelas que não fazem nenhum treinamento. Há outros tratamentos possíveis para a perda de olfato. Os medicamentos podem ser prescritos caso a caso e dependem de avaliação e seguimento com médico otorrinolaringologista.

Sobre recuperar o olfato, um estudo brasileiro mostra que a maioria dos casos melhora e que apenas 5% dos casos não apresenta melhora alguma. De qualquer forma, o tratamento precoce ajuda essa recuperação e deve ser feito com orientação médica.

 


Dra. Maura Neves - Otorrinolaringologista

Clínica MEDPRIMUS

http://www.medprimus.com.br


05 MITOS SOBRE APNEIA DO SONO COM DR. ALEXANDRE COLOMBINI

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de sono ruim e aproximadamente 30% da população adulta sofre de apneia do sono.  Infelizmente, a maior parte dos pacientes - entre 85% e 90% -, convive com a doença sem receber o diagnóstico e continua sem tratamento.

Dr. Alexandre Colombini, médico otorrinolaringologista, explica que as apneias do sono, basicamente, são pausas respiratórias por no mínimo 10 segundos durante o sono e quando muito intensas e frequentes, causam a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Existem sintomas noturnos e diurnos:

      - Sintomas noturnos: ronco ressuscitativo, pausas respiratórias presenciadas por alguém, episódios de sufocação, despertares frequentes, sudorese excessiva, pesadelos, insônia e engasgos durante o sono. 


      - Sintomas diurnos: sonolência excessiva, sono não reparador, dor de cabeça ao acordar, alteração do humor, dificuldade de concentração, alteração da memória e diminuição da libido.   

Além desses aspectos clínicos estudados, Colombini elenca alguns alertas e curiosidades dessa doença que, não tratada corretamente, pode aumentar muito a mortalidade e os riscos de problemas cardiovasculares graves como um derrame cerebral (AVC- Acidente Vascular Cerebral) ou um infarto agudo do miocárdio. 

“O Brasil está entre os três países com maior número de casos de apneia. De acordo com um estudo publicado pela revista The Lancet, existem no mundo quase 1 bilhão de casos de apneia do sono”

Mas calma! O especialista explica também que tem tratamento para ronco e da SAOS, claro, variando de acordo com a gravidade de cada caso. Os procedimentos podem ser feitos desde medidas clínicas até cirurgias, melhorando a qualidade de vida e aumentando a sobrevida dos pacientes.



CONFIRA AS CURIOSIDADES E ALERTAS:

1-    Todo mundo que ronca tem apneia? MITO. 
Não é verdade. São necessárias avaliações clínicas por um médico especialista e o diagnóstico é realizado pelo monitoramento do sono através de um exame chamado de Polissonografia.



2-    Perder peso e não dormir de barriga cheia melhora a apneia do sono? VERDADE!
Sim. Hábitos saudáveis de vida, como alimentação balanceada, estar em forma e evitar tabagismo (sem fumar até 04 horas antes de deitar) podem contribuir com melhor qualidade dos quem sofre desse mal. Vale ressaltar que a pessoa que está acima do peso  tem o excesso de tecido mole na garganta e isso dificulta mantê-la aberta ou o formato da cabeça e pescoço resulta em menor espaço para passagem de ar na boca e garganta.


3-    Dormir de lado e elevar o travesseiro até 20cm podem melhorar a oxigenação, consequentemente, a apneia? VERDADE! 
Parece até lendas, mas são medidas simples que ajudam durante o sono.



4-    Uma taça de vinho antes de dormir é indicada para quem tem apneia? MITO!
Trata-se de mais uma crendice popular, infelizmente. Ao contrário, as bebidas alcoólicas intensificam o ronco e aumentam a gravidade da patologia. Invista em chás como camomila ou suco de maracujá



5-    Os efeitos da apneia do sono nas mulheres são mais intensos do que nos homens? VERDADE!
Mesmo sendo mais comum entre o público masculino, as mulheres apresentam e sofrem mais com alguns sintomas entre eles: tonturas, cansaço excessivo, dificuldade de concentração, falta de ar e taquicardias, infelizmente. 

“O aumento na circunferência do pescoço, com valores superiores a 35 cm para mulher e 40 cm para homens, é um dos marcadores para deposição central de gordura e tem demonstrado ser importante preditor de ronco e apneia obstrutiva do sono”, finaliza Colombini com mais essa curiosidade sobre a doença.





Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.

 

O desafio das cadeias de suprimentos:Levar vacina contra a COVID-19 para todo o planeta

A Rússia chocou o mundo quando anunciou o lançamento do "Sputnik V", a primeira vacina contra a COVID-19 a ser comercializada em vários países na esperança de acabar com a pandemia que marcou 2020. Embora organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), tenham pedido cautela no seu uso e distribuição, a notícia marcou o início de uma corrida contra o tempo para garantir o fornecimento da medicação.

Claro, o país não é o único que desenvolveu pesquisas para encontrar uma vacina contra o vírus. China, Estados Unidos e Itália também informaram sobre o progresso que fizeram. No Brasil, por exemplo, o Governo de São Paulo assinou um contrato com a farmacêutica chinesa Sinovac que prevê o fornecimento de 46 milhões da vacina Coronavac até dezembro de 2020 e outros 14 milhões até fevereiro de 2021.

Este cenário representa uma tarefa clara e precisa: a responsabilidade das cadeias de suprimentos. A rapidez com que conseguem levar o medicamento a todo o planeta implica em um objetivo que ultrapassa qualquer finalidade comercial: o de parar as infecções e salvar mais vidas.

Paradoxalmente, a "corrida" para encontrar uma forma eficaz de imunização contra o vírus tem levado o mundo a desenvolver essas vacinas em poucos meses quando, normalmente, essa tarefa levaria de cinco a 18 anos apenas entre o desenvolvimento de testes e pesquisas para seu lançamento no mercado.

Produzir uma vacina: O primeiro desafio

Cerca de 35 empresas especializadas e instituições acadêmicas em todo o mundo estão concentrando seus esforços na busca de um medicamento eficaz contra a COVID-19. Após extensos testes em laboratórios e com pacientes voluntários, avanços importantes foram revelados.

Antes que a vacina possa ser comercializada, é necessário a aprovação regulatória de agências de saúde especializadas para validar sua aplicação e resultados na população; enquanto isso acontece, deve ser garantida uma infraestrutura com capacidade para produzir milhões de doses. Neste sentido, centenas de agências em todo o mundo já estão se preparando para esta tarefa.

No entanto, até agora, as vacinas que foram produzidas para outras doenças foram feitas com medicamentos desenvolvidos ao longo de décadas. Agora, depois de apenas alguns meses de pesquisa, as companhias farmacêuticas devem ter milhares de toneladas de materiais, colaboradores e uma grande implantação de capacidade de fabricação como nunca antes visto.

De fato, estima-se que para derrotar a COVID-19 é necessário que pelo menos 60% da população mundial esteja imune e, para isso, são necessários cerca de 4,7 bilhões de doses.

Para isso é necessário ter tecnologia de ponta para tornar o processo produtivo eficiente, permitindo visualizar e escolher os melhores fornecedores de insumos para o desenvolvimento do medicamento. Mas não só: é preciso também promover uma integração de todos os elos que participam de sua elaboração para que haja clareza sobre seu papel e também o nível de otimização e antecipação de disrupções que possam surgir durante este processo.


A sua distribuição: Tarefa para logística e transporte

Mover uma vacina de um ponto a outro envolve um esforço significativo. Por se tratar de um produto perecível, o ideal é que a temperatura necessária para manter suas condições varie entre 2 e 8 graus. Isso implica um dilema para as empresas farmacêuticas, que devem ter veículos suficientes para transportá-las nessas condições.

Além disso, há outro desafio: o de ter controles rígidos de embalagem e segurança nas transferências. Por sua vez, também é necessário o transporte de suprimentos médicos (como seringas) para sua aplicação, o que leva à articulação com governos e fornecedores locais.

Logicamente, hospitais, farmácias e postos de atendimento médico seriam os locais prioritários para os quais a vacina teria de ser transportada. No entanto, o verdadeiro desafio é chegar às áreas rurais com pontos de difícil acesso, o que transcende as dificuldades de entrega da "última milha".

Felizmente, já existe tecnologia para enfrentar esses desafios. O Digital Twin, por exemplo, é um recurso útil para analisar as diferentes rotas de transporte para distribuição com base nas fontes de contágio. Além disso, é uma ferramenta que permite escolher fornecedores logísticos que atendam a toda as capacidades de armazenamento para transportar o medicamento no estado desejado.

Países de clima tropical, como o Brasil, enfrentarão grandes desafios devido as elevadas temperaturas e a entrega na última milha, pois o País possui cidades e comunidades de difícil acesso. Para tentar simplificar a logística da Coronavac no Brasil, no acordo feito entre o Governo de São Paulo e a farmacêutica Sinovac há uma cláusula de transferência tecnológica para o Instituto Butantan, o que dá direito a entidade de fabricar doses da Coronavac, o que poderá facilitar o processo logístico no País. Porém, como a Coronavac não é uma vacina ‘comum’, ela precisará de operadores logísticos especializados.

Diante disso, percebemos que o esforço coordenado entre governos, organizações e farmacêuticas é o levará a uma distribuição global bem sucedida da tão sonhada vacina contra a COVID-19.

 


Rafael Vasquez - Vice-presidente Regional da LLamasoft, empresa especialista em soluções para tomada de decisões estratégicas nos negócios.

 

Obesidade cresce no Brasil: especialista do Vera Cruz Hospital alerta sobre os riscos da doença

Cirurgião explica que apenas 5% da população pode fazer a cirurgia bariátrica e defende a mudança total na qualidade de vida das pessoas


O número de pessoas obesas no Brasil mais que dobrou entre 2003 e 2019, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os índices divulgados recentemente apontam que, no ano passado, 26,8% dos brasileiros acima de 20 anos eram considerados obesos, enquanto o percentual era de 12,2% há 16 anos. Para o cirurgião bariátrico do Vera Cruz Hospital, André Pierro, os índices são alarmantes e exigem uma urgente mudança de hábitos. "A obesidade é tratada como doença há poucas décadas, mas se trata de uma epidemia mundial que refletiu no estilo de vida do brasileiro, aumentando o consumo de alimentos industrializados e fast-foods e que, por consequência, gerou números alarmantes e que refletem diretamente na saúde física e emocional das pessoas", explica o especialista.

Segundo o médico, a doença que atinge todas as classes sociais, pode acarretar em diversos problemas como alteração na pressão arterial, diabetes, problemas articulares nos joelhos e quadril, deficiências no fígado, maior incidência para vários tipos de câncer, além de depressão e problemas de ordem social. "Pessoas obesas têm dificuldade em conseguir emprego, se relacionar e até mesmo comprar roupas em lojas comuns, além das dezenas de doenças que podem desenvolver. É um problema cultural que precisa ser revertido com políticas públicas e mudança de hábitos, principalmente em relação à alimentação e à prática de exercícios físicos", afirma o cirurgião do Vera Cruz Hospital.

Ainda segundo o especialista, este ano, devido à crise econômica ocasionada pela pandemia a situação poderá piorar, fazendo com que menos pessoas tenham acesso à qualidade na alimentação. "Os números são reais e confirmam que cada vez menos as pessoas terão acesso a alimento fresco e saudável, assim como à proteína magra. Esse é um problema real, que pode aumentar ainda mais a obesidade e a procura por cirurgias. Os problemas sociais e financeiros da pandemia devem, em pouco espaço de tempo, afetar a saúde das pessoas", lamenta. Por outro lado, o isolamento trouxe um alerta, de acordo com o cirurgião. "Nunca vimos tantas pessoas praticando atividades físicas ou com medo das consequências da obesidade, afinal, é evidente, do ponto de vista global e científico, que o maior número de óbitos durante a pandemia envolvia a obesidade, além de outras comorbidades. Esperamos que as pessoas possam mudar os seus hábitos. Esse é o principal alerta: mudança total na qualidade de vida, para ontem", defende. 


Bariátrica

A cirurgia bariátrica é um procedimento que pode, segundo Pierro, ser feito em 5% da população, com base, principalmente, no cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea). "Os IMCs entre 25 e 29,9 são considerados indicadores de sobrepeso, enquanto valores entre 30 e 39,9 de obesidade e, acima de 40, obesidade grave", explica o médico. "Trata-se de uma ótima solução para quem perdeu a guerra contra a balança, pois quando a pessoa atinge a obesidade, existe menos de 5% de chances de sucesso após dietas somadas a atividades físicas. Mesmo com muita disciplina, disposição e recursos, é cientificamente improvável conseguir a redução necessária", afirma.

Um dos principais mitos da cirurgia bariátrica, segundo o especialista, é acreditar que se trata de um procedimento estético e não de controle da doença. "Muitas pessoas pensam que é mais uma modalidade de cirurgia plástica e que interfere na estética e não diretamente na redução de peso. É importante saber que essa é a primeira etapa do tratamento e não a última. As correções estéticas vêm aproximadamente dois anos depois da cirurgia bariátrica", explica. Além disso, antes de realizar o procedimento, o paciente precisa passar por avaliação com diversos profissionais como endocrinologista, cardiologista, psicólogo, nutricionista e fisioterapeuta. "Após essas avaliações, o procedimento que reduz o estômago e também o intestino delgado, pode fazer com que o paciente perca aproximadamente 40% do seu peso inicial. Mas, é preciso mudar a mentalidade do paciente também pois, após os primeiros anos, há a tendência ao retorno da obesidade, devido a memória metabólica, que nada mais é do que o organismo tentando recuperar o peso que acredita ser o ideal e o paciente acaba ganhando mais de 20% do que perdeu".

O médico alerta para uma situação considerada mito, mas que não é: o aumento do consumo de bebidas alcóolicas. Segundo ele, existe um grande risco de o paciente trocar a compulsão alimentar por alcoólica devido a facilidade na ingestão do líquido no pós-cirúrgico. "A bebida não é proibida, mas deve ser consumida moderadamente, de forma consciente e equilibrada, pois o álcool possui mais calorias que o carboidrato por grama", alerta. "Brincamos que a cirurgia bariátrica é um casamento sem direito a divórcio entre paciente e toda a equipe de especialistas. Podemos brigar, mas não nos separar. O diálogo e acompanhamento precisam ser constantes e para a vida toda, só assim é possível a cura", completa. Por isso, o médico alerta ainda para as dietas da moda que podem auxiliar o início de um emagrecimento, mas que não curam a obesidade. "Dietas como as de zero consumo de carboidrato ou de jejum intermitente podem funcionar por 30 a 50 dias, mais que isso é inviável, ou seja, existe um grande risco de a pessoa fugir dessa dieta ou deixar ela pra sempre. É importante achar um meio termo para perder alguns quilos, mas quando se tem a obesidade, só a cirurgia bariátrica pode curar a doença", diz

 

(Fotos: Divulgação)


Até o momento, menos de 5% das complicações sanguíneas causadas pela COVID-19 são conhecidas por especialistas

Maior encontro entre hematologistas e hemoterapeutas do hemisfério sul debate pesquisas já conhecidas e alternativas para avançar conhecimentos; HEMO PLAY 2020, promovido pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) acontece de 3 a 8 de novembro em ambiente virtual e reúne renomados especialistas de todo o mundo


 

Os mais renomados especialistas em doenças do sangue de todo o mundo se preparam para repassar o que há de mais atualizado em relação aos conhecimentos das complicações no sangue causadas pela COVID-19. Isso porque, segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), até o presente momento, menos de 5% das complicações sanguíneas, entre elas alterações importantes na coagulação, causadas pela COVID-19 são conhecidas pela ciência. 


“A comunidade global está estudando uma doença em que a inflamação é algo muito presente, ou seja, tem participação das células do sangue”, explica o Dr. Eduardo Rego, hematologista e diretor da ABHH ao exaltar a importância de ter o estado da arte da Hematologia/Hemoterapia reunido em um mesmo espaço para debates que certamente mudarão os rumos do trato das consequências da doença. 


Diante de uma cruzada incessante entre ensaios e pesquisas científicas, já é sabido que pessoas com COVID-19 grave têm altos níveis de dímeros D no sangue, podendo indicar que pequenos coágulos estão se acumulando em toda a corrente sanguínea. “Esse acúmulo é capaz de bloquear pequenos vasos sanguíneos nos pulmões e outros órgãos, podendo contribuir para baixos níveis de oxigênio no sangue e talvez explicar outros sintomas graves da doença”, explica o hematologista. 


Observando os casos clínicos de COVID-19, percebe-se que vítimas do vírus têm uma tendência a uma hipercoagulabilidade, que pode ser prevenida com o uso de anticoagulantes, via subcutânea ou oralmente. "Ainda estamos em estágio inicial, conseguimos entender o quadro clínico, como evolui, mas a fisiopatogênese completa ainda é embrionária. É muito desafiador, pois muitos conceitos precisaram ser revistos", pontua o Dr. Eduardo Rego. 


De acordo com ele, até a chegada da vacina, outras alterações complexas no sistema sanguíneo ainda aparecerão, criando mais debates e pesquisas sobre o tratamento do vírus mais temido de 2020. 

 

ANVISA aprova spray nasal de escetamina para o tratamento de sintomas depressivos em pacientes com Transtorno Depressivo Maior

Escetamina intranasal inaugura nova classe terapêutica e chega como uma das principais inovações para a doença nas últimas décadas

Medicamento é indicado para Depressão Resistente ao Tratamento (DRT) e para a rápida redução dos sintomas depressivos em pacientes adultos com comportamento ou ideação suicida aguda 



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar SPRAVATO® (cloridrato de escetamina) para o tratamento de sintomas depressivos em pacientes adultos de duas subpopulações com transtorno depressivo maior (TDM):

• Depressão Resistente ao Tratamento (DRT) - quando há falha de duas terapias anteriores utilizadas nas doses e tempo adequados;

• Rápida redução dos sintomas depressivos em pacientes adultos com TDM com comportamento ou ideação suicida aguda.

O medicamento é um spray nasal e deve ser usado em combinação com um antidepressivo oral.

"A depressão é uma doença frequente e incapacitante que afeta tanto os pacientes quanto as pessoas à sua volta. Esse é o primeiro tratamento com um mecanismo de ação realmente inovador aprovado em décadas e oferece uma nova opção para responder às necessidades não atendidas dos pacientes e da comunidade médica", explica o Dr. Pedro do Prado Lima, psiquiatra do Instituto do Cérebro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, o spray nasal de escetamina é o primeiro de sua classe de medicamentos antidepressivos aprovado pela Anvisa e surge como uma das principais inovações para o tratamento da doença em décadas [1,2]. A escetamina intranasal age nos receptores de glutamato N-metil-D-aspartato (NMDA), que ajudam a restaurar as conexões sinápticas em células cerebrais de pessoas com depressão. Devido ao novo mecanismo de ação, o medicamento funciona de maneira diferente das terapias atualmente disponíveis para o TDM.

"Estamos muito orgulhosos em disponibilizar a escetamina intranasal para pacientes brasileiros com tipos de depressão bastante incapacitantes, para os quais as opções de tratamento eram escassas", explica Fabio Lawson, psiquiatra e Diretor Médico da Janssen Brasil. "A aprovação da escetamina reflete o compromisso de longa data da Janssen com pesquisa para ajudar pessoas com doenças mentais, incluindo transtornos de humor graves".

O medicamento tem demonstrado rápido início de ação com perfil risco-benefício favorável e tolerabilidade do paciente ao tratamento [3, 4, 5, 6]. Os resultados de dois ensaios clínicos idênticos de Fase 3 demonstraram que a escetamina em conjunto com a terapia padrão reduziu os sintomas depressivos em até 24 horas após a primeira dose [7]. Para assegurar seu uso correto, a escetamina intranasal será administrada em hospitais e clínicas autorizadas, sempre sob supervisão de um profissional de saúde .

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta cerca de 300 milhões de pessoas de todas as idades e é considerada a doença mais incapacitante do mundo [8]. Embora os antidepressivos atualmente disponíveis sejam eficazes para muitos pacientes, cerca de um terço dos indivíduos não responde ao tratamento. No Brasil, aproximadamente 5,8% da população, o equivalente a mais de 10 milhões de pessoas, apresentam sinais de depressão, fazendo com que o país tenha a maior prevalência da doença na América Latina [9] .

"O Brasil ainda pode avançar nas políticas públicas relacionadas à saúde mental. Por exemplo, o código da Classificação Internacional de Doenças (CID) para depressão não é universalmente usado no Brasil para o diagnóstico formal da doença, o que significa que não há como mensurar adequadamente o tamanho dessa população. Esse é um transtorno que, quando tratado corretamente, os pacientes podem voltar a ser socialmente produtivos e, por isso, nos comprometemos a ajudar essa população de pacientes", explica o Dr. Teng chei tung, Psiquiatria do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas - FMUSP.

A aprovação para tratar depressão resistente foi baseada em um robusto programa de ensaios clínicos que envolveu mais de 1.700 adultos com DRT sendo: três estudos de curto prazo; um estudo de manutenção de efeitos e outro que avaliou segurança a longo prazo. Os resultados de curto prazo de quatro semanas, publicados no The American Journal of Psychiatry, com a escetamina intranasal associada a um antidepressivo oral, mostraram que os pacientes tiveram melhoras superiores nos sintomas da depressão quando comparados àqueles que utilizaram o antidepressivo oral e placebo. Já os resultados do estudo de longo prazo, publicados na JAMA Psychiatry, mostraram que os pacientes que alcançaram a remissão (ou em outras palavras, um nível de melhora dos sintomas que grande parte dos sintomas incômodos) demonstraram uma redução de 51% na chance de recaída se continuassem utilizando o tratamento com escetamina intranasal, uma vez a cada duas semanas, em comparação com aqueles pacientes que deixaram de fazer o tratamento continuado com o spray intranasal. Os eventos adversos mais comuns observados durante o tratamento com escetamina incluem dissociação, tontura, náusea, sedação, sensação de girar, visão embaçada, sentido reduzido de toque e sensação, ansiedade, falta de energia, pressão arterial elevada, vômito, parestesia e sensação de embriaguez [1].

"Estamos muito orgulhosos em compartilhar os dados sobre a manutenção dos efeitos do tratamento no momento da aprovação da escetamina, pois isso mostrará aos psiquiatras como o benefício obtido com a escetamina intranasal pode ser mantido ao longo do tempo", comenta o Dr. Lawson.

Já a aprovação para a rápida redução dos sintomas depressivos em pacientes adultos com Transtorno Depressivo Maior com comportamento ou ideação suicida aguda foi baseada nos resultados de dois ensaios clínicos de Fase 3 que envolveram mais de 450 pacientes com transtorno depressivo maior com comportamento ou ideação suicida, incluindo pacientes brasileiros [10].

As análises avaliaram o uso combinado do spray nasal de escetamina com o tratamento padrão, que incluiu hospitalização voluntária por tempo determinado e terapia antidepressiva recentemente iniciada e/ou otimizada. Ambos os estudos mostraram que aqueles que receberam escetamina intranasal, além da terapia padrão, apresentaram melhora estatisticamente superior dos sintomas depressivos em até 24 horas após a primeira dose, quando comparado com placebo mais terapia padrão. Nos dois ensaios de Fase 3, a melhora na gravidade da suicidalidade em 24 horas foi medida usando uma escala global padronizada. A diferença de tratamento entre os dois grupos não foi estatisticamente significativa neste desfecho secundário (endpoint) e, por isso, mesmo que o paciente apresente melhoras com as doses iniciais do medicamento, seu uso não dispensa a necessidade de hospitalização, caso clinicamente justificada. Tanto a escetamina intranasal quanto o placebo em combinação com tratamento padrão mostraram uma redução semelhante nesse contexto [3,4].

O perfil de segurança observado nos ensaios foi consistente com estudos anteriores da escetamina em DRT, acrescentando-se evidências de segurança e eficácia. Os efeitos colaterais mais comuns incluíram dissociação (sensação de desconexão de si mesmo, de seus pensamentos, sentimentos, espaço e tempo), tonturas, sedação (sonolência), aumento da pressão arterial, hipoestesia, vômitos, humor eufórico e vertigem. Sobre Transtorno Depressivo Maior (Depressão)

A depressão é uma doença de base biológica caracterizada por tristeza persistente ou recorrente e perda de interesse em atividades, acompanhada pela incapacidade de desempenhar tarefas diárias por pelo menos duas semanas . Atualmente, é considerada a principal causa de incapacidade em todo o mundo [8].

O Brasil é o 5º país no mundo em número de pessoas com depressão9, . Dados do estudo observacional TRAL (Treatment-Resistant Depression in America Latina), realizado na América Latina com quase 1500 pacientes, demonstraram que no Brasil cerca de 40% das pessoas com transtorno depressivo maior têm depressão resistente . Estudos mostram ainda que, a cada novo episódio, as chances de responder ao tratamento padrão diminuem consideravelmente. Enquanto as perspectivas de resposta na primeira linha de terapia são de 49%, quando a doença se torna resistente, esse número cai para 17% [14,15]. 



Sobre SPRAVATO® (escetamina) Spray Nasal

A escetamina intranasal está aprovada no Brasil para Depressão Resistente ao Tratamento (DRT) e para a rápida redução dos sintomas depressivos em pacientes adultos com TDM com comportamento ou ideação suicida aguda. O medicamento, utilizado em associação com antidepressivos orais, já é comercializado nos EUA, Canadá, União Europeia (UE) e vários outros países do mundo para a indicação de DRT. Além disso, a agência regulatória americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou recentemente o spray nasal de escetamina, utilizado em conjunto com um antidepressivo oral, para a rápida redução dos sintomas depressivos em pacientes adultos com TDM com comportamento ou ideação suicida aguda.

O produto não demonstrou efetividade na prevenção do suicídio ou na redução da ideação ou comportamento suicida. Mesmo que o paciente melhore com as doses iniciais de escetamina, o uso do medicamento não dispensa a necessidade de hospitalização, caso clinicamente justificada.



Janssen

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