Moradores da região Sul estão entre os que menos comprometem a renda
Segundo
estudo inédito da Serasa Experian realizado com base nas informações do
Cadastro Positivo, os consumidores idosos – acima de 60 anos – são os que mais
fazem o pagamento em dia do empréstimo pessoal. De acordo com o levantamento
feito em maio deste ano, a população desta faixa etária que tinha a modalidade
contratada teve uma taxa de pontualidade de 91,3%. É o maior índice na
comparação com os demais grupos de idade e está acima da média nacional
(85,8%), veja todos os detalhes na tabela abaixo:
“O
empréstimo pessoal é uma linha de crédito procurada por quem precisa, por
exemplo, quitar uma dívida, fazer uma compra mais cara evitando financiamento a
juros mais altos e até mesmo substituir dívidas caras, como o rotativo do
cartão de crédito e o cheque especial. Os idosos, faixa que concentra também os
aposentados, estão em uma fase mais madura e experiente, por isso, costumam
priorizar melhor o pagamento em dia de suas contas para não desequilibrar o
orçamento e manter uma vida financeira mais saudável”, diz o economista da
Serasa Experian, Luiz Rabi.
16,8% dos brasileiros inscritos no Cadastro Positivo possuem empréstimo pessoal
O estudo também mostra que 16,8% da população do país que está no Cadastro
Positivo tinha algum empréstimo pessoal ativo em maio. Na visão por idade, a
maior utilização fica na faixa dos idosos – acima de 60 anos, com 22,4%, e a
menor no grupo de jovens – 18 a 25 anos, com 11,1%. No intervalo estão: 26 a 35
anos (14,8%), 36 a 50 anos (16,4%) e 51 a 60 anos (17,8%).
Quando
o recorte é por faixa de renda a distribuição é mais homogênea. Isso significa
que a modalidade é bem democrática e consegue atrair os mais diferentes tipos
de pessoas. Quem mais utiliza são aqueles que ganham até R$ 1 mil (17,8%). Na
sequência temos os que estão na faixa de R$ 5 mil a R$ 10 mil (17,5%), de R$ 1
mil a R$ 2 mil (17,4%) e por último os que recebem acima de R$ 10 mil (17,0%). A
faixa intermediária de R$ 2 mil a R$ 5 mil, é a que menos procura esse tipo de
empréstimo, com uma taxa de 15,3%.
Moradores da região Sul estão entre os que menos comprometem a renda
O levantamento revelou ainda que o empréstimo pessoal compromete, em média,
13,7% da renda dos brasileiros que tinham esta modalidade de crédito ativa em
maio. Por UF, os moradores do Distrito Federal lideram com a menor taxa de
comprometimento (11,2%), mas a região Sul é a única em que todos os seus
Estados figuram o ranking das dez UFs que menos comprometem a renda com
empréstimo pessoal. Na outra ponta, as pessoas que mais comprometeram foram do:
Maranhão (16,6%), Amazonas (16,5%), e Pará (15,5%). Confira todas as
informações na tabela abaixo:
“Podemos
perceber que a população brasileira como um todo, e neste caso todos os estados
do Sul em especial, procura não comprometer excessivamente sua renda com as
parcelas mensais, o que pode significar um melhor planejamento e consciência na
hora de pedir um empréstimo pessoal”, complementa Rabi.
O
levantamento realizado com base nas pessoas inscritas no Cadastro Positivo
também mostrou que a média nacional do comprometimento de renda com empréstimo
pessoal (13,7%) está muito próxima da média de quem tinha crédito consignado
(14,2%) no mesmo mês avaliado. “As duas modalidades são bastante populares e,
por terem os menores juros do mercado, são mais saudáveis quando utilizadas de
forma consciente pelo consumidor. Como o consignado só pode ser solicitado por
quem é assalariado ou aposentado – por ter o desconto direto da fonte –, o
pessoal acaba pegando uma parcela maior de pessoas que precisa de dinheiro
emprestado”, finaliza o economista.
Metodologia
A partir das informações da base de dados do Cadastro Positivo da Serasa
Experian, o levantamento inédito considerou uma fotografia de maio dentro de
uma amostra de 1,7 milhão de pessoas que utilizam alguma modalidade de crédito
financeiro em todo o país para identificar o comportamento dos brasileiros em
relação ao empréstimo pessoal como: representatividade e comprometimento da
renda, com visões por faixa de renda, idade, Estados e Regiões do Brasil.
Serasa
Experian
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