Os investimentos feitos fora do Brasil, conhecidos como fundos internacionais, ainda são vistos como um patamar muito elevado para aqueles que estão iniciando no mercado financeiro, porém, nos últimos meses esse tipo de aplicação se tornou mais atrativa e palpável, com rentabilidade de até 75%, e a partir de R$ 100,00 já é possível investir em fundos relacionados ao varejo, por exemplo.
Anteriormente, esse tipo de aplicação era restrito
para investidores qualificados, que possuem mais de R$ 1 milhão em ativos
financeiros e também que concordavam sobre os riscos de mercado, por meio da
assinatura de um termo.
Com a alta do dólar, de fevereiro até então, com a
margem entre US$ 5 e US$ 5,80, ajudou na rentabilidade dos fundos
internacionais, no que resultou em chamar a atenção de muitos investidores.
Atualmente, os investimentos mínimos podem variar de R$ 100,00 a R$ 5.000,00,
na maioria dos fundos.
Esse tipo de aplicação no exterior, dá acesso a
outros mercados, sendo assim, eventuais riscos locais como eleições,
desvalorização cambial e inflação, podem ser minimizados. Boa parte desses
fundos capturam a valorização do dólar, e por esse motivo costumam gerar
rentabilidade, em um momento de crise, bem como a pandemia que estamos vivendo
ou mesmo a alta estrutural do dólar, o que pode ser uma ótima opção para quem
busca diversificar o portfólio de investimentos.
Com isso é importante sempre estar de olho nos
melhores fundos internacionais para se investir, de acordo com a XP
Investimentos, de janeiro a agosto de 2020, os 14 melhores fundos, entre renda
fixa, multimercados e ações foram:
Nomes dos fundos |
Aplicação mínima |
% de rentabilidade
entre janeiro e agosto de 2020 |
Morgan Stantey Global
Opportunity Dolar Advisore FIC FIA IE |
R$ 5.000,00 |
75,84% |
Western Asset FIA BDR Nível
l |
R$ 1.000,00 |
62,71% |
Trend Bolsa Americana Dolar
FIM |
R$ 100,00 |
48,97% |
JP Morgan Dólar Global
Macro Opportunities FIM - IE |
R$ 5.000,00 |
45,93% |
PIMCO Income Dólar FIC FIM
IE |
R$ 25.000,00 |
39,17% |
Western Asset Hegde Dólar
FI Cambial |
R$ 5.000,00 |
37,74% |
AXA WF Framlington Digital Economy Advisory FIC FIA IE |
R$ 5.000,00 |
25,99% |
Trend Tecnologia FIM |
R$ 100,00 |
23,66% |
Hashdex Criptoativos
Discovery FIC FIM |
R$ 500,00 |
22,75% |
AXA WF Framlington Robotech
ADvisory FIC FIA IE |
R$ 5.000,00 |
17,32% |
Geo Empresas Globais FIC
FIA IE |
R$ 5.000,00 |
17,21% |
JP Morgan Global Macro Opportunities FIC FIM IE – Classe A |
R$ 5.000,00 |
5,86% |
ANA WF US High Yield Bonds
Advisory FIC FIM IE CP |
R$ 5.000,00 |
3,07% |
Western Asset US Index 500
FIM |
R$ 1.000,00 |
2,63% |
Temos três tipos de fundos internacionais, renda fixa
considerada a menos arriscada, multimercado, que podem investir em
todas as classes de ativos e as ações que são direcionadas a
investimentos em bolsas mundiais, como a americana e europeia.
Vale a pena ressaltar a diferença entre investir
nos Estados Unidos e na Europa, os fundos internacionais são divididos entre Single-Country,
com maior aplicabilidade nos EUA, regionais que há investimentos em
continentes como na América Latina, Europa e Ásia e os globais
com alocação livre.
Para quem busca investir a curto prazo, é
importante saber que existem duas categorias de fundos internacionais, os fundos que
capturam a variação cambial, os dolarizados, no qual conseguem
agregar variação, além da valorização dos ativos em carteira, por exemplo:
Em um ano, o índice de ações americanas, conhecido
como S&P 500, valorizou cerca de 15%, porém fundos no Brasil que compraram
ações americanas chegaram a valorizar mais de 70%, no mesmo período de 12
meses, em virtude da valorização adicional do dólar frente ao real.
O outro tipo é o hedge cambial,
que não é dolarizado, portanto sem risco cambial.
Paulo Cunha - sócio fundador da iHUB Investimentos,
empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação
atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. Possui mais de 1,5 mil
clientes no Brasil e em 2014, firmou parceria com a maior plataforma de
investimentos da América Latina, fundando a Ihub e sendo um escritório afiliado
a XP Investimentos. Desde então, é diretor executivo da empresa, que possui
matriz na Vila Olímpia e Alphaville, em São Paulo e Barueri. Também é
palestrante e professor sobre investimentos de cursos em plataformas EAD.
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