Maior encontro entre hematologistas e hemoterapeutas do
hemisfério sul debate pesquisas já conhecidas e alternativas para avançar conhecimentos;
HEMO PLAY 2020, promovido pela Associação Brasileira de Hematologia,
Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) acontece de 3 a 8 de novembro em ambiente
virtual e reúne renomados especialistas de todo o mundo
Os mais
renomados especialistas em doenças do sangue de todo o mundo se preparam para
repassar o que há de mais atualizado em relação aos conhecimentos das
complicações no sangue causadas pela COVID-19. Isso porque, segundo a
Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), até
o presente momento, menos de 5% das complicações sanguíneas, entre elas
alterações importantes na coagulação, causadas pela COVID-19 são conhecidas
pela ciência.
“A
comunidade global está estudando uma doença em que a inflamação é algo muito
presente, ou seja, tem participação das células do sangue”, explica o Dr.
Eduardo Rego, hematologista e diretor da ABHH ao exaltar a importância de ter o
estado da arte da Hematologia/Hemoterapia reunido em um mesmo espaço para
debates que certamente mudarão os rumos do trato das consequências da
doença.
Diante de
uma cruzada incessante entre ensaios e pesquisas científicas, já é sabido que
pessoas com COVID-19 grave têm altos níveis de dímeros D no sangue, podendo
indicar que pequenos coágulos estão se acumulando em toda a corrente sanguínea.
“Esse acúmulo é capaz de bloquear pequenos vasos sanguíneos nos pulmões e
outros órgãos, podendo contribuir para baixos níveis de oxigênio no sangue e
talvez explicar outros sintomas graves da doença”, explica o
hematologista.
Observando
os casos clínicos de COVID-19, percebe-se que vítimas do vírus têm uma
tendência a uma hipercoagulabilidade, que pode ser prevenida com o uso de
anticoagulantes, via subcutânea ou oralmente. "Ainda estamos em estágio
inicial, conseguimos entender o quadro clínico, como evolui, mas a
fisiopatogênese completa ainda é embrionária. É muito desafiador, pois muitos
conceitos precisaram ser revistos", pontua o Dr. Eduardo Rego.
De acordo
com ele, até a chegada da vacina, outras alterações complexas no sistema sanguíneo
ainda aparecerão, criando mais debates e pesquisas sobre o tratamento do vírus
mais temido de 2020.
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