Segundo a entidade, desde 2012, a modalidade gerou mais de 902 mil empregos verdes, com cerca de 3,8 milhões de unidades consumidoras atendidas no País
Ao
calcular os custos e benefícios da chamada geração distribuída, estudo da
consultoria Volt Robotics, conclui que a economia líquida na conta de luz de
todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031
A geração própria solar acaba
de atingir a marca de 30 gigawatts (GW) de potência instalada operacional em
residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no
Brasil. Com isso, mais de 3,8 milhões de unidades consumidoras já são atendidas
pela tecnologia fotovoltaica. O dado é da Associação Brasileira de Energia
Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Segundo mapeamento da entidade, o País possui mais de 2,7 milhões de sistemas
fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Desde 2012,
foram cerca de R$ 146,4 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 902
mil empregos verdes acumulados no período, espalhados em todas as regiões do
Brasil, contribuindo com uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 43,6
bilhões.
A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.545 municípios e em todos os
estados brasileiros. A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos
terrenos ajuda a reduzir custos para todos os consumidores de energia elétrica
no País.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o
crescimento exponencial da geração própria de energia solar é sinal claro da
popularização da tecnologia no território nacional. “Analistas de mercado
apontam que, apenas em 2023, os painéis solares registraram queda de cerca de
50% no preço médio final, ampliando a atratividade e o acesso por consumidores
brasileiros de diferentes perfis”, comenta.
“Portanto, trata-se do melhor momento para se investir em sistemas solares em
residências, empresas e propriedades rurais. E ainda há um enorme potencial de
crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica, já que o Brasil possui cerca de
92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo”,
complementa.
Já o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração
própria solar amplia o protagonismo do Brasil na geopolítica da transição
energética global. “A tecnologia fotovoltaica também fortalece a
sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos
setores produtivos brasileiros”, esclarece.
“Ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, a geração
própria solar reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões
sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui
para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, conclui Sauaia.
Diretrizes do governo reforçam benefício da geração própria
Recentemente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou as
diretrizes de cálculo dos custos e benefícios da geração distribuída, conforme
constam na Resolução nº 2/2024. As determinações sinalizam à Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) a criação de um mecanismo de tarifação justa,
completa e transparente aos brasileiros.
Segundo a ABSOLAR, as diretrizes do CNPE atendem a uma determinação da Lei nº
14.300/2022, que estabelece que todos os benefícios da GD sejam corretamente
identificados, calculados e incorporados no segmento, conforme defendido pela
própria associação durante as negociações do marco legal da modalidade.
A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos ajuda a
reduzir custos para todos os consumidores de energia elétrica no País. Ao
calcular os custos e benefícios da chamada geração distribuída (GD), estudo da
consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela ABSOLAR, concluiu que
a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9
bilhões até 2031.
De acordo com o estudo, os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem
a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema
elétrico nacional (fonte: Volt Robotics, 2023), ante a uma tarifa média
residencial de R$ 729 por MWh (fonte: Aneel, 2023) no País.
O estudo também foi feito para apoiar a Aneel na construção dos cálculos da GD.
Nos últimos meses, a ABSOLAR esteve reunida com a diretoria e com a equipe
técnica do órgão regulador e apresentou os resultados deste trabalho.
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