Pesquisar no Blog

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Advogado esclarece sobre a lei que regulamenta o reembolso de eventos e serviços em decorrência da pandemia

Pixabay

Especialista em direito do consumidor Felipe Menezes explica principais pontos da Lei 14.046/20, sancionada no último dia 24

 

O setor de eventos está sendo um dos mais impactados durante era pandemia. Cancelados desde meados de março e sem ainda data certa para voltar, muitos consumidores foram atrás de reembolso de ingressos de shows, congressos e demais eventos, mas não havia uma definição para o tema. Porém, no último dia 24 de agosto, foi sancionada a Lei 14.046/20, que regulamenta o reembolso de eventos e serviços em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o advogado Felipe Menezes, especialista em direito do consumidor e sócio do escritório Carvalho Menezes Advogados Associados, é importante destacar que o prestador de serviços ou a sociedade empresária não serão obrigados a reembolsar os valores pagos pelo consumidor. “Para isto ocorrer, ou seja, para que não sejam obrigados a reembolsar, é necessário que estes prestadores de serviços ou a sociedade empresária assegurem a remarcação ou disponibilização de crédito, sem custo adicional”, explica.

 Esta remarcação ou crédito disponibilizado pode se estender pelo prazo de 120 dias, contado da comunicação do adiamento ou do cancelamento dos serviços, ou 30 dias antes da realização do evento (o que ocorrer antes). “Caso o consumidor não faça essa solicitação por motivo de falecimento, internação ou de força maior, o prazo será restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, a contar da data de ocorrência do fato impeditivo da solicitação”, comenta o especialista em direito do consumidor Felipe Menezes.

Para o advogado, é importante que o consumidor saiba que este crédito disponibilizado poderá ser utilizado pelo consumidor no prazo de 12 meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública. Já no caso de remarcação, será respeitado um prazo maior, de 18 meses.

 

REEMBOLSO DOS VALORES PAGOS – Mas é possível pedir reembolso? “Essa pergunta está sendo bastante comum. Mas o prestador de serviço ou a sociedade empresária somente restituirá na hipótese de ficarem impossibilitados de oferecer uma das duas alternativas anteriormente mencionadas (remarcação ou crédito) e essa restituição ocorrerá no prazo de 12 meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública. Então, caso a remarcação ou crédito seja disponibilizado, o consumidor não poderá solicitar o reembolso”, diz o advogado Felipe Menezes.

 

A QUEM SE APLICA ESSA LEI – De acordo com o art. 3º, aplica-se aos: prestadores de serviços turísticos e sociedades empresárias a que se refere o art. 21, da Lei n° 11.771, como empresas de turismo, organizadoras de eventos, parque temáticos, restaurante, marinas, casas de espetáculos, locadoras de veículos para turistas, cinemas, teatros e plataformas digitais de vendas de ingresso pela internet, entre outros.

 

Profissionais contratados deverão devolver pagamentos?

 Segundo o especialista em direito do consumidor, outra disposição da lei que merece destaque é que “artistas, palestrantes ou outros profissionais detentores do conteúdo já contratados até a data de edição da lei, impactados por adiamento ou cancelamento de eventos, shows, rodeios e espetáculos musicais e de artes cênicas, além dos profissionais contratados para a realização destes eventos, também não terão obrigação de imediato reembolso dos valores que lhe foram pagos a título dos serviços ou cachês, desde que o evento seja remarcado, respeitando um prazo máximo de 12 meses, contados da data de encerramento do estado de calamidade pública”.

Somente se não for possível respeitar o prazo estabelecido acima é que esses profissionais contratados para a realização dos eventos deverão realizar a restituição integral do valor previamente pago, atualizado monetariamente pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo Especial (IPCA-E).

 

Anulação das multas por cancelamentos

Outro ponto importante da lei, para o advogado Felipe Menezes, é quanto a anulação das multas por cancelamentos dos contratos inerentes aos artistas,  palestrantes ou outros profissionais detentores do conteúdo já contratados que realizam serviços de eventos, incluídos shows, rodeios, espetáculos musicais e de artes cênicas, e os profissionais contratados para a realização desses eventos.

“Por fim, em se tratando, a pandemia, hipótese de caso fortuito e força maior, eventuais cancelamentos ou adiamentos dos contratos de natureza consumerista, não serão ensejadores de reparação de danos morais, aplicação de multas ou imposição de penalidades previstas no art. 56 do Código do Consumidor”, ressalta o especialista em direito do consumidor e sócio do escritório Carvalho & Menezes Advogados Associados, no Recife.

 

 



Felipe Menezes - advogado é sócio do escritório Carvalho & Menezes Advogados Associados; professor das áreas de Direito do Consumidor e de Processo Civil, no Instituto Jus 21; Membro das Comissões de Direito do Consumidor e de Direito e Saúde da OAB/PE; Secretário da Comissão de Educação para a Cidadania, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Pernambuco; Autor da obra jurídica Descomplicando Direito do Consumidor, publicado pela Editora Armador, em 2016; co-autor do livro Item a Item Tribunais, na matéria de Direito Civil, também publicada pela Editora Armador, em 2018; co-autor do livro Manual da Aprovação OAB, escrevendo a área de Direito do Consumidor, publicado pela Editora Letramento, em 2019; e palestrante. 

 

Advogado Felipe Bezerra Menezes     

Escritório: Carvalho Menezes Advogados Associados

Av. Gov. Agamenon Magalhães, 2615, Salas 504/505 - Boa Vista,           

Recife, PE

Telefone: (81) 3125.5885

www.carvalhoemenezes.com.br


Número de brasileiros com contas digitais mais do que dobra no último ano e preocupação com segurança também cresce

 Pesquisa encomendada pela Akamai Technologies também aponta outras tendências importantes para o open banking brasileiro


Antes uma projeção para o futuro bancário, o open banking representa cada vez mais uma realidade no mercado brasileiro. Com o anúncio recente do PIX, novo método de pagamento digital do Banco Central, serão abandonadas as transferências via DOC e TED, assim como alguns boletos bancários, possibilitando cada vez mais o uso de contas completamente digitais. Acompanhamos as movimentações de mercado e ciente deste avanço no mercado virtual, a Akamai Technologies, líder em segurança digital e soluções na nuvem, encomendou uma pesquisa sobre o uso de bancos digitais no Brasil à Cantarino Brasileiro.

Feita anualmente desde 2017, a pesquisa da Akamai revelou este ano um dado importante: 43% dos entrevistados estão usando algum banco digital, mais do que o dobro registrado no ano passado, de 18%. Destes usuários, 14% afirmam que o principal banco que usam hoje é o virtual.

Realizada entre os meses de maio e junho de 2020 com mais de mil brasileiros, correntistas dos principais bancos brasileiros - totalizando 19 instituições diferentes, entre os tradicionais e digitais - a pesquisa teve o objetivo de mapear as preferências dos clientes sobre seus bancos, seu relacionamento com as variadas plataformas bancárias, segurança e outras informações importantes que podem ajudar instituições financeiras a melhorarem seus serviços.

Evitando sair de casa devido ao isolamento social e com a facilidade de fazer pagamentos e outras transações direto do celular, a pesquisa da Akamai mostrou também que os apps bancários são os canais mais utilizados pelos consumidores, com pelo menos dez acessos mensais, em média.

Segundo Claudio Baumann, Diretor Geral da Akamai no Brasil, por não terem agências físicas, os bancos digitais têm sua percepção de marca, em todos os sentidos, atrelada à experiência dos seus clientes ao utilizar as ferramentas de acesso online. "O uso da internet está na essência desses bancos, o que lhes dá ubiquidade e alcance e cria uma forte exposição às ameaças da rede”, explica. “Ter as proteções necessárias obviamente é mandatório, mas não é o suficiente. É preciso garantir a experiência dos clientes em quaisquer condições, para que o negócio não sofra por eventuais prejuízos à marca, ou perca captação e retenção de clientes".


Valor da segurança digital

Um dos destaques da pesquisa encomendada pela Akamai é a relevância cada vez maior da segurança dos dados pessoais e bancários para os usuários. Tendo em vista a facilidade da abertura de contas e do crédito entre os vários bancos digitais, o estudo revelou que 33% dos entrevistados avalia que nunca ter sofrido vazamento de informações é um critério fundamental para a escolha de uma instituição financeira.

Provando que os clientes estão cada vez mais vigilantes sobre o que acontece com as empresas, 57% dos usuários que participaram da pesquisa afirmaram que verificam se o banco que utilizam possui problemas de segurança ou vazamento de informação. Este dado pode ser decisivo para buscar uma nova instituição financeira de confiança.

Outra cifra que ressalta o valor de uma robusta segurança virtual por trás dos bancos digitais é que o internet banking é o segundo canal mais acessado pelos entrevistados da pesquisa encomendada pela Akamai. Na opinião de Claudio Baumann, a segurança pesa cada vez mais na decisão de compra dos consumidores e, por isso, é necessário estar à frente dos cibercriminosos e suas tecnologias de fraudes, phishing e outros tipos de crimes digitais.   


Estado do Amazonas assina acordo de cooperação para atrair investimentos no setor de proteínas alternativas

A colaboração com o The Good Food Institute criará ecossistemas para o desenvolvimento de pesquisa e geração de novos negócios

 

A pesquisa e o desenvolvimento de novos negócios na área de alimentos no estado do Amazonas acabam de ganhar um importante incentivo. Por meio de um termo de cooperação técnica, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Amazonas (SEDECTI) e o The Good Food Institute (GFI) estabeleceram um plano de trabalho para dar suporte e articular a criação de um ecossistema que atraia investimentos e fomente a inovação no setor de proteínas alternativas no estado.

As ações devem ocorrer no âmbito dos Programas Estruturantes Bioeconomia Amazonas e Ciência, Tecnologia e Inovação. Para a secretária executiva da SEDECTI, Tatiana Schor, a parceria com o GFI Brasil direciona um olhar para o futuro. “A diversificação da matriz econômica, tendo a bioeconomia como estratégia de desenvolvimento econômico sustentável e socialmente justo, implica em incorporar nos processos de produção de ciência, tecnologia e na política industrial do Estado, as alternativas de ponta. A parceria trará essas alternativas para os nossos pesquisadores, vai gerar debates no ambiente acadêmico e criará redes de cooperação. Ao mesmo tempo, fortalecerá a política industrial, atraindo indústrias de insumos, em especial para as proteínas alternativas”, comentou a secretária.

“O trabalho na região amazônica é de extrema importância para que o Brasil possa competir de forma consistente num mercado consumidor que cada vez mais exige sustentabilidade nas suas inovações." explica o diretor executivo do The Good Food Institute, Gustavo Guadagnini. O investimento em proteínas alternativas vai ao encontro dessa nova demanda dos consumidores e diversifica a economia do estado de forma sustentável.

As atividades em conjunto têm como foco desenvolver um ambiente fértil de pesquisa, desenvolvimento e produção de substitutos aos produtos de origem animal, envolvendo alimentos baseados em vegetais, algas, fungos ou obtidos por multiplicação celular, assim como seus ingredientes. Serão realizadas ações visando engajar atores do setor e envolver interessados em integrar esse espaço, viabilizando novos negócios. Além disso, as duas instituições trabalharão para o fortalecimento da pesquisa e desenvolvimento na área, possibilitando a criação de novos produtos.

A colaboração visa utilizar as potencialidades da região para promover seu desenvolvimento e atingir também os mercados internacionais. “Um dos grandes motivos que tornam o Brasil extremamente competitivo no cenário global de proteínas alternativas é a nossa biodiversidade. Temos uma infinidade de novos ingredientes e novos sabores que ainda podem ser desenvolvidos a partir de nossas riquezas naturais para suprir o mundo todo com soluções inovadoras para o mercado de alimentos.” afirma Guadagnini.

O diretor de políticas públicas do GFI Brasil, Alexandre Cabral, acredita que o país ainda não explorou de contundente as possibilidades oferecidas pelos ingredientes oriundos da biodiversidade brasileira, em especial do bioma amazônico. “Empresas de alimentos de diversos tamanhos vêm lançando seus produtos em parceria com grandes empresas de ingredientes. Podemos desenvolver novos ingredientes que incorporem ‘brasilidade’ aos produtos desenvolvidos aqui e no exterior. Desenhando as cadeias de plantio e extração com foco no desenvolvimento econômico local podemos trazer novas perspectivas de trabalho e renda para as populações envolvidas”, justifica Cabral.

Os benefícios da parceria vão além do desenvolvimento econômico. Para Tatiana Schor, é também uma oportunidade de criar estratégias de conservação do bioma amazônico. “No futuro, a carne cultivada de animais silvestres pode significar uma redução drástica na caça de animais que estão hoje ameaçados de extinção”, idealiza

Tatiana. “Isso significa permitir que o retorno a um “cardápio amazônico” possa acontecer sem agredir o meio ambiente e ao mesmo tempo gerar renda que pode ser revertida para processos de preservação das espécies envolvidas”, conclui Alexandre Cabral.

 

Sobre o GFI

O The Good Food Institute (GFI) é uma instituição sem fins lucrativos que trabalha para acelerar transformações na cadeia de produção de alimentos. Para isso, foca no desenvolvimento do mercado de proteínas alternativas, apoiando especificamente os setores de proteínas vegetais e de carne cultivada. Essas novas fontes de proteínas complementam a oferta global de alimentos, disponibilizando mais alternativas semelhantes às de origem animal para os consumidores do mundo todo. A organização possui Selo Platinum , certificação máxima de transparência concedido pelo GuideStar, maior banco de dados e informações sobre organizações sem fins lucrativos do mundo, e reconhecimento da Animal Charity Evaluators.


Detran.SP autoriza retomada de aulas presenciais dos cursos de formação e capacitação de profissionais que atuam no trânsito

  Entidades credenciadas deverão seguir protocolos sanitários e de segurança; formação e capacitação de profissionais que prestam serviços essenciais é fundamental neste período de pandemia 

 

A partir desta quinta-feira, 03 de setembro, o Detran.SP libera as aulas presenciais dos cursos de formação e capacitação de profissionais que atuam no trânsito. Cerca de 300 empresas no Estado de São Paulo credenciadas pela Escola Pública de Trânsito do Detran.SP ministram cursos especializados e de formação de motoristas, para que possam conduzir veículos como ambulâncias, ônibus, caminhões tanques e de carga, além de motofrete, entre outros. 

A autorização para a retomada consciente das atividades dos cursos especializados e de capacitação foi publicada no Diário Oficial do Estado, desta quarta-feira, 02/09, através do Comunicado Detran.SP 07/20. Também estão contempladas as entidades que ministram cursos de capacitação para formação de instrutores e examinadores de trânsito, além de diretores de Centro de Formação de Condutores (CFCs). 

“O trabalho dessas entidades é de fundamental importância na formação dos  profissionais que prestam serviços essenciais, como transporte de produtos perigosos e de emergência, tão necessários neste período de pandemia”, destaca o presidente do Detran.SP, Ernesto Mascellani Neto. 

A reabertura consciente das entidades segue as diretrizes do Plano São Paulo, com a flexibilização permitida para cidades que estiverem a partir da fase laranja e de acordo com o protocolo sanitário elaborado pelo Detran.SP para a prevenção da  COVID-19. 

Como medidas de segurança e distanciamento social, será obrigatório o uso de máscaras, disponibilização de álcool gel, distanciamento entre as carteiras e cadeiras escolares, higienização de balcões, computadores, maçanetas, corrimões e rampas de acessibilidade, ente outros equipamentos. 

As empresas também serão orientadas a manter portas e janelas abertas e as salas com higienização reforçada ao final das aulas. Também não poderão ser disponibilizados itens, como canetas de uso comum, bem como revistas e livros. 

A quantidade de alunos por sala e o horário de funcionamento obedecerá ainda o limite estabelecido por meio de decreto de cada município, além das determinações previstas no Plano São Paulo. Municípios na fase laranja, com atendimento de 20% da capacidade e funcionamento de 04 horas por dia e cidades na fase amarela, com 40% da capacidade e 06 horas de aulas por dia. 

Para garantir o cumprimento das medidas e a segurança dos alunos e colaboradores, funcionários do Detran.SP vão realizar fiscalizações constantes nas empresas credenciadas. 


Cursos  

Especializados: Transporte Escolar; Transporte Coletivo de Passageiros; Transporte de Emergência; Transporte de Produtos perigosos; Transporte de Cargas Indivisíveis; Motofrete; Mototáxi. Carga-horária: de 30h a 50 horas.  


De capacitação: Diretor Geral; Diretor de Ensino; Instrutor de Trânsito; Examinador de Trânsito; Instrutor de Trânsito Especializado. Carga-horária: de 180 a 220 horas. 

 

Idosos são os que mais pagam em dia o empréstimo pessoal, revela estudo inédito da Serasa Experian

Moradores da região Sul estão entre os que menos comprometem a renda


Segundo estudo inédito da Serasa Experian realizado com base nas informações do Cadastro Positivo, os consumidores idosos – acima de 60 anos – são os que mais fazem o pagamento em dia do empréstimo pessoal. De acordo com o levantamento feito em maio deste ano, a população desta faixa etária que tinha a modalidade contratada teve uma taxa de pontualidade de 91,3%. É o maior índice na comparação com os demais grupos de idade e está acima da média nacional (85,8%), veja todos os detalhes na tabela abaixo:

“O empréstimo pessoal é uma linha de crédito procurada por quem precisa, por exemplo, quitar uma dívida, fazer uma compra mais cara evitando financiamento a juros mais altos e até mesmo substituir dívidas caras, como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial. Os idosos, faixa que concentra também os aposentados, estão em uma fase mais madura e experiente, por isso, costumam priorizar melhor o pagamento em dia de suas contas para não desequilibrar o orçamento e manter uma vida financeira mais saudável”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.


16,8% dos brasileiros inscritos no Cadastro Positivo possuem empréstimo pessoal


O estudo também mostra que 16,8% da população do país que está no Cadastro Positivo tinha algum empréstimo pessoal ativo em maio. Na visão por idade, a maior utilização fica na faixa dos idosos – acima de 60 anos, com 22,4%, e a menor no grupo de jovens – 18 a 25 anos, com 11,1%. No intervalo estão: 26 a 35 anos (14,8%), 36 a 50 anos (16,4%) e 51 a 60 anos (17,8%).

Quando o recorte é por faixa de renda a distribuição é mais homogênea. Isso significa que a modalidade é bem democrática e consegue atrair os mais diferentes tipos de pessoas. Quem mais utiliza são aqueles que ganham até R$ 1 mil (17,8%). Na sequência temos os que estão na faixa de R$ 5 mil a R$ 10 mil (17,5%), de R$ 1 mil a R$ 2 mil (17,4%) e por último os que recebem acima de R$ 10 mil (17,0%). A faixa intermediária de R$ 2 mil a R$ 5 mil, é a que menos procura esse tipo de empréstimo, com uma taxa de 15,3%.


Moradores da região Sul estão entre os que menos comprometem a renda


O levantamento revelou ainda que o empréstimo pessoal compromete, em média, 13,7% da renda dos brasileiros que tinham esta modalidade de crédito ativa em maio. Por UF, os moradores do Distrito Federal lideram com a menor taxa de comprometimento (11,2%), mas a região Sul é a única em que todos os seus Estados figuram o ranking das dez UFs que menos comprometem a renda com empréstimo pessoal. Na outra ponta, as pessoas que mais comprometeram foram do: Maranhão (16,6%), Amazonas (16,5%), e Pará (15,5%). Confira todas as informações na tabela abaixo:

“Podemos perceber que a população brasileira como um todo, e neste caso todos os estados do Sul em especial, procura não comprometer excessivamente sua renda com as parcelas mensais, o que pode significar um melhor planejamento e consciência na hora de pedir um empréstimo pessoal”, complementa Rabi.

O levantamento realizado com base nas pessoas inscritas no Cadastro Positivo também mostrou que a média nacional do comprometimento de renda com empréstimo pessoal (13,7%) está muito próxima da média de quem tinha crédito consignado (14,2%) no mesmo mês avaliado. “As duas modalidades são bastante populares e, por terem os menores juros do mercado, são mais saudáveis quando utilizadas de forma consciente pelo consumidor. Como o consignado só pode ser solicitado por quem é assalariado ou aposentado – por ter o desconto direto da fonte –, o pessoal acaba pegando uma parcela maior de pessoas que precisa de dinheiro emprestado”, finaliza o economista.


Metodologia


A partir das informações da base de dados do Cadastro Positivo da Serasa Experian, o levantamento inédito considerou uma fotografia de maio dentro de uma amostra de 1,7 milhão de pessoas que utilizam alguma modalidade de crédito financeiro em todo o país para identificar o comportamento dos brasileiros em relação ao empréstimo pessoal como: representatividade e comprometimento da renda, com visões por faixa de renda, idade, Estados e Regiões do Brasil.



 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Documentações de farmácias: saiba quais são e como solicitar

A abertura de farmácias e drogarias exige a solicitação de documentos emitidos pela Anvisa

 

Antes de dar o pontapé inicial em um novo empreendimento, é fundamental conhecer sobre legislação e documentações exigidas para a atividade comercial que será exercida. Seguir padrões previstos na lei é um dos fatores decisivos para o crescimento e sucesso da empresa. No ramo de farmácias, existem dois tipos de documentos importantes que merecem atenção: o primeiro é a Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), expressamente obrigatória para a abertura do estabelecimento; e o segundo trata-se do Certificado de Autorização de Funcionamento (CAF), não obrigatório, mas que pode ser solicitado pelo proprietário da farmácia ao órgão sanitário. 

A AFE é uma permissão concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que empresas, estabelecimentos e outras instituições que exerçam atividades ligadas ao órgão sanitário, possam operar dentro da lei. A documentação é obrigatória e ocorre mediante o cumprimento de requisitos técnicos e administrativos que constam nas resoluções RDC n°16/2014 e RDC 275/2019. 

Para a Autorização de Funcionamento da Empresa (AFE) ter validade, deve ser publicada no Diário Oficial da União. Depois da publicação, a farmácia poderá efetivamente operar dentro da regularidade exigida. Caso contrário, o estabelecimento cometerá uma infração sanitária, sujeita a pena de advertência, interdição, cancelamento de autorização ou multa, prevista na Lei n° 6.437/1977. 

Já o Certificado de Autorização de Funcionamento (CAF) comprova que a farmácia ou drogaria está autorizada para desempenhar suas atividades. Nele, constam o número de autorização e endereço do estabelecimento. Mesmo não sendo obrigatório, o proprietário pode solicitar o documento a Anvisa. Lembrando que o CAF só é liberado se a farmácia tiver a Autorização de Funcionamento da Empresa (AFE), caso contrário, não será permitido. 

O diretor de marketing da startup MyPharma, Carlos Henrique Soccol, comenta que não há sucesso, nem crescimento da farmácia, se não há cumprimento à legislação.  

“Ter e manter a documentação, contabilidade e regras legais em dia é crucial em uma farmácia, pois qualquer falha, sobretudo às relacionadas à Anvisa, podem gerar penalidades graves e manchar a reputação do seu estabelecimento”, enfatiza Carlos.

 

Investimentos em fundos internacionais renderam até 75% desde o início do ano

Os investimentos feitos fora do Brasil, conhecidos como fundos internacionais, ainda são vistos como um patamar muito elevado para aqueles que estão iniciando no mercado financeiro, porém, nos últimos meses esse tipo de aplicação se tornou mais atrativa e palpável, com rentabilidade de até 75%, e a partir de R$ 100,00 já é possível investir em fundos relacionados ao varejo, por exemplo.

Anteriormente, esse tipo de aplicação era restrito para investidores qualificados, que possuem mais de R$ 1 milhão em ativos financeiros e também que concordavam sobre os riscos de mercado, por meio da assinatura de um termo.

Com a alta do dólar, de fevereiro até então, com a margem entre US$ 5 e US$ 5,80, ajudou na rentabilidade dos fundos internacionais, no que resultou em chamar a atenção de muitos investidores. Atualmente, os investimentos mínimos podem variar de R$ 100,00 a R$ 5.000,00, na maioria dos fundos.

Esse tipo de aplicação no exterior, dá acesso a outros mercados, sendo assim, eventuais riscos locais como eleições, desvalorização cambial e inflação, podem ser minimizados. Boa parte desses fundos capturam a valorização do dólar, e por esse motivo costumam gerar rentabilidade, em um momento de crise, bem como a pandemia que estamos vivendo ou mesmo a alta estrutural do dólar, o que pode ser uma ótima opção para quem busca diversificar o portfólio de investimentos.

Com isso é importante sempre estar de olho nos melhores fundos internacionais para se investir, de acordo com a XP Investimentos, de janeiro a agosto de 2020, os 14 melhores fundos, entre renda fixa, multimercados e ações foram:

 

Nomes dos fundos

Aplicação mínima

% de rentabilidade entre janeiro e agosto de 2020

Morgan Stantey Global Opportunity Dolar Advisore FIC FIA IE

R$ 5.000,00

75,84%


Western Asset FIA BDR Nível l

R$ 1.000,00

62,71%


Trend Bolsa Americana Dolar FIM

R$ 100,00

48,97%


JP Morgan Dólar Global Macro Opportunities FIM - IE

R$ 5.000,00

45,93%


PIMCO Income Dólar FIC FIM IE

R$ 25.000,00

39,17%


Western Asset Hegde Dólar FI Cambial

R$ 5.000,00

37,74%


AXA WF Framlington Digital 

Economy Advisory FIC FIA IE

R$ 5.000,00

25,99%


Trend Tecnologia FIM

R$ 100,00

23,66%


Hashdex Criptoativos Discovery FIC FIM

R$ 500,00

22,75%


AXA WF Framlington Robotech ADvisory FIC FIA IE

R$ 5.000,00

17,32%

Geo Empresas Globais FIC FIA IE

R$ 5.000,00

17,21%

JP Morgan Global Macro

 Opportunities FIC FIM IE – Classe A


R$ 5.000,00

5,86%

ANA WF US High Yield Bonds Advisory FIC FIM IE CP


R$ 5.000,00

3,07%

Western Asset US Index 500 FIM

R$ 1.000,00

2,63%

 

Temos três tipos de fundos internacionais, renda fixa considerada a menos arriscada, multimercado, que podem investir em todas as classes de ativos e as ações que são direcionadas a investimentos em bolsas mundiais, como a americana e europeia.

Vale a pena ressaltar a diferença entre investir nos Estados Unidos e na Europa, os fundos internacionais são divididos entre Single-Country, com maior aplicabilidade nos EUA, regionais que há investimentos em continentes como na América Latina, Europa e Ásia e os globais com alocação livre.

Para quem busca investir a curto prazo, é importante saber que existem duas categorias de fundos internacionais, os fundos que capturam a variação cambial, os dolarizados, no qual conseguem agregar variação, além da valorização dos ativos em carteira, por exemplo:

Em um ano, o índice de ações americanas, conhecido como S&P 500, valorizou cerca de 15%, porém fundos no Brasil que compraram ações americanas chegaram a valorizar mais de 70%, no mesmo período de 12 meses, em virtude da valorização adicional do dólar frente ao real.

O outro tipo é o hedge cambial, que não é dolarizado, portanto sem risco cambial.

 

Paulo Cunha - sócio fundador da iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. Possui mais de 1,5 mil clientes no Brasil e em 2014, firmou parceria com a maior plataforma de investimentos da América Latina, fundando a Ihub e sendo um escritório afiliado a XP Investimentos. Desde então, é diretor executivo da empresa, que possui matriz na Vila Olímpia e Alphaville, em São Paulo e Barueri. Também é palestrante e professor sobre investimentos de cursos em plataformas EAD.

 

 

Como se dar bem numa entrevista de emprego!

Entrevista Online


A entrevista é um momento-chave dentro do recrutamento, na qual o candidato pode mostrar, na prática, suas qualidades que estão destacadas no currículo.


Muitos profissionais preparados não avançam em alguns processos seletivos dos quais participam por cometerem erros básicos durante a entrevista inicial com o recrutador, ou mesmo, num segundo momento, em uma entrevista com o líder responsável pela área que está buscando o profissional. A entrevista é um momento-chave dentro do recrutamento, é a hora que o candidato deve mostrar, na prática, numa conversa clara, tranquila e objetiva, parte das suas qualidades que estão destacadas no seu currículo.

“Em muitos casos, os empregadores criam vagas para pessoas que os convencem que podem ajudá-los a suprir necessidades e solucionar problemas. Este possível empregador tem apenas uma pergunta em mente durante a entrevista para uma vaga. É a mesma pergunta que qualquer cliente faz ao considerar se deve ou não comprar um produto ou serviço - este empregador é um cliente. E, portanto, o candidato é um produto ou um serviço que está à venda. A pergunta do seu possível cliente é: O que eu ganho com isso?”, afirma Mari Clei de Araújo, sócia da MC Coaching & Consultoria. O tipo de emprego que a pessoa poderá conseguir e o salário que receberá serão uma medida do quando ela foi bem-sucedida ao vender sua imagem e os seus serviços nesse momento crítico da sua carreira.

Antes de ir para entrevista de emprego, o candidato deve ter em mente estes três itens: 1) Todo empregador tem necessidades que não foram supridas; 2) Todo empregador tem problemas que não foram resolvidos; 3)Todo empregador representa uma oportunidade para o candidato. Por isso é tão importante estar bem preparado para esta entrevista de emprego. Confira algumas dicas de Mari Clei Araújo:


Pontualidade. Isso é indispensável. Em muitas empresas há uma orientação clara dos empregadores para os recrutadores não contratarem uma pessoa que chegou atrasada à entrevista de emprego. Então, redobre seu cuidado e calcule com bom-senso o tempo real que você vai precisar para se locomover ao local, considerando o trânsito e todas as demais variáveis. Com a pandemia, a grande maioria dos processos ocorre via online. Portanto, é importante que você avalie se a sua conexão de Internet está boa. Algumas empresas utilizam plataformas como Zoom, Google Meet, Microsoft Teams ou até o Skype. Verifique um dia antes se está tudo funcionando bem, se está instalado em seu dispositivo e se o endereço de e-mail está correto. Fique pronto uns 15 minutos antes. Avalie a iluminação, o fundo do local onde você escolheu fazer a entrevista – cuidado para que não apareça desorganização nesse local. Cheque também a altura da mesa para você conseguir olhar de frente o entrevistador. Confira se aparece seu rosto inteiro, centralize a imagem com parte do seu corpo com se fosse uma foto 3x4. Se no local que você estiver existir algum barulho, use o microfone do seu próprio celular para ficar nítida e clara a sua fala durante a entrevista. 



A primeira impressão conta muito. Por isso, vista-se bem para essa entrevista. Suas roupas, segundo algumas estimativas, podem somar 95% da primeira impressão que um possível empregador poderá ter de você. E o motivo é simples: as primeiras impressões são quase sempre visuais. Como escolher a roupa certa? Em primeiro lugar, entenda como aquela empresa funciona, qual é a sua cultura interna e então procure se vestir da mesma forma que faria se já estivesse trabalhando no local. Em muitos casos, há pessoas que são contratadas por serem os entrevistados mais bem vestidos. No caso dos homens, por exemplo, nem sempre terno e gravata passam uma boa primeira impressão. Algumas dicas para as mulheres: vá com os cabelos arrumados, maquiagem suave, blusa e calça discretas e sapatos confortáveis. Para os homens: cabelo e barba em ordem (hoje em dia não é necessário fazer a barba para uma entrevista de emprego, mas é essencial que ela esteja limpa e aparada), camisas sem muitos desenhos e sapatos discretos. A recomendação que vale para ambos é sentir-se confiante e elegante ao mesmo tempo, mas sem abandonar a sua própria personalidade e estilo.


Saiba se vender. Uma entrevista de emprego nada mais é do que uma venda, na qual o empregador é o cliente e você é o produto à venda. Se você vai conseguir ou não o emprego, e até mesmo o seu salário, serão resultado dessa “venda”.  Do quanto você foi bem-sucedido ao vender a sua imagem. Para se sair bem, lembre-se que todo empregador tem necessidades que ainda não foram atendidas e problemas ou desafios não resolvidos. Para você, isso significa uma oportunidade. Este empregador tem uma grande dúvida: “Como serei beneficiado contratando você?”. Seu grande desafio na entrevista é responder adequadamente essa pergunta, mostrando de maneira clara e objetiva que você pode alcançar, evitar ou preservar algo que é prioridade para aquela empresa. Ou seja: seu dever na entrevista é mostrar, com entusiasmo, que você é capaz de atingir aquele resultado que ele necessita. Para isso, é muito importante você se preparar para esse encontro. O seu trabalho é convencer o empregador de maneira surpreendente de que este é o emprego certo para você e que você é a pessoa certa para este emprego.



Estudo e planejamento. A preparação para a entrevista, que inclui responder a questão citada no tópico anterior, exige estudo e planejamento. Primeiro, esteja atualizado sobre o que está acontecendo no mundo e, em especial, na cidade onde existe a vaga para a qual você está se candidatando. Segundo, estude a empresa, seu mercado de atuação, produtos, serviços e concorrentes. Entenda como o seu mercado está funcionando e quais são seus principais problemas e desafios. Você não pode se apresentar como um profissional útil para os objetivos de negócios da empresa sem entender um pouco sobre esta área.



Prepare sua memória. Na véspera da entrevista, ou poucos dias antes, treine sua memória, lembrando dos momentos mais marcantes da sua carreira profissional, das suas conquistas, de momentos que o seu desempenho profissional tenha realmente se destacado. Ter isso tudo fácil na cabeça vai transmitir segurança e objetividade ao recrutador – dois atributos muito positivos. Anote em um papel, um dia antes da entrevista, realizações profissionais, momentos importantes de decisão em sua carreira, situações em que você teve que resolver problemas com a equipe ou com seu líder ou mesmo situações do dia a dia em que suas emoções foram colocadas à prova.



Faça boas perguntas. Sua função na entrevista de emprego não é apenas responder bem as questões que forem feitas. Você também pode ficar atento e esperar por boas oportunidades para fazer perguntas inteligentes e pertinentes. Seu objetivo será mostrar interesse pela empresa e pela vaga e, principalmente, demonstrar que você pesquisou sobre a empresa e sua área de atuação. Apenas não faça perguntas simples demais que qualquer um poderia obter respostas numa consulta rápida no Google – nesse caso, você passaria uma imagem contrária: de não ter estudado nada sobre a empresa.

A principal meta do candidato na entrevista de emprego é convencer o empregador de que ele pode alcançar o resultado que a empresa precisa. O custo é a sua contratação. Quanto melhor você o profissional se planejar e se preparar, mais fácil será convencer o empregador que ele é a pessoa ideal para o emprego. É importante descrever a experiência de forma que se relacione com a posição. Também é muito positivo não ter medo de ser entusiasta e assertivo ao vender a si mesmo para o empregador.


Tecnologia é a grande aliada das políticas de compliance

Recente estudo da KPMG trouxe a conhecimento público que as empresas, no geral, têm grandes desafios em relação ao compliance. De acordo com o instituto de pesquisa, os três principais desafios de compliance hoje são: monitorar a efetividade do programa de compliance (86%), mapear os riscos e desenvolver os indicadores-chave (85%) e integrar a função com as demais áreas do negócio (83%). Esses números demonstram um cenário preocupante.


Primeiramente, o que vejo neste resultado é que muitas empresas ainda estão avaliando todas as implicações que um requerimento deste tipo traz à operação. É clara a visão de que não entenderam qual o verdadeiro significado e como essa política – ou a falta dela – impacta os negócios. Como conseguência, por ainda estarem avaliando as implicações legais, noto que poucos perceberam que a melhor amiga do compliance é a tecnologia, principalmente nestes momentos.

Às portas da primeira fase de implementação da LGPD, preocupa o atraso evidente das empresas. Há muito o que fazer e em que pensar. Em primeiro lugar, é importante estabelecer um projeto que leve em consideração os riscos potenciais e desenvolva uma política que englobe a todos os colaboradores, de todas as áreas e todos os cargos. Criam-se, então, os indicadores-chave e implementa-se a política em toda a empresa. Por outro lado, não podemos esquecer que, em algum momento, boa parte acabará refletindo no parque tecnológico das empresas; portanto, esse aspecto também deve ser considerado em toda essa análise.

A tecnologia já deve ser avaliada e estruturada na fase inicial. Com o projeto pronto e implementado, vem o monitoramento, grande desafio das corporações, de acordo com a pesquisa da KPMG (68% das empresas dizem não possuir sistema de monitoramento). Existem no mercado soluções que enviam informações proativas em relação aos usuários via dashboard. O monitoramento se torna recorrente e proativo, faz parte do dia a dia de todos os envolvidos. É possível realizar todos os gerenciamentos de políticas, a partir de um único aplicativo, para controlar todas as regras de maneira independente e se adaptar rapidamente às mudanças.

No caso de empresas de atendimento ao cliente, por exemplo, temos questões sérias relacionadas ao compliance. Ainda mais nos dias de hoje, com tantas companhias com agentes trabalhando remotamente, os riscos aumentaram. Uma boa solução de monitoramento pode indicar quando acontecem transferências de dados, interações recebidas e não capturadas, interações capturadas sem áudio e outras irregularidades.

Essas empresas também podem aproveitar os recursos analíticos e em tempo real para otimizar os fluxos de trabalho de conformidade em toda a empresa, atuando sobre dados não estruturados.

Com soluções flexiveis e que permitam, a partir de uma mesma plataforma, atender regulamentações específicas, é possível que os usuários executem ações com base em informações coletadas do sistema e investiguem, bloqueiem ou extraiam interações para análises adicionais.

No cenário atual, muitas empresas se concentram na necessidade de infraestrutura para manter os colaboradores trabalhando em casa. O foco tem sido aumentar a eficiência, sendo que questões ligadas à segurança e ao complicance têm sido deixadas de lado.  Neste momento, mais do que nunca, a preocupação com o conjunto de processos e procedimentos que garantem o atendimento a regulamentações e normas é fundamental. Dados da empresa e de clientes ficam ainda mais expostos a falhas de segurança.

Novamente as soluções tecnológicas podem colaborar. É possível evitar a exportação de dados e dissipação de informações com a indicação de aprovação dupla para esse tipo de procedimento. O monitoramento também garante produtividade.

Outro dado preocupante da pesquisa da KPMG é que 20% das empresas declararam não possuir um canal de denúncias implementado e não monitoram volume de relatos. Esse dado denota que existem falhas de comunicação e pode implicar que violações de segurança eventualmente não estejam mapeadas.

Todo o cenário desenhado pela KPMG nos faz perguntar: por quanto tempo as empresas brasileiras vão se expor a riscos?




 André Fernandes - Gerente de Soluções da NICE


Impulsionado pelo isolamento social, e-commerce é líder em engajamento nas redes sociais

Socialbakers aponta os segmentos com maior número de interações no Facebook e Instagram e mostra que o setor de moda apresentou queda

 

No segundo trimestre de 2020 o isolamento social foi mantido quase que no mundo todo, mas o engajamento relacionado aos ramos da indústria não se comportou da mesma maneira que no levantamento anterior. Segundo novo estudo da Socialbakers, plataforma líder global em soluções para a otimização de performance corporativa em redes sociais, a liderança absoluta nos meses de abril, maio e junho ficou com o setor de e-commerce, que obteve 17,7% do total de engajamento no Facebook e 24,54% no Instagram.

Já o setor de moda, que liderava o ranking anterior na rede social de fotos e estava no top 3 no Facebook, sofreu queda, e passou a ocupar o segundo e o quinto lugar, respectivamente. Sendo assim, o ramo acabou dando ainda mais espaço para outros segmentos, como é o caso dos serviços alimentícios, que tiveram uma porcentagem 3,6% maior de engajamento no Facebook e subiram duas posições no ranking, comportamento provavelmente impulsionado pelos serviços de delivery.

Segundo Alexandra Avelar, country manager da Socialbakers, o momento vivido com o coronavírus acarretou em grandes mudanças no comportamento das empresas e dos usuários das redes sociais. "A pandemia acelerou a transformação digital em diversos setores e um número cada vez maior de marcas vão entender que o marketing digital eficaz tornou-se um objetivo para qualquer empresa que pretenda melhorar seu funil de venda, desde a percepção à construção de intenção de compra e retenção, em um mundo repleto de interconexões tecnológicas", explica.

Ainda segundo o levantamento da Socialbakers, houve uma diminuição quanto ao tempo gasto no Facebook agora no segundo trimestre. A quantidade de horas que os usuários passavam no aplicativo havia sofrido um aumento durante o início da pandemia, depois foi diminuindo até retornar aos níveis normais, sendo equivalente ao do mês de janeiro.

Abaixo estão os setores que mais se destacaram em cada uma das redes sociais:


Facebook

1 - E-commerce - 17,8% das interações
2 - Varejo - 15,2% das interações
3 - Serviços - 9,3% das interações
4 - Serviços alimentícios - 9,3% das interações
5 - Moda - 7,5% das interações


Instagram

1 - E-commerce - 24,5% das interações
2 - Moda - 22,5% das interações
3 - Varejo - 14% das interações
4 - Beleza - 11,6% das interações
5 - Serviços - 7,6% das interações


Metodologia do relatório 


Os Social Media Trends Reports refletem o banco de dados da Socialbakers no início do trimestre seguinte ao trimestre do relatório. Os dados são extraídos uma vez e não são atualizados entre as liberações.




Socialbakers

www.socialbakers.com.

 

Como fazer o bom gerenciamento do seu dinheiro?

Erika Linhares, executiva especializada em softt skills, pedagoga e palestrante, dá dicas de como economizar e estar sempre com o orçamento em dia

 

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgada em junho mostrou que pelo menos 67,1% das famílias brasileiras estão endividadas. Esse dado mostra que 10,8 milhões de pessoas tem algum tipo de dívida, seja com cartão de crédito, com o banco ou alguma loja. São 1,5 milhão de endividados a mais do que no auge da crise de 2014, em que 9,3 milhões acumulavam dívidas.

Mas como economizar em plena crise econômica com o novo coronavírus? Veja abaixo dicas da executiva especializada em soft skills, palestrante e pedagoga, Erika Linhares.

1. Tenha um objetivo. Ter um propósito de algo que se quer é fundamental para ser persistente na economia e desistir do que é supérfluo. Evite gastar com coisas desnecessárias. Sem propósito, é difícil ter resiliência para seguir o percurso e concluir a meta.

2. Faça um orçamento. Escreva quais são todos os seus gastos do mês, mesmo os menores. De um lado, liste coisas estruturantes e necessárias para o dia a dia, como aluguel, alimentação, escola e transporte e, de outro, os gastos supérfluos, como restaurante e salão de beleza. A partir desse orçamento, faça o controle e analise quais gastos pode eliminar ou diminuir.

3. Estabeleça metas de gastos mesmo para coisas importantes. Coloque um teto, por exemplo, de gastos com aluguel. Economize na água e na energia. Tudo pode ser negociado. Liste quais são as coisas necessárias que não tem como serem eliminadas e parta para as renegociações. Faça pesquisas antes de fazer compras em mercados para encontrar preços mais vantajosos e escreva uma lista do que é necessário comprar antes de ir. Dessa forma, evita-se compras por impulsividade.

4. Meta tem que ser familiar: Converse com a família e mostre a eles que poupar deve ser um objetivo familiar, em que todos se esforçam um pouco para chegar na meta desejada. É preciso, portanto, ter disciplina financeira com toda a família. Isso também é muito importante para inserir os filhos em uma cultura financeira para que aprendam desde cedo como poupar.

5. Pense em novas formas de ter ganhos. Não é necessário só economizar para poupar. Não se limite a sua receita atual. Pense em como ganhar mais tanto no seu trabalho, sendo promovido, por exemplo, como executando algum outro tipo de função e fazendo outras atividades.

6. Tenha disciplina. Não desista fácil. Faça a economia no dia a dia e adapte a vida da família dentro desse caminho até atingir o objetivo desejado. Com dinheiro poupado, você terá muito mais liberdade para fazer escolhas.



Erika Linhares
Instagram: @elinhares12
Facebook/Youtube: Erika Linhares


Quais são os reais impactos da nova nota de 200 reais anunciada pelo BC?

 Freepik

Muita gente deve estar se perguntando qual o motivo para a criação de uma nova cédula de 200 reais, ainda mais neste momento. Anunciada no final de julho, muitos questionamentos e inseguranças surgiram, afinal, realmente existe essa necessidade de uma nova cédula?

A crise fez com que o valor em circulação e notas emitidas disparasse. Para que se tenha uma ideia, a atual quantia é de R$342 bilhões, sendo que a média histórica até então, era de R$300 bilhões. E devido a este comportamento, a autoridade monetária ficou em alerta pela possível falta de dinheiro em circulação, caso seja um comportamento contínuo, e com a nova cédula, será possível carregar um maior valor com menor emissão de papel.

Mas para a população mais madura que já vivenciou situações parecidas em outras décadas, a notícia causou um grande susto, isso porque remete a um passado já vivido de notas de valores altos como as cédulas de Cruzeiro e Cruzado, porque dá a entender que podemos viver novamente em um cenário de maior desvalorização no real.


Entesouramento e Auxílio Emergencial

De acordo com o Banco Central, uma das razões para a decisão é porque a pandemia impulsionou uma demanda maior por papel-moeda no Brasil. Com a população preocupada em fazer uma reserva em casa para garantir a segurança de sua renda, esse “entesouramento” gerou uma quantidade de saques acima do que se podia mensurar. Esse tipo de comportamento é gerado pelo pensamento de que ter o dinheiro na mão é uma certeza de que ele não será tomado pelo banco.

Além disso, também foi alegado que o pagamento em espécie de R$600 aos beneficiários do auxílio emergencial alterou a forma do brasileiro lidar com a moeda, utilizando mais papel e menos as transações virtuais. Mas vale saber também que o entesouramento não é novidade da pandemia, segundo  o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o final de 2019, o Brasil tinha uma média de 45 milhões de pessoas que não movimentam a conta bancária há mais de seis meses ou que optaram por não ter conta em banco.

Com o começo de sua produção durante o mês de agosto, é estimado que ao longo do ano já estejam circulando cerca de 450 milhões de unidades da nova cédula. Mas alguns economistas defendem que o ideal era fazer um teste de circulação para avaliar a demanda e a popularidade que elas podem ter, pois para que a nova nota circule, haverá uma redução na produção das cédulas de R$2, R$5, R$10 e R$20 para minimizar os impactos no orçamento, segundo o Banco Central em matéria feita pelo site O Antagonista.


Troco para R$200 e favorecimento da corrupção  

Outro fator que preocupa é a dificuldade para troco. Se atualmente conseguir troco para uma nota de R$100 já é uma tarefa difícil, imagine só, para uma nota de R$200? Apesar de facilitar a distribuição logística, já que menos cédulas precisarão ser carregadas, por outro lado, dificultará o troco para transações de baixo valor. Um exemplo: quem recebe o auxílio emergencial, ao invés de sacar 6 notas de R$ 100, o saque poderá ser de 3 notas de R$ 200, mas ao fazerem transações de valor baixo, precisará de um grande volume de notas menores para receber o troco.

Atualmente, com a escassez de moedas em circulação, o troco já é muito dificultoso, embora uma pesquisa de 2018 do Banco Central, mostre que 60% das pessoas ainda utilizam o dinheiro em espécie como forma de pagamento de maior frequência.

De outro lado, temos um outro grande problema no Brasil: a corrupção. A emissão de cédulas de maior valor pode impactar negativamente o combate a esse mal por necessitar um volume menor de dinheiro em espécie e assim facilitar a ocultação de recursos.

E para finalizar, no que diz respeito à economia, a maioria dos economistas e especialistas da área financeira dizem que a relação da nota de R$200 não deve gerar impacto expressivo na base monetária e nos investimentos, e alguns afirmam, inclusive, que a medida pode ser um tanto quanto precipitada.

 


Dora Ramos - consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial.


Posts mais acessados